Don't Stop Dreamin' escrita por Fairy


Capítulo 38
Planos e Beijos


Notas iniciais do capítulo

Pessoinhas linda do meu coração! Como vão vocês?
Muitíssimo obrigada pelos comentários do capítulo anterior, vocês são demais!
Enfim!
É ESSE O CAPITULO MAIS ESPERADO PELOS BIDUNATICOS...



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– Tatiane e Rubens serão transferidos como exemplo para todos! - informou Carmem apavorando todos. Carol se aproximou para dizer alguma coisa, mas a dona do lugar a interrompeu: - Já está decidido!

Vivi se levantou do sofá e caminhou até ela. Um misto de medo e desespero começara em seu peito ao ouvir aquelas palavras. Não deixaria, de maneir alguma, que a sua irmã mais nova fosse transferida.

- A senhora não pode fazer isso! A Tati é minha irmã! - gritou. Os olhares das garotas se encontraram e elas correram até se encontrarem em um abraço. A mais nova estava apavorada com a situação.

Espiou Binho pelo canto do olho. Ele se encolhia, assustado. A morena pensou em se soltar dos braços da irmã mais velha e dizer à ele que tudo ficaria bem. Ele queria a mesma coisa. Ambos sabiam que fazê-lo, apenas pioraria a situação.

- Não quero saber se vocês são irmãs ou não! O que aconteceu hoje foi algo muito grave e eles precisam ser punidos. - disse Carmem cheia de si. Endireitou-se sobre o salto alto e levantou o rosto, enpinando o nariz.

- Ela não vai sair deste orfanato sem mim! - gritou Vivi. As lágrimas começaram a sair de seus olhos mais rápido do que ela imaginava. Conseguia escutar a irmã soluçando perto do seu ouvido. - Eu vou resolver isso. - sussurrou. O rosto afundara nos cachos negros da mais nova e ela a apertou mais no abraço.

- Chega, Viviane! - advertiu a mulher se aproximando das duas. As separou com as mãos. - Está decidido! - disse. Puxou Tatiane pelo braço a arrastando na direção da diretoria.

- Então, você vai ter que me transferir também! - proclamou Beatriz, que até então observava a cena sentada no sofá. Se ajeitou de maneira que ficasse apoiada nos joelhos em cima das almofadas. Respirou fundo antes de pressionar seus lábios contra os de Eduardo, que também via o que acontecia com atenção. Ele a viu fechando os olhos. Sabia que era algum tipo de rebeldia por parte dela, mas quis desfrutar daquele beijo que esperara há tanto tempo. Pousou as mãos na nuca da loira e aprofundou o beijo, tornando-o um pouco mais real.

O restante dos órfãos arregalara os olhos, surpresos com a cena. Carmem se virou. Sentiu o sangue subir queimando pelas veias. Largou Tati e correu até os dois.

- Se separem agora! - ordenava, em vão. - Eduardo!

- E nós também! - apoiou Juca se levantando. Puxou Vivi pela cintura e a beijou intensamente. Tati e Binho se encararam. Correriam aquele risco? Correriam. O garoto caminhou até a sua direção e fez o mesmo que os outros.

- Parem! Parem com isso! - implorava Carmem. As marcas da idade ficaram mais expostas com suas expressões sempre que ela corria de um lado para o outro. Maria e Neco se divertiam com a situação e caiam em gargalhadas.

Entre Bia e Duda, as coisas começavam a se tornar mais profundas. Contudo, quando o loiro pediu passagem, ela não cedeu. Tirou o mão do menino que estava em sua nuca e encarou Carmem.

- Acho que o seu orfanato não ficará muito bem falado na região se você transferir seis órfãos! E, ainda, um deles é filho da sua prima! - disse Bia, convencida de seu plano. A mulher não havia pensado naquilo e se assustara com a possibilidade.

- Você não... - pigarreou mas não pensou em nada para dizer. Fechou os olhos e cerrou os punhos. Encarou a loira em sua frente furiosa. Levantou o nariz arrebitado outra vez e se dirigiu para a diretoria.

- Obrigada, Bia. - sussurrou Carol, seguindo Carmem. Tati correu até a mesma e a abraçou pelo plano surpresa. Antes que alguém pudesse dizer alguma coisa, Beatriz subiu para e trancou a porta.

Havia acabado de beijar Eduardo. Em público. Seu primeiro beijo fora com Eduardo e fora em público. Se jogou na cama e afundou o rosto no travesseiro. "O que eu fiz?".

Na sala, Duda seguia a menina correndo. Chegou tarde demais para que conseguisse entrar no quarto. Algo o sangue parecia parar de alcançar o coração. Sentia-se vazio enquanto aquela porta o impedia de alcançar quem o faria sentir-se completo.

- Bia! Bia, abre a porta! Por favor! Bia! - ele gritava. A menina jogara o travesseiro sobre a cabeça tentando abafar o som. Não sabia o que fazer.

- Bia! - ele insistiu.

- Vá embora, Eduardo! - ela berrou com a voz embargada. O loiro fechou os olhos e virou-se até a outra parede do corredor. Chutou o baú que havia ali, frustrado.

