If she is your only then why you lonedy? escrita por Avia


Capítulo 10
Capitulo 8: Passeio e uma passada na pizzaria


Notas iniciais do capítulo

Bom, está ai o capitulo dessa semana.
Algumas coisas, não muito legais, aconteceram enquanto eu escrevia esse cap. então espero que tenha ficado menos ruim do que eu estou o considerando.
Boa leitura.



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(Pov Alice)

Me levantei, pensando que dia era aquele.

Olhei para o lado e vi que Gil não estava ali, então me levantei e fui até a sala.

–Bom dia!- ele exclamou ao me ver entrando no local.

Estava de short e uma camiseta, roupas que ele usava para dormir.

O beijei e envolvi meus braços em seu pescoço.

– O que vamos fazer hoje?

– Hoje? Dia de ficar em casa e aproveitar... - ele começou a beijar meu pescoço.

– Não, é serio! Hoje é sábado, neh?

– Então... dia de curtir.

– Mas nos não temos aquele passeio?

– Quem liga?

Me lembrei do que havia acontecido à uma semana e minha vontade de ir no passeio se esvaiu.

Após a morte de Angel o passeio havia sido adiado e as aulas naquela semana canceladas.

Gilbert pediu para que fossemos no enterro, afinal Angel era minha amiga, e ele achou que eu deveria dar uma força à sua família.

Fui, chorei, apoiei o pai e a irmã dela, vi Ene chorar muito, Vick ficar triste mas nada demais e depois voltei para casa de Gil.

Foi um cerimônia simples, com muitas flores (como em todos os enterros) e Angel fora enterrada ao lado de sua mãe.

Aproveitei para passar no tumulo de minha avó.

Contei a ela sobre tudo, assim como costumava fazer antes.

Falei sobre Reo e o que achava que sentia, sobre não querer magoar Gil, sobre meus pais e por fim sobre Angel.

Foi duro, eu acabei chorando muito, mas valeu a pena. Afinal me lembrou de quando contei para vovó sobre um garoto que eu estava gostando, mas achava que não tinha chance por que era o mais bonito da escola e todas as garotas queriam ele.

Hoje eu tinha medo de magoa-lo...

– Tem razão - disse por fim - Quem liga?

O beijei por um longo tempo, até Jane aparecer.

– Vocês não podem fazer isso em outro lugar?

Gil olhou indignado.

– Disse a chatinha que se acha santa.

– Mas não fico exibindo o meu amor pelos coredores da casa.

– Tecnicamente- disse para irrita-la - essa é a sala.

– Vão se ferrar!

Rimos de sua exclamação e, em seguida, fomos comer.

Eram 8 da manha e o ônibus da escola deveria estar saindo em meia hora, para levar os alunos até o seminário.

Após terminarmos o café da manha, Gil teve a ideia de estudarmos.

Ele insistiu para que, enquanto Jane não saísse de casa, nós nos comportássemos. Apesar dele não estar ajudando muito, pois em qualquer momento que ficamos sozinhos ele me agarrava.

Depois de pegarmos cadernos e livros para começar a estudar, ouvi a musica favorita de Vick tocar.

Procurei meu celular. Olhei o visor e vi seu numero na tela.

Me afastei e fui para um lugar onde ninguém poderia ouvir nossa conversa e atendi:

– Alô – eu falei.

– Aonde você está? – Vick tinha uma voz exaltada e parecia revoltada com algo.

– Na casa do Gil...

– Você não vai vir ? - perguntou outra voz que reconheci como sendo de Olivia.

– Não, eu vou ficar por aqui mesmo.

– E por que você não avisou? Eu teria feito o mesmo! - exclamou Ene, bem ao fundo.

– A gente acabou de decidir...

Ouvi um barulho e a voz que falou me deixou paralisada

– Tem certeza que não vem? - Reo falou.

Demorei alguns minutos para voltar a realidade e responder:

– Sim- disse secamente

– Está tudo bem? – ele parecia realmente preocupado.

– Por que não estaria?

– Não precisa fingir que nada aconteceu. Eu sei que ficou chateada com tudo que tem acontecido e quero que saiba que eu...

– Se quer saber, Reo, não estou mais chateada. E como isso não é mais um assunto acadêmico, adeus

Instaurou-se um silencio horrível e repensei se deveria ter dito aquilo.

