It's just a dream. So, be free. escrita por Luni Chan


Capítulo 1
Quem sou eu?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/555638/chapter/1

Bem, por onde devo começar? Meu nome é Jackson Overland Frost, e tenho 16 anos de idade. Estudo em um colégio, que na verdade é um acampamento, em Nova Iorque. Digamos que esse colégio não nada normal, mas que colégio com um bando de adolescentes, entre 10 e 18 anos, seria normal? E é aqui onde quero chegar. Nosso colégio, o Acampamento Meio-Sangue, é repleto de pessoas meio humanas, e meio alguma coisa. A nossa amiga Ariel, é meio sereia (sem a calda, por favor, só escamas), Kristoff tem instintos de rena, Flynn de lobo, e por ai vai. E eu? Eu sou meio o que? Meio guardião. Eu sei, eu sei isso seria tecnicamente impossível, mas como disse a Anna, só é possível se acreditarmos que seja possível.

–Bom dia. –falei cumprimentando meus amigos.

–Bom dia. –responderam todos.

E você acha que são somente adolescentes meio coisa não humana? Não, alguns de nós somos 100% humanos, mas, temos poderes, eu de gelo, Mérida de fogo e larva, Anna hipnose, Hiccup domina os animais, Astrid domina a luz e sol, Rapunzel tem cabelos mágicos, que brilham com uma música em exato, e não é só o brilho, eles podem curar qualquer coisa. Acreditem, esses são os melhores amigos que alguém poderia ter na vida. Tudo bem que não temos uma vida, mas como assim, Jack? Nunca, e quando eu digo nunca, é nunca, nunca saímos do acampamento. Estamos sendo treinados para combater uma força maligna, o rei dos pesadelos, Picth. Mas, por mais de todas essas complicações e obrigações, eu prefiro mil vezes ser diferente e viver no acampamento, do que ir para o outro lado do muro, tudo bem que nunca fui para a terra humana, mas, parece ser tão, tão horrível.

–Nunca tiverem curiosidade de sair daqui? –perguntou Astrid.

–Para falar a verdade –falou Flynn –Já, mas não podemos, somos apenas crianças.

Astrid, Aurora e Alice são as únicas que podem sair do acampamento, Astrid é responsável por fazer o sol nascer e se por todos os dias, e Alice é responsável por levantar a grande lua. Humanos acham que isso é apenas o ciclo da terra, acham que apenas somos lendas mortas, poucos são os que acreditam em nós, por exemplo, o Jaime, ele toda noite pede para Aurora, cujo é responsável pelos bons sonhos, pela proteção de nós, e também pede que um dia todas as crianças acreditem em nós.

–Eu ainda acho que a Branca de Neve, a Jasmine e a Mulan, vão se virar contra nós. – comentou Anna.

–Não acho que elas seriam capazes –interrompeu Rapunzel –E nem teriam coragem.

Não somos todos nós que temos poderes naturais. Branca, Jasmine e Mulan têm poderes sobrenaturais, coisas fora do comum, o que leva as pessoas a desconfiarem sempre delas, Branca domina as sombras, Jasmine as memorias, mas, o que a de errado em memorias? Quando elas podem ser apagadas e/ou substituídas, muitas coisas podem acontecer. E por último, mas nem por isso menos poderosa, Mulan, capaz de matar qual quer um com a força da mente. Graças ao Homem Na Lua elas nunca tentaram fazer nada a nenhum de nós, mas podem fazer a qualquer momento.

–Quais vocês acham o poder mais bonito? –perguntou Hiccup.

–Todos são bonitos, mas, o mais interessante, é o da Pocahontas e o da Tiana. –falou Kristoff.

Digamos que elas não gostam muito do nosso grupo. Pocahontas é responsável pela flora, e Tiana pala fauna. Elas não gostam muito de nós por que às vezes Mérida acidentalmente incendeia a floresta, e eu acidentalmente congelo a floresta. Por mais que elas tenham poderes importantes, ainda não estão prontas para sair do acampamento e ir proteger as florestas. Mas, convenhamos que se pudessem, o mundo humano seria bem melhor.

–Vocês lembram-se da história? –perguntou Flynn.

–Ainda acredito que a profecia irá se realizar. –respondeu Rapunzel sonhadora.

