Contos de Halloween escrita por Mallagueta Pepper


Capítulo 2
Terror na floresta


Notas iniciais do capítulo

Era para ser somente um acampamento entre pai e filho. Mas algo espreita entre as árvores, um predador feroz e insano. Agora Cebola terá que vencer não somente esse predador, como também a si mesmo e seus medos. Só assim ele será capaz de sobreviver e salvar seu pai.



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– Pai! Pai! – Cebola chamava totalmente apavorado, não recebendo nenhuma resposta. A floresta escura e sombria, lhe devolvia apenas o som de insetos, corujas e de vez em quando o guincho de um morcego. O rapaz se encolheu de medo, tentando desesperadamente bolar um plano para tirá-lo daquela encrenca.

Acampar no Monte do Desfio com seu pai lhe pareceu boa idéia há dois dias atrás. Seu Cebola preparou tudo com cuidado. Salsichas para assar na fogueira, biscoitos, pacotes de pão, marshmallows, algumas barras de chocolate e também varas de pescar para que eles pudessem comer peixe fresco assado na fogueira. O que podia dar errado?

Bem, algo deu errado. Enquanto caminhavam, ele bem que teve a sensação de que algo os espreitava entre as arvores. Mas ele não importou e seguiu em frente achando se tratar de algum pássaro ou talvez um macaquinho. Tudo parecia normal quando eles pararam para acampar e acenderam uma fogueira para assar salsichas e marshmallows.

De repente, sons assustadores pareceram vir de todos os lados. Gritos, assovios, pedaços de pau batendo em troncos. Os dois se puseram em alerta, com medo, e os sons se tornaram cada vez mais alto.

– Saiam da minha floresta! Vão embora seus malditos! – uma voz grossa e desagradável gritava de forma assustadora. – Saiam daqui agora ou não sairão nunca mais!

– Quem está aí? Eu não quero saber de brincadeiras, isso não tem graça! – Seu Cebola respondeu muito zangado acreditando se tratar de algum engraçadinho tentando se divertir as custas deles.

Então algo foi jogado sobre a fogueira que eles tinham acendido, derrubando as salsichas e apagando o fogo. Era um monte de areia.

– Vocês estão condenados, seus malditos! – a voz gritou novamente e várias pedras foram jogadas contra os dois, que tentaram se proteger da melhor forma possível. Aquela brincadeira estava passando dos limites.

Eles tentaram correr para se abrigar na barraca quando algo pulou em cima dela. Eles não conseguiram ver direito por causa da escuridão. Parecia uma criatura repulsiva, suja e repleta de lodo e sujeira. A criatura segurava algo afiado, ou seria uma garra? Não dava para ver. Sob os gritos apavorados de pai e filho, aquela coisa furou e rasgou a barraca até derrubá-la no chão.

Seu Cebola tentava proteger o filho com o próprio corpo, segurando um pedaço de penha para defendê-los. Era uma arma inútil.

– Seus arrogantes, essa floresta é minha! Vocês não têm direito de estar aqui! Vou acabar com vocês!

– Quem é você? Deixa a gente em paz! Nós vamos embora! – Seu Cebola falou tentando negociar e uma mão forte agarrou a gola da sua camisa.

– Tarde demais, vocês vão morrer! Vão morrer! Desgraçados! Cretinos!

A criatura saiu dali muito rapidamente arrastando o homem pela camisa. Cebola tentou segurar o pai em vão. Aquela coisa era bem mais forte e mais rápida também.

Agora ele procurava por seu pai, se embrenhando cada vez mais naquela floresta escura. O Celular não tinha sinal, o GPS não funcionava e ele não fazia a menor idéia de como se orientar pelas estrelas. Logo, não havia como voltar e pedir ajuda. Sem falar que ele não queria deixar seu pai sozinho ali com aquele monstro.

Ele caminhava a esmo, tendo perdido a noção do tempo. Chamar pelo seu pai não estava resultando em nada e podia até estar piorando a situação, avisando aquela criatura onde ele estava localizado. Isso, claro, se ele já não tiver devorado seu pai totalmente.