– Adeus Alice.

Ele desligou.

Fiquei alguns segundos ouvindo o som da chamada terminada e retomei a realidade.

Não deveria me sentir daquela forma, ele não lutará por mim, não tentou dar um jeito de manter contato, nada!

Deixei meu celular na sala e voltei para o quarto de Gil, onde estávamos estudando. Me sentei ao seu lado e ele perguntou:

– Quem era?

– Vick, queria saber se iríamos no passeio.

–Gente!- Jane chamou – Vou indo. Meu mozão ta me esperando...

– Nossa, chatinha! Mozão? – disse Gil segurando a risada.

Jane deu língua e saiu do apartamento. Começamos a rir desesperadamente e por um segundo esqueci completamente de Reo. O que me fez muito bem.

Quando ouviu a porta bater Gil saiu de seu canto da cama e veio até mim.

–Hora da brincadeira!

Ele me agarrou e começou a beijar meu pescoço e me fazer cócegas. Eu ria descontroladamente e queria fazê-lo parar, mas não conseguia. Seus braços prendiam meu corpo e eu estava totalmente em suas mãos.

Ele então parou por alguns segundos e perguntou:

–Amanha temos a festa na casa do seu avó, certo?

–Sim- disse ainda muito ofegante

–Ata- e retomou as cócegas que fazia antes.

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(Pov Reo)

“Ela precisava ter sido tão arrogante?”

Nós já estávamos chegando até a minha cidade e a única coisa que passava em minha mente era essa pergunta.

Cheguei a conclusão que quando Alice disse que não ligava, ela achou que eu tinha desistido completamente de estar perto dela. Claro, que eu queria poder fazer algo contra aquela situação, mas nada me corria.

Me sentava na primeira fileira do ônibus e logo atrás as amigas de Alice conversavam animadamente.

Olivia e Ene estavam na mesma fileira e atrás Vick e Leo. Na fileira ao lado estavam Lion e Valentim. Todos conversavam e interagiam.

O assunto atual era Alice, o que, com sinceridade, me incomodou muito. Apesar de tentar ignorar e não pensar muito em Alice, dês da semana anterior, tudo me levará a ela.

Foi insuportável vê-la chorando nos braços de Gilbert. Eu queria ir até ela e fazê-la parar, mas não sabia se ela queria ser confortada por mim, ainda mais tendo o namorado ao lado. Quando ela foi até o tumulo de sua avó, eu fiquei a observando de longe. Ela primeiro chorou e depois começou a falar, contar sobre algo que eu não consegui ouvir. Quando estava tomando coragem para ir até ela e conforta-la, fazer com que parasse de chorar Gilbert havia chego e a levou embora.

Os amigos de Alice agora pareciam falar sobre o namoro dela e de Gilbert.

Tentei desviar a atenção, mas a cada vez que o nome dela era citado eu queria saber do que se tratava.

Olhei para a janela e vi que já estávamos chegando perto do salão onde seriam apresentadas as palestras.

Pensei o quanto eu ia até o lugar a qual nos dirigíamos. Sempre que havias algo sobre historia, eu aparecia por lá.

A saudade me atingiu instantaneamente, não só da faculdade, mas também de Alice.

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(Pov Alice)

–Conheço avôs que mexem mais rápido no computador do que você! – Gilbert disse depois de mais uma tentativa frustrada de entrar no site da escola. – Com licença, meu amor, deixa que eu faço!

Ele tirou o notebook delicadamente de meu colo e começou a tentar novamente.

Já era fim de tarde e tentávamos ver as notas que precisávamos para nos formar.

Ele tentou algumas vezes e entrou em sua conta e ver seu boletim.

–Me parece que você não precisa de nota nesse bimestre, por que ainda vai a aula?- exclamei. As notas dele eram espetaculares.

–Pois é- ele disse dando de ombros- Vamos ver a senhorita agora!

Ele saiu de sua conta e entrou na minha. Vimos meu boletim. As notas também estavam boas, não tão esplêndidas quanto as de Gil, mas boas.

–Viu? Eu disse que não estava acabada.

–Estou vendo... – ele sorriu. Deixou o computador na mesa a frente e se voltou novamente para mim, começando a acariciar minha bochecha.- Você é inteligente, disso eu já sabia. Mas é incrível como a cada vez que olho pra você, eu vejo que está mais bonita.

