The Guest escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 12
Todo mundo odeia a Thea.


Notas iniciais do capítulo

Quem concorda com o título do capítulo levanta a mão!
(Visualizem as minhas e a da Sweet Rose levantadas)
Boa leitura!



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Eu estava sentada em frente dos meus computadores, me sentia impotente, era algo irritante, todo mundo fazia alguma coisa e eu ficava aqui sentada olhando as minhas telas. Eu precisava invadir alguma coisa, isso me distrairia. Alguma coisa grande.

–O que você está pensado Felicity? – Roy vem cambaleante para perto de mim, o olho emburrada.

–Que você deveria permanecer deitado, você foi esfaqueado e quase morreu.

–Não precisa me lembrar que minha ex-namorada, que está a serviço do milionário do pai dela, que deveria estar morto, tentou me matar. – Ele fica triste mas quase não percebo por que eu pulo da cadeira e o beijo o rosto de Roy em felicidade.

–É isso!

–Isso o que? – Oliver sai do banheiro coma toalha enxugando os cabelos.

–Felicity está feliz com a minha miséria. –Roy explica para Oliver.

Eu finjo que não ouvir o que ele disse e começo a explicar o meu plano. -Roy me deu uma ideia, e vou começara a trabalhar nela. –Sento em minha cadeira me esquecendo completamente que eles estão atrás de mim.

–Felicity? –Ouço Oliver me chamar depois de um tempo, me viro meio sem entender.

–O quê? – Digo atordoada.

–O plano? –Roy se segura para não rir.

–Ah... Merlin tá fazendo muitas coisas e tudo isso envolve muito dinheiro...

–Não bastasse a sua miséria agora ela vem com a minha. –Oliver arqueia a sobrancelha e balança a cabeça em descrédito.

– Não! O que eu estou dizendo que tanto dinheiro assim deixa rastro, e se pudermos rastrear os passos de Merlin podemos prever suas ações. –Os dois parecem então se animar com as possibilidades.

[...]

–Então? –Eu olho para ela, que tem a cabeça baixa em cansaço.

–O que você quer saber?

–Por que Merlin matou Sara? –Vou direto ao ponto.

–Por ordens de Ra’s Al Ghul. Eu não entendo bem, mas meu pa.... Merlin precisava entregar a Ra’s a vida de alguém que estava atrapalhando diretamente os planos do líder do Clã das Assassinos.

Vejo a feição de Nyssa endurecer. -Por que Ra’s queria a vida de Sara? – Nyssa dá um passo à frente.

–Eu não sei bem, mas o pouco que sei são duas das principais coisas. A primeira era que ela sabia um segredo de Ra’s, e isso o incomodava. Acredito que tenha a ver com a antiga esposa. –Nyssa olha par mim sua expressão é de dor, ódio e agonia. –Acho que ela estava pressionando Ra’s, mas Sara não tinha provas.

Dick e Barbara estão sentados à mesa, eles observavam Nyssa atentos, ela parecia que perderia a razão a qualquer momento.

–Você disse duas coisas, qual é a segunda? –Barbara pergunta sem se levantar.

–Ra’s Al Ghul queria desestruturas a filha, matando a pessoa que ela mais amava. – Thea olha para Nyssa. –Sara morreu por sua culpa. –Ela não diz isso com arrogância, há até dor em suas palavras. – Ra’s queria te enlouquecer. Segundo Merlin, Ra’s acredita que ao se envolver com Sara você deixou os preceitos da Liga de lado, e por isso você não podia mais ser a sua sucessora, ele queria te destruir de dentro para fora. -Nissa fecha os punhos eu me ponho em sua frente, mas ela apenas se vira e sai para a rua.

–Ela vai sobreviver a isso. – Ouço a tristeza na voz de Thea. –Ela vai pegar os responsáveis e poderá trazer justiça a alma de Sara. Mas eu nunca poderei viver com o que fiz a Roy, eu o matei.

–É... –Dick se levanta e se apoia na mesa ficando de frente para Thea. - Você enfiou a faca bem fundo.

–Houve muito sangue. – Barbara apoia o cotovelo no ombro de Dick. – E levou muito tempo para costura-lo.

