Misery Business escrita por Sadie Gomez


Capítulo 15
Help by a kiss!


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAh olha como eu sou legal? Postei mais cedo dessa vez u.u
Bem, talvez eu poste mais um essa noite ou amanhã... Meu tempo está começando a voltar de novo u.u
Mas tem uma coisa... Quero comentários gente... cadê aquela animação de antes? Podem largar a vida de fantasma e virem aqui comentar viu... Isso não dói e me deixa louca de feliz KKKK
enfim... Boa leitura e Bom Dia ♥



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POV Jayden

Eu encarava Poppy a minha frente, desejando que aquilo fosse um sonho e ela não estivesse realmente ali. Mas infelizmente ela estava e em um péssimo estado.

– O que aconteceu com você?

Perguntei enquanto a olhava e via o quão machucada ela estava, várias partes do corpo ralados e havia um corte grande na cabeça que não parava de sangrar. Esperei uma resposta que demorou um pouco a chegar, ela estava confusa.

Fui... Fui assaltada.

Foi tudo que ela disse antes de ficar mole e cair, eu a segurei antes que seu corpo se chocasse com o chão. Ela parecia muito fraca. Eu a peguei no colo e a levei para um dos quartos da casa. Só Pett estava acordado e não haveria problema algum em ele vê-la. A deixei na cama e fui até o banheiro pegar a caixa de primeiros socorros. Assim que entrei de volta no quarto a porta se abriu e Pett entrou no cômodo e ao ver Poppy inconsciente na cama seus olhos se arregalaram e foram parar em mim.

– Quem é ela?

– Uma amiga. Me ajude aqui.

Ele não demorou em andar até a cama onde Poppy estava e pegar a caixa de primeiro socorros das minhas mãos e começar a tirar os curativos e remédios dali.

– O que aconteceu com ela?

– Até onde ela conseguiu dizer, foi vitima de um assalto.

Eu disse nervoso, enquanto avaliava melhor seu estado que estava realmente me preocupando, ela estava toda rasgada e ralada, algumas partes de seu corpo estavam vermelhos quase roxas.

– Coitadinha.

Pett falou com seu costumeiro tom de pesar.

– Pois é... Arrume uma roupa para ela enquanto eu cuido dos machucados dela.

Ele se levantou e foi fazer o que eu pedi. Eu me apressei em limpar os machucados em seu rosto, ela resmungou quando passei o algodão com álcool, mas eu estava tentando fazer aquilo o mais delicado que eu podia. Depois de limpar seu rosto e fazer um curativo na sua testa que sangrava muito, eu vi que não teria jeito, ela iria precisar mesmo era de um banho. Levantei e fui até ao banheiro e coloquei a banheira para encher, enquanto a mesma enchia eu voltei para o quarto e encarei Poppy e respirei fundo, umas boas três vezes antes de me aproximar dela.

– Poppy? ... Hey Poppy acorda!

Falei em um tom um pouco baixo para não assusta-la, ela abriu os olhos com dificuldade e me encarou como se não soubesse onde estava.

– Jayden?

– Sim Poppy, sou eu...

Ela continuou me olhando como se estivesse perdida, eu respirei fundo e resolvi acabar logo com isso.

– Você está muito machucada... Eu vou te levar para tomar um banho ok?

Ela não respondeu, seus olhos foram se fechando novamente.

– Poppy?

– Huum?

– Eu vou tirar sua roupa agora e preciso que você se sente e me ajude.

Peguei em sua mão e a levantei com cuidado, ela se sentou, mas manteve os olhos fechados.

– Levante os braços.

Eu pedi e quando ela os levantou fez uma careta e se encolheu. Eu tirei a peça e a joguei em uma cadeira no canto, depois me abaixei e tirei seus sapatos e meias.

– Pode ficar de pé?

– Posso.

Ela respondeu e eu lhe estendi a mão fazendo a mesma ficar de pé, então quando minhas mãos foram para sua cintura, ela colocou a sua por cima da minha me impedindo de terminar o que eu estava fazendo e disse com a voz fraca.

– Acho que consigo tirar essa sozinha.

– Tudo bem.