Corei e ele me beijou. Era ótimo ter Gil de volta, agindo normalmente e me amando dessa maneira.

Ele começou a aumentar a intensidade do beijo e eu o afastei.

–Por hoje já chega, não acha? – o repreendi – e tem Jane que pode chegar daqui a pouco...

– Tem razão – disse Gil depois de um suspiro – Mas o que vamos fazer?

Pensei em algumas opções, mas nada me pareceu bom o suficiente.

Olhei para o relógio e percebi que já estava na hora do retorno das minhas amigas naquele passeio da escola e tive uma ideia.

– Por que não encontramos as meninas e vamos comer algo?

– Ótimo, vou pegar as chaves! – ele se levantou e foi para seu quarto.

Peguei o telefone e liguei para Vick.

–O que você quer? - ela exclamou

– Também te amo, amiguinha!- fingi indignação- Vocês topam ir naquela pizzaria de sempre?

–Eu sim, tenho que ver com elas aqui.

– Eu to indo pra escola e ai a gente resolve.

–Beijos

–Beijos

Desliguei e fui para o banheiro. Ajeitei meu cabelo e olhei para minha roupa, um jeans e camisa azul lisa, passei um batom que estava em cima da pia.

Sai e encontrei Gil na porta.

–Vamos? – Ele me deu a mão e saímos do apartamento.

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(Pov. Reo)

Estávamos voltando para Ollen. Estávamos quase na escola e tudo era silencio.

Olivia e Valentim ouviam musica de mãos dadas, no banco atrás de mim

Ene estava encostada nos ombros de Lion e dormia em quanto ele mexia em seus cabelos nada convencionais, estavam sentados onde antes ele e Valentim conversavam.

Vick e Leo conversavam em um tom baixo e pareciam querer resolver algum problema que até então não tinha solução, estavam no mesmo lugar de antes.

O resto do ônibus seguia em um silêncio absoluto, e eu me perguntava a cada minuto se estaria tudo bem, afinal eles nunca ficavam quietos.

Após conferir pela milésima vez se tudo estava em ordem, peguei meu celular e olhei os meus e-mails e mensagens.

Quando ia responder os torpedos que Ada havia me mandado, comecei a ouvir uma melodia ao fundo e me virei.

O celular de Vick tocava e ela atendeu.

Após uma curta conversa, desligou o telefone.

Ela se levantou e chamou atenção de suas amigas e eu me virei fingindo não querer saber do que se tratava.

– Alice está indo pra escola e nos convidou para ir naquela pizzaria, a de sempre...

– Ta! – Olivia recolocou o fone e Valentim deu de ombros

– Tudo bem, mas agora shhh. – Lion disse assim que coferiu se Ene havia acordado.

Leo deu de ombros e puxou Vick para seu colo .

“Alice” – pensei – “Vou vê-la ainda hoje”

Me repreendi pela euforia. Eu não podia ficar daquela forma, era irracional. Mas quando o assunto era Alice eu perdia totalmente o controle e eu odiava perder o controle.

Percebi nesse meio tempo o quanto queria me desculpar com ela, mas não podia simplesmente chegar e falar “Ola, Alice, por que não me desculpa por semana passada? Eu deveria ter mandado a diretora ir se ferras... Vamos ser amigos para sempre!

Passados mais alguns minutos viramos uma esquina e chegamos ao nosso destino.

Organizei a saída do ônibus e verifiquei se ninguém havia deixado nada lá.

Encontrei um celular, o mesmo que havia visto nas mãos de Vick mais cedo. O peguei e desci indo para dentro da escola, esperando que ela ainda estivesse ali. Chegando na portaria vi Alice.

Apesar de estar de costas á reconheci. Os cabelos negros estavam soltos e ela ajeitou os óculos de uma forma que apenas ela fazia. Estava com as amigas conversando, animadamente em um canto da portaria.

Me aproximei, sendo notado apenas por Vick, que sorriu rapidamente e depois ignorou minha presença.

Cheguei perto o suficiente de Alice, podia sentir seu leve perfume de jasmim. Fiquei ali por alguns segundos e me situei da conversa. Elas falavam algo sobre maturidade.