Ah a história, a lenda da menina anjo. Todas as noites o diretor North, que é o diretor do acampamento, nos reúne e conta a mesma lenda, mas nunca me canso de ouvir. “A época dourada está chegando, em um dia de inverno um floco de neve irá cair, mas não é um floquinho qualquer esse floco virá junto com um pedaço do sol, e formará um anjo, o Anjo que lhes dará a oportunidade de salvar o mundo, aquele que irá proteger todos vocês durante a sua jornada, e a vida na terra irá melhorar, a violência irá sessar, mas, precisaremos ter paciência, o nosso exercito ainda não está preparado para recebê-la.”

–Vocês já sabem qual é a sua maldição? –perguntou-nos Anna.

–Sim. –falou Kristoff de cara fechada. –E eu preferia não saber.

Bem, todo nó temos uma maldição, algo que não podemos controlar algo que temos que lidar algo que não nos permite fazer alguma coisa que gostamos. Por exemplo, o Pinóquio, todos acham que é um simples e mero bonequinho de madeira, mas ele é mais do que isso, ele pode fazer qualquer coisa de madeira, e sua maldição? Sempre que ele mente o seu pequeno nariz cresce três centímetros, e é claro, mentir também faz parte de sua maldição. Mas, o seu nariz volta ao seu pequeno tamanho normal quando o sol se põe, e também é quando tudo recomeça. Você pode está curioso para saber a maldição de Kristoff, ele é forte, mas qual o problema de ser forte? Qual o problema de não poder abraçar que você ama?

–Jack – falou Rapunzel -Qual a sua maldição Jack?

–Não gosto de falar sobre isso. –respondi distraído.

Ah, e a minha maldição? Lembrar. E lembrar é ruim? Depende do que você lembra. E lembro que eu tinha uma vida humana na terra, eu tinha uma mãe, um pai, uma irmã, uma família. E em uma mera brincadeirinha de criança, sim, estávamos patinando no gelo, eu morri afogado, mas, o homem na lua me salvou. Não sei se sou grato, ou se tenho raiva, acho que eu deveria estar feliz, aliás, ele me salvou, não é?

–Tchau –falou Astrid –Tenho que voltar para as minhas obrigações, daqui a pouco tenho que fazer o sol se por.

–E nós – gritei empolgado –Temos que treinar.

Todo dia passamos por um treinamento pesado, onde alguns de nós, todos os que tem poderes, temos que ir para um campo de batalha, ver o máximo que podemos dar de nós, e sempre tentando estender o tempo que conseguimos usa-los. As sereias vão para o lago, fica um bom tempo procurando por conchas, digamos que de acordo com o diretor North se elas são capazes de encontrar conchas e pedras raras, também podem encontrar algo precioso que caiu no mar. Os que têm instintos de animais, como o Kristoff e Flynn, vão para a floresta, e ficam, literalmente, tentando captar novos cheiros com o seu focinho. Os dominadores sobrenaturais também iam para o campo de batalha, mas, ó era para ficar “matando” os bonecos de pano.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-**-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

A tarde já havia se passado, e obvio todos nós estávamos exaustos, claro que somos meio super-humanos, mas também somos meio humanos. E como de costume, depois da batalha, tomávamos o nosso banho em nosso chalé, cujo era separado por habilidades, e eu ficava sozinho, pegávamos o nosso jantar saudável, o que eu nunca entendi por que, tudo é tão 0% açúcar, 0% sal, 0% sabor. Mas, apesar disso sempre jogávamos parte de nosso jantar para o homem na lua, e você deve estar achando que sai cheiro de queimado, não é? Mas, por incrível que pareça, saia um delicioso cheiro, cujo eu não sabia identificar.

–É lindo não é? –falou Mérida.

–O que? - eu perguntei a encarando.

–O céu –ela respondeu sem tirar o foco do céu –E as estrelas.

Geralmente, depois do jantar, nós deitamos no gramado perto da divisa, e ficamos encarando o céu estrelado, é tudo tão lindo, tão mágico. E é obvio que também não deixamos de cantar a mesma música, digamos que é um agradecimento ao homem da lua, um agradecimento por tudo, tudo que temos e tudo que somos. Eu posso até não ter dito, mas todos nós nascemos em uma época do ano, todos somos filhos de algo. As sereias nascem no mar, e elas são trazidas pela maré, eu nasci de um floco de neve, Mérida, Astrid, Rapunzel e Aurora de um raio de sol. Agora, com licença, vou cantar.