Ela continuou segurando minha mão e usando a mesma como apoio enquanto tirava a calça com a outra. Eu lutei contra a vontade de que tive de olhar melhor para seu corpo. Ela continuava com os olhos fechados e quando terminou de tirar a peça de roupa, ela falou.

– Posso ficar com minha roupa intima, não é?

Eu sorri.

– Sim, claro.

Ela pareceu respirar aliviada agora. Eu sabia que ela não conseguiria andar até o banheiro, pois nem os olhos ela mantinha abertos. A peguei no colo e a carreguei até o banheiro. Seu corpo era leve e pequeno, fácil de carregar. Entramos no banheiro e quando eu a coloquei na banheira, a mesma se encolheu quando seus machucados entraram em contato com a água. Em um movimento desengonçado e estranho eu consegui prender seus cabelos, quando peguei o sabão para a mesma, ela estava encolhida e com os olhos fechados, por que ela não os abria?

– Me diga se eu te machucar tudo bem?

Ela apenas balançou a cabeça assentindo. Eu peguei a esponja, coloquei o sabonete liquido e comecei a passava delicadamente pelo seu corpo. Ela não se mexia, apenas respirava lentamente. A água que há segundos atrás era transparente ficou avermelhada com o sangue da mesma. Aquilo me deixou com raiva, como fizeram aquilo com ela? Minha atenção saiu da pergunta quando eu passei a esponja ao lado esquerdo de seu corpo, e senti algo ali, quando olhei melhor, vi que era uma tatuagem de uma ancora que ela tinha bem perto dos seios, a tatuagem era media e ficava um pouco mais a baixo do pano do seu sutiã. Não resisti e passei a mão pela mesma, senti quando ela se arrepiou e eu sorri por isso, mas não tirei minha atenção daquela região de seu corpo.

– Jayden?

– Sim?

Eu a respondi sem tirar meus olhos da tatuagem.

– Acho que já consigo terminar isso sozinha.

Eu a encarei.

– Tem certeza?

– Sim.

Ela disse sem me encarar, então eu me levantei.

– Vou arrumar uma roupa para você... Fique aqui.

– Tudo bem.

Quando sai do banheiro e fechei a porta, demorou alguns segundos para ouvir barulhos lá dentro, até que eu ouvi a água cair. Ela estava tomando banho de chuveiro? Sorri antes de me afastar e ir à procura de Pett que parecia ter ido fabricar a roupa que eu pedi. Quando sai do quarto fechei a porta e andei até a sala, encontrei o mesmo vindo com algumas roupas nas mãos.

– Eu não sabia o tamanho dela, não sei se vão servir.

– Tudo bem, é só para eu leva-la em casa.

– Como ela está agora?

– Consciente.

– Que bom. Leve isso enquanto eu termino o chá que estou fazendo.

Ele não me deixou falar mais nada, me virou e me empurrou de volta em direção ao quarto. Eu entrei no cômodo, sentei na cama e fiquei ouvindo a água cair. Até que ela o barulho da água parou e eu ouvir Poppy me chamar.

– Jayden!

Andei até a porta, mas não a abri.

– Sim.

– Pode me dar uma toalha?

Ela abriu a porta pela metade e colocou a cabeça para fora me olhando e escondendo o corpo. Eu a encarei e ela parecia um pouco melhor. Eu lhe entreguei a toalha e a roupa para a mesma.

– Eu não sei se vão servir, mas foram as únicas que consegui.

Ela sorriu fraco e me olhou.

– Está ótimo, obrigada.

Então eu me afastei e ela fechou a porta. Eu resolvi ir até a cozinha pegar o chá da mesma e falar com Pett, mas quando cheguei lá, encontrei apenas a bandeja com duas xícaras, alguns biscoitos e um bilhete.

“Não sabia se você queria que ela me visse, então deixei as coisas prontas e fui para o quarto cuidar da nossa menina. Boa Noite!”

Coloquei o papel no bolso e peguei a bandeja a levando para o quarto, quando entrei no mesmo, Poppy estava olhando um machuco enorme nas suas costas pelo espelho. Sua barriga estava toda a mostra e eu resolvi tentar ignorar quando meu corpo reagiu a isso. Quando ela me viu, ajeitou a roupa na hora e me encarou.

