The Guest escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 2
Sociedade da Canário morta.


Notas iniciais do capítulo

Voltamos galera com mais um capítulo!
E queremos agradecer a todos que comentaram e favoritaram a fic. Thank you!
Boa Leitura!



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Um dia atrás...

– Oliver você está todo ensanguentado. – Desço as escadas e ela está sozinha ali.

Seu olhar era de preocupação, medo. Ela precisa para de me olhar desse jeito.

–Eu estou bem. –Meu tom é rude.

Felicity vem até mim com o intuito de me ajudar com o meu ferimento, mas eu a impeço.

–Por hoje é só Felicity pode ir para sua casa.

Em seu olhar vejo mágoa, acusação, dor. São sentimentos com que vou ter que aprender a conviver.

[...]

Agora...

–Oliver. –Eu ouço me chamar pelo comunicador. –Oliver?

O desligo, eu preciso de distância para manter essa máscara que eu decidi usar em sua frente. Não me agrada em nada a tratar dessa maneira, mas eu preciso mantê-la segura e a única maneira que sei é essa, a afastado de mim. Meus relacionamentos tendiam a acabar mau, a última estava agora em um caixão em uma cova que até dois dias atrás estava vazia, que seu nome foi gravado há cinco anos. Eu não podia perder Felicity, mesmo que para isso eu tenha que deixa-la.

O tempo passa, dentro em pouco vai amanhecer, a essa hora até mesmos Felicity já se foi.

Volto sem pressa por uma cidade calma. Quando chego algo me tira do eixo, a porta está arrombada. Ela tentou me avisar, e eu só pensando em mim.

Com o meu arco em mãos entro sem fazer barulho, mas o que eu vejo me desarma.

[...]

Uma explosão. Ok, isso não foi justo. Pego uma arma, que nem sei usar, e tento me esconder. Eu estava preparada para tudo, um exército da Liga dos Assassinos, Helena, Papai Noel vindo entregar meu presente de boa garota mais cedo esse ano, mas o que surgiu era algo que só poderia ser descrito como irreal, e olha que eu cogitei a hipótese do Papai Noel.

Ele entra pega o HD, que eu idiotamente, tinha deixado sobre a mesa, e se vira para sair.

–Larga... – Minha voz soa fraca, saio das sombras, e tento novamente, agora com mais confiança. –Larga isso. – Em mãos a arma aponta para o peito dele.

–Larga isso você. –Uma voz grave, que faria qualquer um se encolher de medo.

–Eu preciso disso. Você não pode entrar aqui e pegar como se fosse seu direito.

–Felicity Smoak, você não tem os equipamentos necessários para resolver isso. –Ele levanta o aparelho. –Eu tenho.

–Como você sabe o meu nome? –Eu balanço minha cabeça. Isso não importa, a única coisa que importa é que ele estava saído com talvez a única pista para trazer justiça a memória da minha amiga. – Não importa. Você vai ter que passar por mim para sair com isso daqui. –Um esboço de um sorriso cruza seu rosto com o desafio descabido. Provavelmente se eu fosse ele estaria gargalhando com o absurdo que estava dizendo.

–Felicity. –Ouço uma voz familiar, mas que me assusta do mesmo jeito. Ela desce as escadas imponentemente, eu preciso fazer o curso de etiqueta que essas mulheres fazem.

–Nissa? -Ela passa pelo homem, e vem em minha direção.

– Ele está comigo. –Ela põe a mão sobre o revolve e faz com que eu abaixe.

–E como exatamente isso deveria me deixar mais calma? Não me importa se ele está com você ou com o próprio Kratos. – Ela me olha sem entender, mas surpreendentemente, vejo uma luz nos olhos do homem a minha frente. –Kratos, personagens do videogame God of War, esquece. O importante que esse HD não sai daqui.

–Se você conseguir descriptografar, o HD fica. –Ele estende o dispositivo e eu em um suto de impetuosidade, dou um passo a frete e tomo da sua mão.

Eu sei que deveria estar aterrorizada, mas o tempo que eu trabalho ao lado do Oliver me fez ver que muitas vezes se você fingir coragem, você se surpreende ao descobrir que realmente a tem.

–Felicity, acho que você não foi oficialmente apresentada ao seu invasor. –E pela primeira vez Nissa mostra um traço de humor na voz. –Esse é...

–Não é necessário. –Digo emburrada enquanto me sento em minha cadeira. –Reconheço um morcego quando vejo um.

Mais vinte minutos tinham passado e vejo com a minha visão periferia Nissa e o tal Morcego-Enxerido parados feito duas estatuas. Ser desafiada foi um bom incentivo eu já tinha quebrado quarenta portento da criptografia, mas vê-los parados ali, feito duas gárgulas de igreja estava tirando minha concentração.

–Vocês dois não tem nada mais interessante para fazer, como procurar um assaltante, tirar um déspota do poder? Podiam treinar, socarem um ao outro? Eu sei que vocês gostam disso. Façam alguma coisa só não fiquem ai parados como se esperassem que eu falhasse.

Nissa ri.

–Ela tinha razão. –E uma tristeza passa em seu olhar. - Você é mesmo adorável?

–Nissa, olha. – Me levanto, eu não sei o que fazer, não é como consolar uma pessoa comum, ela era Nissa, forte e destemida, a sem falhas e letal Nissa Al Ghul. – Vamos achar quem fez isso, e quando acharmos o inferno vai ser pouco perto do que vamos fazê-lo pagar. Você a amava, e isso nos uni, por que Sara foi o mais próximo que eu tive de uma irmã. – Vejo luz nos olhos sombrios de Nissa. Um barulho em meus computadores me chama a atenção.

–Algum problema? –Ela me pergunta se aproximando, e percebo que sua presença não me incomoda mais.

