If she is your only then why you lonedy? escrita por Avia


Capítulo 28
Capitulo 21 - Entrando para a familia


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! Como estão?
Sim já voltei e já vou anunciar esse é o penúltimo capitulo da fic :'( .
Mas esperem! Eu vou postar uma segunda temporada! :D
Sim, eu sei "A fic tá grande" "Vai ser chato", mas é por isso que vou "começar" outra. Mesmas pessoas, mas problemas e situações diferentes!
Bom, chega de falar vão ler! kkk
Boa leitura!



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Leiam as notas iniciais por favor :)

(Pov Reo)

Alice estava deitada ao meu lado, a cabeça apoiada em meu ombro e sua mão em meu tronco.

Uma semana que estávamos juntos, eu precisava apresentar minha mãe e minha noiva. Uma ideia veio em minha mente.

Eu me mexi bem devagar para não acordá-la. Peguei meu celular e enviei uma mensagem a Jack.

"Pergunte a mãe se ela quer ir a praia"

Devolvi o celular para a escrivaninha e olhei para Alice, que dormia serenamente. Puxei a um pouco mais perto e ela murmurou algo.

–O que acha de ir a praia? - Perguntei, sem mesmo deixa-lá abrir os olhos.

–Bom dia pra você também...-ela beijou minha bochecha e se desvinculou de meus braços.-Vou pegar as coisas na mala.

Ela se levantou, ainda zonza de sono e pela falta dos óculos. Me levantei e fui ao meu armário. Peguei a sunga e a bermuda e as vesti.

Peguei uma camiseta branca e fui para a cozinha.

Alice, vestida com uma saída de praia e o biquíni, procurava algo nos armários.

Seus cabelos estavam levemente ondulados e ela ainda não havia colocado os óculos.

–O que foi?-perguntei.

–Preciso de um prato, mas não sei onde nada fica...

–Aqui, meu amor!-sinalizei um armário, mais no alto e ela pegou o que desejava.

–Meu amor?-ela me olhou desconfiada.

– Algum problema com eu te chamar assim?

–Nada, só...-ela parecia não saber o que dizer.

–Só que eu vou te chamar assim, alguma objeção?

–Vc é estranho...

–Mas alguma coisa?

–Eu estou com fome...

–Mais?

–Eu...-ela me olhou provocativa - te amo.

Alice se virou e foi para a mesa onde tomariamos café.

–Depois eu sou estranho...-disse me sentando ao seu lado e recebendo um beijo.

–É sim, agora coma! Não acordei cedo pra chegar tarde na praia...

–Você e sua mania de mandar...

–Você e sua mania de não me obedecer...-ela me deu língua e me entregou o pão que preparava.

Comecei a come-lo e ela preparou outro para si mesma.

–Temos que arrumar suas coisas quando voltamos.

–Também acho. Eu demorei um tempinho pra achar isso.-ela indicou o pequeno vestido branco e curto, que delineava seu corpo.

Terminamos de comer rapidamente e ela foi escovar os dentes, enquanto eu pegava as coisas e via e Jack havia respondido minha mensagem.

"Vc acordou todo mundo aqui, estamos quase prontos... Espero que esteja trazendo Alice! Venha rápido!"

Deixei o celular dentro da mochila que iria levar e coloquei as coisas necessárias.

–Você não sabe o quanto eu estou com medo...

–Achei que gostasse de praia.

–Seus pais...

–Eles vão gostar de você!

–Mas você disse que sua mãe nunca disse que não gostava de Ada, mas não gostava...

–Lembra-se do que eu te disse uma vez?-disse lembrando da semana anterior a formatura de Alice - Que meus iriam gostar de você, se você fosse minha noiva?

–Lembro...

–Então pronto!-eu uni nossos lábios e Alice passou a mão por meus cabelos, me fazendo puxa-lá mais para perto.

Ela se distanciou e sorriu.

–Eu te amo, tá?- ela disse.

–Ta.

–Eu também ninguém diz

–Vamos senhorita mandona...

–Vamos senhor desobediente...

–--------------

Chegávamos até a casa de meus país e pude ver meu pai na entrada, colocando as coisas na mala.

–Me espera aqui, vou trazer todo mundo pra baixo e te apresentar...

–Tudo bem.

Toquei seu lábios com os meu e ela pareceu relaxar.

–Já volto.

Sai do carro e fui até meu pai, o abraçando.