Os sons da floresta, que antes relaxavam, agora o assustavam. Ele olhava para os lados esperando ser atacado a qualquer momento. Sem lanterna, sem comida ou agasalho. Ele não tinha nem ao menos uma arma para defendê-lo.

– Pindarolas... por que eu fui ter essa idéia infeliz? – o rapaz resmungava jurando a si mesmo nunca mais se meter em uma aventura como aquela.

Ele sentia medo, calafrios, seu corpo tremia de pavor, frio e cansaço.

– Morra, morra! Desgraçado! Vou abrir sua barriga e comer seu fígado! – uma voz ecoava pela floresta e ele não conseguia definir de onde vinha. – Vou comer seu fígado do mesmo jeito que comi o coração do seu pai!

– Não! Seu maldito! Se você machucou meu pai, eu acabo com a tua raça! – Cebola gritou furioso e apavorado.

Uma risada insana, cínica e alucinada veio como resposta.

– Eu sou o demônio da floresta, sou o pesadelo que atormenta as pessoas! Sou uma praga! Um tormento! Eu devorarei suas entranhas e farei um colar com seus ossos! Hahahaha!

Outra risada ecoou pela floresta e Cebola corria de um lado para outro tentando descobrir de onde ela vinha. Inútil. Aquela criatura conhecia muito bem a floresta e sabia andar por ali sem ser visto. Ele, por outro lado, não fazia a menor idéia para onde estava indo.

Por que aquela coisa os atacava daquele jeito? Eles não estavam fazendo mal a ninguém! O acampamento deles era ecologicamente correto. Sem lixo, sem depredação e seu pai ainda teve o cuidado de apagar a fogueira para que não causasse um incêndio. O que mais aquele maluco queria?

– Malditos! Malditos! Eu vou acabar com vocês! Eu vou acabar com todos que pisarem na minha floresta! – a voz gritou, daquela vez mais distante e meio abafada pelas árvores.

Tudo ficou em silêncio outra vez e Cebola encostou-se numa árvore para descansar. Ele estava exausto, sujo, suas roupas tinham rasgado e sua pele tinha muitos cortes e arranhões. E se aquela coisa já tiver matado seu pai e comido seu coração? Como explicar para sua mãe e irmã? Se bem que ele nem sabia se era possível sair dali vivo. Do jeito que as coisas estavam, era bem provável ele ser o próximo. O monstro estava apenas brincando com ele, como um gato brinca com sua presa antes de comê-la. Ele queria lhe assustar, lhe aterrorizar até o limiar da insanidade e estava mesmo conseguindo.

Seu cérebro parecia travado e ele nem conseguia raciocinar direito, quanto mais bolar um plano decente. Por outro lado, ele não queria morrer estraçalhado por um monstro. Pelo menos não sem lutar. Mas como lutar?

– Eu preciso fazer alguma coisa, não posso deixar assim! Pindarolas, o que eu faço? O Quê?

O rapaz sentou-se no chão desesperado e com o rosto molhado com lágrimas e suor. O monstro ria, gritava e insultava sem piedade, falando as maiores insanidades que ele tinha ouvido. Perto dele, o Licurgo era uma pessoa totalmente normal e equilibrada.

– Rapazinho tolo, eu vou te pegar, vou te comer, vou te matar! Você está condenado! Ninguém invade minha floresta, ninguém! Arrogantes! Metidos! Imbecis!

– Por que você tá fazendo isso? A gente não te fez nada! – o rapaz gritou tentando obter alguma resposta.

– Vocês existem! É isso o que me fizeram! Vocês existem! E devem ser punidos!

– Por favor, cadê meu pai! O que você fez com ele?

– Eu comi o coração dele e farei um colar com os seus ossos! Agora vou pegar você, moleque! Vou acabar com você!

– Miserável, apareça!

