Um Outro Lado escrita por LDAlex


Capítulo 5
O Início de Tudo


Notas iniciais do capítulo

Quero pedir desculpas por não ter postado nos últimos dois dias. Nesses dias eu estava tendo prova, então não pude postar. Perdão. ;_;



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...

Num passe de mágica, uma grande tempestade se criou. E começou a chover, o vento estava forte, as folhas estavam voando. Sim, era ele. Lá estava Martin, encarando-os com um olhar de fúria. Ninguém sabia o motivo de ele ter voltado tão cedo para atormentar novamente a Grand Chase, muito menos o que ele faria dessa vez.

Lupus se virou para trás. Ele nunca tinha visto Lin com tanto medo, ela estava aflita e tremendo.

– Sentiram a minha falta? – Falou dando um sorriso maligno – Acho que voltei mais cedo do que vocês esperavam.

Eu não quero morrer, eu não quero morrer! – Murmurou Lin totalmente em pânico

– Cale a boca. – Gritou Martin, em seguida atacou Lin.

Lin começou a gritar, ela já imaginava a dor que seria ser atacada por um garoto tão poderoso. Ela imaginou sua vida acabando ali mesmo.

Lupus a defendeu. Foi tudo tão rápido. E de repente, a tempestade parou. As folhas que estavam voando, agora, estavam no chão.

P-por...que... você me defendeu?!

Lupus ignorou a pergunta, apenas queria saber de se livrar desse maldito de uma vez por todas. E pensou: – Agora você não me escapa.
E correu na direção de Martin, repetindo uma cena que já tinha acontecido antes. Antes de Lupus conseguir encostar algum dedo em Martin, um clarão os cegou.


Os dois desmaiaram.

Cada vez ficava mais confuso. Não dava para entender os motivos para ele estar fazendo tudo isso. O que ele realmente queria? Ele quer se vingar de alguma coisa de qual ninguém sabe? Ele tem ódio? Ou ele simplesmente está fazendo isso por pura diversão?!

Bem, Lin abriu lentamente os seus olhos, era um silêncio. O silêncio dominava aquele lugar. Era uma casa, uma casa abandonada no meio de uma floresta imensa.

Lupus abriu seus olhos lentamente, olhava fixamente para frente, sem sentido nenhum. Lin não entendia nada do que estava acontecendo.

Lupus, você está bem?!

– Lin, apenas fique quieta. – Murmurou Lupus enquanto se levantava lentamente – Observava tudo com tanta atenção. Olhava cada detalhe, virava a cabeça para um lado e depois para o outro. – Apenas me siga, com cuidado. – Disse ele tão calmo.

– Lupus! Me explique, o que está acontecendo?! Eu não estou entendendo nada. Onde estamos?! Que casa é essa?! – Perguntou confusa.

– Lin, fique quieta. Eu disse apenas para me seguir, com cuidado.

Lin realmente não estava entendendo nada do que estava acontecendo. Era uma casa velha. As tábuas rangiam sob seus pés, dando-lhe a impressão que a qualquer momento iria desabar ali mesmo, mas ela já estava aguentando até ali. Então não iria desistir agora e parar. Ela fez o que ele pediu. Ficou em silêncio, seguindo-o. Mas ela simplesmente não conseguiu ficar quieta e rapidamente falou:

– Eu estou ficando com medo deste lugar! – Murmurou Lin

– Lin, você pode ficar quieta?! – Disse

– Foi aquele maldito que nos trouxe para essa maldita casa?! – Perguntou

– LIN, CALE SUA BOCA PELO MENOS UMA VEZ! – Gritou

Bem, naquele ponto, eles já tinham percebido que a casa foi abandonada faz bastante tempo. Havia teias de aranha para todos os lados, eles exploraram o primeiro andar inteiro. E então, decidiram subir para ver o que havia no outro andar.
Lin subiu cuidadosamente cada degrau, que rangiam alto quando eram pisados, ela estava com muito medo de cair.

Enquanto subia, um degrau havia se rompido sob seus pés, Lupus tentou ajudar, mesmo sabendo que podia piorar a situação ainda mais, mas era tarde, Lin tinha tentado se apoiar no corrimão, que também se rompeu, ela havia entrado em pânico, fazendo com que perdesse a força e caísse. Quando caiu no chão, as tábuas do chão se romperam também, fazendo com que caísse mais profundamente.

AHHHHH! Me tire deste lugar! – Ela gritava descontroladamente.

– Acalme-se. – Falou Lupus – Tentarei tirar você daí.