– Eu sou a mais madura entre nos! – disse Vick.

– Não- responderam juntas.

–Eu sou a mais madura, querida! – disse Alice rindo e ainda sem saber da minha presença ali.

– Claro que não- retrucou Vick – sua maturidade só aparece quando você está perto de Reo!

Todas riram e Alice colocou a mão sobre a boca, incrédula e zombeteira.

Me curvei o suficiente para ficar da altura de Alice e sussurrei em seu ouvido:

– Ótimo saber...

Ela ficou tensa e se virou rapidamente para mim. Nesse movimento Alice quase caiu e se eu não tive envolvido sua cintura com minhas mãos, ela teria desabado.

Por um minuto era como se só tivéssemos nos ali. Ela estava totalmente dependente de mim. Se eu a soltasse iria cair, mas se continuássemos daquela forma eu não iria resistir ao impulso de beijar sua boca.

–Então Reo? – Uma voz familiar, mas que com toda certeza não estava ali antes, apareceu.

Sai do transe e ajudei Alice a ficar em pé, rapidamente e olhei para trás.

Ada me encarava, nada feliz, mas com um falso sorriso no rosto.

Fui até sua direção e a cumprimentei.

–Achei que ainda estivesse na estrada...

– E eu achei que já havia resolvido esse problema!

Ela começou a andar na direção de Alice e eu a segui, pegando a pelo braço.

– Ada, não!

– O que foi?- ela se desvinculou de mim – Só vou cumprimentar minha amiga! Não é mesmo Alice?

Ada sorriu, e olhou para Alice, que também tinha um sorriso no rosto.

–Claro! – Alice entrou naquela brincadeira – Eu e Ada temos uma ótima relação! Somos muito amigas!

Ene, Vick e Olivia olhavam com uma espécie de duvida, mas pareciam que, a qualquer sinal de ameaça, partiriam para uma luta.

– Viu, meu amor! – Ada disse com ênfase no “meu amor” - Nós somos amigas e não há nenhuma desavença entre nós!

Eu olhava de uma para a outra, elas pareciam ótimas e sorridentes, mas seus olhos travavam uma batalha que só teve fim quando Gilbert, Leo, Valentim e Lion se aproximassem.

Gilbert apertou a mão de Alice, enquanto elas ainda se encaravam. Ele percebeu imediatamente que havia algo errado.

– Mas então? Tudo bem? – ele disse colocando a mão na cintura de Alice.

Ada pareceu tomar um susto com tal atitude e recuou um pouco.

– Está sim, a propósito nós já estávamos de saída... – Alice beijou sua bochecha.

Todos que estavam atrás de Alice, começaram a se preparar para ir embora.

Leo então cometeu, o que poderia vir a ser, o maior erro daquela noite.

– Vocês querem ir com a gente?

Todos ficaram em silencio e Vick deu uma cotovelada nele.

Olhei para Ada que respondeu por nós dois.

–Claro que queremos!

–Na verdade, eu estou um pouco cansado... – tentei ser educado e sair daquela situação.

– Amanha você descansa! Vamos aonde mesmo?

–Na pizzaria na rua onde Reo morra... – Alice disse.

– Viu, ainda é perto de casa! – ela não pareceu surpresa por Alice saber a localização de minha casa.

Ada se virou e foi na frente. Eu tentei encontrar o olhar de Alice, mas ela estava virada para trás, olhando para Leo. Todos na verdade olhavam para ele e não tinham um bom semblante.

–Se vocês não nos quiserem lá eu dou um jeito e levo ela para casa...

Todos se viraram e Alice foi quem se manifestou:

– Se não houver nenhum problema pra você ficar tão perto de nós, alunos, tudo ótimo!

Ela pegou a mão de Gilbert e disse um “Vamos” para todos.

Fomos seguindo ela até o fim da rua, onde Ada esperava e depois continuamos até nosso destino, a pizzaria que queria visitar desde que me mudara, mas não tive tempo.

Fomos até uma mesa onde coubéssemos todos nós.

A mesa se dispôs da seguinte forma: em um dos lados Olivia, Vick, Leo, Ada e eu. No outro ficaram Valentim, Ene, Lion, Alice e Gilbert. Nessa exata ordem, o que deixava Alice e Ada, uma a frente da outra.

Pedimos duas pizzas e todos começaram a conversar.