– Meu amigo fez isso para você.

Eu disse colocando a bandeja na cama e ela sorriu pegando a caneca de chá e se sentando. Ela fechou os olhos ao dar o primeiro gole no liquido e eu apenas a encarei, então quando ela abriu os olhos e me viu a encarando, ficou vermelha.

– O que aconteceu com você? Pode me contar agora?

Ela assentiu e ficou um tempo olhando para a xícara em suas mãos antes de falar.

– Bom, eu havia passado mais tempo na faculdade do que eu tinha planejado. Então quando sai de lá eu passei em uma cafeteria e comprei um café.

Ela fez um careta e eu ri.

– Eu sei, é estranho, eu odeio café, mas eu estava tão nervosa que sei lá... Me bateu uma vontade estranha de toma-lo então eu comprei um. Foi quando eu entrei do carro e andei alguns minutos e depois de parar no primeiro farol, eles apareceram.

– Eles?

– Sim, eram dois e estavam armados. Eu me apavorei e se não fosse pelo enorme numero de carros que passavam na minha frente, eu teria pisado no freio e fugido.

– O que obviamente você não fez.

– Não, por mais que eu quisesse muito, não fiz. O homem da garupa apontou a arma para mim e me fez abrir a porta.

– E depois?

Eu perguntei enquanto a via dar mais um gole em seu chá, o meu continuava intacto a minha frente. Eu odiava chá.

– Depois ele colocou a arma na minha barriga e me fez seguir o homem que estava com ele e pilotava a moto. Então nós rodamos e rodamos por horas, até que eles começaram a me trazer para essa estrada de terra, então o motoqueiro parou e o que estava no carro comigo me fez descer.

Ela falava e seu olhar se perdia, como se ela estivesse revivendo os momentos de novo.

– Quando eu desci e um deles me vendou, achei que iriam me matar. Mas o bandido que andou o caminho todo me segurou e me fez andar um pouco me deixando mais perdida e desesperada. Até que paramos em algum lugar e ele me empurrou do que devia ser um barranco.

– Por isso todos esses machucados?

– Sim, eu bati em varias coisas quando cai. Então eu me levantei e comecei a andar e andar, até chegar aqui e encontrar você.

– E como você está se sentindo agora?

– Dolorida e cansada.

– Você pode dormir aqui se quiser.

Eu estava torcendo para que ela recusasse. Ela não podia ver nenhum daqueles dois aqui, ninguém podia.

– Que horas são?

– Quase uma dá manhã.

Ela arregalou os olhos e pulou da cama, mas ficou tonta e se sentou na mesma de volta.

– Meu Deus... Casey e minha mãe devem estar pirando agora. Eu não dei nenhuma noticia, levaram meu carro, bolsa, celular... Tudo!

– Quer que eu ligue para Casey?

– Por favor, mas, será que seria muito pedir que você me leve para casa?

– Não, eu ia voltar hoje também.

– Então podemos ir agora?

– Claro, deixe-me só deixar essas coisas na cozinha.

– Tudo bem.

Eu saí do quarto com a bandeja e respirei aliviado, era ótimo sair dali. Quando eu voltei ao quarto, Poppy tinha arrumado suas roupas e estava sentada me esperando. Quando entrei ela me encarou.

– Sabe, eu já achei o culpado disso tudo!

A olhei mais atentamente agora.

– Sério? E quem foi?

– O maldito café, se eu não tivesse parado para comprar aquela droga que eu odeio isso não teria acontecido!

Ela disse como se fosse realmente culpa do café. Eu não me aguentei com a cara de indignada que ela fez e cai na risada, ela me olhou feio.

– Não ria, é sério idiota. Isso é mais um motivo para eu odiar café!

– Você é meio louca sabia?

Ela não me respondeu, ficou me olhando de cara feia e então eu parei de rir e mudei de assunto.

– Não vai levar suas coisas?

Eu perguntei enquanto olhava para suas mãos vazias.

– Não quero aquelas roupas, estão no lixo. Só vou ficar com os sapatos.

A encarei com a sobrancelha franzida.

– Por que só com os sapatos?

– Por que gosto deles.

