The Four Revolutions escrita por starqueen


Capítulo 13
Capítulo 13 - Renascimento.


Notas iniciais do capítulo

HEEEY PESSOAS :)

Capítulo TOTALMENTE focado na Sam com uma participação especial e a volta de um "inimigo" bem conhecido... Okay, não falarei muito sobre esse cap, mas esperem sambas da Sam u.u

PESSOAS, PASSEI DE ANO o/ Agora eu estou de férias, então... Livre para apenas escrever a fic :)



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Eu não sabia que mortos voltavam a vida.

Se isso fosse possível, eu jamais iria ressuscitar qualquer pessoa. Talvez a morte fosse a melhor maneira de nos dizer que não precisamos mais dessa pessoa, e nem ela precisa mais do mundo que vive. Agora eu finalmente entendo isso. A morte é o melhor jeito de dizer adeus, e também é a prova mais clara de que nem sempre aceitamos um adeus.

Mas John Watters, o dominador de água anterior, estava na minha frente, parecendo mais vivo do que eu mesma aparentava.

Seus olhos azuis eram tão vibrantes que fazia a minha parte mais superficial se roer internamente de inveja. A sua pele era um pouco mais clara fora dos sonhos, mostrando que ele era claramente a mistura de um índio com um europeu. Seus cabelos eram cacheados no tom de castanho, com uma mexa caindo na sua testa. Seus traços mais fortes poderiam ser de um índio americano, mas ele ainda lembrava um pouco os europeus. A barba rala dava um destaque maior ao seu queixo torto.

— Ao menos sabe do meu nome inglês. — ele disse, com um sotaque forte. — Ninguém conhece o meu nome real.

O tempo parou. Eu não digo isso porque parecia que tinha parado, mas porque de fato o tempo tinha parado. O vento que entrava na janela agora não passava mais, ele estava congelado, esperando para que fosse ativado juntamente com o tempo outra vez. O ambiente ao meu redor adquiriu uma coloração meio cinza, como se eu estivesse em uma foto bizarra de 1920.

— Então qual é o seu nome real? — perguntei.

— Isso não vem a conversa. — ele respondeu. — O que importa é que eu finalmente estabilizei contato com você.

— Você está vivo ou...

— Eu continuo morto. — interrompeu. — Ninguém jamais irá voltar dos mortos, pensei que soubesse disso mais do que ninguém.

Suspirei.

— Então eu perdi a minha sanidade de vez e estou vendo coisas. — murmurei.

— Na verdade, não. — ele falava. — Eu fiquei durante três anos tentando fazer algum contato com você, mas você estava tão bloqueada para tudo que eu só consegui isso agora. — ele olhou nos meus olhos. — Você faz a mínima ideia do que está acontecendo agora, Sam Watters?

— Tem uma guerra. — disse. — E eu desisti dela.

— Eu digo com você. — ele disse. — Tem ideia do que está acontecendo com você?

— Não. — respondi. — Eu não... Não faço a mínima ideia.

— Hector criou uma forte ligação mental sua com ele. — dizia. — Você ao menos sabe o que isso significa? — fiz um sinal que significava “não”. — Significa que ele ainda vive na sua mente, mesmo que o corpo dele esteja morto.

— Então a alma dele vive em mim? — arrisquei.

— Vampiros muito velhos não possuem alma. — lembrou John. — A alma de qualquer criatura é a única coisa humana que ela podia ter, então, ao passar dos anos um vampiro acaba perdendo a sua alma. Todos eles são bestas presunçosas e tapeadoras.

Foi difícil ter que ligar todos os pontos, mas de algum jeito, eu consegui.

John Watters — ou seja lá qual seja o nome real dele — é uma pessoa, então ele deve possuir algum ponto de vista. Neste ponto de vista, os vampiros eram monstros não-humanos, já que ele foi morto por eles. Eu não iria deixa-lo me manipular de novo, como ele tinha feito antes de eu conhecer Mary. Isso me fazia perguntar se as suas memórias eram manipuladas pelo o seu ponto de vista.

Mas mesmo nesse ponto de vista dele — onde a humanidade claramente é a melhor coisa do mundo, até porque é mesmo —, era meio surpreso saber que os vampiros eram a única espécie sem alma. Era impossível. Mesmo que Mary, Stephen ou Hector não possuíssem uma, deve ter alguma exceção. Chris é bom, ele tem uma alma. Ou será que ele está perdendo lentamente a sua alma ao passar dos anos? Isso é confuso. Eu não consigo imaginar Chris daqui a cem anos agindo como um maluco faminto por poder.

