Whole Lotta Love escrita por mlleariane


Capítulo 3
Sensações


Notas iniciais do capítulo

"Fiquei mais curiosa ainda com o "quando" surgiram os dois!!!
Você vai contar mais no passado né????Diz que sim!!" (Aline)

Sim Aline, a ideia é essa. Como é uma long fic, eu decidi começar do começo, com as dúvidas e inseguranças de Kate, e de como ela foi mudando quanto à isso.
Depois vem a gravidez, os babies, eles crescendo e... bem, a fic não tem pressa pra acabar, então vamos aproveitar haha

Beijo, Ari.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/557386/chapter/3

Um tempo depois...

Kate já era Katherine Beckett-Castle quando andava pelo shopping sozinha e passou em frente a uma loja de roupas de bebê. Parou na vitrine e ficou olhando um vestido rosa, com babados e paetês.

“Lindo, não?”

Kate virou-se para o lado. Uma mulher que devia ter mais ou menos a sua idade ostentava uma barriga já grande, que Kate não saberia dizer de quantos meses era. Realmente ela não sabia muito sobre gravidez.

Mulher: Você está de pouquinho?

Kate: Ah, eu... é. – Kate ficou se perguntando porque não tinha dito que só estava ali para comprar um presente.

Mulher: Parabéns! Eu estou de 8 meses já.

Kate: Ah...

Mulher: Ansiedade a mil.

Kate: E... é o que o seu bebê?

Mulher: Um menino. Você deve estar pensando: mas por que ela estava ali admirando um vestido rosa? – a mulher disse e riu. – Eu já tenho uma menina de 2 anos.

Kate: Ah... que bom.

Mulher: É a melhor coisa do mundo! E fiquei tão feliz quando soube que agora vem um menino. Não é perfeito?

Kate: É... – por que as grávidas falam sem parar? Kate pensava.

Mulher: Bom, eu vou entrar na loja. Você vai?

Kate: Ah, não eu... já estava saindo.

Mulher: Então tchau. Boa sorte com o bebê!

Kate: Obrigada.

Kate saiu rapidamente do shopping e foi para um lugar que não ia há muito tempo.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

“Fiquei surpreso quando soube que você estava aqui. Não vem há muito tempo, Kate. O que aconteceu?”

Kate encarou seu terapeuta. Realmente fazia muito tempo que ela não ia lá.

Kate: Eu... tenho tido algumas dúvidas...

Terapeuta: Sobre o que?

Kate: Sobre mim.

Terapeuta: Da última fez que veio aqui, você tinha prendido o assassino de sua mãe, e estava de casamento marcado com Castle.

Kate: Você realmente se lembra de tudo, ham?

Terapeuta: Você falava dele todas as sessões, seria difícil esquecer.

O terapeuta sorriu e Kate corou.

Terapeuta: Mas então... o que te trouxe de volta?

Kate: Você acha que eu seria uma boa mãe?

Terapeuta: Você está perguntando a minha opinião?

Kate: É, você me conhece bem.

Terapeuta: Eu acho... bem, eu acho...

O terapeuta fazia de propósito, e Kate estava atenta às suas palavras.

Terapeuta: Eu acho, Kate, que você já sabe a resposta mas está fugindo dela. Por que?

Kate o encarou, mas não respondeu.

Terapeuta: Do que você tem medo?

Kate: De não ser boa.

Terapeuta: De não ser boa ou de ser ausente?

Kate: Também.

Terapeuta: Kate, por um acaso isso tem a ver com a sua mãe?

Kate respirou fundo. Há tempos não pensava em Johanna com tanto pesar. Depois que tinha prendido o senador, Kate gostava de pensar que tinha vingado sua morte, e que agora ela poderia seguir em frente. Tinha dado certo, até essa questão da maternidade vir à tona.

Kate: Eu... eu não sei...

Terapeuta: Com era sua mãe, Kate?

Kate: Incrível... – Kate sentou-se no sofá e começou a lembrar – Ela era incrível.

Terapeuta: Mas ela foi tirada de você.

Os olhos de Kate encheram de lágrimas.

Terapeuta: É isso que você tem medo, não é?

Kate: Eu não quero ter filhos para que eles sofram. – Kate falou, enfim.

Terapeuta: E quem disse que eles vão sofrer?

Kate: Eu não sei...

Terapeuta: Exatamente, Kate. Você não sabe. Ninguém sabe nada da vida. Certamente sua mãe nunca quis lhe deixar. Aconteceu, assim como muitas coisas acontecem. Estamos sujeitos a tudo. Mas Kate, se você se deixar dominar pelo medo, você não viverá.

Kate ouviu as palavras e ficou em silêncio por um minuto. O terapeuta esperou, pacientemente. Ela então levantou os olhos e o encarou.

Kate: Podia existir um remédio contra o medo.

O terapeuta riu e Kate sorriu também. Agradeceu e foi embora.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Kate decidiu que não falaria para Castle sobre aquela consulta, não queria que ele soubesse que ela tinha tanto medo e insegurança quanto à maternidade.

