Os Escolhidos - Destinos Interligados escrita por Angie


Capítulo 17
Capítulo 16 - Primeiro beijo


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a vocês garotas, que estavam esperando por tanto tempo, pelo momento romântico entre o Thomas e a Rennata. Não é tãooo romântico, mas é fofo do jeito dele, afinal, eu nem estava esperando por essa cena nesse cenário, mas enfim, quando dei por mim já estava escrevendo e acabei gostando do resultado.
Por favor, se tiver algum erro, me avisem! Quando revisei estava bêbada... de sono. Sério, eu tava quase dormindo em cima do netbook.
Como eu avisei a Gs Hayes Gray na resposta de um comentário e esqueci de avisar a vocês, eu finalmente consegui bolar um enredo descente e vai ter o livro 2! eeee. O nome deles vai se 'Os Escolhidos - Destinos Cruzados'. Tudo bem, eu tô feliz e tudo, até dei um up grade na capa, mas agora é melhor eu deixar vocês lerem.
Beijinhos de luz.
Angie.



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– Um bilhete. – Selena repetiu tentando se convencer de que não tinha ouvido errado o que Aaron dissera logo após ter encerrado a ligação. – Ela desaparece de uma hora para outra sem dar nenhuma explicação e deixa um bilhete.

Ela não estava com raiva. Estava confusa.

Quando acordou, uma das primeiras perguntas que Thomas lhe fizera foi se ela lembrava de algo que aconteceu enquanto Rennata – de acordo com ele. – tocava sua alma. E desde aquele momento ela carregava um forte sentimento de frustração, pois, mesmo se esforçando muito, apenas vagas imagens de um mundo congelado e pequenos trechos de sua conversa com a outra garota vieram a sua memória, enquanto seu irmão, que passara por uma experiência similar enquanto estava em coma, lembrava perfeitamente de tudo. Aaron disse que ela não deveria se preocupar. Que se em algum momento ela devesse lembrar, isso aconteceria.

Mas ela não conseguia ficar calma. Não quando debatia consigo mesma se havia uma possibilidade de que Rennata tivesse descoberto algo que nem ela sabia sobre si mesma.

As almas das pessoas são mais sinceras. Ao menos era isso que Rennata tinha dado a entender. Até que ponto a de Selena foi honesta?

– O que tinha escrito? – perguntou, tentando permanecer impassível.

– Shannen não sabe. – falou Aaron. – O bilhete está com Michael, temos que conversar com ele.

– Tudo bem. – disse com um suspiro. Virou-se para Thomas e Rennata, já com um pequeno sorriso curvando seus lábios. Rennata parecia mais nervosa do que o normal e os olhos de Thomas brilhavam com confiança. Selena tinha uma vaga ideia do que poderia ter acontecido. – Thommy, irei com Aaron atrás do Mike agora e enquanto isso você pode dar início ao treinamento da Rennata, está certo?

– Claro, maninha. – ele disse se aproximando e beijou sua testa. – Vamos? – disse estendendo a mão para Rennata que a pegou mesmo que exitante.

Quando passou por Aaron, Thomas esbarrou seu ombro com o dele.

– Cuide da minhã irmã. – falou entredentes. – E não tente nenhuma gracinha. Estou de olho. Se machucá-la, sendo um deus ou não, corto seu pescoço.

Selena mordeu o lábio inferior, contendo um sorriso. Ela sabia que seu irmão havia percebido sobre seu relacionamento com Aaron, mesmo que ele parecesse totalmente alheio aquilo, e esperava ansiosamente o momento em que ele fosse manifestar sua opinião. Em breve ela teria que ter uma conversa séria com ele sobre isso.

Quando eles saíram, ela se virou para Aaron.

– E então, onde Michael achou o bilhete? Não pode ter sido no quarto dela, eu fui até lá.

– No templo de Apolo. – ele respondeu. – Shannen disse que, de acordo com Michael, ela estava um pouco transtornada antes de sumir.

Selena fechou os olhos, pressionando as têmporas e sentindo os primeiros sinais de uma futura dor de cabeça.

– É melhor irmos logo. – ela falou suspirando. – Quero desvendar esse mistério o mais rápido possível.