–Mas você é uma boa medica. –Dick encara Barbara.

–Sou, não sou?

–Roy não está morto? – Thea pergunta com brilho nos olhos.

–Não por falta de tentativa sua. – Sou rude.

–Você mentiu para mim. – Seus olhos começam a ficar frios, novamente.

–Calma lá Polly Pocket. –Dick levanta as mãos em rendição.

–Eu apenas disse o que erra necessário sobre o Roy, mas foi apenas sobre o Roy. – Respiro profundamente. – Thea tem outra coisa. – Eu realmente estava ficando cansado desses casos de família, não estava acostumado a lidar com isso. – Eu não contei para o seu irmão sobre quem matou Robert, achei que isso era um assunto entre vocês dois. -Ela parece perceber o peso de tudo aquilo, e se sente acuada.

–O que eu faço agora? -Sua voz era a de uma pessoa perdida.

–A onde está Merlin? – Pergunto para traçar a estratégia.

–Ele não está no país, não sei aonde. Ele sempre me dizia que o sucesso de algumas missões é saber distribuir os recursos com sabedoria. –Ela bufa de desgosto. –Acho que ele está certo.

–Vá para um hotel, onde não chame a atenção. –Entrego-lhe um dispositivo de rastreamento. –Te mando provisões assim que possível. -Nós observamos Thea sair.

–Podemos confiar nela? –Barbara está ao meu lado esquerdo enquanto Dick ainda está encostado na mesa.

–Ela não sabe nada sobre nós. –Ele diz.

–Mas nós já descobrimos muito deles. – Olho para a janela, logo iria amanhecer. –Vamos, precisamos atualizar o Arqueiro.

[...]

Eu deveria ter esperado Bruce e os outros voltarem, mas eu estava tão cansada, tem sido noites terríveis, e essas noites tem cobrado o seu preço durante os meus dias de trabalho, ando despeça, descuidada, desatenta, em outras palavras, todos os ‘des’ que possam ser usados. Abro a porta e arranco o sapato ainda na soleira da porta.

–Vocês estão moídos, não estão meus dedinhos? – Fecho a porta, aperto o interruptor, me jogo no sofá, por que não tenho forças para me arrastar para cama. Mas no meio do caminho entre estar de pé estar deitada, vejo alguém se mexendo perto de mim, o que me faz desequilibrar e cair no chão de susto com um sonoro baque.

–Felicity? –Ouço a voz familiar feminina.

–Nyssa? O que você faz aqui? – Tento me levantar. E então eu vejo o quão destroçada ela estava. – O que aconteceu? –Ela não responde, apenas me olha com um olhar triste. Olho para os lados sem saber o que fazer.

–Não devia estar aqui. –Ela diz por fim, e se vira para sair.

–Eu ia tomar um vinho, você me faz companhia? –Penso rápido.

–Mentirosa.

–Eu mentindo, por que você acha isso? Só que que eu me joguei no sofá já de olhos fechado? Vem vamos ver esse vinho, que é da safra de ontem, do supermercado da esquina e deve ter custado no máximo vinte dólares, uma iguaria para o seu paladar refinado. -Nyssa esboça um leve sorriso e me segue.

Agora eu a olho enquanto dorme no sofá da minha casa, ela não tinha falado muito, foi mais o que eu captei em seu silencio. A culpa, a dor, magoa, impotência, incerteza, mas acima de tudo medo. Ela perdeu quem amava, o que trouxe vida para ela, ela tinha medo de sem Sara voltar a ser o ser que era. Eu sentia por ela, doía vê-la sofrer, queria poder ajuda-la mais, mas a única coisa que eu podia fazer era ficar aqui ouvindo o seu silencio.

[...]

Sai da casa de Felicity assim que ela pegou no sono. Eu pretendia voltar para o hotel em que estava hospedada ou para a caverna do Arqueiro, mas o toque do meu celular me fez mudar de direção imediatamente. A pirralha estava tentando nos trair. Eu havia implantado um rastreador na garota, tenho certeza que Bruce me viu fazer isso, mas não protestou. Cheguei em poucos minutos a um pequeno galpão, meu primeiro instinto foi invadir, mas tenho seguido à risca meu novo mantra “O que Sara faria”, sendo assim peguei a merda do meu telefone e disquei o número de Oliver que atendeu no primeiro toque.

