Don't Stop Dreamin' escrita por Fairy


Capítulo 30
"Dia das Garotas" parte IV - Harper


Notas iniciais do capítulo

Heeeyyy! Bom pessoas, sim eu estou ausente. Foi muito difícil de finalizar este capítulo e espero que me perdoem pelo atraso. Lembrando que eu estou com as ideias bagunçadas, então eu posso excluir a história a qualquer momento. Pois bem: COMENTEM!
Ah, hoje tem personagem nova♥ (Garota Nada Romântica)
Boa Leitura! Até lá em baixo!



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Longe dali...

- Olá! Sou Celso Harper. Gostaria de ir ao apartamento da senhorita Raissa. Ela está? - disse um homem ao interfone. Era um famoso empresário daquela grande cidade. Raissa era sua ex-mulher. Morava em um prédio na Lapa. O porteiro saiu de dentro da cabine surpreso.
- A senhorita Raissa não mora mais aqui... - disse o velho homem. Celso franziu o cenho. Onde ela estaria? Larissa, sua filha, revirou os olhos.
- O senhor sabe me dizer se ela se mudou? - perguntou o empresário ainda com a mão no volante do carro. A menina ao seu lado esperava impaciente enquanto soprava os fios de cabelo que jogara sobre o rosto.
- Ela não se mudou, senhor Harper. Ela morreu. - respondeu o porteiro. Celso ficou em choque. Não soubera da morte da mulher. Larissa o encarou. Ele havia lhe dito que a garota passaria a morar com a mãe. Estava cansado das discussões diárias com a filha. A menina, apesar de julgar Raissa como uma mera desconhecida, só aceitara a ideia do pai por querer se livrar das regras do mesmo.
- Morreu? Quando? - perguntou o homem. Talvez a morte fosse recente.
- Há dez anos.

***

Larissa e Celso já haviam voltado para casa. Moravam em um condomínio luxuoso de casas. Os dois não se falaram no caminho de volta, mas sabiam que ainda havia muito o que se conversar. O patrono da casa pediu para os empregados levarem as malas da filha para o quarto da mesma outra vez.
- Você a matou. - acusou Larissa encarando o pai.
- O QUÊ? - Celso não compreendera o que a garota queria dizer com aquilo.
- VOCÊ MATOU A MINHA MÃE!
- Você não sabe o que está dizendo...
- CLARO QUE SEI! VOCÊ NÃO OUVIU O QUE AQUELE HOMEM DISSE? - hesitou por um tempo. Procurava pelas palavras certas antes de fazer tal acusação ao pai. - Raissa morreu de depressão depois que o marido sumiu com a filha! Você causou a morte dela!
- Pare! Eu lutei na justiça por você, Larissa! Ela não conseguiu a vitória, eu consegui! - disse o homem se defendendo. Não poderia permitir que a própria filha o acusasse daquela maneira.
- Matou! Assassino! - ela gritou. Subiu no sofá para ficar da altura do pai, já que ele era alto e ela não tinha nem um metro e sessenta centímetros de altura.
- Não repita mais isso! - um silêncio tomou conta do lugar. Uma pergunta veio à mente da morena.
- Por que quis a minha guarda se você nem se importa comigo? - questionou. Celso permaneceu calado. Pretendia criar a filha e encontrar uma nova esposa com quem pudesse ter mais uns dois filhos e, finalmente, ter a família perfeita. Contudo, ele criara Larissa sozinho. E era um pai ausente na maior parte do tempo. A morena se tornara rebelde e fria.
- Por que não me deixou com ela?
- Isso não importa.
- Importa sim! - reclamou a garota. Estava a ponto de pular no pai com raiva e bater nele como sempre fazia quando discutiam. Para a sorte do homem, Ana Elise, sua assistente, apareceu ali.
- Senhor Harper? - chamou a moça. Seus olhos puxados e os cabelos extremamente lisos entregam suas origens já quase percebidas pelo sotaque puxado de quando era criança.
- Sim... - respondeu Celso se virando.
- A reunião na sua escritório já vai começar! - avisou com um pouco de dificuldade. Passara anos morando no oriente e quando voltara para o Brasil teve dificuldade para aprender a falar português outra vez.
- Claro. Já estou indo para a empresa. - a assistente já deixava o lugar quando ele a chamou. - Ana Elise, ligue para meu advogado. Peça para ele vir aqui no jantar. Diga que é urgente! - a morena assentiu caminhando na direção do escritório. Celso pegou a chave do carro e alguns papéis qur estavam espalhados na mesa de centro e saiu. Larissa se jogou no sofá e bufou. Queria fugir.

Enquanto isso...

