Sem perder a esperança escrita por Ester


Capítulo 1
Retorno ao Doze


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente, essa história é a minha versão, (romântica) do final do livro A esperança, espero que gostem...



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Após seis meses do fim da revolução retornei ao Doze, muita coisa aconteceu neste tempo após as bombas que mataram as crianças na Capital, fiquei algum tempo internada no Instituto de Queimados e pude pensar em tudo que nos aconteceu, as mortes dos amigos, as sequelas em meu corpo, mas principalmente no por que de Peeta ter sido mandado para o meu esquadrão e nas bombas que caíram sobre as crianças da Capital.

Com a ajuda de Haymitch e Plutarch comecei a estabelecer as ligações que até então, eram sem sentido para mim. Logo que tive alta do hospital fiquei na Capital, e recorri ao Beetee para ter acesso a alguns arquivos do treze, nesses arquivos conseguimos provar a existência de um plano para que o treze pudesse assumir no lugar da Capital, a ideia era continuar com o mesmo esquema de dominação, mas com uma nova líder a Coin.

Com os documentos em mãos, coube a Plutarch a exposição dos fatos, para os demais rebeldes, os documentos incriminavam a nova presidente, provando qual era a ideia defendida por ela, e a sua ordem de assassinar as crianças da Capital, como forma de antecipar o fim da guerra.

Por causa disso, ela foi retirada do seu cargo e Paylor foi eleita em seu lugar. Coin foi julgada e condenada por crimes de guerra, pela matança das crianças. O presidente Snow, também foi julgado mas no fim decidi não participar de sua execução, para não lhe dar o prazer de ficar pra sempre em minha memória, tanto sua sentença como de Coin, foram cumpridas.

Então, após tanto sofrimento, resolvi retornar ao meu distrito, primeiro por que aqui foi onde nasci, e também por que quero participar de algo bom na minha vida , com tanta destruição que ajudei a trazer ao país, achei que era minha responsabilidade participar da reconstrução, e é isso que me dispus a fazer.

Os trabalhos são cansativos, apesar de que não coloco literalmente “a mão na massa”, contribuo com a organização e distribuição dos recursos para a reconstrução. Não estou sozinha, muitos retornaram, por que apesar de tudo esse é o nosso lar.

Haymitch ajuda na parte burocrática, lida com as pessoas do governo e faz as intermediações, não gosto desta parte, exigem muita conversa e interação, uma eterna limitação minha, mas ele desenvolve bem isso, e deixa comigo a parte administrativa.

Minha mãe e minha irmã não retornaram, por que consegui que Prim fosse aceita em uma escola preparatória, para que, assim que consiga vencer as lacunas em sua vida escolar oriundas de uma escola de péssima categoria que tínhamos aqui, ela possa estudar medicina, que sempre foi o seu sonho. Aqui não teria como estudar nem temos uma escola ainda, por isso optamos por ela ficar lá com minha mãe, que conseguiu um emprego de auxiliar de enfermagem, em um hospital da Capital.

Eu não conseguiria viver na Capital, tudo lá lembra morte e tristeza. Só ficou comigo o gato Bittencourt, que não me faz companhia alguma, mas como no condomínio em que minha mãe e Prim ficaram, não aceita animais doméstico, ele teve que ficar.

Para mim é o mesmo que nada, nós não nos suportamos, devo admitir que a solidão que tenho enfrentado pela ausência das duas, às vezes, mexe comigo, então me enterro no trabalho e nas minhas caçadas o que facilitam a minha decisão de ficar. E também o afago algumas vezes, por que tira pelo menos a sensação de isolamento. Elas ligam todos os dias, para saberem das novidades e para contar como estão vivendo por lá e isso também ajuda.

Gale retornou junto com sua família, agora é chefe da segurança do Distrito, não temos mais pacificadores, por isso temos algumas pessoas que cuidam da nossa segurança. Assim que Gale ficou sabendo da minha decisão de voltar, resolveu aceitar o cargo para voltar comigo. Ele mora com sua família, em uma das casas da Vila que fica um pouco distante da minha. Retornamos as nossas caçadas, agora somente aos domingos, por que sempre temos muito o que fazer.

Temos retornado a nossa antiga amizade, e sei que espera por algo mais, por enquanto não tem me pressionado a nada, ele sabe que sofremos muito, e que meus sentimentos ainda são confusos, principalmente no que se refere a Peeta.

Ele ainda não retornou, está na Capital em tratamento psiquiátrico, tenho tido poucas notícias dele, parece que o tratamento está surgindo efeito, pelo menos, é o que Haymitch diz. Não sei como está sua cabeça, será que voltou a gostar de mim? É tão difícil imaginar seguir com a minha vida sabendo que talvez ele nunca volte e que se voltar, pode nunca se lembrar do que nós fomos um para o outro.

A verdade é que nem eu entendo o que fomos, seja lá o que sentíamos, era forte e agora não sei se poderei entender o que sentia por ele. Sei que o amei, qual a forma desse amor? Queria ter tido tempo para entender. Sua ausência tem sido sentida todos os dias. Sempre me pego olhando sua casa que agora, é a única vazia na vila, querendo ver seu sorriso novamente para mim.


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