***

– Tem certeza que temos que ter tanta presa? – Rennata tentava argumentar enquanto caminhavam até a sala de treinamento. – Pelos deuses, eu acabei de acordar, e hoje é sábado. Mereço uma folga, não?

Thomas sorriu.

– Chloe disse que seu treinamento deve começar o quanto antes possível, e eu confio nela. – disse convicto. – Além disso, é apenas o básico. O controle dos elementos não é tão difícil assim.

– Fácil para um feiticeiro falar. – ela resmungou.

– Você sabe que tem o potencial para ser mais forte que eu e a maioria das pessoas por aí, não é? – perguntou. O sorriso dele havia sumido e ele parecia confuso.

– Hã… não?

Thomas balançou a cabeça, desacreditando.

– Seu patrono nunca tocou nesse assunto com você?

Vieram a ela lembranças de quando Poseidon tentava conversar seriamente. Nesses momentos não haviam sarcasmo ou tédio em seu tom, o que era um alívio, mas, ainda assim, o assunto das conversas, sempre a deixavam ressentida. Apenas vê-lo, fazia com que ela lembrasse que nunca poderia ser uma pessoa normal, e pensando nisso naquele instante, tudo aquilo lhe parecia tão bobo.

– Bom… talvez ele já tenha tentado alguma vez… mas eu nunca quis ouvir. – admitiu envergonhada. – Agora, mudando de assunto, eu nunca te vi fazendo magia.

– Pois verá em breve. – voltou a sorrir, confiante.

Pararam em frente a uma grande porta de madeira escura, onde havia uma plaquinha de metal com os dizeres:

SALA ELEMENTAR 1: ÁGUA

– Porque eu tenho o pressentimento de que isso vai me irritar muito? – ela murmurou para si mesma e Thomas abriu a porta.

Ela havia visto aquilo no dia anterior, quando ele estava lhe mostrando toda a academia, mas não podia deixar de se sentir impressionada. Ou enjoada.

Ao contrário de uma sala de aulas normal, ali não havia carteiras ou um quadro-negro, existia apenas o vazio. Não, vazio não era a palavra correta. Um caleidoscópio de cores girava para onde quer que a vista olhasse. Aquilo era um portal. E não parecia muito seguro.

– Thomas? – chamou uma voz grave.

Rennata olhou para a esquerda e viu um homem muito bonito se aproximando. Seus cabelos eram de um castanho claro, como também seus olhos, ele era alto e vestia um jeans preto e uma camisa social, com as mangas dobradas até os cotovelos. Oh, meus deuses, foi o primeiro pensamento que ela registrou. Ele devia ter no máximo uns vinte anos e não era tão bonito quanto Thomas, mas havia algo nele que atraía mais que o normal.

Thomas levou um dedo abaixo de seu queixo e fechou sua boca em um estalo, com uma expressão de divertimento.

– Landon. – ele disse apertando a mão do outro.

O aperto de mãos virou aquele típico abraço de homens, onde eles dão tapinhas nas costas um dos outros.

– Bom te ver, cara – Landon disse sorrindo. –, mas… acordado? Porque ninguém me contou sobre isso?

Rennata se recostou na parede.

– Me desculpe, mas as coisas tem andado uma loucura. – Thomas disse levando as mãos aos cabelos. – Tanta coisa estranha tem acontecido desde que despertei.

Landon ergueu as sobrancelhas.

– E quem é a lindinha aí? – indagou. – Aluna nova, presumo.

Rennata sentiu suas bochechas esquentarem sutilmente e encarou Thomas erguendo uma sobrancelha. Lindinha?

– Essa é Rennata Fuentes, a garota que me trouxe de volta. – segurou a mão dela. – Querida, este é Landon Cronin.

– É um prazer conhecê-lo. – ela falou gentilmente.

– Não maior do que o meu, lindinha. – ele disse piscando.

Rennata sorriu. Por algum motivo tudo aquilo parecia uma enorme brincadeira.

– E então, onde está meu docinho? – prosseguiu Landon.

– Ela estava na sala de tiro a pouco tempo atrás – respondeu e Landon revirou os olhos. –, mas creio que já tenha saído com o namorado. Chloe sumiu e aparentemente deixou um bilhete, foram ver do que se trata.

– Aquela garota – Landon murmurou estreitando os olhos. –, ela está namorando e não me contou nada! Me sinto traído.

