The Four Revolutions escrita por starqueen


Capítulo 5
Capítulo 5 - O chamado do Sul.


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEYYY PESSOAS :D

Hoje é Halloween :) Ou seja, é o dia que eu choro porque eu queria morar nos EUA e comemorar isso AHSUAHSUAHS -q Anyway, não tenho muitos comentários pra falar sobre esse cap (Sam, Matt, Chris, Travis e... Outros dois convidados especiais).

Here we go...



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Eu andei até a sala do líder dos The Owners.

Ninguém aqui via o meu rosto — ou o resto do meu corpo —, já que as roupas que os soldados costumam a usar tapam tudo — tudo mesmo. Eu usava uma máscara especial, uma camisa verde escura e a jaqueta dos The Owners. Eu usava o capuz da jaqueta. Usava uma calça simples e um tênis qualquer. Estávamos no Norte do Alasca no meio de um inverno, então, a temperatura era bem baixa. A maioria das pessoas aqui estavam congelando, mas eu, que sempre estive acostumada com um clima quente e seco durante toda a minha vida não sinto muita diferença. Era como se o meu corpo fosse adaptado naturalmente a qualquer tipo de temperatura.

Meus passos deveriam soar nervosos, já que, por mais que eu jamais admitisse, eu estava muito nervosa. O lado racional ficava berrando na minha cabeça que aquilo jamais iria dar certo e que eu era uma retardada mental em estar fazendo aquilo. E pela a primeira vez, o meu lado irracional também concordava com isso. Mas eu precisava seguir em frente, não importe o que aconteça.

Eu deveria estar suando frio. Eu sentia medo. Isso me deixava irritada por dentro, o que aumentava ainda mais a tensão. Conviver com todas aquelas pessoas humanas na Área 52 deve ter me despertado sentimentos humanos, tais como o medo. Isso é um problema grave que eu devo lidar urgentemente antes que me atrapalhe.

Covarde..., a voz de Hector Kitter ecoava na minha mente.

Respirei fundo. Isso não iria me atrapalhar. Dane-se Hector e tudo que aconteceu.

Eu percebi que tinha mandado Helena, Jeff, Big J, Aaron e Wright se danarem. Retirei isso da minha cabeça. O que aconteceu tinha sido algo importante, mas não iria me ajudar a ganhar a guerra.

Um dos quatro soldados que faziam a patrulha da porta hoje abriram para mim, eu não conseguia ver as suas expressões — já que usavam máscaras como eu —, mas provavelmente não deveriam gostar de mim. Ninguém aqui parece gostar de Arabella Robins.

Eu entrei na sala e então o som das portas se fechando se ecoou na minha mente. Agora não dava mais como fugir. A onda de medo e nervosismo aumentou. Eu me perguntava como Matthew e os outros deveriam estar indo na Área 52 agora. As coisas deveriam estar bagunçadas depois que eu morri. Não porque eles devem estar tristes — eu aposto que Travis deve estar dando pulinhos de alegria com isso —, mas porque eu era muito importante.

— Srta. Robins! — Lewis disse animado. Ele estava deitado sem camisa em uma cama de casal. Tinha um garoto de programa nu se levantando da cama e indo se vestir.

Eu fiquei sem reação.

Eu nunca senti uma onda tão grande de ódio, raiva, frustação e qualquer outro tipo de emoção humana na minha vida todinha. Então aquele desgraçado ainda estava vivo? Eu tinha matado ele! Eu me lembro claramente quando ele caiu de joelhos quando fora esfaqueado, e como ele tinha caído no chão após Matthew atacar todos com raios. O jeito que ele berrou de dor quando eu o esfaqueei ainda era uma memória muito recente, como se fosse ontem — eu odeio usar essa expressão.

E ele estava na minha frente, com um sorriso e aparentemente saudável.

— Srta. Robins? — ele perguntou confuso percebendo a minha demora para falar algo.

O garoto de programa vestiu a camisa por final e saiu do quarto.

— Soberano. — forcei a minha voz para ficar mais forte, como Arabella falava.