Ela disse antes de dar de ombros e sair andando. Eu a olhei e ri, ela era estranha, realmente estranha. Nós saímos da casa e quando entramos no carro e eu coloquei o mesmo em movimento. Poppy se encolheu no banco e fechou os olhos enquanto abraçava as próprias pernas. Eu a olhei e ela parecia pequena e frágil demais agora. Parei o carro e então ela abriu os olhos e olhou para os lados assustada antes de me encarar.

– Por que paramos?

Eu não respondi sua pergunta. Apenas peguei minha blusa no banco de trás e dei para a mesma. Ela me olhou por uns segundos antes de coloca-la. Depois quando eu voltei a ligar o carro e ela se encolheu, eu segurei sua mão. Ela abriu apenas o olho direito e me olhou, eu sorri a tranquilizando e ela sorriu de volta para mim. Ela soltou uma das mãos de volta de suas pernas e isso facilitou para que eu segurasse a mesma. Fomos o caminho todo assim, eu só a soltava para mudar de marcha e depois segurava sua mão novamente. Quando enfim chegamos a sua casa, havia uma viatura em frente à mesma e a porta estava aberta.

– Não acredito que elas chamaram a policia!

Ela disse parecendo indignada, mas não surpresa. Eu estacionei o carro e soltei a mão de Poppy que tirou o cinto e desceu do carro, mas acho que a mesma fez isso de forma tão rápida que ficou tonta e se apoio na porta. Eu desci do carro e fui o mais rápido possível para o lado da mesma e a segurei pela cintura.

– Você está bem?

Ela tremia e estava branca demais.

– Sim... Só fiquei tonta.

– Está sentindo alguma coisa?

Ela me olhou e sorriu fraco.

– Não, está tudo bem... É só que eu estou fraca, não comi nada e ainda bati a cabeça. Mas está tudo bem.

– Vamos acalmar sua família e arrumar algo para você comer então. Vem.

Eu a puxei para mais perto de mim e a peguei no colo.

– Jayden! Eu ainda posso andar!

Eu ignorei seu protesto e continuei andando. Quando entramos na casa, a mãe dela e Casey estavam com os rostos vermelhos, provavelmente por terem chorado. Dustin estava ali serio ao lado da namorada enquanto ela e a mãe falavam com o policial. Quando a senhora Nolan viu a filha em meus braços deu um grito e veio em nossa direção. Casey arregalou os olhos e pareceu respirar fundo, então veio até nos também.

– POPPY!

– Calma mãe, eu estou aqui.

Ela disse tentando tranquilizar a mãe enquanto eu andava com ela em meus braços até o sofá onde eu a coloquei sentada. Assim que me afastei, Casey e a senhora Nolan, pularam em cima da mesma e lhe deram um abraço. Poppy se encolheu e fez uma careta de dor.

– Não me apertem! Não me apertem! ... Dor!

– Desculpa bebê!

Mããe!

Poppy reclamou pelo jeito que a mãe a chamou e eu sorri olhando para ela.

– O que aconteceu com você? Onde você estava?

Poppy contou a família e aos policiais o que havia acontecido com ela e como ela havia ido parado ali.

– Tem alguma coisa que a senhorita possa nos dizer para ajudar a reconhecer os bandidos?

Um dos policiais perguntou e Poppy ficou em silencio por alguns segundos, até que seus olhos se acenderam e ela encarou o policial a sua frente.

– Não, mas eu acho que eles me conheciam!

– Como assim?

Essa pergunta partiu de Casey que recebeu um olhar de repreensão do policial que fazia o “interrogatório”.

– Por que a senhorita acha isso?

O policial perguntou e todos na sala, inclusive eu, ficamos curiosos pela resposta. Poppy engoliu em seco antes de falar.

– Bom... Antes de me jogar do barranco... Um dos bandidos disse. “A caminhada termina aqui... Com os cumprimentos de uma velha amiga, boa sorte Poppy!”

Ela falou a frase como se estivesse perdida no momento, do mesmo jeito que ficou quando me contou o que havia acontecido.

– Isso é realmente estranho.

Foi à vez de o policial comentar.