–Cadê a menina? Vocês não se acertaram?-ele perguntou de prontidão.

–Ela está no carro, eu pedi pra que esperasse, até trazer minha mãe e os meninos.

–Posso conversar com ela enquanto você sobe?

–Tudo bem...

Ele sorriu e me deu leve empurrão. Ele foi para o carro e Alice abaixou o vidro. Subi as escadas e vi minha mãe, vindo com uma bolsa térmica.

–Reo! -ela me abraçou- Tudo bem? Você se acertou com Alice?

–Ela está lá em baixo...-mostrei minha nova aliança para minha mãe e ela sorriu.

–Seus irmãos...-ela se virou e gritou - Jack! Percy!

–Reo chegou? - Jack gritou de dentro da casa.

Percy veio se arrastando, vestia mangas compridas e um short.

–Vc vai mesmo pra praia assim? - minha mãe perguntou.

Ele assentiu.

–Eu falei pra ele trocar de roupa... -Jack veio até mim e me abraçou.

–Assim está ótimo... Eu preciso que vocês desçam

Jack veio falando que ele iria pegar Maia no caminho e que estava muito ansioso para rever Alice. Jack parecia mais calado que o normal, mas talvez por ter que rever Alice.

Chegamos na garagem e meu pai sorria, provavelmente de algo que minha (sim agora eu posso dizer) noiva disse.

Ele se afastou do carro e abriu a porta.

Alice saiu, um pouco desconfortável, mas confiante.

Fui ao seu encontro e peguei sua mão.

–Pai, acho que o senhor já conheceu ela, Jack e Percy também já a conhecem, mas essa é Alice. Ela é minha noiva, que logo será minha mulher, mãe dos meus filhos...

Ela sorriu e apertou mais minha mão.

Jack sorriu e a abraçou.

–Não acredito que você vai mesmo ser da família!-ele disse sorrindo pra ela - Eu já fiz planos de me casar com você e agora está com Reo...

Uma onda de ciúmes irracional me invadiu e eu tentei esquecer aquilo. Percy sorriu e se aproximou.

–Quem diria a namoradinha do casula vai casar com o primogênito...-ele a abraçou e eu me senti surpreendido, ele nunca fazia esse tipo de coisa.

Meu pai se aproximou e parabenizou nos dois.

Minha mãe veio por último, sorrindo, mas com um sorriso desconfiado.

–Alice...-ela disse - eu não conheci você ainda, não sei como você é, o que faz ou pretende fazer, mas o sorriso que meu filho tem no rosto é por sua causa. Isso já fez você entrar para a família.

–Obrigada - ela parecia feliz, mas na verdade eu sabia que estava com medo.

–Eu tenho que agradecer, pensei que meu filho nunca ia ser feliz de verdade, com alguém que o amasse, que fizesse ele querer viver. Você me fez ficar tranquila, em paz.

Alice entrelaçou nossos dedos novamente e sua aliança tocou meus dedos.

–Seu filho me faz sentir assim, por isso tento retribuir.

–Reo- minha mãe falou.-Acho que você agora a encontrou...

Sorri e passei meu braço pela cintura de Alice.

–Quem quer ir a praia?-perguntei para todos.

–--------

Eu montava o terceiro guarda-sol, enquanto minha mãe e Alice abriam as cadeiras e estendiam as cangas.

–Uma vez - minha mãe começou a contar outra história de quando eu era criança - Reo resolveu que iria comer área, por que parecia farinha, ele ficou tentando comer área e eu e o Marco Antônio tivemos que ficar vigiando ele o tempo todo...

Alice sorriu, maravilhosamente, ela parecia ter sido feita para ficar na praia, perto do mar, com o vento em seus cabelos.

–Acho que isso facilitaria as coisas, mas eu ainda preciso aprender receitas, tenho que alimentar essa criança...

–Eu não sou tão exigente assim não, tá?

–Tá! - ela respondeu e minha mãe riu - Eu sei que vc vai gostar se eu fizer essas comidas diferentes, só pra você saborear...

–Eu posso te ensinar algumas receitas que Reo gosta, Alice!-minha mãe disse.

–Eu iria adorar! - ela chegou perto de mim e me ajudou a colocar o suporte - minha mãe sempre me disse que marido se tasca pelo estômago...

–Eu conquistei Marco Antônio assim... - e ela começou a contar outra história.