– Você ouviu a parte: 'Chloe sumiu'? – questionou Rennata erguendo uma mão.

– Sim, sim, mas todos sabem que há um propósito por trás de tudo que aquela garota faz. – explicou despreocupado. – Quanto a Selena, ela me deve boas explicações.

– Ligue para Christopher – Thomas deu de ombros. –, ele vai saber onde ela está.

– Farei isso. – disse tirando um celular prateado do bolso. – Tchau, lindinha. Boa sorte no seu treinamento.

– Tchau, Landon. – ela disse e observaram-no caminhar para longe. No momento em que ele desapareceu de vista, ela se virou para Thomas erguendo uma sobrancelha. – Lindinha?

– Enfim, esse é o Landon. – Ele disse, e deu de ombros novamente.

Rennata revirou os olhos.

– Sério, isso é tudo que você tem a dizer?

– Quer que eu passe a ficha dele? Tudo bem. Landon Cronin. Dezenove anos. Filho de Afrodite e isso é parte do motivo das garotas babarem por ele. Ele é o melhor amigo homem da Selena e… ah, é, o nome do namorado dele é Eric.

– Namorado?!

– Agora, mudando de assunto – ele disse olhando para a porta ainda aberta. –, vamos logo. Deixe sua mente limpa, eu escolho o cenário.

E puxou-a portal adentro.

***

Como em todas as outras Propriedades Olimpo, na floresta atrás da Academia, treze pequenos templos foram erguidos em honra aos deuses do conselho olimpiano. Como duas semanas antes, Aaron se viu caminhando ao lado de Selena em direção aos templos, mas dessa vez sem oferenda alguma. Apenas a procura de respostas.

Após um tempo, a floresta densa se abriu revelando os templos dispersos por ali. Em frente ao templo de Apolo estavam Shannen e Christopher conversando, no momento em que a garota os viu, beijou brevemente o rosto do namorado e saiu correndo e direção a eles.

– Graças aos deuses, você está bem. – disse abraçando Selena. – Ainda não aceito seus motivos por ter sumido – disse se referindo aos quatro dias em que a feiticeira passara no mundo inferior e no Olimpo. –, mas estou agradecida por estar de volta.

– Você sabe que eu precisava ficar sozinha. Pensar um pouco. – explicou. – Dar um tempo ao seu irmão.

– Não que eu precisasse. – Aaron disse cruzando os braços.

– Precisava sim. – disse o encarando. – Você sabe que precisava. – voltou a olhar para Shannen. – Nós nos acertamos.

Os olhos de Shannen se arregalaram.

– Vocês… vocês estão namorando? – questionou olhando de um para o outro.

Selena assentiu e um grande sorriso se abriu no rosto da irmã de Aaron, que voltou a abraçá-la, pulando e gritando como uma louca.

– OBRIGADO, MÃE! MINHAS PRECES FORAM OUVIDAS!

– Você orou para nossa mãe, pedindo que ela me ajudasse com a Selena? – Aaron perguntou erguendo as sobrancelhas.

– Claro, bobinho. Quem melhor do que Afrodite para juntar os apaixonados? – disse logo assim que largou Selena.

– Ah, então deve ter sido por isso que ela apareceu tão de repente para me dar concelhos. – disse a feiticeira. – Bom, já que as boas novas já foram dadas, podemos…

– Docinho! – alguém chamou e todos olharam em direção ao som.

Um homem surgiu por entre as árvores, arfando pesadamente.

– LANDON! – Selena gritou. Sorriu e correu em sua direção, jogando-se em seus braços logo em seguida.

Landon. Selena havia escrito sobre ele em seu diário.

– Você deve se sentir ameaçado? – Shannen perguntou disfarçadamente ao seu lado, quando viu Selena beijar o rosto do estranho.

– Nenhum pouco. – ele respondeu no mesmo tom. – Embora não pareça à primeira vista, Landon é gay. E é nosso irmão.

– Ah, quer dizer que foi ele que o Chris mencionou.

– Só você para me fazer vir correndo até aqui, garota. – Landon disse a Selena. – Fiquei sabendo de algumas coisas bem interessantes. O que você está escondendo?

Selena revirou os olhos e levou-o pela mão até os outros.