– É sim... Por que em nenhum momento eu falei meu nome para eles e nenhum deles mexeu nas minhas coisas para saber.

Ela disse ao policial que anotou algo.

– Mas alguma coisa de que a senhorita se lembre?

– Não. É só isso.

– Muito bem, vamos investigar e entraremos em contato com a senhorita o mais rápido possível.

A mãe de Poppy acompanhou os policiais até a porta, mas eles, assim como nós, levaram um susto ao chegarem até à mesma e serem atropelados por um furacão azul que chegou gritando. Eu ri do gemido de dor que Poppy soltou depois que a amiga doida de cabelo azul dela se jogou em cima da mesma e a abraçou apertado.

Dori... Costas dor... Ar tem... Não!

Poppy falou as palavras de forma estranha e cortada por conto de aperto que a azulzinha deu na mesma. Ela soltou Poppy e segurou o rosto da mesma e olhando nos olhos.

– Meu Deus, como você está machucada! Quando pegarem os Filhos da puta que fizeram isso com você... Tripp quebra a cara deles!

Ela falou fazendo Poppy sorrir.

– É mais fácil ele apanhar.

– Hey, olha como fala!

Olhei para porta e o amigo grande e loiro delas estava na porta com um sorriso direcionado as duas. Ele se aproximou de Poppy e diferente da louca azul, ele apenas deu um beijo na testa da mesma e depois cumprimentou a todos na sala.

– Eu nem acredito que isso aconteceu com você... Ainda bem que agora tudo está bem...

– Pois é... Minha sorte foi ter encontrado Jayden...

Poppy falou e eu a olhei, ela sustentou meu olhar por alguns minutos e depois os desviou para olhar a mãe que a chamou.

– Filha... Você não está sentindo nada?

– Só um pouco de dor... Eu queria deitar e dormir!

– Na verdade senhora Nolan, ela precisa comer, por que está o dia todo apenas com uma xícara de chá e um copo de café no estomago!

A senhora Nolan cruzou os braços e olhou feio para Poppy que se encolheu no sofá. A mesma chamou Casey para ajuda-la na cozinha e quando saiu dali. Poppy me lançou um olhar mortal, eu apenas sorri para ela que revirou os olhos.

– Você tomou café?

Tripp fez a pergunta e Poppy o encarou fazendo uma careta.

– Sim, Tomei e ainda acho que a culpa é dele.

– Dele quem? Do café?

– Sim, se eu não tivesse parado para comprar aquela droga, nada disso aconteceria!

– Spectra, você é absurda!

– Spectra é a...

Poppy foi interrompida pela amiga que tapou a boca da mesma enquanto se virava para falar comigo.

– Então quer dizer que você salvou a minha amiga? ... Que belo herói você arrumou em Poom Poom!

A doida de cabelos azuis falou piscando para a amiga que ficou vermelha, depois disso ela me surpreendeu com um abraço.

– Obrigada por cuidar dela.

Eeer... De nada?

O momento que já era estranhou ficou pior quando Tripp que eu apostava estar de rolo com a doida a minha frente pela reação que teve, pigarreou, fazendo nos dois nos separamos. A azulzinha me soltou e andou até o loiro e lhe deu um beijo confirmando o que eu já sabia e depois falou algo em seu ouvido que o fez sorrir. Depois ela se virou para me olhar e disse.

– Jayden, você se importa de levar a Pops para o quarto dela? Aposto que ela quer descansar e vai ser mais fácil ela já jantar lá em cima e depois apenas ir dormir.

– Dorian! Jayden já fez demais, ele já está cansado de me carregar!

Dorian encarou a amiga com um ar de falsa ingenuidade antes de falar.

– Ah Pops, mas você é tão leve... E eu até pediria isso ao Tripp, mas ele está com dor nas costas!

Estou? Ah é... Estou com muita dor... Nossa!

Tripp fez uma careta e Poppy bufou olhando para os amigos e depois falou olhando para mim.

– Os ignore, não precisa se incomodar com isso Jayden!

– Precisa sim, ela está machucada. Ignore essa teimosa e a leve logo daqui!

– Porra Dorian cala a boca eu estou bem!

