Os 5 anos mais maravilhosos de toda minha vida.

Se você quiser considerar esse resumo como o fim de minha historia com Reo sinta-se a vontade, pois se o resto de nossas vidas for igual a esses últimos 5 anos, eu estarei plenamente feliz.

Vamos do inicio, vou contar tudo que aconteceu com cada pessoa que passou por minha vida.

Começando por minhas amigas.

Vick- Formada em historia agora, e assim que terminou a faculdade, foi morar com Leo, na França, mas sempre que pode vem visitar a família ou a nós, meras amigas. Está esperando o segundo filho e sua meta é um tanto grande... 5 crianças correndo pela casa.

Olivia – Ancora de um dos mais importantes jornais do Brasil. Casou-se com Valentim poucos meses depois de começarmos a faculdade. Ela mora em nosso prédio, o que torna sempre fácil entrarmos em contato.

Ene – Ela e Lion abriram uma empresa de computação e estão se dando muito bem. Seus gêmeos estão a caminho, dois meninos que nós já sabemos que iram fazer cosplay desde o berço.

Minha família...

Meus pais estão a cada dia melhores. Se dão bem como no inicio do casamento. Meu pai agora tem um bom relacionamento comigo e principalmente com Reo. Minha mãe o adora e vive implorando por netinhos.

Meu avô se curou do câncer e passa bem. Ele esta super feliz que agora é bisavô, não de sangue, mas bisavô.

Laila foi responsável por isso. Ela acabou se casando com sua namorada, em uma cerimônia linda e emocionante, que ninguém da família ira esquecer. Elas adotaram um bebê, que havia sido jogado no lixo, mas é a coisa mais fofa do mundo.

Família de Reo

Meus sogros são simplesmente os melhores que eu poderia desejar. Eles estão sempre conosco, mesmo morando em outra cidade. Meu receio inicial foi compensado pela compreensão deles, sempre sendo atenciosos e me ajudando, como se eu fizesse parte da família desde o primeiro momento.

Percy assumiu sua sexualidade para seus pais e irmãos. Seu pai e sua mãe demoraram a entender, Jack agiu imparcial (talvez já imaginasse) e Reo entendeu, mas acho que se não fosse por mim e por Percy ter se tornado meu melhor amigo, meu noivo iria agir com estranheza e quebraria o coração de seu irmão.

Jack e Maia se casaram a menos de um mês e acabam de voltar de sua lua de mel. Eles estão completamente felizes e se adaptando a nova vida juntos.

Outras pessoas aleatórias...

Fred – acabou se casando com Milena, a professora de português da HGM e eles tiveram um lindo filho. O garoto é uma graça e sempre fica perto de seu “tio” preferido, quando Reo resolve que irá sair com Fred.

Gilbert – acabou ficando com Gaby, após os médicos o atestarem como um cidadão normal, saudável mentalmente. Não faço ideia do que fazem, ou de como estão...

Jane- Se formou em relações publicas e esta fora do pais, sendo representante do Brasil em Moscou.

Cesar – está casado com sua antiga secretaria, que não sei como, era incrivelmente parecida comigo e com a antiga noiva dele.

Eu e Reo...

Moramos no mesmo apartamento do inicio de nosso noivado. Estamos completamente felizes e, eu pelo menos, cada dia mais apaixonada.

Faz um ano que me formei em Arqueologia e agora trabalho em no centro de pesquisas arqueológicas de Ollen. Passo parte do meu tempo estudando fosseis, encontrados na cidade, ou em outros locais.

Reo ainda é coordenador na HGM, mas agora também trabalha comigo, fazendo o seu papel de historiador.

Nosso casamento está marcado no final desse mês de Janeiro e pretendemos fazer a lua de mel em Fernando de Noronha.

Filhos? Um sonho a mais ou menos 2 anos, mas esse sonho ainda não foi realizado.

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– Alice! – Reo grita me tirando dos meus pensamentos e eu vou até o banheiro, onde ele estava tomando banho – Eu esqueci a toalha...