– Gente, esse é o Landon, meu melhor amigo – disse indicando-o. – e Lan, esses são Aaron, meu namorado, e Shannen, a irmã dele. Ambos são filhos de Afrodite. O Chris está logo ali. – disse olhando para o templo, de onde Christopher os observava sorrindo.

– Eu sei, falei com ele, por isso soube que te encontraria aqui. E logo depois comecei a correr como um louco. – disse sorrindo e logo transferiu sua atenção para Aaron, olhando-o de cima a baixo. – Você pode ser meu irmão, e com certeza é um cara legal, senão não teria conseguido uma garota como essa aqui – abraçou Selena de lado. –, mas experimente machucá-la e eu te castro.

Ótimo, Aaron pensou. Duas ameaças em um único dia. Primeiro do irmão, e agora do melhor amigo. Eu mereço.

– Menos, Landon. – Selena o repreendeu. – Eu sei que quer saber de tudo que aconteceu nos últimos meses, mas primeiro temos umas coisinhas para resolver por aqui.

– Tudo bem, serei paciente – ergueu as mãos se rendendo. –, mas hoje você não me escapa.

Ela balançou a cabeça sorrindo e caminhou em direção ao templo. No momento em que se aproximaram, Christopher se juntou a eles.

Michael estava sentado aos pés do altar, com a cabeça baixa e um papel amassado entre as mãos. Selena sentou-se ao seu lado, puxando as pernas junto ao peito.

– Como você está, Mike? – perguntou, olhando para ele.

Michael ergueu a cabeça com o olhar torturado. Aaron sabia o que era se sentir assim, havia ficado da mesma maneira quando Selena foi embora.

– Confuso. Chloe estava muito estranha essa manhã. Disse que a visão dela estava se cumprindo e que os escolhidos tinham finalmente se encontrado. – Aaron trocou um olhar com Selena. Ele estava começando a compreender o que tinha acontecido. – Ela me perguntou porque o destino não podia ser mudado e… porque você tinha que morrer. Ela chorou, Selena. – essa última informação pareceu chocá-la mais que qualquer outra coisa. – Parecia outra pessoa. Depois que se acalmou um pouco, pediu para que eu a deixasse sozinha e foi o que eu fiz. Ninguém mais a viu depois disso. A procurei por tudo lugar e esse foi o último para onde vim. E isso foi a única coisa que achei. – estendeu o papel para ela.

Selena o abriu e leu em silêncio. Sua testa se franziu e ela o estendeu para Aaron.

Não era bem um bilhete e sim uma carta. A primeira impressão que ele teve foi que aquilo havia sido escrito com extrema pressa, mas logo depois registrou as palavras e leu-as em voz alta:

Sinto por não ficar por perto, mas aqueles que conhecem cada passo a ser dado no futuro, sofrem em silêncio por saber o peso do fardo que carregam.

Estou agora na morada dos deuses, único lugar onde a rainha do Olimpo me permite ficar no momento. Não posso fazer qualquer objeção, é ela quem dita as regras.

No momento os caminhos estão selados, mas aqueles que possuem a marca do destino terão a passagem livre daqui a quinze dias, a partir de agora.

Enquanto isso, treinem, fortaleçam-se. Sinto dizer, mas irão precisar.

A batalha se aproxima.

Chloe.

– Preciso dizer que não entendi nada? – Shannen indagou erguendo uma mão para chamar atenção para si mesma.

– Mas nós entendemos. – falou Selena se levantando. – Hera prendeu Chloe no Olimpo por causa de alguma coisa que ela sabe…

– E – Aaron disse. –, Selena, Rennata e eu, fomos convidados para uma reunião com o Conselho Olimpiano. Daqui a quinze dias.

***

Passar por um portal é nojento, foi o primeiro pensamento de Rennata ao pisar em terra firme novamente.

Para ela, a sensação tinha sido igual à de mergulhar dentro de uma substância viscosa por alguns segundos.

– Eu disse para você não pensar em nada. – resmungou Thomas ao seu lado.

– Qual é, você que me puxou de repente. Não pode me culpar por… – ela olhou ao redor. – O que quer que seja isso.