E se a cem anos atrás, as pessoas que conhecessem Stephen não conseguissem imaginá-lo como o maluco faminto por poder que ele é hoje?

Merda, isso faz sentindo.

O mais estranho disso era que: eu tenho alma. Era tão estranho pensar disso, principalmente porque eu passei os últimos anos me achando uma péssima pessoa. Pra mim, alma sempre significou algo que boas pessoas possuem. Algo que alegre elas. Meu pai me ensinou isso.

Mas e se eu fosse uma pessoa boa?

Não, isso não faz sentido. Lewis não era uma pessoa boa — ele pode ser até menos pior que eu — e deve ter uma. O falecido General Rodriguez tinha. Até o idiota do Gordon deve ter uma. Mas e se eles fossem boas pessoas no fundo? Eu poderia ter odiado Wright, mas ele era uma boa pessoa.

— Boas pessoas têm alma? — perguntei. — Se você é uma má pessoa, não deve ter uma. É por isso que vampiros são maus, porque eles não têm almas.

— Quase isso. — disse — Qualquer criatura ao nascer é boa, mas ela é corrompida e traída pelo o mundo. Exceto os vampiros. Eles não nascem, são transformados.

— Certo. — disse. — Você apareceu pra mim só pra falar sobre vampiros e as suas supostas almas?

Provavelmente eu deveria estar soando meio rude, até porque eu não queria falar com ele.

— Eu quero te ajudar, Samantha. — disse John. — Por acaso faz ideia do quanto que está fraca? Precisa urgentemente romper essa sua conexão com Hector Kitter antes que isso acabe te matando.

Eu quase ri da cara dele.

— Eu não morro. — disse, quase rindo. — Todos morrem ao meu redor, mas eu... Eu nunca morro, não importa o que aconteça. Já que você tem uma conexão e sabe tudo meu deveria saber isso.

Ele revirou os olhos.

— Você precisa crescer. — John disse. — Precisa quebrar essa sua conexão com Hector, senão...

— Senão o quê? — interrompi. — Tem mais alguma coisa sobre mim que estão escondendo?

— Vai acabar bloqueando a sua dominação. — disse John. — Você já bloqueou a sua transformação em loba, quer realmente bloquear a sua dominação?

— Espere... — disse. — Então tem um motivo para que eu não me transforme completamente.

— Claro que tem. — ele disse. — Eu estou tentando te alertar. Os dominadores são dependentes de suas emoções, o que significa que ás vezes, quando são realmente feridos eles acabam se bloqueando como um instinto de defesa.

— Eu não estou ferida. — disse.

— Eu não digo fisicamente. — ele falava. — Psicologicamente. E nós dois sabemos que você está completamente destruída.

Bufei. Odiava quando outras pessoas sabiam disso.

— Então veio aqui simplesmente para dizer que eu não devo me acabar ainda mais psicologicamente? — disse. — Você está cego, por acaso? Eu já passei do meu limite há muito tempo. Não tem mais nada que possa mexer comigo.

E o pior que isso era verdade.

Dizer isso era assustador para mim, porque eu nunca tinha dito isso antes a ninguém, nem para mim mesma. O problema de você passar tanto tempo fingindo é que uma hora ou hora você iria acreditar nisso e acabar perdendo a qualidade da sua atuação. Foi isso que aconteceu comigo. Tanta coisa aconteceu que eu nem sei mais o que mais poderia me abalar. Se pegassem Matt e explodissem o seu cérebro na minha frente eu juro que não iria me importar com isso por mais de cinco minutos, como tinha sido com a morte de Blair. Era para que eu estivesse chorando agora por ela, me acabando em ódio por tê-la ignorado durante dois anos. O problema é que eu já estou mergulhada em puro ódio e melancolia durante tanto tempo que eu nem me importo mais com isso.

— Você precisa falar com Hector. — disse o dominador anterior. — É o único jeito...

— Hector está morto. — o cortei.

— Ele vive em você. — dizia. — Quando ele te mordeu acabou propositalmente criando uma conexão fortíssima. Mesmo depois de morto, pedaços da alma quebrada dele ainda vive em você, é por isso que consegue vê-lo em momentos de conflito.

Bufei de raiva.

Não, eu não preciso falar com Hector, não importe o que ele tenha feito comigo, eu não preciso de falar com ele. Falar com o vampiro que me fez perder a memória e me transformar nessa pessoa não iria me ajudar em nada que não fosse trazer mais um conflito na minha vida. Já chega de inimigos.

— Eu não quero ver Hector.