Na sala de cinema, Teca se sentara ao lado de um garoto um pouco menor que ela com os olhos bem puxados para os lados. A franja repartida ao meio insistia em cair sobre os seus olhos. A menina logo o reconheceu. Ele era o aluno novo da escola.
- Oi. Você estuda na escola Dom João? - perguntou para ter certeza. O menino assentiu sem a encarar. - Qual é a sua turma? - ele a observou pelo canto dos olhos. Não a conhecia.
- Sétimo B. - respondeu ele tímido. Teca riu discretamente. "Sala da Dani..." pensou. A amiga, que se aproximava para sentar no último assento disponível naquela fileira, revirou os olhos ao ver o menino.
- O que você está fazendo aqui chinesinho? - disse. Infelizmente, o garoto era vítima de bullying na escola por ser estrangeiro. Teca encarou a amiga friamente.
- Dani! - repreendeu a garota. Dani revirou os olhos e se sentou. - Desculpa. - disse se virando para o menino.
- Já estou acostumada... - ele disse confundindo a última palavra pela forma feminina. Teca riu.
- Meu nome é Teca. E o seu?
- Fábio.
- Teca, o filme vai começar! - avisou Dani. Teca virou-se para a frente. Encarou a tela enorme sem prestar atenção. Às vezes, direcionava o olhar para o garoto ao seu lado e o mesmo retribuía.

Duas fileiras abaixo...

Marian desbloquera discretamente a tela do celular dentro da bolsa. "Janu". Revirou os olhos. A loira ligava em seu segundo número. A garota apenas deslizou o dedo na tecla vermelha e desligou a ligação antes de atendê-la.
- O que ela quer? - perguntou Leticia. A morena estava sentada ao lado de Marian.
- Também não sei.
- Por que não atendeu?
- Eu disse pra ela esperar até segunda. É isso o que ela deve fazer. - afirmou. Leticia arqueou a sobrancelha rindo irônica da "amiga".

***

Algumas horas depois, o filme havia acabado. As meninas saíam do cinema eufóricas. Algumas tiravam fotos ou mexiam no celular. Uma presença chamou a atenção de todas quando chegaram na entrada.
- Bia! - gritou Ana correndo até a loira. Esta estava realmente esperando as outras. Mas não era seu objetivo. Queria se desculpar com Carol e ir embora.
- Oi, pirra! - exclamou Bia. As meninas se aproximaram. Caminharam até a praça de alimentação ainda conversando sobre o filme. Juntaram algumas mesas para ficarem juntas. Carol foi até o balcão de café da Starbucks para fazer os pedidos. Bia se viu na oportunidade de conversar com a diretora.
- Carol... - chamou. A moça, que antes falava com a balconista, se virou seriamente para a loira. Bia suspirou antes de voltar a falar: - Desculpa! Eu não queria ter falado daquele jeito com você mais cedo e fugir sem dar explicações. - disse.
- Tudo bem, princesa. Mas eu espero que isso não aconteça mais. - respondeu Carol compreensiva. A mulher abraçou Bia. Esta sentiu um peso cair de suas costas.
- Obrigada, Carol. - disse involuntariamente. A diretora sorriu.
- Não tem de quê!
- Er... Eu queria saber se posso voltar pro orfanato. Não estou me sentindo muito bem... - não era mentira, mas também não era totalmente verdade. Uma dor imensa dilatava em sua cabeça pedindo por algumas horas de sono, mas ela sabia que conseguiria aguentar. O fato é que ela queria ir embora.
- Sozinha? - perguntou Carol, preocupada. Depois da "revelação" que caiu sobre seus ombros naquela tarde, receava que a loira fosse para a casa sozinha.
- Eu vou ficar bem... - insistiu a mesma. A diretora revirou os olhos e assentiu. Bia sorriu e abraçou a moça. Carol era como mãe daqueles órfãos. Depositou um beijo "de mãe" na testa da menina e pediu para que ela tomasse cuidado.
Beatriz se aproximou das outras meninas, que estavam sentadas juntas no centro da praça de alimentação. Conversavam eufóricas e a loira queria participar da conversa, mas, por algum motivo que não conhecia, sabia que não estava em bom estado.
- Aham! - pigarreou chamando a atenção de Vivi, Ana e Pata. - Eu tô indo. Preciso dormir se não essa dor vai explodir meu cérebro. - brincou e as amigas riram.
- Mas já? Eu achei que você iria ficar. - lamentou Ana.
- Eu também. - disse Pata.
- Mas não dá gente. Eu já vou. Divirtam-se. - disse a loira. Deu um beijo na bochecha de Ana e um abraço. - Eu vou ficar bem, pirra.
- Tá. - respondeu a ruiva. Triste.
- Quer que eu vá com você? - perguntou Viviane se levantando.
- Não precisa, Vivi. - respondeu a loira.
- Ah, mas isso não foi uma pergunta. Vamos! Além do mais, o Juca já me ligou sete vezes hoje. - disse a morena lembrando-se das chamadas não atendidas em seu número. - Não que eu tenha atendido... - sussurrou para si mesma.
- Tá. - concordou Bia, dando-se por vencida. As duas se despediram das outras e avisaram Carol que já estavam indo. E assim pegaram um ônibus de volta para o Raio de Luz.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Amaram? Odiaram? COMENTEM
#FaçaUmAutorFeliz
Os próximos capitulos prometem♥ Talvez - mas só talvez - eu poste esta semana! Enfim, comentem e dêem sugestões♥ Sério! Quem sabe a sua ideia apareça em Don't Stop Dreamin' ★★
Ps: Deixem seu follow lá no tt' @reich_chaddad
XOXO