– Lupus, sinto que cai no porão. – Murmurou com medo. Ela sabia que nos filmes de terror normalmente era no porão que acontecia as piores coisas. Então, ficou aflita e começou a gritar – ME TIRE DAQUI! ME TIRE DAQUI!

Lupus soltou um suspiro. Não conseguia pensar em absolutamente nada. Mas tentava pensar em algo produtivo, como por exemplo, num plano para tirar Lin daquele lugar.

Ele resolveu deixar Lin ali e explorar melhor o primeiro andar novamente, para ver se conseguia achar alguma passagem para o tal 'porão'.

– Ei, Lupus! Aonde você pensa que vai?! Me ajude! – Gritou Lin

– Vou tentar achar algo que possa te tirar daí. – Disse irritado.

Ela tentou se acalmar. Mas para Lin, aquilo era uma missão impossível. Ela estava totalmente aflita e com medo daquele lugar onde estava.

...


Lupus explorou melhor a casa abandonada, tanto que achou uma escada atrás de uma porta antiga, porém, não conseguiu achar nenhum lugar que levasse ao porão onde permanecia Lin.

Ele levou as escadas até lá. Tomou cuidado ao andar, pois sabia que as tábuas podiam se romper a qualquer momento, como aconteceu com Lin. Então, quando colocou as escadas, Lin estava um pouco mais calma, e então subiu. Mas Lupus estava descendo para onde Lin estava.

– Ei! Me deixe subir! – Disse

– Primeiramente, vamos explorar esse porão. Pode haver algo muito valioso e algo que possa nos ajudar. Não acha?!

– Quer saber?! Eu não acho absolutamente nada. Eu estou CANSADA de estar aqui! Estou cansada desse Martin que vive nos azucrinando. Vamos embora desse lugar AGORA!

Lupus voltou, para Lin poder subir as escadas e sair daquele porão que tanto odiava. Na esperança de que Lupus saísse daquela casa junto com ela, começou andar para a porta. Mas percebeu que Lupus não estava seguindo ela. E percebeu que ele tinha descido as escadas para explorar o porão.

Lin suspirou irritada, mas desceu junto. Tentou ficar o mais próxima possível de Lupus, pois ela realmente estava com medo daquele lugar.

– Por que você insiste tanto que possa haver algo de valioso nesse mísero porão?!

– Se você quiser, pode muito bem subir aquela escada ali – Falou apontando para a escada que havia colocado, e continuou – e andar até a porta principal. E sair dessa casa. Mas, eu não vou sair.

Lin estava realmente irritada. Mas continuou a explorar aquele porão. Enquanto andava, ela achou uma chave que havia encontrado em uma cômoda, e uma carta, então, começou a ler.

Porém, não havia absolutamente nada naquela carta. Era uma perda de tempo. Amassou e jogou no chão. Em seguida, disse – Ei, eu achei esta chave. Havia alguma porta trancada?!

– Não lembro, mas acho que pode ter alguma porta trancada no segundo andar. – Disse Lupus, ele estava tão concentrado tentando achar alguma coisa.

– Argh, acho que não vai haver mais nada aqui. Vamos subir, e ir para o outro andar. Me dê essa chave – Disse retirando rapidamente a chave nas mãos de Lin.

– Está bem. – Suspirou aliviada, afinal, ela não estava gostando nada daquele lugar.

Então eles se retiraram daquele porão. E com o cuidado em dobro, tentou subir novamente as escadas, com sucesso. Era a vez de Lupus de subir as escadas, ele estava também tomando cuidado, ninguém queria cair. Quando chegaram ao segundo andar tiveram uma grande surpresa...

– Sinceramente, o que aconteceu aqui?!

Eles começaram a andar com cuidado, aquele andar realmente estava um desastre! Vidros por toda parte, eram tantas folhas de papéis no chão. Era uma bagunça. Quando Lupus deu um passo a frente, a janela se quebrou e um vento violento começou a circular pelo corredor. Havia várias e várias portas. Muitas trancadas outras estavam abertas. E começaram a entrar em todos os quartos.

Cada quarto era mais arrepiante. Ao tentar entrar em um dos quartos, ela percebeu que a porta estava emperrada. Mas insistiu, empurrou com um pouco mais de força e a porta se abriu. Ela ficou totalmente pasma. O quarto inteiro estava cheio de palavras escritas em sangue, como por exemplo, a palavra que mais se destacava era 'morte'. Havia uma cadeira no meio do quarto. Mas Lin não deu mais nenhum passo, e fechou a porta rapidamente.