Me sentei ao lado de Alice, que prestava total atenção, enquanto minha mãe falava.

Jack e Maia voltavam da água e ele segurava as mãos dela.Senti ridículo por ter ficado com ciúmes mais cedo.

Percy havia sumido de vista, indo caminhar, meu pai foi olhar para ver se ninguém esquecera nada.

Percebi que minha mãe iria começar outra história, então a interrompi.

–Quer dar um mergulho, meu amor?

Alice corou de leve e olhou para minha mãe.

–Vão lá! Depois te conto sobre quando Reo tentou fugir...

–Mãe!

–Ela te que saber seus podres, se for demitir será hoje meu filho!

Me levantei e dei a mão para Alice. Eu a abracei e a peguei no colo.

–Reo! Me solta!-ela dizia no meio de risadas.

Entrei no mar, água muito gelada, ainda com ela no colo e esperei uma onda chegar para solta-lá.

–Frio...-ela disse.

–Bastante-eu a abracei e ela se encaixou perfeitamente em meus braços.

Ficamos ali curtindo a água, o sol e as ondas. Até Alice pedir pra sair.

–Eu acho que vou sair um pouco, tá frio, vou passar protetor solar. Você vem?

–Não, vou ficar mais um pouco.

Ela me beijou e uma onda bateu em nossas cintura, fazendo ela chegar mais perto de mim.

–Volta logo? – perguntei, não querendo deixa-la ir.

– Sim...

Ela sorriu para mim e começou a ir para a área novamente.

Fiquei ali aproveitando tudo e observando Alice, de longe, mas sabendo que poderia tê-la por perto quando quisesse.

–---

(Pov Alice)

Aquele dia estava sendo perfeito.

Reo e eu finalmente juntos, Dona Rose, aparentemente, gostando de mim, Jack e Percy, que eu não via a tanto tempo e Marco Antônio, sendo o melhor sogro que eu podia desejar.

Eu havia ido para a areia com a desculpa de estar com frio, mas na verdade é por que queria poder sentar um pouco, minhas pernas doíam muito, pelas ondas fortes.

Reo não percebera por que era bem maior e mais forte que eu.

–Reo sempre ficou horas na água, sem ligar.-Jack me surpreendeu, sentando ao meu lado.

–Eu estou com frio, vim ficar um pouco no sol...

–Minha mãe e Maia foram caminhar, elas vão demorar bastante...

Eu assenti.

–Faz bastante tempo, não é?- perguntei.

–Acho que 9 anos...- ele respondeu - Isso é muito estranho...

–Éramos namorados de infância e eu estou morando com seu irmão.- toquei minha aliança, que já era tão familiar quanto minha própria mão - vamos nos casar...

–Ele te ama muito...-ele concluiu - Não me lembro a última vez que ele sorriu assim, sabe? É como se agora ele tivesse descoberto que pode amar...

–E ser amado - completei.

–Você também o ama muito, não é?

–Mas do que eu já imaginei amar um homem...

–Fico feliz - ele pegou minha mão, me fazendo olha-lo - vocês parecem feitos um para o outro...

–Assim como você e Maia!

–Pois é, eu a amo muito...

Ficamos em silêncio, Reo quebrava as ondas, ao longe e eu senti uma vontade enorme de ir até ele.

– Se você quiser ir lá, fique a vontade...-ele disse e eu sorri.

–Sério?

–Vai lá. Ele quer que você fique perto dele...

–Obrigada...

–Faça ele feliz, igual está agora, e não precisará agradecer.

Sorri e me levantei.

–Alice! - ele me chamou quando estava a alguns passos de distância.- sei que estava com medo, mas minha mãe gostou de você...

Eu sorri e assenti. Comecei a andar até o mar, ao encontro de Reo.

–Tudo bem?- ele me perguntou quando cheguei perto dele.

–Não posso vim ficar com você, meu amor?

–Meu amor?

–Você é chato...

–Eu te amo, tá?

–tá

–Alice!

–Reo!

Ele me abraçou e me ergueu, para passar por outra onda.

–O que você conversaram?-ele perguntou, um pouco mais sério.

–Sobre como vamos fazer pra dar um amasso pela praia sem você ou Maia verem...

Ele não pareceu achar graça, mas me ergueu por outra onda.

–Estou falando sério...