–Não, eu consegui, está descritográfado. - Olho os arquivos. – São principalmente notas e recibos de viagens e estadia, mas tem outra coisa, um arquivo em outra língua. Eu não conheço.

–Deixe eu ver. – Ele está bem perto de mim agora, e eu sinto o seu perfume, e forte e intenso. Então eu começo a racionalizar uma outra equação. Dois heróis... Eu precisava pesquisar.

Sou tirada da minha analise metal, ao ouvir chamar meu nome.

–Felicity? –Oliver vem quase em desespero, e quando nos vê não entende. –Nissa?

Ela apenas inclina a cabeça em cumprimento.

O Cosplay de morcego ao meu lado não levanta o olhar do monitor.

–Boa noite Oliver. – Eu fico quieta, vejo o maxilar de Oliver duro, se fosse de pedra teria trincado. Caramba morcego, você não poderia ter sido um pouco mais cortês e o chamado de Arqueiro?

[...]

–Quem é você? –Perguntei contendo minha fúria que se misturava ao pavor de ver Felicity ao lado de uma assassina e um desconhecido. Ela olhava em minha direção parecendo ter perdido a capacidade de expressar reações.

–Pode me chamar de Batman. –Disse com sua voz alterada pelo modulador assim como a minha se virando para me olhar. –Vim ajudar a pedido de Nissa.

–E arrombar a porta do meu esconderijo ajuda necessariamente como? –Pude vê-lo travar o maxilar cerrando suas mãos em punhos diante de minha arrogância, como se ele não tivesse agido de forma arrogante primeiro.

–Ele é como você Oliver. –Nissa disse se colocando entre nós. –Ele protege Gothan como você cuida de Starlling. –Sua voz estava diferente, parecia... Humana...

Só nesse momento eu consegui olhar para ela de verdade. Seus olhos estavam rodeados por manchas escuras, avermelhados denunciando choro recente, suas mãos tremiam levemente, e eu sabia que aquilo não era medo, era consequência de perder sua âncora, a pessoa que te mantêm vivo. Olhei para Felicity ao lado do Batman, tentei imaginar como seria perde-la, perder meu vínculo com a minha humanidade, tudo o que me impede de me tornar uma máquina que apenas caça criminosos, eu passaria a ser alguém sem propósito que apenas esperaria a morte chegar em um dia qualquer de azar em uma de minhas caçadas. Nissa era o retrato do que me tornaria sem ela, sem minha Felicity. As últimas palavras que Sara me disse antes de morrer finalmente fizeram sentido em minha mente.

–Oliver! –Felicity chamou tirando-me de meu devaneio.

–Toda ajuda é bem-vinda. –Disse por fim sem nenhuma emoção em minha voz. –Só quero pegar quem fez isso a ela.

–Felicity posso falar com você por um instante? –Ela digitou algo no computador rapidamente antes de caminhar em minha direção. –Me desculpa. –Pedi assim que ela estava em minha frente, seus olhos rodeavam o ambiente nunca parando nos meus. –Eu desliguei o comunicador e... Se eu soubesse que estava correndo perigo...

–Mas eu não estava. –Respondeu seca, da mesma forma que tenho sido com ela nos últimos dias. –Era apenas Nissa e esse Mor... Batman. –Disse soltando o ar pela boca.

–Ele arrombou nossa porta. –Agora eu estava novamente irritado.

–Só por que eu não permiti que ele desativasse o sistema de segurança. –Respondeu no mesmo tom.

–E você acha que deveria? –Eu estava chocado.

–Oliver chega. –Ela disse segurando meu braço, finalmente me olhando nos olhos, ao contrário de sua voz fria seus olhos eram intensos e me viam como sempre enxergando o melhor em mim. –Ele vai ajudar. –Disse decidida. - Nissa sofre assim como todos nós. Estamos mais perto de solucionar isso com eles ao nosso lado. Se comporte!

Não esperou respostas apenas voltou a se sentar em sua cadeira com os dois ao seu lado. “Quer saber? Eu quero muito mais que isso” sua voz me dizendo essas palavras era tudo que eu conseguia pensar, elas me assombravam assim como meus outros fantasmas mais antigos, eu a perderia, e seria como Nissa, sem âncora, apenas um emaranhado de mortes, decepções e traumas que me impediram de dormir a noite.

–Temos um ponto de partida. –Batman disse. –Oliver, acredito que vá querer ver isso.

Me aproximei do monitor, vendo os registros de uma conta no exterior, viagens, hotéis. Peguei meu celular imediatamente procurando as últimas mensagens recebidas. Não podia ser...

–Felicity. –Chamei estendendo meu telefone para ela. –Pode ser coincidência... –Tentei justificar quando seus olhos perderam o foco por um momento juntando as peças.

–Esse idioma é tibetano. –Disse Batman olhando para Nissa que parecia devastada. –Acho que isso é uma boa prova.

–Do que vocês estão falando? –Questionei.

–Eu o observei procurando pistas nesses últimos dias, e fui atrás das minhas, encontramos isso. –Ele tirou um dispositivo do cinto e estendeu para mim, abaixei em minha mão para que Felicity também pudesse ver. –Isso é o modelo das botas de combates usadas pela Liga dos Assassinos, não tínhamos certeza, mas se juntarmos com os arquivos em tibetano reduzimos os suspeitos para um.

Abaixei o capuz e retirei a máscara esfregando meus olhos. Felicity parecia conter suas mãos para não tocar meu braço.

–Oliver. –Chamou com os olhos vidrados no monitor. –Parece que não é coincidência a final. –Então percebi que estávamos olhando apenas para a ponta do Ice Berg.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar e dizer o que acharam!
Bjnhos amores



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