“Maquenzie” mirou na árvore e atirou errando por pouco.  Ao longe pode ouvir as gargalhas de um determinado moreno de cabelos cacheados. Repirou fundo ignorando Jonah, às vezes tinha que se esforçar muito para lembrar o motivo de ainda não te – ló matado. Continuou mirando na árvore e atirando, seu humor estava péssimo.

Cinco anos que havia entrado na caçada, no inicio achou que era uma boa ideia, afinal, ganharia muito dinheiro, e se guardasse uma parte de todo o dinheiro que ganhasse, tivesse o devido cuidado e talvez investisse em algo, quando ficasse velha iria se virar numa boa, sem contar que colaboraria com os policiais, pegando os “caras maus”, certo? Errado.

Mais um tiro, olhou no relógio, estava na hora. Arrumou-se rapidamente despedindo – se de Jonah, que também estava de saída, entrou no carro arrancando com tudo. Hora de caçar.

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A loira se dirigia a porta da frente da delegacia, seu andar sugeria que era a rainha do mundo, porém o que mais chamava atenção era o homem gordo e careca ao seu lado com o terno amarrotado e sujo, ligada a ela por uma cólera e de mãos amarradas. A loira levava o homem gordo como se fosse um cachorrinho.

Entrou na delegacia e todos saíram do seu caminho enquanto passava, não por surpresa, mas sim por medo e respeito, afinal não era a primeira vez que Maquenzie levava um foragido até aquela delegacia daquele jeito.

O delegado Martin mal levantou a cabeça quando Maquenzie entrou, só mandou que levassem o homem gordo a uma cela e entregou o dinheiro a loira, dinheiro que não era pouco, diga – se de passagem.

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O vento chicoteou em seu cabelo loiro, deixando – o ainda mais bagunçado, ainda tinha lugares para passar antes de voltar para casa. Riu com esse pensamento. Nunca passara por sua cabeça em considerar aquele projeto de cabana como casa, pelo menos, não até três meses atrás.

Ao longe avistou um poço de gasolina, aproveitaria para encher o tanque e se limpar o máximo possível, depois, iria até outra cidade qualquer e pintaria os cabelos de laranja, além de trocar de carro. Depois de virar uma caçadora de recompensas havia ganhado dinheiro suficiente para comprar um bom carro, mas achava mais divertido “pegar emprestado”.

Afinal, velhos hábitos nem sempre mudam.