–Ele estava dizendo que eu te faço bem, te faço sorrir, mas acho que esqueci essa habilidade lá na areia.

Ele me puxou mais para perto dele e beijou minha testa.

–Vocês dois eram namorados de infância, tem uma história...

–E nós também! - eu toquei seu rosto e repousei minha mão em sua nuca - Eu te amo, nada e ninguém vai mudar isso...

Ele assentiu e corou levemente.

–Desculpa.

–Você não precisa sentir ciúmes, ele tem Maia e eu bom...-não conclui a frase.

–Você...

–Eu achei um coordenador chato, teimoso, inseguro e que eu amo tanto!

Ele me pegou no colo e me beijou, me fazendo perder o ar.

–Sério?

–Lembra da parte da insegurança?

Ele sorriu, fazendo tudo valer a pena.

Me desvinculei de seus braços e mergulhei sob uma onda.

Emergi e ajeitei os cabelos.

–Seu irmão disse que sua mãe gostou de mim...

–Sabia que iria gostar! Tem como não gostar de vc?

–Espero que você não encontre a resposta...

Ficamos um bom tempo dentro da água, quase 2 horas inteiras, e Reo perguntou:

–Quer sair um pouco?Caminhar por aí?

–Pode ser...

–No chão ou no colo?

–Suas costas vão doer de tanto me pegar no colo.

–É bom, assim você me faz uma massagem.

– Não precisa estar com dor, meu amo r- disse tocando seu ombros e o apertando. Ele estremeceu levemente e eu me joguei em seus braços.

Ele me pegou no colo, me levando novamente para a areia.

–-------

Podíamos ver o por do sol ao longe e os braços de Reo envolviam meu corpo. Estávamos sentados na canga e eu estava apoiada em seu tronco.

Jack e Maia sentavam nas cadeiras de plástico, atrás de nos. Rose e Marco haviam ido procurar Percy, que não havia voltado até agora.

–Você quer alguma coisa?- Reo perguntou.

–Não... Você quer?

– Vai lá?-ele perguntou e beijou meu pescoço, me fazendo encolher mais em seus braços.

–Vou sim...- me levantei, mas com vontade de ficar, e ele pegou dinheiro em nossa mochila.

Uni nossos lábios rapidamente, coloquei a sandália e perguntei se Jack e Maia queriam algo e eles negaram.

Comecei a andar até a orla da praia e atravessei a rua.

Entrei na lanchonete e fui até balcão.

Pedi um Sanduíche e uma coca, sabendo que era aquilo que Reo desejava.

Me virei, esperando o pedido, e vi Percy conversando animadamente com outro garoto.

Ele devia ter a idade de meu cunhado, 22 anos. Eles tomavam um sorvete juntos e riam de algo, aparentemente, muito engraçado.

Fui em direção a eles e acenei para Percy, que ficou tenso.

–Oi...-disse para os dois.

–O que você tá fazendo aqui?-Percy disse.

–Reo estava com fome e eu vim pegar um lanche para ele. E você? Seus país estão te procurando pela praia...

Ele engoliu seco e se levantou, se despediu rapidamente de seu amigo.

–Preciso ir...

–Percy, espera eu vou com você, só me deixa pegar as coisas aqui.

Ele parou, impaciente.

–Eu quero ir embora! Será que eles não vão trazer o pedido nunca?-ele disse após alguns minutos.

–Por que está tão nervoso?É só um lanche, não precisa ficar assim...

–Você não entende, neh garota?

–Eu já percebi que está nervoso por causa do seu amigo, ou sei lá, você estar aqui, não sei ao certo... Mas eu não vou falar nada com ninguém, se não quiser que saibam que estava aqui!

–E por que você faria isso?

–Por que eu não tenho nada a ver com isso, então não vou te atrapalhar.

Ele ficou em silêncio e eu me virei para pegar o pedido.

–Você já teve medo de contar algo pra sua família, por receio...

–Com sinceridade, não. Mas sei como é, por que eu guardo um segredo de uma pessoa que se sente assim...

–Essa pessoa confia tanto em você assim?

–Acho que sim, por que em 4 anos sei disso, ela sempre me confiou as coisas sobre...

–E você guardaria um segredo meu?

–Sim. Se você quiser contar...

–Não falaria nem para Reo?

–O segredo é seu, Percy, só cabe a você contar...

– Aquele cara... -ele me olhou, para que eu percebesse de quem se tratava.- Nos estamos, você sabe, juntos...