Nada naquele lugar parecia ser natural. Borboletas e pássaros impossivelmente grandes, mas aparentemente gentis, sobrevoavam o local. A pouco mais de dois metros a direita corria uma cachoeira com a água de cor tão azul quanto safiras, as pedras refletiam a luz do sol com suas cores de tons perolados. As árvores da floresta ao redor, ao invés de folhas, tinham suas copas constituídas por flores coloridas, um pouco semelhantes aos pés de cerejeiras.

Rennata achou tudo muito lindo, mas Thomas não parecia muito feliz.

– Vamos voltar, isso não parece em nada com um campo de treinamento. – ele disse fazendo menção de abrir a porta que ainda estava erguida atrás deles, como se fizesse tão parte da paisagem quanto qualquer coisa por ali.

– Não, não mesmo. – ela disse puxando-o pela mão em direção a cachoeira. – Não tem nada de errado neste lugar. Aliás, onde estamos?

– Em alguma dimensão paralela alimentada pela sua mente. Sério, eu poderia imaginar esse cenário em algum desenho animado, você tem a imaginação muito fértil. Pensou que o campo de treinamento deveria parecer com o país das maravilhas, por acaso?

– Sei lá. Mas esse lugar tem água, deve ser mais que o suficiente para treinar o controle da água, não é? – perguntou esperançosa.

– Sim, mas esse lugar é cor-de-rosa demais para um garoto que gosta de rock. – argumentou ele. – Chega a ser até uma ofensa, vamos embora.

Virou-se e começou a andar até a porta novamente.

– Nem tem tanto rosa assim! – exclamou frustrada. – Thomas Antonny Blake, eu não vou passar por aquele portal nojento de novo nem tão cedo, então sugiro volte aqui agora!

Thomas se voltou para ela sorrindo.

– Você decorou meu nome completo?

– E daí?

– O que acha de Rennata Gabriella Blake? – perguntou e ela sentiu suas bochechas corarem. – Soa bem, não é?

– Que tal começarmos esse bendito treinamento? – sugeriu desviando o olhar.

Ela o ouviu suspirar e caminhar parando atrás dela.

– Tudo bem, mas nunca conte a ninguém que eu sequer pisei em um lugar assim, mancharia minha imagem.

– Exagerado. – falou virando-se para ele. Estavam bastante próximos.

– Menininha.

– Machista.

– Problemática. – a cada insulto se aproximavam mais.

– Metido.

– Teimosa.

– Bom, sobre isso não posso dizer nada. – ela ergueu um ombro.

– Que bom, porque eu tenho outra coisa em mente agora.

– O quê?

– Pirralha, não é novidade para ninguém que sou louco por você – ele disse passando uma mão entre os cabelos e bagunçando-os ainda mais. –, e honestamente, você pode negar para quem quiser e continuar me chamando de metido, mas é lógico que sente o mesmo, então porque não se poupar o trabalho? Sei que na maior parte do tempo não sou o típico romântico, sei que convivo com meus próprios demônios e que talvez você merecesse alguém melhor, mas isso não muda o que sinto, então, me desculpe, mas não da mais para resistir.

Dizendo isso, levou uma mão a cintura dela e a puxou para si, esperando tempo suficiente para que ela pudesse se afastar se quisesse e então a beijou.

Rennata levou as mãos ao pescoço dele, enterrando os dedos em meio aos seus cabelos e puxando-o mais para perto. Uma das mãos de Thomas sustentava delicadamente a parte de trás de sua cabeça e a outra ainda era mantida na parte baixa de suas costas e ela tinha a sensação de que aquele fato era a única coisa que a mantinha de pé.

Foi um beijo lento e cuidadoso. Um beijo que dizia o quanto ela era querida e que ele sempre estaria ao seu lado. Um beijo que sussurrava 'Para sempre.'

Foi um primeiro beijo perfeito.

Quando se separaram por falta de ar, Thomas ainda a manteve junto a si, algo pelo que ela agradeceu mentalmente. Seus hálitos se misturavam no ar e ambos mantinham o olhar fixo um no outro.

Perdi a aposta, foi o que Rennata pensou, mas não estava preparada para o que Thomas disse a seguir:

– Você é incrível. – ele sorriu de lado, mas parecia, por algum motivo inseguro. – Quer namorar comigo?


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Notas finais do capítulo

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