Natasha escrita por Sarah


Capítulo 4
Mia


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Dois meses. Dois longos meses rodando pela estrada sem rumo definido. Já havia roubado mais carros do que conseguia lembrar, passado a noite com mais caras do que conseguia lembrar, pintado o cabelo mais vezes do que conseguia lembrar (o mesmo agora era repicado até os ombros e vermelho vivo). E chorado mais vezes do que conseguia lembrar. 

“Mia” tomou o resto da vodka e pediu mais uma doze. Pelo canto do olho viu que um ruivo a observava. Talvez a noite não fosse ser tão ruim assim.

— / / -

O vento bateu com força em seu rosto, mas dessa vez não lhe deu a sensação de liberdade. Pisou ainda mais fundo no acelerador, ultrapassando três carros. Hoje não era seu dia. Com toda certeza. Para sua “sorte”, o ruivo com quem passara a noite era um policial. Ultrapassou mais um carro. Descobriu isso quando limpava o carro dele, e como se não pudesse piorar, o ruivo sabia qual era o carro de Mia e a câmera de segurança sabia qual era a placa.

Mas quatro carros deixados para trás.

Os policiais a encontram antes que se afastasse muito da pequena cidade, o prêmio máximo foi quando começaram a persegui – lá e não pararam mais. Olhou pelo retrovisor. Droga! Eles não saiam do sue encalço.

Ultrapassou um caminhão e entrou numa estradinha de terra escondida pelas árvores e arbustos. Depois se preocuparia se alguém morava ali ou não. Não diminuiu o ritmo, não estava a fim de ser presa. Não tinha dinheiro para um advogado e sua família estava fora de cogitação. Desacelerou quando percebeu que estava chegando ao fim da estrada.

Não pode deixar de ficar, no mínimo, surpresa ao se deparar com uma velha cabana de madeira de estilo rústico. Estacionou, desceu do carro. Chamou por alguém, ninguém apareceu. Começou a explorar o lugar.

Na parte de trás encontrou uma pequena horta com um poço artesiano, ao lado havia um Impala preto e uma BMW da mesma cor. Nessa hora seu senso de perigo começou a apitar, mas ela o ignorou prontamente e voltou a explorar o curioso lugar, por falta de palavra melhor. Na parte da frente da cabana, havia um balanço de pneu em uma grande árvore, ambos caindo aos pedaços.

A cabana em si era pequena e velha com uma varanda, que consistia em alguns degraus que rangiam a cada passo, uma cadeira de balanço aparentemente mofada e alguns vasos rachados de petúnias. Era possível ver indícios de cupins em alguns pontos da construção.

De repente houve um ranger de tábuas, Mia sentiu um arrepio na espinha e antes que pudesse fazer qualquer coisa, a porta se abriu e uma figura a agarrou. E tudo ficou escuro.


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