O sorriso no seu rosto se desfez. Ele me olhava como se eu devesse algo para ele.

Então eu me lembrei: a reverência. Eu odeio fazer isso, é como se eu estivesse aceitando o poder de outra pessoa sobre o meu. Eu sou Sam Watters. Eu posso fazer esse lugar todinho ir por água abaixo — literalmente — a hora que eu quiser. Eu não preciso me curvar a ninguém.

Sam Watters morreu. Ela que não se curvaria a ninguém. Arabella Robins estava viva e era leal. Faria qualquer coisa pelo o seu maior líder: Edward Lewis.

Meus joelhos quase travavam, como se o meu corpo também não quisesse fazer isso. Não era fácil você se curvar a um cara tão estúpido como se ele fosse superior a você. Por mais que fosse difícil, eu fiz. Foi uma humilhação para mim, mas não tive nenhuma escolha.

Quando eu terminei, Lewis olhava fixamente para mim.

Olhei para o rosto dele. Tinha mudado muito. Ao menos ele tinha sequelas do que aconteceu naquele dia há dois anos. Usava um tapa olho bem na metade do seu rosto que estava toda queimada. Seus cabelos estavam enormes, na altura dos ombros. Ele parecia não ter feito a barba por poucos meses. Ainda assim, era incrível como ele ainda continuava bonito. Não tanto quanto era, mais ainda assim, continuava a ser.

— Arabella? — ele perguntou me tirando do transe. — Você está distraída. Nunca fica distraída.

— Desculpe, senhor. — forçava a minha voz. — Eu estive pensando sobre a morte de Sam Watters.

Ele sorriu.

— Não podemos ficar felizes com isso, você sabe, pode-se esperar tudo dela. — ele dizia se levantando da cama e indo em direção a uma mesa. Ele só usava uma calça jeans. — Aquela garota tem um talento desgraçado de escapar das coisas.

Eu tenho um talento desgraçado de escapar das coisas. Legal.

— O governo confirmou isso, senhor. — disse. — O povo ficou enlouquecido. Tem pessoas comemorando e outras causando tumulto nos países aliados e do grupo contrário também.

— Que eles façam tumulto. Eu adoro quando fazem isso. Toda a vez que ficam nervosinhos e malucos dessa maneira nós podemos atacar sem que ninguém reclame. — Lewis disse pegando uma garrafa de vodca e despejando o seu conteúdo em uma taça. — Quer um pouco? — ofereceu.

A minha mente estava berrando e chorando para beber um pouco, mas eu tive que negar. Arabella Robins não bebia.

— Não, senhor.

— Eu estava te testando. Imagine se você tivesse morrido no ataque e Sam Watters estivesse tentando ser você agora? Daria um bom filme. — disse sorrindo, um pouco brincalhão. Bebeu um gole de vodca. — Então, vamos aproveitar que o foco está na morte oficial de Sam Watters. Eu quero que você e outros soldados façam uma viagem para ajudar os países da América do Sul.

— A América do Sul tem alguns países aliados, senhor. — disse.

— Eu não me importo se são aliados ou se são do grupo contrário, precisamos fazer algo lá. — disse Lewis. — Fizemos uma grande destruição na parte Norte. Ouvi dizer que as Guianas, Venezuela, Suriname a parte Norte do Brasil e Colômbia estão em situações de destruição e miséria. — bebeu outro gole. — Eu sei que o Brasil e a Colômbia são aliados, mas não podemos deixar isso piorar.

Eu nunca pensei que Lewis se importava em ajudar pessoas.

— Sim, senhor. Está mais do que certo. — concordei.

— Você tem duas opções: participar da missão ou perder o seu posto aqui. — ele disse. — Aceita qual?

— Eu vou para a missão. — disse.

Ele me olhou como se eu tivesse feito algo errado.

— Eu vou para a missão, senhor. — repeti, evitando demonstrar a minha raiva por falar “senhor” pela milésima vez.

— Ótimo. — disse sorrindo. — Pode ir.