‘Nyssa está tudo bem com você?’ –Sua voz estava preocupada, algo com o qual não estou realmente acostumada.

–Estou vendo Thea conversando com um membro da Liga que é liderado por mim. –Respirei fundo contendo minha raiva. –O que deseja que eu faça com isso?

‘Bruce disse que deixou a flecha que eu dei a ele em sua aljava, está com ela ai?’ –Perguntou com a voz fria.

–Sim.

‘Faça o que quiser com esse cara, mas traga minha irmã para a caverna, chegou a hora de termos uma reunião de família.’

–Mande algum carro me buscar.

‘Bruce já está a caminho.’ –Informou antes de desligar o telefone.

Não é que estava realmente gostando dessas pessoas estranhas... Com esse pensamento atípico eu invadi o galpão atirando uma flecha certeira em meu ex soldado, mas não o matei, ainda por causa do maldito mantra, mas a dor o deixou inconsciente. E atirei a flecha do Oliver na Barbie Samurai que apagou imediatamente.

–Agora você vem comigo. –Disse ao corpo inconsciente a minha frente.

Em menos de dez minutos o carro do Batman chegou onde estávamos. Ele saiu para me ajudar a colocar a garota deitada no banco de trás. O caminho estava cheio de um silencio barulhento graças a todas as palavras não ditas e minha raiva por ele ter a deixado correr para avisar o pai o que fizemos com ela. Pensando nisso liguei para a polícia para avisar do traidor de uma figa que estava caído no galpão.

–Por que você a soltou? –Perguntei sem conseguir conter mais.

–Eu precisava que ela desse o próximo passo. –Respondeu com os olhos na estrada. –É a única coisa capaz de trazer Merlin para Starlling.

Então eu consegui compreender seu plano.

[...]

Oliver me ligou pela manhã pedindo para que fosse para a caverna assim que acordasse. Quem disse que ser hacker de herói te dá os sábados de folga? Escolhi um vestido branco com pequenas flores azuis e um salto confortável me iludindo com a ideia de uma possível caminhada no parque, quem sabe... A quem eu quero enganar? Vou acabar passando meu dia na caverna e o único entretenimento que vou ter é no máximo ver Oliver sem camisa treinando com Bruce.

Desci as escadas e a primeira coisa que vi foi Roy mal humorado com todos a sua volta. Não entendi a situação a princípio, mas quando me aproximei pude ver que Barbara, Nyssa e Dick falavam com ele ao mesmo tempo, até que Bruce e Oliver gritaram por silencio fazendo com que eles se calassem por fim. Quando me viu Oliver caminhou em minha direção a passos largos.

–Ainda bem que chegou. –Disse parando em minha frente tampando a visão que os outros teriam de mim e se inclinando para me dar um beijo rápido nos lábios que eu não consegui entender o porquê, mas minha face queimou de vergonha. –Eu precisava disso. -Disse quando se afastou. –Thea está amarrada a uma cadeira onde era seu antigo escritório na boate. –Começou a dizer me dando as costas novamente e voltando para grupo em volta de Roy.

–O que estão fazendo com ele? –Disse me aproximando para verificar se meu amigo estava bem.

–Querem que eu interrogue Thea. –Falou olhando para os próprios pés.

–E você não quer? –Perguntei confusa. –Claro que não quer, ela te esfaqueou a dois dias, eu também não iria querer ver a pessoa que eu amo que tentou me matar e depois está...

–FELICITY! –Chamou Oliver para me fazer calar.

–Desculpe Roy. –Disse tocando seu ombro, ele assentiu com um sorriso sem vida nos lábios.

–Eu vou. –Ele disse surpreendendo a todos nós. –Só me ajudem com essa merda de escada.


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Notas finais do capítulo

Galera comentem o que estão achando, isso é muito importante para nós duas, falem com a gente! Bjs