A criatura apenas ria e zombava do seu medo e aflição. Os risos distanciaram novamente. Ele ia e vinha, ameaçava, debochava, xingava e depois desaparecia. Tempos depois, tudo começava novamente. Como ele conseguia ser tão rápido? Claro, só podia ser alguma criatura bizarra. Talvez fosse mesmo um demônio, ou um espírito maligno da floresta que gostava de atormentar os campistas.

Quando tudo ficou em silêncio outra vez, Cebola colocou a cabeça entre as mãos, exausto e sem saber o que fazer. Ele era tão inútil e fraco assim? Não era a toa que nunca conseguiu derrotar a Mônica e no fim acabou sendo chutado por ela. Alguém tão fraco e patético não merecia nada melhor. E ele ainda queria ser dono do mundo, quanta pretensão! Não, ele era um fraco, um perdedor com problemas emocionais que vivia preso ao passado e isso lhe impedia de ter um grande futuro.

– Ele vai me matar, vai me pegar... – o rapaz sussurrou com o corpo tremendo com soluços. Seu pai tinha morrido e ele era o próximo. Que injustiça! Ele ia morrer sem nem ao menos ter tido a chance de conversar com a Mônica e lhe dizer o que sentia.

Ela ia continuar sua vida e talvez casar com o DC, aquele Zé Mané que acabou passando na sua frente. Droga! Mil vezes droga! Ele perdeu. Foi derrotado e agora não podia fazer mais nada. E perdeu sem nem ao menos ter lutado, isso sim o matava por dentro! Ele não lutou, nunca tentou de verdade. Durante todo aquele tempo, ele apenas empurrou com a barriga, achando que era só deixar as coisas acontecerem. Só que elas aconteceram da pior forma possível, afastando-a dele talvez para sempre.

E agora ele podia nunca mais ter outra chance novamente.

– Mônica... desculpa... – ele murmurou de novo chorando como criança. – Eu nunca fui bom o suficiente pra você! Nunca lutei por você! Desculpa... eu te amo... – Cebola não conseguiu mais falar e continuou chorando sozinho no escuro.

Ao fechar os olhos, ele viu a imagem dela em sua cabeça. Ela sorria de um jeito maroto e aos poucos foi se inclinando até encostar os lábios nos seus, fazendo com que seu coração batesse descompassado. Era o primeiro beijo deles. E logo depois, ele saiu correndo e nunca mais tocou no assunto, nunca tentou ficar com ela, se aproximar, pedir em namoro. Nada! Que patético! Não foi a toa que ela o trocou pelo DC. Ninguém merecia alguém tão fraco e sem atitude como ele.

Ainda assim aquela lembrança tão doce abrandou sua dor por um tempo. A sensação dos lábios dela tocando os seus, sua respiração, aqueles olhos castanhos e bonitos olhando para ele de um jeito travesso... que saudade! Se naquela época ele tivesse a cabeça que tinha agora, sua atitude teria sido muito diferente. Ele teria feito muitas coisas de forma diferente. Mas agora era tarde. Pensar assim fez com que aos poucos seu medo se transformasse em raiva e revolta. Aquele sujeito acabou com a vida do seu pai e estava prestes a acabar com a sua.

– Então é isso. Eu vou morrer de qualquer jeito. Mas quer saber de uma coisa? Aquele miserável vai comigo, ah se vai! Sozinho eu não morro!

Ele levantou-se decidido a fazer algo. Estava na hora de parar de fugir, parar de ser fraco, covarde, frouxo e sem atitude. Pelo menos uma vez na vida ele tinha que enfrentar o problema de frente. Mas antes, era preciso pegar aquele monstro e uma idéia surgiu como uma luz iluminando um quarto escuro. Ele não ia pegar a criatura. A criatura ia pegá-lo.

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Um cheiro de fumaça alcançou seu nariz sensível. De onde estava vindo? Quem se atrevia a acender uma fogueira na sua floresta? Miseráveis! Desgraçados! Seu ódio aumentou terrivelmente, fazendo-o correr freneticamente para o local onde estavam acendendo aquela fogueira.