Eu me forcei a fazer uma reverência final e me retirei da sala.

Uma corrente de emoções passava por todo o meu corpo, e eu estava fazendo o máximo possível para esconder. Durante esses dois anos, eu fui ensinada a mostrar as minhas emoções, mas eu estava voltando a perceber o quanto demonstrar isso era errado. Isso me fazia parecer fraca. Eu não tenho o direito de parecer fraca. Eu sou a pessoa mais forte e poderosa aqui, eu sou Sam Watters, metade loba e metade dominadora.

E mesmo assim, Hector, Lewis e Mary conseguiram me acertar. Eu estava começando a perceber como todo esse título e poder eram inúteis para mim.

Agora as coisas finalmente faziam sentido. Lewis estava vivo. Era por causa disso que os The Owners não tinham caído em uma anarquia falha e terem eles mesmos se acabado. Lewis os comandava secretamente durante todo esse tempo. Eles tinham admitido publicamente na mídia que já tinham um líder, porém, nunca deram nenhuma informação sobre ele. Eu deveria ter pensado direito e ter percebido que Lewis ainda era o seu líder.

O que mais me assusta é que eles estão mais poderosos do que nunca.

As pessoas costumam a chamar essa guerra de “A guerra dos cogumelos”, o que era uma referência a um cartoon chamado Adventure Time. Poderia ser infantil e ser tratado como se fosse uma piada, mas era uma referência meio infeliz para mim, já que os The Owners e o governo americano já explodiram inúmeros locais. As explosões lembravam cogumelos, daí vem o nome. Era uma grande piada, mas não passava da pura verdade.

O mundo é divido entre Sul e Norte já faz um ano e meio. Os países do Sul são em sua maior parte aliados ao departamento — Canadá, Inglaterra, Alemanha, Japão e outros. Alguns países do Norte não se declaram aliados ou do grupo contrário, como a Rússia, China e Coréia do Norte. Gordon e outros líderes americanos viviam fazendo acordos com esses países para que eles não explodissem nenhuma bomba nuclear e nem se aproveitassem da guerra, eles diziam não aceitar, mas até agora não soltaram nenhuma. Eu acho que eles sabem que essa guerra não é deles contra os Estados Unidos, e sim de humanos contra criaturas sobrenaturais.

O lado Sul só tinha seis aliados declarados até agora — Austrália, África do Sul, Nova Zelândia, Brasil, Argentina e Uruguai. É claro que o resto dos países da América do Sul iria se juntar aos aliados logo, mas quando fizerem isso já pode ser tarde demais. Estavam uma bagunça, sendo ameaçados toda a hora por explosões dos The Owners e depois do governo americano. Tinha protestos na América do Sul, conflitos no Oriente Médio, doenças que eram simples antes, hoje se espalham como se fossem pragas muitos perigosas e entre outros inúmeros problemas. Ir para lá não parecia ser uma coisa agradável. Se viver no Norte já era um inferno, eu nem quero imaginar como seria viver no Sul.

Era estranho Lewis querer ajudar outras pessoas.

Eu sempre tentei associar ele a figura de uma cara mal, mas na verdade ele se importava em ajudar pessoas. Não, ele provavelmente deveria estar fazendo isso para melhorar a sua imagem na América do Sul para que se aliem a ele. Mas ajudar países aliados? Isso me parece suspeito.

A coisa que eu mais queria fazer agora era fugir. Eu queria sair daqui e voltar a Área 52, dizer a eles que eu fui uma idiota e que Lewis não está morto. Dizer a eles que eu fui uma louca sem cérebro em fingir ser outra pessoa em um local inimigo.

Então eu me lembrei que sou a garota com o talento desgraçado de escapar das coisas.

Mas Arabella não tinha esse talento.

Ponto de Vista do Narrador.

— Travis, nós temos problemas. — disse Matthew.

Travis pôs uma das suas duas adagas em seu cinto de armas e se virou para Matthew. Seu arco estava em mãos. Desde que revelara a todos que não conseguia mais dominar o ar, teve uma longa conversa com Gordon, e o seu posto de dominador principal ainda pertencia a ele.