— Você quer melhorar ou quer morrer aos poucos? — perguntou. — Por que é exatamente o que está fazendo. Está se suicidando continuando com tudo isso.

— E eu devo fazer o quê? — perguntei. — As coisas não vão mudar. Não importa se eu falar com Hector, sempre vai ter algo que eu vou estragar e os outros sofrerão as consequências.

— A vida é assim, Samantha. Lide com isso. — ele disse. — Se você quer se transformar em uma loba, aconselho que me escute e fale com Hector.

Eu juro que queria xingar esse cara de todos os nomes possíveis — mesmo que ele fosse um tipo de reencarnação minha anterior ou sei lá — e fugir o mais longe possível daqui. Eu seria capaz de atravessar o oceano e ia até a África do Sul só pra me livrar disso.

Mas, quando um lobisomem consegue se transformar em um lobo, é um motivo de glória, algo que você pode usar como status e como força. A maioria dos lobos se transformam, e alguma parte deles, que são filhos de lobos podem se transformar em alfas de alcateias. Alguns lobos sem parentesco tem um poder tão forte que podem até se transformarem em alfas. Me transformar em alfa não era possível e nem dentro das minhas possibilidades, mas se eu me transformasse completamente seria bom. Eu não me sentiria tão frustrada.

Se transformar em lobo equivale a um humano se formar no ensino médio ou receber um diploma de faculdade para mim.

— Se eu falar com Hector, eu posso...

— Você pode desbloquear todos os seus poderes, inclusive a transformação. — disse o dominador.

— Espere... Todos os poderes? — perguntei.

— Claro. Ou você acha que um dominador domina apenas o seu elemento?

Suspirei. Deveria ter alguma mentira ou algo que ele deveria estar escondendo de mim.

— Como eu falo com ele? — perguntei.

— Feche seus olhos e deixe fluir.

Eu olhei para a cara dele como se fosse um: “Sério?”

— Isso? Sério mesmo?

— Apenas feche seus olhos e deixe fluir. — repetiu.

Bufei de raiva pela a milésima vez.

Era incrível como toda a pessoa que sabia de alguma coisa conseguia me ajudar de uma maneira totalmente clara e que faça sentido. Realmente, eu tenho um azar terrível para encontrar pessoas que me expliquem as coisas de uma maneira clara. O dominador anterior nem diz o porquê de Hector ser a chave e fala tudo de uma maneira confusa. Eu não devo confiar nele. Parece com o Gordon. Tem toda uma aparência de sábio que irá te ajudar em tudo mas não deve passar de um aproveitador. Eu sinto falta do Big J. Era meio irritante ele esconder algumas coisas de mim pelo o receio de que eu talvez não entenda e acabe pirando, mas mesmo assim era superior a todos os outros que eu já conheci.

Então Mary Watters pede para que arranquem a cabeça dele. Big J morreu por não ser ruim.

Eu fiz o que o dominador disse, fechei os olhos e tentei deixar as coisas fluírem. A imagem da cabeça de Big J me encarando após a morte assustaria qualquer pessoa, mas eu já tinha me acostumado com aquilo faz um tempo.

Quando eu abri meus olhos, estava em um lugar diferente.

Era o paraíso sem anjos. Esse lugar era familiar para mim, então não demorou para que eu percebesse onde estava. O mesmo lugar onde eu tinha matado Sam Watters — ou garota que veste negro — há dois anos atrás.

— Sam. — Hector dizia. — Pensei que fosse vir mais cedo.

Ele estava na minha frente, exatamente igual nos últimos momentos que eu vi, um pouco antes de me afogar. Os lábios dele estavam roxos. Sua pele pálida — nada saudável e bonita — parecia ganhar um brilho mais morto e feio com o ambiente claro. Seus cabelos e olhos castanhos não combinavam nada com aquela pele extremamente morta. Sinceramente, eu sinto saudades de pessoas bronzeadas ou gordas. Essa história de todo mundo ter uma pele pálida e estar extremamente magro já está começando a me assustar.

— Você está vivo. — disse.

— Na verdade, não. O resto da minha alma só está vivendo na sua mente. — me corrigiu. — E se você pensa que pode se livrar de mim, está muito enganada. Se me cortar você morre.

Se ele está dizendo para não cortar a nossa conexão, então significa que ele deve estar parasitando na minha mente. Hector está mentindo para que eu não acabe matando-o.

— Não, tire esse pensamento. — ele disse antes que eu abrisse a minha boca para falar algo. — Eu não viveria como um parasita em você. Está fraca e inútil. Se eu fosse parasitar em alguém, com toda a certeza do mundo não seria em você.