Vick, Ene, Olivia e Alice conversavam sobre como haviam sido as palestras e os meninos se apresentavam e tentavam enturmar Ada. Eu fiquei em silencio, apenas observando tudo que acontecia.

Alice sorria ao ouvir os comentários e Ada já parecia totalmente ambientada com o local e as pessoas, não parecia nem se importar com o que havia ocorrido mais cedo.

Comecei a olhar para Alice e percebi que ela também me olhava.

– Desculpe por mais cedo, você pediu para que nós nos distanciemos... – falando em um tom baixo, para que ninguém ouvisse, Alice tentou se desculpar.

– A culpa foi minha, eu lhe devo desculpas. – eu disse rapidamente.

Ela sorriu com delicadeza e se voltou para Gilbert que havia acabado de dizer seu nome, durante sua conversa com Ada.

A pizza chegou e nós começamos a comer.

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(Pov Alice)

Estávamos comendo a pizza de calabresa.

Já era o 4 pedaço que aparecia em nossa mesa e eu estava amando aquele momento. Olhava para Reo rapidamente e via que ele não tirava os olhos de mim.

Ada não parecia ver, ou talvez não se importasse, com o fato de Reo prestar total atenção na forma como eu comia, em meus movimentos ou em meu sorriso.

– Mas então antes da pizza doce, nós devêramos brindar!- exclamou Ada.

Todos concordaram e ergueram seus copos.

– Um brinde então! – disse Olivia.

Com um movimento rápido todos bateram as taças e sorriram, mas algo saiu muito errado.

De repente eu vi um liquido vindo em minha direção e eu tentei desviar.

Quando voltei a posição original, olhei para Ada e vi um pequeno sorriso, maldoso em seus lábios.

Todos me olhavam perplexos e Gilbert pegou minha mão.

– Você esta bem?

– Sim. – disse com tanta raiva em minha voz que o sorriso de Ada se desfez.

Olhei para a manga de minha blusa e vi que tinha coca-cola na manga azul.

– Alice... – Reo começou a se pronunciar

– Acho que vou no banheiro, com licença...

Sai da mesa, resistindo a vontade de voltar e matar Ada.

Entrei na parte do banheiro em que estavam as pias. Peguei um pouco de papel e o molhei para tentar minimizar o efeito da coca e disfarçar para que ninguém reparasse.

Enquanto me limpava senti alguém se aproximar de mim e olhei para o espelho, reconhecendo cabelos brancos, uma jaqueta e um sorriso cauteloso.

– Quer ajuda? – Reo me disse

– Se você conseguir fazer sua noiva parar de tacar refrigerante nas pessoas, eu já agradeceria.

– Eu não sei o que Ada estava pensando...

– Eu sei Reo – disse me virando em sua direção, fazendo com que nossas bocas quase se tocassem- Ela acha que um dia você vai ficar comigo, ela pensa que você trai ela e eu sou sua amante... Entendeu, ou quer que eu desenhe?

– Eu não sei de onde ela tirou essa ideia... – ele se aproximou mais de mim. Podia sentir sua respiração em meu rosto e quando finalmente os lábios iam se tocar, Ene entrou.

– Vocês estão bem... – ela disse ao entrar – bom parecem que estão ótimos e eu já vou indo...

Ela se virou e saiu. Reo deu um passo para trás.

–Isso ao pode se repetir... – ele disse abruptamente, sua respiração estava acelerada.

Eu queria dar um passo a frente e beija-lo, mas seu tom apenas me fez recuar.

– Tem razão...- disse, com nem metade de sua certeza.

– Até segunda Alice...

Ele se virou e saiu.

“O que estava acontecendo?” pensei desesperada

Minha respiração estava completamente descompassada e minhas pernas estavam bambas.

Olhei novamente para o espelho e vi meu rosto enrubescido.

Passei uma água pelo rosto e retornei a mesa, que não encontrava nem Reo ou Ada.

–O que aconteceu, Lice? – Gil me perguntou.

– Nada... – menti – Só vamos voltar a comer...

Me sentei novamente ao lado de Gil e comemos a pizza doce, que estava chegando.


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Notas finais do capítulo

Então, pouco ou muito horrível?
Comentem, aceito criticas construtivas!
Beijos e fui
— Avia



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