–E você é feliz com ele?-perguntei, tentando amenizar sua tensão.

–Eu gosto dele...

–Então seja feliz com ele, ninguém tem nada com isso...

–Sério, você não vai me olhar com nojo? Não vai dizer que sou estranho?Não vai ao menos se distanciar de mim?

–Não, por que eu faria isso?

–Por que é isso que as pessoas fazem...

–Bom eu sou um alienígena então.- O pedido de Reo chegou e eu o peguei.-Você vem?

Ele assentiu e me seguiu. Saímos da lanchonete e começamos a caminhar para a rua.

–Obrigada, Alice... – ele disse, assim que avistamos a família dele, e em partes minha também.

–Não tem que agradecer, eu que preciso. Você confiou em mim.

–Você é da família agora!

–Acho que sim...-sorri e atravessamos a rua, indo até a areia.

Chegamos perto da barraca e Rose abraçou Percy.

–Onde estava, meu filho?-ela perguntou desesperada.

–Eu caminhei pela praia e encontrei um colega de faculdade, nós fomos comer algo e minha cunhada- ele passou a mão nos meus cabelos, os bagunçando-Me encontrou e disse que a gente estava indo.

–Obrigada querida, se não fosse você esse cabeça de vento ficaria perdido por aí...

–De nada! Foi bom encontrar Percy, acabamos colocando a conversa em dia.

Senti braços fortes e molhados de água salgada, agarrando minha cintura e me puxando.

–Oi...-eu disse a Reo, arfando pela proximidade.-Aqui!

Coloquei a bolsa de papel na mão dele e recebi um beijo na bochecha.

–Obrigada, meu amor...-ele disse, indo até a ganga e abrindo o lanche.

–Gostou de ter vindo?- Marco Antônio me perguntou, passando o braço por meu ombro, como um pai.

–Sim, foi ótimo!

–Eu adorei te conhecer, te achei maravilhosa, Reo fez uma ótima escolha.

Eu corei de leve e, antes de poder agradecer, Reo disse:

–Eu sei - ele disse de boca cheia e eu e meu sogro começamos a rir.

–Foi assim que eu te ensinei, não é Reo? - Rose o repreendeu, revoltada.

–Alice não liga...-ele deu de ombros e continuou comendo.

–Mas eu sim, então pare! - ela disse e eu e Marco não conseguimos parar de rir.

Ela sentou na cadeira de praia, ao lado de Jack, que continha uma risada. Ele estava de mãos dadas com Maia.

Percy se sentou em baixo do guarda-sol, Marco foi até a cadeira ao lado de sua mulher e eu sentei na canga com Reo.

–Voc êsabia exatamente o que eu queria...

–Acontece! -ele me abraçou e me ofereceu a coca. Eu bebi um pouco e devolvi a ele.

–Vamos embora? - Maia perguntou - Minha mãe pediu que eu não chegasse tarde hoje...

Me senti estranha. Eu tinha a idade de Maia, mas já morava com Reo, minha mãe só saberia mais tarde que fomos a praia, eu poderia chegar a hora que fosse, pois estava com meu noivo...

Uma onde de incerteza passou pelo meu corpo.

"será que não estamos indo rápido demais?"

Reo se levantou e estendeu as mãos para me ajudar a levantar.

Toquei suas palmas e fui puxada para um abraço.

–Te amo... - ele sussurrou em meu ouvido.

–Eu também te amo... - também sussurrei.

Começamos a arrumar as coisas e nos preparar para ir embora.

Eu, Maia e Rose colocamos nossas saídas de praia e fomos para o carro.

– Maia, você quer que eu e Reo te levamos em casa? Tem espaço de sobra no carro...

–É! - Reo chegou ao meu lado, concordando - Vamos ter que passar lá perto para ir pra casa...

Ela olhou, insegura, para Jack. Ele assentiu, a incentivando a ir.

–Não vou atrapalhar?-ela perguntou.

–Não pra mim... – disse - Reo?

–De jeito nenhum...

–Obrigada!

Ela beijou Jack e se despediu de Rose, Percy e Marco.

Fui até Jack e o abracei.

–Até a próxima, maninha...-ele disse.

–Até! – respondi sorrindo como apelido.

Abracei Marco e ele sorriu.

–Espero que não demorem a vir nos ver...

–Não vamos...