Agora que Hector vive em mim, então significa que ele deve ler meus pensamentos. Assustador, mas tudo bem, já vi coisas mais assustadoras que isso como o braço dele crescer de novo ou... Espere, isso foi bem assustador. Já entrou no meu TOP 10 de coisas mais assustadoras que aconteceram comigo.

— Como você vive em mim? — perguntei. — A mordida não tem tanto poder assim.

Hector sorriu.

— Eu gosto das suas perguntas. — dizia. — Inicialmente, eu tinha o plano de ganhar você controlando a sua mente. Ia dando certo se não fosse pelo o maldito dominador de fogo, mas, a única maneira de conseguir isso é através da mordida. Você deveria saber, Watters, uma mordida é muito mais que apenas um vivo dando sangue a um morto-vivo, é uma troca de informações muito importante. — explicava. — Foi isso que eu fiz. Passei mais de um milênio estudando e desenvolvendo a técnica de como me aproveitar disso, e eu consegui. Passei a minha vida toda ameaçando meus inimigos com essa técnica, então veio você... — deu uma curta pausa. — Aquilo foi muito forte, Sam. Você até perdeu a memória. E olhe só como terminei, preso na sua mente.

Prefiro não comentar no quanto que isso é louco e sem sentido, e olhe que eu estou acostumada com coisas loucas e sem sentido.

— Mas roubar a minha memória não era uma parte do seu plano? — perguntei.

— Roubar a sua memória é diferente do que te fazer perder a memória. — disse Hector. — Você pode roubar a memória de alguém sendo que essa pessoa ainda fique com as suas memórias, mas... Com você... Sam, você sempre está tão fraca. Até um mortal é mais forte que você.

Revirei os olhos.

— Vai ficar me chamando de fraca ...

— Você precisa falar com ela. — disse Hector. — A garota que veste negro.

— Ela está morta. — disse. — Eu a matei.

Hector forçou uma curta risada.

— Ela não pode morrer, Watters. — ele disse. — Ela faz parte de você. Vá procura-la. Ela é a chave para a sua força.

— Hector... — disse. — Por está me ajudando?

— Você me faz lembrar da minha filha mortal. — disse Hector. — O nome dela era Alexis.

— Você era grego. — disse. — Alexis é um nome grego.

Pela a primeira vez, Hector esboçou um sorriso que não era assustador ou sarcástico. Ele tentou dar um sorriso amigável a mim.

— Eu conheci um homem diferente naquela época. Eu estava casado e a minha filha já tinha onze anos... — olhou para mim. — Ligue os pontos.

— Você conheceu um vampiro e se apaixonou. Ele mentiu para você e te transformou em um. — disse. — Depois você matou a sua própria família.

— Temos coisas em comum. — disse. — Nós dois temos poderes terríveis que nos fizeram ter más escolhas. Eu escolhi ser um monstro durante esses quase três mil anos. Você tem uma escolha, Sam, corra atrás dela enquanto dá tempo.

Eu não queria fazer mais perguntas sobre Hector ser gay ou o porquê dele estar me contanto isso. Talvez porque ele não tenha mais nenhuma chance de voltar de novo, e agora tenha percebido o quão idiota foi. Ou quem sabe ele está tentando me manipular, fingindo ser meu amigo e depois vai tentar me matar de novo.

Não. Chega de paranoia. Eu preciso acreditar em alguma coisa.

Me virei e saí andando, à procura da garota que vestia negro. Era meio idiota procura-la aqui porque era praticamente um local aberto e bem claro. Mas de certo modo, a imagem dela começava a aparecer na minha frente quanto mais eu procurava. Ela estava sangrando. Seus ouvidos, nariz, olhos... Tinha uma faca enfiada no seu abdômen, onde sangrava também. Ela chorava. As lágrimas saíam dos olhos, porém ela não tinha uma expressão de que estava chorando. Era estranho, porque ela ignorava tudo isso. Corrigindo: eu ignorava tudo isso. Estava sentada no chão, lendo um livro com todas as páginas em branco.

Certo, aquilo era realmente estranho, nojento e... Mórbido? É, mórbido, talvez. Eu fiquei bem na frente dela, mas ela nem ao menos deu o trabalho de me perceber. Demorou um pouco para que eu pudesse entender o significado dela nesse estado. Era uma espécie de simbologia sobre mim — eu odeio simbologias —, que mostrava a minha situação real. Quebrada mas ignora isso e no final acaba só piorando. Deve ser algo assim, mas como eu sou uma gênia em simbologias e seus significados, devo ter errado.