Quando Lupus abriu um quarto, era possível encontrar uma cama desforrada, uma cômoda e um guarda-roupa quebrado. Ele sabia que aquele quarto escondia algo, era tão simples, mas na necessidade de investigar, começou a explorar o quarto. Mas infelizmente, ou felizmente, não conseguiu achar nada além de pó e teias de aranha.

A última porta, estava trancada. Eles suspeitavam ser a porta que necessitava daquela chave que acharam no porão. Então, Lupus pegou a chave. E abriu aquela porta.

– Início... o começo de tudo... início... começo... A culpa é sua... minha vingança apenas está começando...

A voz fraca de uma mulher podia ser ouvida naquele quarto sem nenhuma luz natural. Um garoto de aproximadamente 6 anos estava agachado próximo a uma cama onde uma mulher totalmente pálida e de cabelos brancos estava deitada. A aparência dela não era das melhores, seu rosto magro exibia um sorriso fraco, olheiras abaixo de seus olhos.

A mulher e o garoto começaram encarar Lin e Lupus com um olhar de sofrimento, como se estivesse pedindo ajuda. Lupus estava sério. Enquanto Lin, olhava para eles de uma forma de como se sentisse culpada com tudo aquilo. Ela começou a chorar. E então, Lupus olhou para o lado e viu seus lindos olhos azuis com lágrimas escorrendo. Em questão de segundos, Lin não era mais a mesma pessoa. Ela estava pálida e repetindo frases como "Me desculpe... Me desculpe..."

Lupus arregalou seus olhos, como se tivesse entendido o que aconteceu com Lin, rapidamente, fechou aquela porta. Antes de fechar completamente ele viu algo que nunca se esqueceria na vida. O rosto do garoto havia se transformado em um demônio. Que estava tentando impedir que a porta feche. Porém, não conseguiu. Lin não aguentava ficar em pé, e caiu. Mas Lupus a segurou, ele colocou ela sentada em uma cadeira antiga que havia naquele corredor. E abriu a porta novamente, para sua surpresa, a mulher e o garoto haviam desaparecido daquele quarto. Então, fechou a porta.

Ele olhou para a janela, e em seguida disse:

– Já está de noite. Acho melhor nós passarmos a noite aqui.

– Passar... a... noite... aqui....?! Eu... não aguento mais... essa casa... – Falou quase sem voz

– Não temos escolha Lin, venha, durma neste quarto. Irei dormir no outro.

– Por favor... fique junto à mim. – Disse

Lupus suspirou, em seguida fez um sim com a cabeça. E então dormiram no mesmo quarto, em camas diferentes. Os dois estavam exaustos. E pegaram no sono assim que deitaram nas camas. Porém, Lupus ficou acordado um tempo ainda.

Ficou pensando em absolutamente tudo. Mas o que mais se passava em sua cabeça era o motivo de estar ali. O que Martin tinha em sua cabeça, e o motivo de querer fazer tudo isso... Eram as dúvidas comuns de Lupus. Além disso, ele estava confuso. Porque ele estava mudando cada vez mais seu comportamento com Lin.

Infelizmente, ou felizmente para ele, isso poderia se esclarecer muito rápido, bastava esperar. Afinal, ele já estava sentindo um pouco de confiança em Lin, porque se talvez fosse uma pessoa normal, não estaria o tempo todo ao lado de Lupus, desistiria rapidamente com as grosserias dele, a confiança que talvez ele sentisse, não era muito, era pouca, mas que para Lin, aquele pouca significaria muita coisa para uma garota que passou a maioria do tempo ao lado dele.

Já era quase meia-noite. Ele ainda estava acordado. Não conseguia dormir de jeito nenhum, e então decidiu levantar, mas cautelosamente para não acordar Lin, ele não queria que ela acordasse, ela já estava muito cansada e exausta de tudo o que estava acontecendo. Então, lentamente andou até a porta. E começou a andar pela casa, talvez seria uma ideia tosca para alguém que estivesse ali, mas para Lupus faz muito sentido.

Abriu a porta lentamente, mas não conseguiu evitar rangidos. Mas continuou. E andou até a janela para ficar observando aquela linda lua. Aquelas estrelas, estava hipnotizado. Então percebeu que elas formavam desenhos, que lembravam constantemente Martin. E assim foi, as horas se passaram e ele dormiu ali mesmo. E enfim, a manhã chegou. Sem muita surpresa.


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