Ao chegar numa pequena clareira, ele viu aquele rapaz do cabelo espetado colocando um pouco de lenha na fogueira. Ele parecia muito distraído e dava para ver que estava exausto. Era hora de lhe dar uma lição também! Não dava para continuar deixando aquele sujeito imundo contaminando sua preciosa floresta.

– Seu cretino! Arrogante! Vou te pegar! Vou te matar! Você está condenado!

Cebola não teve tempo de reagir e algo golpeou sua cabeça fortemente, fazendo-o cair desacordado. Tudo ficou escuro.

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– Filho? Cebola? Você está bem? – uma voz familiar chamou, fazendo-o abrir os olhos. sua cabeça doía muito. Aquilo era pior que as coelhadas da Mônica. Mas ele logo esqueceu a dor.

– Pai? O senhor tá vivo? Ele não te matou?

– Não, mas vai fazer isso a qualquer momento! Por que você não fugiu?

– E te deixar aqui? Nada disso! Vou salvar a gente!

– De que jeito? Estamos presos!

De fato, eles estavam amarrados por cordas feitas com cipós e cascas de árvore. Aquele monstro sabia como dar nós! Não muito longe dali, havia uma fogueira e alguns varais de madeira cheios com tiras de carne. Tiras de carne? Certo, a coisa era pior do que ele pensava.

– Malditos, desgraçados! Vou acabar com vocês! Vou...

– Tá, tá, vai matar a gente, comer nosso fígado, nosso coração, blábláblá... você não tem outra coisa pra falar não, cara?

– Cebola, o que é isso? – Seu pai falou apavorado.

– Moleque atrevido! Você será o primeiro! Farei um colar com os seus ossos! Usarei seu crânio como penico!

– Aff, quem é você afinal?

Uma coisa esquisita e medonha pulou diante deles, fazendo-os gritar. Era uma coisa preta, cheia de lodo, musgo, folhas, era realmente nojento e repulsivo. A luz fraca da fogueira o deixava ainda mais feio do que já era.

– Eu sou o demônio da floresta! Sou um espírito do mal! Fiz pacto com o diabo e...

– Peraí! Você é o demônio ou fez um pacto com ele? Tu é pirado, rapaz!

A criatura deu um grito furioso, batendo no chão freneticamente com um pedaço de pau várias vezes. depois pegou algo que parecia um facão enferrujado e colocou diante do pescoço do rapaz.

– Eu vou cortar sua carne em tiras e pendurar no meu varal para secar! Vai durar por muitos dias!

– Você é doido, tá legal? A gente não te fez nada!

– Vocês existem! Nasceram! Todos os que nasceram são malditos! Ingratos! Filhos da cidade, destruidores! Vão morrer, eu amaldiçôo a todos! Amaldiçôo todos que nasceram! – A criatura gritava e Cebola viu que não havia como argumentar com ele. Felizmente ele tinha um plano.

– Se é assim, então me mata logo, mas deixa meu pai ir embora!

– Eu vou matar os dois, mas você irá primeiro! Vou te picar todinho!

Juntando o verbo à ação, o monstro agarrou o rapaz pela gola da camisa e Cebola não perdeu tempo. Usando as pernas, ele deu um chute na barriga da criatura, jogando-o para longe. Depois terminou de cortar as cordas que prendiam seus pulsos usando uma pedra que ele tinha lascado até deixar bem afiada. Ainda bem que ele tinha enrolado o monstro por tempo suficiente.

– Vou te matar, desgraçado! – A criatura gritou indo novamente para cima dele. O rapaz ainda estava com as pernas atadas e tentou se defender como podia usando sua pedra afiada, que era uma arma inferior ao facão que o monstro usava. Espere... um monstro deveria usar um facão? Aquilo não fazia sentido!

E olhando mais de perto, ele viu que a criatura tinha olhos que pareciam humanos. Sem perder tempo, ele tentou enfiar os dedos nos olhos dele, arranhando seu rosto com toda a força. O monstro deu um grito apavorante, deixando o facão cair. Cebola o pegou imediatamente e usou para cortar as cordas que prendiam seus pés.