–Um mundo ideal. –cantamos todos juntos.

–É um privilégio ver daqui. –cantei.

–Ninguém pra nos dizer o que fazer. –Rapunzel.

–Até parece um sonho. –Anna

–Um mundo ideal. –novamente cantamos juntos.

–Um mundo que eu nunca vi. -Flynn

–E agora eu posso ver e lhe dizer. –Kristoff

–Que estou num mundo novo com você. –cantamos juntos, e juntos apontamos para a lua, onde nosso querido Homem Na Lua mora.

Depois de mais um dia cheio de compromissos e obrigações, e uma bela noite de cantoria em baixo de um céu estrelado, fomos finalmente dormir, dormir com o mesmo pensamento, a mesma esperança, e também com fé, de que nesse inverno a Anja venha e nos ensine a guerra, e como salvar o mundo que nunca ousamos conhecer.

–É tudo tão magico, tão difícil. –falei. –Boa noite.

Mas por algum motivo desconhecido por mim, eu não senti sono, mesmo estando exausto. Então decidi dar uma volta pelo acampamento. E por outro motivo estranho tudo estava congelado, e estava nevando, as pessoas não conseguiam sair de suas casas, eu sabia que isso não era obra minha, eu não posso fazer nevar. Então, eu saí correndo para perto do lago, aonde eu sempre ia para conseguir me controlar, porque apesar e meus instintos isso podia ser obra minha, e o lago me ajuda a me lembrar de que eu realmente sou. Mas, ao me aproximar do lago, eu escutei alguém chorando. Fiquei a encarando por um momento, não dava para ver o seu rosto, pois ela estava de costas, mas tinha um cabelo loiro quase branco, e uma pele tão clara que qual chegava a ser transparente.

–O que aconteceu? –perguntei tentando me aproximar. Mas então, a menina que estava ajoelhada perto do lago se virou para mim, ela estava com uma expressão de assustada, mas, é tão linda, seus olhos azuis como o mar me encaravam, era como se ela pudesse saber o que passa pela minha mente, como se ela pudesse ver o que á por dentro de mim, seus lábios rosados estavam semiabertos, como se aquilo lhe ajudasse a respirar, seus cabelos estavam soltos e bagunçados devido ao vento, ela estava meio suja e seu vestido manchado, como se ela tivesse caído, literalmente, do céu, mas ela devia estar sentido frio, pois estava somente com um vestido simples branco e estava descalça perto da água fria do lago, e estava no meio de uma nevasca.

–Sai de perto de mim. –ela pediu tentando se levantar, mas ela acabou caindo.

–Deixa que eu te ajude. –tentei me aproximar mais uma vez.

–Saí. –ela gritou me ameaçando.

Ela tentou se levantar mais uma vez, mas acabou se cortando em uma das conchas que as sereias haviam coletado.

–Ai. –ela falou enquanto olhava para a mão.

Dessa vez não me pus a pronunciar uma palavra, simplesmente me aproximei dela, e ela me deixou ajuda-la. Decidi leva-la ao meu quarto para protegê-la da nevasca.

–Pode ficar aqui por enquanto. –falei. –Sabe, até a nevasca passar.

–Obrigada. –ela me respondeu.

–Deixe-me dar um jeito nisso. –eu disse e peguei a caixinha de primeiros socorros que tínhamos no quarto.

–Obrigada. –ela me respondeu novamente.

–Bem, no meu quarto só tem uma cama, então eu posso dormir no sofá. –refleti e depois fui ajuda-la a se levantar.

–Eu não preciso mais de ajuda. –ela disse. – Você já me ajudou o suficiente por hoje. -Mas quando estava indo para a cama acabou caindo.

–Acho que você torceu o tornozelo. –percebi que ela ficou calada. –Ou se você for meio sereia só está se acostumando ao seu novo centro de gravidade.

–Boa noite, é...

–Jackson Overland Frost, mas pode me chamar de Jack. E você é? –perguntei.

–Elizabeth Kennedy Swan, mas pode me chamar de Elsa.

–Boa noite, Elsa.

Ah, essa foi a melhor madrugada da minha vida, conheci uma linda menina, cujos poderes são desconhecidos por mim, ao menos eu acho. É uma pena ela não ser a garota da profecia. Ela seria a mais adequada para esse tópico, tão linda.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "It's just a dream. So, be free." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.