— Hey. — tentei chamar a sua atenção.

Ela me ignorou.

— Hey. — repeti.

Ele me ignorou pela a segunda vez.

— Hey! — gritei.

E pela a terceira vez eu fui ignorada.

Me ajoelhei, ficando quase da altura dela — ela estava sentada no chão —, peguei o livro da sua mão, rasguei as páginas e joguei o mais longe que pude. Ela continuava me ignorando. Dei um tapa no seu rosto. Ignorada de novo. Cuspi na sua cara e berrei no seu ouvido. Ignorada pela sexta vez. Tenho que admitir, ela realmente me ignorava muito bem porque eu estava tão irritada naquela hora que queria mandar ela tudo isso se foder e desistir disso.

Mas eu não fiz.

Peguei a faca do seu abdômen e puxei o mais rapidamente que eu pude. Era para que ela gritasse de dor ou sei lá, mas ela não fez. Continuou fingindo. Rasguei um pouco da saia do seu longo vestido, fazendo ficar da altura do seu joelho. O seu vestido caia na altura dos pés dela só pra ter uma ideia, então eu rasguei muito tecido. Arrumei uma maneira de amarrar o pedaço do pano no seu abdômen, parando o sangramento. Limpei suas lágrimas. O choro começava a parar. Então ela parou de ignorar e virou o seu olhar até mim.

— Pensei que você me quisesse morta. — sua voz fraca disse.

Sim, eu quero, pensei.

— Eu... — dei uma pausa. — Eu preciso de você.

Eu não preciso disso, pensei.

— C-Como? — ela perguntou confusa. — Eu sou uma monstra.

Sim, eu sou, pensei.

— Sim, mas... — disse. — Eu preciso me reconectar com você. Precisamos nos conectar e parar de ficar em conflito.

Realmente, era meio estranho tentar reconciliar com uma versão quase-morta e gótica minha. No final dava como eu tentando reconciliar comigo mesma.

— Eu aceito. — ela respondeu.

Pisquei os olhos. Tudo sumiu.

Eu voltei exatamente onde estava. Na minha antiga casa, na tentativa de fugir e ir embora para sempre. O dominador de água anterior tinha ido embora. Tudo voltou a ser a exatamente como estava antes de toda essa coisa louca e sem sentido. Nada tinha mudado.

Exceto eu.

De algum jeito, alguma coisa aconteceu comigo. Eu não enlouqueci e simplesmente comecei a imaginar tudo isso no meio de uma procura de uma falsa felicidade ou sei lá, eu me sentia diferente. Eu não sei como, mas eu me sentia completa. Eu não me sentia assim há... Anos. Longos anos. Era como se uma parte minha agora fosse capaz de entender tudo, como se eu fosse inquebrável novamente e ninguém pudesse me deter. Eu era invencível, inquebrável e imbatível.

Aquilo era tipo um renascimento.

Era incrível se sentir assim. Foi difícil ter que conter a felicidade por causa disso, mas eu sorri, abri a porta e vi um dragão fora dela. Não o dragão que Matt tinha voado antes, mas um totalmente diferente.

Ele era menor que o outro dragão, tinha a pele meio azulada e seus olhos eram extremamente verdes. Os ventos ao seu redor eram frios. Eu dei alguns passos em direção dele, e o dragão entrou na defensiva, como se fosse me atacar. Eu continuei me aproximando, tentando me mostrar uma pessoa confiável e amigável. Certo, eu era péssima com animais, mas não custa tentar. Talvez tinham mandado esse dragão para mim.

Quando o dragão percebe que não vou ataca-lo, se aproxima de mim e me deixar tocar lentamente na sua cabeça. Ele fez uma coisa estranha com a boca que parecia ser uma tentativa de um sorriso humano, então, eu saio correndo, subo nas suas costas e ele voa para onde eu mando.

Está na hora de acabar com uma certa guerra.


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Notas finais do capítulo

WOWOWOWOWOW PESSOAS, O QUE ACHARAM?
SAM IS DIVA, OK? SAM PISA, OK? L-I-D-E-M C-O-M I-S-S-O -q NOW ELA IS BACK PARA ACABAR COM ALGUMAS INIMIGAS E TEM UM DRAGÃO, XOREM! u.u -q

Okay, capítulo meio confuso, eu sei, preciso parar de fazer capítulos assim ;-;

COMENTEM O QUE ACHARAM PLEASE, sério, se não gostarem podem dizer ;-; Digam se tem algum erro e até o próximo o/
OBS: Teremos Lewis no próximo, e algumas coisas gays rçrçrç -q



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