Agora ele estava tentando agir como um líder. Estava determinado a ganhar aquela guerra e recuperar a sua dominação a qualquer custo.

— Que tipo de problemas? — Travis pergunta.

— Ei, abaixe esse arco, isso assusta. — disse Matthew. Travis colocou o arco na mesa.

— Então, qual é o problema? — repetiu a pergunta.

— Você se lembra daquele garoto vampiro do Big J? — perguntou Matthew. Travis assentiu. — Ele foi barrado na entrada e depois capturado há alguns minutos.

— Aquele pirralho tentou nos invadir? — perguntou Travis.

— O pirralho sugador de sangue com mais de duzentos anos não queria uma invasão. — respondeu o dominador de fogo. — Ele alega que tem informações importantes.

Travis não falou mais nada com Matthew. Sabia o que deveria fazer. Pegou o seu arco da mesa e saiu da sala, pegando o primeiro elevador e indo até a sala onde o vampiro estava.

Quando a porta automática abriu, foi revelada um garoto pequeno e franzino em pé, com um olhar fixo em Travis.

— Noah Titor. — disse Travis.

— Eu vou sair. — disse Matthew. — Eu tentei falar, mas ele exigia que fosse o dominador principal.

Travis não disse mais nada, e então Matthew se retirou da sala.

Noah deu um passo em direção de Travis.

Há mais de dois anos, quando Travis foi mandado na sua primeira missão com Matthew, Sam, Helena, Aaron e Chris, e tinha conhecido Noah. Ele não sabia muito sobre o garoto, só sabia que ele era um “protegido” de Big J, provavelmente deveria ser mais um problemático igual a Sam. Mas, mesmo que tivesse o visto poucas vezes, sabia que ele tinha fisicamente mudado muito. Nem o reconhecia direito.

Noah parecia ter menos de um metro e sessenta, e provavelmente fora transformado em um vampiro pouco antes dos catorze anos. Sua pele era tão pálida e morta que nem era mais branca, e sim roxa, com alguns tons de vermelho. Seus olhos extremamente azuis agora estavam em um tom muito mais claro que o normal, quase brancos. As suas olheiras estavam grandes e assustadoras, exatamente como o seu corpo esquelético. Seus cabelos negros caíam na testa, mas aquela franja só o deixava mais morto.

— Eu estou há seis meses sem beber sangue humano. — disse Noah. Sua voz era rouca e fraca.

— Veio pra cá para beber sangue humano? — perguntou Travis.

— Não. Isso é só um detalhe. — disse o garoto. — Eu ouvi dizer que a Sam está morta.

O clima pareceu ficar mais tenso.

— Ela morreu há três dias atrás. — disse Travis.

— Vocês precisam ir para a América do Sul agora. — disse Noah. — O Sul está chamando vocês, não conseguem ouvir?

— Ouvir o quê? — perguntou meio confuso.

— Eu preciso falar com o único vampiro daqui. — disse o garoto. — Eu preciso falar com Christopher Watters.


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Notas finais do capítulo

YEP, LEWIS IS ALIVE, NOAH IS BACK COMO PERSONAGEM FIXO NESSA TEMPORADA o/

Eu acho que já está bem óbvio o que a Sam está fazendo...
O que acham dessa viagem ao Sul? As divisões mudaram (e o mundo também) na guerra, então... Será algo interessante u.u Agora imaginem o governo americano e os The Owners viajando para o mesmo lugar, e a Sam, Matt e Travis acabarem se encontrando rçrçrçrç... Vai ser uma treta linda AHUEAHUEA -q

Esse capítulo foi meio parado mesmo, então não tem muita coisa para dizer... MAAAS, é provável que o próximo seja mais centrado no Chris/Sam/Matt, então...

Enfim pessoas, o que acharam desse capítulo? COMENTEM o que acharam/digam se tem algum erro gramatical e até o próximo o/