- Droga! - xingou. Socou o papel de parede florido em azul a sua frente. Acabara de estragar o primeiro beijo de mim. A culpa não era só dele e ele sabia. Afinal, por que se importava tanto com Beatriz? Por que sentia ciúme quando a via com João? Por que seu peito parecia pular e suas mãos suavam frio quando estava perto da menina?

Levantou o olhar para a porta. Sua resposta estava ali dentro. Estivera tão perto de seu nariz que ele não conseguira enxergar. Beatriz era a resposta para todas as suas perguntas. O nome que o abalava e o acalmava. E ela passara muitas horas ao seu lado ensaiando para a banda.

Se aproximou da porta outra vez. Segurou firme na maçaneta. Antes que pudesse bater, sentiu o acessório se mexer e a porta de madeira maciça foi aberta.

Beatriz se jogou aos seus braços, selando seus lábios com emergência. Ele levou as mãos até o rosto da mesma. Os uniu mais e aprofundou o beijo. A menina entrelaçou os braços em seu pescoço. Logo o menino deslizou uma das mãos até a cintura marcada da loira pelo uniforme do Raio de Luz. Pediu passagem e ela cedeu. Foi estranho para ela no começo. Nunca beijara antes. Sentindo o quão assustada ela estava, Eduardo a "guiou" em uma danças entre suas línguas. O abre-fecha das bocas durou por mais longos doia minutos.

Duda finalizou o beijo. Afastou seus rostos e encarou os olhos cor de mel à sua frente. Bia corou e se encolheu. Ele a envolveu com os braços enquanto ela afundava o rosto em seu peito. O cheiro de baunilha do xampu da garota o invadiu. Abaixou o rosto encostando o queixo na cabeça dela. O coração de Beatriz passou a desacelerar conforme a calma e o calor do loiro, de alguma forma, eram transferidos para ela.

Um pouco longe dali...

Cris esperava por Gabriel dentro da loja de grife. O pai atendia alguns clientes, contudo logo voltou a atenção para a filha. A morena se levantou animada para a conversa.

- Pode dizer, filha. - disse o loiro se aproximando da menina. Ela relusiu um brilho no olhar, entusiasmada. Ficou na ponta dos pés e girou.

- Vai ter um baile de primavera lá na escola... Você poderia fazer o meu vestido? - perguntou, iluminada. Gabriel não encontrara uma forma de dizer "não". Assentiu sorridente. A garota o abraçou ansiosa para ver o que o pai faria para ela.

- Obrigada! Obrigada! Obrigada! - disse ela mais que feliz. O homem sorriu. Cristina era sua filha agora. Ele teria a manha de um pai sempre. Sabia.

No Orfanato...

- O que será que deu nesses dois? - perguntava Teca, referindo-se à Bia e Duda. Ambos ainda não haviam voltado para a sala.

- Não sei. Mas foi muito estranho... o beijo. - respondeu Neco. O menino era próximo de Eduardo, apesar da idade, e não ia muito com a cara de Beatriz. Tati revirou os olhos.

- Pelo menos, nós não seremos mais transferidos. - desabafou, encarando Binho. O menino fez o mesmo enquanto entrelaçava os seus dedos.

- Mas por que diabos a Bia beijou o Duda? - se perguntava Neco, ainda. Alguns faziam a mesma pergunta.

- Você é muito lerdo, Neco. - falou Juca. - É claro que foi um plano da minha irmã pra Carmem não transferir a Tati e o Binho. - respondeu. O mais novo proferiu um "Ah!" quando entendeu o ocorrido.

- Ou não. - intrometeu-se Marian. - Talvez eles tenham usado isso como escapatória. Vai ver estão ficando. - completou, com certa inveja. Logo em seguida, encarou Leticia do outro lado da sala. A morena fez o mesmo a matando com os olhos.

- Eu acho que não foi isso. - concluiu Vivi. - A Bia teria me contado. - Mili pensava a mesma coisa. O olhar das duas se encontrou. Duvidaram que Bia contaria alguma coisa.

- Hum. - pigarreou Leticia, escutando tudo com atenção.

- Bem, eu acho que a gente deveria cuidar das nossas vidas. - disse Mosca, fitando Mili. Ninguém, além dela, percebeu. O moreno se levantou e caminhou na direção da cozinha, se retirando. Apesar de ter dito aquilo, os órfãos continuaram falando sobre Beatriz e Eduardo. Contudo, o assunto logo mudou eu rumo e cada um voltou a fazer o que faziam antes de Carmem os chamar para o seu "comunicado".

***

- Chegamos. - disse Julia estacionando o carro em frente ao portão do Raio de Luz. Tomas, que estava no banco do passageiro da frente, foi o primeiro a abrir a porta. Elizabeth e Larissa o fizeram, logo em seguida.

Cada qual pegou sua mala no bagageiro do carro e se dirigiu ao portão do lugar. A assistente social apertou a campainha e esperou. Ernestina apareceu com as chaves e pediu para que ela a acompanhasse até a entrada.

Continua...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Odiaram, amaram? Não entederam nada? Entenderam tudo? Comentem!
Gente linda, não sei se serei tão rápida para escrever o próximo capítulo! Eu estou tão ansiosa pra terminar de escrever a fic que finalmente consegui organizar as ideias! Amem!
Enfim...
Até o próximo!
XOXO
Fairy!