Reo aos seus 32 anos ainda era capaz de fazer com que eu, de 23, seja mais responsável que ele.

Sorri e voltei para o banheiro.

– Não demora por que a gente precisa ir no mercado... – eu disse e entreguei a toalha a ele.

Sai do banheiro e peguei minha bolsa e as chaves de casa, que ainda tinham os mesmos chaveiros de violetas que Reo me dera, tanto tempo antes.

Chequei se eu estava realmente arrumada, com meu vestido colorido (não ele não era horrível, era bonito e conseguia ir mesclando as cores) e minha sapatilha preta.

Reo chegou até o espelho do quarto e me abraçou, sua camisa verde e seu jeans escuro o deixavam irresistível.

– Está linda, meu amor! – ele disse em meu ouvido e eu estremeci em seus braços.

– Você também esta bonito... - disse sorrindo e ele beijou minha bochecha.

– Vamos por que estou com fome e não tem nada nessa casa!

– Por que você não quis ir no mercado ontem!

– Por que você me distraiu!

– golpe baixo... – disse lamentosa e ele uniu nossos lábios.

Fomos até o mercado que abrirá a pouco tempo, perto de nosso apartamento. Em 2 minutos já estávamos dentro do mercado e eu peguei o carrinho.

– Da aqui.... – ele tentou pegar o carrinho de minha mão mas eu desviei.

– Nem vem, hoje é a minha vez! – dei língua para ele e comecei a adentrar o mercado.

Reo veio rindo da minha atitude e me acompanhou em quanto eu pegava as coisas de que precisávamos.

Estavamos quase no final quando uma vontade imensa de comer carne moída me atingiu.

– Precisamos voltar no açougue.

– Por que? – ele perguntou enquanto colocava pó de café no carrinho.

– Vontade de comer carne moída...

– Ta então...

Ele começou a andar na direção e eu o acompanhei, levando o carinho de compras.

Chegamos na fila, não muito grande, e eu observei as carnes que ali estavam.

De repente um enjoo me atingiu ao ver o sangue de um dos porcos e eu sai correndo, em direção a lixeira mais próxima e despejei meu café da manha ali.

– Meu amor o que ouve? – Reo chegou perto de mim.

– Não sei, vontade de vomitar, só isso...

– Mas você tava bem, até 5 minutos atrás.

– Eu sei, mas acho que o sangue da carne de porco ali me enjoou.

– Não... Seu estomago nunca foi fraco!

– Então você acha que é o que Reo?

– Talvez o que estávamos tentando?

Fiquei um minuto parada, olhando para meu futuro marido e me ocorreu o que ele dizia.

A vontade de ser mãe me atingiu a 2 anos, então vínhamos tentando ter um filho, fizemos exames e tentamos de tudo, mas nada funcionava.

Eu fiquei frustrada por ter sido tão fácil com Ada, que nem queria o bebê, e comigo, que o desejava mais que tudo, nada funcionar.

– Não é possível... – coloquei a mão sobre minha barriga e sorri, não acreditando.

– É sim! – Reo era, naquele momento, o homem mais feliz que eu já vira.

Reo me abraçou e me girou no ar, fazendo com que vários olhares se dirigissem para nos.

– EU VOU SER PAI! – Reo gritou, me fazendo ficar completamente vermelha.

– Calma! – tentava pensar racionalmente mas a felicidade me invadia a cada minuto. – precisamos fazer o teste, então...

– Eu sei que vou ser pai Alice! Não precisa de teste nenhum pra provar que eu já amo essa parte de nos dois...

– Eu te amo... – disse assim que a primeira lagrima de felicidade escorreu por meus olhos.

– Eu também te amo, você e nosso bebê, são as pessoas que eu mais amo no mundo...

Ele tocou nossas testas e me viu chorar de alegria, por finalmente ter um pedaço dele e de mim, dentro do meu corpo.