Cheguei perto de Percy e o encarei:

–Obrigada... – disse - por confiar em mim.

–Obrigada por me ouvir...

Ele me abraçou e eu percebi, novamente, uma expressão de surpresa em Reo, que se despedia de seu pai.

Fui então até minha sogra.

Ela sorria de leve para mim e eu sorri de volta.

–Pode ter certeza que eu gosto de você, minha nova filha... - ela me abraçou - Espero que Reo te faça muito feliz, por que você merece!

–Obrigada...

–Agora vá lá, vocês tem muito o que fazer ainda.

Corei de leve e me dirigi até o carro, dando um último aceno para Março Antônio, que acenava para nós.

Reo ligou o carro e deu partida.

–Algum tipo de música em especial?-perguntei a Maia, no banco de trás.

–Não sei... -ela parecia muito nervosa.

–Vai mesmo ficar com vergonha, Maia? – Reo se manifestou – Eu e Alice não mordemos... Bom talvez um ao outro, mas...

–Reo!-o repreendi, minhas bochechas queimavam.

Maia ria no banco de trás e pareceu relaxar um pouco.

–Gosto de pop... -ela disse parando de rir.

–Ok então...

Coloquei na minha rádio favorita, onde só tocavam pop ou rock alternativo.

Maia cantava baixinho todos as músicas.

Após alguns minutos chegamos até a casa de Maia.

Ela agradeceu pela carona e se despediu saindo do carro.

Reo deu partida no carro e nos seguimos viagem para nossa casa.

–Eu percebi que você ficou estranha lá na praia, antes da gente ir embora, aconteceu algo?

–Não...

–Alice...

–Só estava pensando em uma coisa, mas é besteira.

–O que era?

–Maia me fez pensar se estamos indo rápido demais... Sabe, eu ainda vou pra faculdade, ainda vou conseguir um emprego...

–Você não quer mais, é isso?

–Eu quero, mas eu só me questionei sobre isso...

–Se você quiser ir com calma, nós... Não sei, podemos...

–Não quero ir com calma! Não agora, não mais... Só pensei. Disse que era algo idiota!

Ficamos em silêncio por alguns instantes, Reo parecia compenetrado no trânsito e eu comecei a olhar ela janela, tentando me distrair.

–Você quer comprar algo pra comermos mais tarde?-ele perguntou, quando chegávamos na entrada de Ollen.

–Pode ser...

–Alice, não é pode ser, eu quero saber se quer de verdade!

–Quero!

–Obrigada!

–Mereço...

Ele me olhou pelo canto do olho.

–Se você fizer isso de novo eu vou te morder...

Comecei a rir e ele deu um leve sorriso de satisfação, como fazia sempre que eu gargalhava.

–Contando que você não conte pro universo inteiro pode morder.

–Não me provoque...

–----------------

Chegavamos em casa e Alice levou as compra pra geladeira.

Deixei a mochila na areá, perto da Cozinha e fiquei observando ela colocar os alimentos a geladeira.

Me sentia em um dos sonhos que tinha em um tempo anterior. Alice ali, perto de mim, sendo a mulher que eu mais amava e desejava em toda minha vida.

–Vou tomar um banho...-ela disse, fechando a geladeira.

–Td bem...-me aproximei dela.

Ela uniu nossos lábios e se afastou, indo até suas malas.

–Quer ajuda com isso?- perguntei a ela.

–Amanha... – ela se levantou e eu percebi o quanto estava cansada, de tudo.

– Você gostou?

– Sim. – ela me beijou e começou a andar em direção ao banheiro de nosso quarto. – Podíamos fazer mais vezes...

–quando você quiser.

Ela ligou o chuveiro e começou a tirar a roupa. Me sentei na beirada da cama e liguei a Tv .

–Reo, meu amor...-Ela lamentou do chuveiro - Sua bermuda esta cheia de areia< que vai ficar na cama...

– Desculpa!

– Toma um banho e depois você pode fazer o que quiser.

Peguei minhas coisas e obedeci minha mulher. Fui para o banheiro do corredor e tomei um banho. Assim que sai do chuveiro, fui para a cama e vi Alice encolhida dormindo.

Me deitei ao seu lado, com cuidado para não acorda-la, e a abracei.

Ela chegou levemente para trás e encaixou nossos corpos. Assim adormecemos.


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Notas finais do capítulo

Esses dois