A maluquinha fez uma cara de inocência que Meu Deus, não enganava ninguém. Poppy olhou mortalmente para amiga que sorriu e piscou para ela. Eu ri daquilo tudo enquanto andava em direção a Poppy que me encarou quando eu a peguei no colo.

– O que você está fazendo?

Ela perguntou enquanto me olhava.

– Te levando para o quarto e não reclame!

Eu saí carregando ela em direção as escadas e não pude ver o que foi, mas Poppy fez algum sinal que levou Dorian e Tripp a risadas e fazendo-a bufar novamente. Eu sorri e continuei a levando para o quarto dela. Quando chegamos ao mesmo, ela abriu a porta e eu encostei a mesma atrás de nós quando entramos. Eu a coloquei na cama e a ajudei a se cubrir. Quando já a tinha coberto, eu dei apenas um beijo em sua testa e depois quando iria me afastar da mesma, ela segurou meu braço e eu a encarei.

Jayden.

– O que foi?

– Obrigada... Bom, por tudo!

Eu sorri para ela.

– Não tem o que agradecer.

Então ela sorriu para mim e ficamos nos encarando em silencio. Ela olhava cada pequeno detalhe em meu rosto e eu fazia o mesmo com ela. Eu podia sentir os pequenos lábios vermelhos chamarem pelos meus, e quando ela tocou meu rosto só ficou mais difícil de me controlar. Eu respirei fundo.

– Eu quero muito beijar você Poppy...

– Então por que não faz isso logo?

Ela perguntou com impaciência e desespero na voz, me fazendo sorrir.

– Por que eu disse... Que só iria te beijar de novo, quando você soubesse realmente o que quer.

– E quem aqui disse que eu não sei o que eu quero, hein?

– E você sabe?

Eu perguntei a desafiando e torcendo para que ela dissesse a coisa certa e eu pudesse beija-la. Ah, quem eu queria enganar? Eu a beijaria mesmo que ela não dissesse nada!

– Sei...

– E o que é Poppy?

Eu disse rosando meus lábios nos dela, que ainda mantinha a mão no meu rosto e fazia carinho no mesmo, mas eu podia senti-la descendo a mesma para minha nuca e me causando uma sensação deliciosa. Ela demorou quase uma eternidade para falar.

– Você... Eu quero você!

Então antes que eu pensasse em beija-la, ela atacou meus lábios de uma forma desesperada e lenta ao mesmo tempo. Eu não soube dizer como ela conseguiu fazer isso, mas ela estava fazendo e fazendo tão bem que eu perdi o controle que tinha sobre mim e esqueci-me de seus machucados e a puxei para meu colo. Ela sentou no mesmo com uma perna de cada lado e quando eu peguei em sua cintura ela gemeu de dor e então nos separamos ofegantes. Ela encostou a testa na minha e continuou em meu colo.

– Me desculpe por isso!

Eu disse e ela sorriu antes de me responder.

– Tudo bem...

Eu segurei seu rosto delicado e a fiz me encarar. Aqueles olhos castanhos e quentes me encaravam com um brilho que eu não sabia identificar. Eu fiz carinho em sua bochecha com o polegar enquanto nos encarávamos, um olhando no fundo dos olhos do outro. Até que eu toquei seus lábios e ela os entreabriu me hipnotizando. Eu juntei nossos lábios lentamente agora, um beijo calmo e diferente do primeiro, mas que não deixou a desejar, fora tão bom quanto o que aconteceu antes. Poppy me olhou antes de perguntar.

– Você vai embora... Agora?

Eu sorri pela pergunta da mesma e em como sua voz pareceu hesitante.

– Sim... Eu tenho que ir!

Ela fez uma careta me fazendo rir e eu a beijei rapidamente.

– Não se preocupe... Amanhã eu vou estar aqui...

– Vai?

Ela perguntou desconfiada.

– Sim, vou... Você não me queria? Então, agora você me tem...

Seus olhos brilharam de um jeito diferente, como uma criança que acaba de ganhar um brinquedo que tanto queria.

– O que você quer dizer com isso?

Ela perguntou ainda com o olhar um pouco desconfiado, eu sorri e mordi o lábio dela antes de respondê-la.

– Exatamente o que eu disse!


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