Era manhã de sábado quando Kate passou pelo corredor e percebeu que Alexis passava mal. Ela parou na porta do quarto e viu a enteada saindo do banheiro com uma cara de enjoo.

Kate: Alexis? Está tudo bem?

Alexis: Aham.

Kate: Tem certeza?

Alexis: Só estou um pouco enjoada.

Kate a olhou.

Alexis: Não é o que você está pensando.

Kate: Eu não estou pensando nada.

Alexis: E por favor, não diga nada para o meu pai.

Kate: Alexis, eu... eu não vou dizer nada. Você pode se abrir comigo, se quiser.

Alexis encarou a madrasta e fez sinal para ela entrar. Kate entrou e fechou a porta.

Alexis: Você vai me achar ridícula e burra.

Kate: Eu nunca pensaria isso, acredite. Independentemente do que você tenha feito.

Alexis: Você já tomou pílula do dia seguinte?

Kate: Não...

Alexis: Eu sou mesmo idiota.

Kate: Não, você não é.

Alexis: Eu saí com um garoto na quinta. Um garoto que eu estava muito afim.

Kate sorriu para ela.

Alexis: E... aconteceu. Nós não nos prevenimos, e depois que me dei conta fiquei desesperada. Tomei a pílula ontem e acordei assim hoje. Eu não sei se isso é normal... – Alexis estava assustada.

Kate: Pelo que sei, a pílula é forte e pode ter efeitos colaterais. Você tem sentido enjoo?

Alexis: Enjoo, sangramento, uma dor de cabeça sem fim.

Kate: Eu não sei se há algo que se possa fazer. Por que você não liga para seu médico?

Alexis a encarou.

Kate: Você não tem um médico ginecologista...

Alexis só assentiu. Kate pegou o celular e ligou para sua médica, pedindo informações. Ela informou que não havia muito o que fazer, os sintomas poderiam durar até dois dias, mas eram normais, embora a pílula não fosse recomendada. Kate agradeceu e desligou, informando à Alexis o que a médica tinha falado. A menina sentiu confiança em Kate e começou a falar.

Alexis: Eu só fui uma vez à uma ginecologista, quando menstruei. Foi meu pai quem me levou mas... isso é coisa de mãe fazer. E eu nunca mais voltei. Eu sempre fui ajuizada demais e acho que meu pai nunca se preocupou com isso.

Kate: Devo supor que você não toma nenhum anticoncepcional também, não é?

A menina fez que não.

Kate: Alexis, mesmo ajuizada você já é uma mulher e tem que se consultar regularmente, fazer exames de rotina.

Alexis: Eu sei...

Kate: Se você quiser eu posso marcar uma consulta para você com minha médica. Você vai gostar dela.

Alexis a olhou com receio.

Kate: E seu pai não precisa saber. Fica entre nós.

Alexis: Tudo bem.

Kate: Eu vou fazer um chá para você. – Kate disse já se levantando.

Alexis: Kate, não precisa se incomodar...

Kate: Não é incômodo. Vai te fazer bem, e você estará melhor quando seu pai acordar.

Alexis sorriu e Kate sorriu de volta.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Dias depois...

Kate levou Alexis à médica. As duas disseram à Castle que iriam ao shopping, e ele estava adorando a proximidade delas. Quando chegaram ao consultório, Alexis entrou para a consulta e Kate ficou na sala de espera.

Havia ali algumas grávidas, e também uma mulher com um bebê no colo. Kate ficou observando-a, e a mulher percebeu.

Mulher: Você tem filhos?

Kate: Não...

Mulher: Esse é meu primeiro.

Kate sorriu.

A recepcionista chamou a mulher para que ela fosse assinar alguns papéis da consulta. Ela olhou para Kate e pediu

Mulher: Você pode segurá-lo um instante?

Kate: Ah, sim... – Kate disse um pouco insegura.

A mulher colocou o filho no colo de Kate, que nunca tinha visto um bebê tão pequeno. O menino dormia tranquilamente. A mãe da criança se aproximou do balcão e Kate pegou na mãozinha do bebê. Ficou assim, fascinada com aquela coisinha tão linda. Mas cinco minutos depois, a mãe da criança voltou.

Mulher: Obrigada – ela disse pegando o filho.

Kate: Quanto tempo ele tem?

Mulher: Duas semanas.

Kate: Ele... é lindo. Muito lindo.

Mulher: Obrigada. – a mulher sorriu orgulhosa.

Kate se ajeitou no sofá e sentiu um vazio nos braços. Ela poderia ter segurado o bebê mais um pouco, era tão gostoso! Olhou para o lado de novo e o menino dormia nos braços da mãe.

Kate pensou quantas vezes já tinha ido àquele consultório e visto cenas parecidas. Mulheres grávidas ou já com seus filhos no colo. Mas em nenhuma delas ela havia tido essa sensação.

Pela primeira vez na vida Kate desejou muito que tivesse também um bebê em seus braços.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Será que ela vai dizer ao Castle que quer um baby???



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Whole Lotta Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.