A criatura voltou-se para seu pai, que estava indefeso e Cebola tentou protegê-lo apontando sua arma para a criatura, que ria desdenhosamente.

– Você não pode comigo! Eu sou um espírito! Sou um demônio! Vou rasgar vocês dois ao meio e vestir a pele de vocês!

– Vai se ferrar seu doido! Se quer brigar, então cai dentro!

– Cebola, não! Foge daqui! – Seu pai gritou e foi ignorado.

Um rosnado alto e grave se fez ouvir e o monstro pulou sobre ele babando, gritando e praguejando como um louco. Os dois rolaram pelo chão e Seu Cebola se debatia desesperadamente tentando se soltar. Uma das mãos tinha conseguido se soltar da corda, depois a outra. Ainda bem que ele tinha experiência com aquele tipo de corda feita com cipós e cascas de árvore. Depois ele soltou os pés e correu na direção do seu filho que se debatia com o monstro tentando salvar a própria vida.

A coisa estava em cima do Cebola, babando sobre seu rosto e tentando mordê-lo. O facão tinha sido jogado para um lado e o rapaz não conseguia alcançá-lo. Aquele louco era muito forte e o rapaz estava no limite das suas forças.

– Vou te matar, te comer, te... – ele não pode continuar porque algo duro acertou sua cabeça uma vez, duas, três, várias vezes. Seu Cebola batia sem parar com um pedaço de pau até vê-lo imóvel no chão.

– Você está bem, filho? – O homem perguntou ajudando-o a se levantar. Ele estava muito ferido, porém vivo.

– Estou, pai. Eu estou...

O dia estava clareando, o sol iluminava e aquecia tudo com seus raios. Aos poucos eles puderam ver melhor a criatura que os tinha aterrorizado toda a noite. Era impressionante como tudo ganhava outra dimensão sob a luz do dia.

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Dois homens fortes seguravam o sujeito que mesmo preso em uma camisa de força gritava e se debatia como louco. Ele só se acalmou quando outro homem de branco lhe aplicou uma injeção, fazendo-o dormir na mesma hora. Ele foi colocado em uma ambulância e levado para onde não ia mais fazer mal a ninguém.

– Nós estávamos atrás desse homem há uns cinco anos. ele se embrenhou no meio da floresta e nunca pudemos encontrá-lo. – o policial falou enquanto um enfermeiro examinava os ferimentos de pai e filho.

– Eu nunca soube desse louco! – Seu Cebola falou apavorado ao lembrar que Cebola já tinha se perdido naquela floresta certa vez e ficado a mercê daquele lunático.

– Ele não fica em um lugar só e durante muito tempo não dá sinal de vida. Mas de vez em quando ataca os campistas e causa muitos problemas.

– Quem é ele? – Cebola quis saber.

– Dizem que foi um fazendeiro que perdeu tudo por causa de uma grande cooperativa agrícola. Então ele ficou louco e se embrenhou no meio da floresta. É o que sabemos. Mandarei uma viatura levá-los para casa.

O policial despediu-se deles e uma viatura os levou para casa, acabando de vez com aquele pesadelo. Cebola ia em silêncio, observando a paisagem que passava rapidamente. Aos poucos o cenário bucólico foi se transformando em algo mais urbano. Algo dentro dele tinha mudado. Durante uma noite inteira, ele foi uma presa e só conseguiu vencer quando superou suas neuras e fraquezas. Estava na hora de ser forte e lutar pelo que queria de verdade. Nada nem ninguém ia ficar em seu caminho.

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– É um belo lugar, com certeza. – O homem falou consigo mesmo respirando o ar puro da montanha. Um fim de semana acampando e em contato com a natureza ia aliviar seu stress com certeza.

No meio da vegetação, algo espreitava. Um novo corpo. Um novo hospedeiro. Alguém para lhe ajudar a dar vazão a toda sua raiva, loucura, insanidade.

Uma hora depois, uma risada insana e histérica ecoava por toda floresta.


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