Oathkeeper escrita por Denise Miranda


Capítulo 33
Jaime


Notas iniciais do capítulo

Olá! Espero que gostem, mais um capítulo com todo amor e carinho pra vocês ♥ HAHA



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Cavalgaram mais três dias com Sandor, Brienne, Sansa e dois nortenhos. Os homens da Irmandade sem Bandeiras que sobreviveram ao ataque de Walder Negro, que queime no sétimo inferno, foram embora no momento que Thoros de Myr morreu. E Senhora Coração de Pedra havia desaparecido desde a batalha.

Jaime olhava de relance para a garota Stark, percebendo que a mesma se sentia mais confortável na presença de Sandor, e até de Brienne, mas nunca na dele. Não a culpo por isso. Para ela eu sou o Regicida, o homem que matou os escudeiros de seu honrado pai, Lorde Eddard Stark e amante da irmã Cersei Lannister.

Voltando ao passado, Jaime se envergonhava de pensar nas coisas que fizera. Mas, de tudo, o que mais se arrependera era de ter jogado o menino Bran Stark da janela.

– Uma morte rápida seria melhor. - Lembrava de ter dito para Tyrion Lannister. - Não gostaria de ser um aleijado para sempre. Um estranho, um alienado.

– Falando sobre estranhos, eu discordo, querido irmão. - Disse Tyrion. - A morte é o fim de tudo. A vida, por outro lado... É cheia de possibilidades.

E então eu paguei com a língua, Jaime se lamentou. Olhou de relance para Brienne. A garota estava com o cabelo maior, o Lannister reparou. Já batia um pouco abaixo dos ombros, mas não tinha dúvidas de que a mesma, assim que se instalasse, os cortaria novamente. Estava com uma aparência de cansada, suas bochechas sem cor, mas quando viu que o leão a fitava, abriu um sorriso cansado para o mesmo. Perdi a mão, mas ganhei uma grande companheira. Não me arrependo das escolhas que fiz, decidiu. Elas que me trouxeram até aqui, com Brienne. Tenho que agradecer aos deuses por isso.

Os deuses. Jaime nunca foi crente, nunca acreditou nas bobagens dos Sete. Mas o Senhor da Luz, R'hollor, como chamavam, era um tanto intrigante. Thoros de Myr tinha o poder de ressuscitar Beric Dondarrion, e depois a Senhora Catelyn. E nos encontravam com muita facilidade, tudo pelas chamas do seu Senhor. Será que R'hollor não mostrou a morte do sacerdote nas chamas?, se perguntou. Nunca ia descobrir.

Seus pensamentos foram cortados quando percebeu que, finalmente, chegaram ao castelo de Grande Jon Umber. Eles controlam a terra dura ao longo da Baía das Focas, na fronteira com A Dádiva e se estende para oeste, perto da Estrada do Rei. É claro que Jaime, Sansa, Sandor, Brienne e os nortenhos vieram por caminhos mais tortuosos. Caminhos parecidos com os quais eu e Brienne usamos, lembrou-se. Quando ela me levava para Porto Real. Quando eu ainda tinha duas mãos. Parece que foi a milhões de anos atrás.

Jaime sentiu um arrepio atravessando a espinha por conta do frio. A fortaleza fica muito perto da Muralha. Esses nortenhos são realmente um povo resistente, para aguentar esse frio.

Sua humilde fortaleza havia um brasão de um gigante a rugir, com cabelos castanhos, vestindo uma pele com correntes de prata quebradas, em um fundo vermelho-fogo.

– Quem vem lá? - Perguntou um dos guardas.

Todos pararam seus cavalos. Antes que Jaime pudesse abrir a boca para gesticular as palavras, o cavalo de Sansa continuou a andar. A garota parou na frente do guarda e tirou sua pele de lobo da cabeça, colocando-a nos ombros. A essa altura, seus cabelos já estavam voltando à cor natural. Podia perceber um tom suave de ruivo neles.

– Eu sou filha de Eddard Stark e Catelyn Tully, senhor. A filha mais velha, Sansa Stark. - Disse, com seus olhos azuis iguais aos da mãe fitando o cavaleiro, sem pestanejar. Seu sotaque do norte puxado enquanto proferia as palavras.

O homem arregalou os olhos e abriu a boca. Por alguns instantes, Jaime achou que o mesmo poderia desmaiar, ou se beliscar para saber se tudo isso era real. E então ele se abaixou.

– Senhora Sansa, não sabíamos que ainda estava viva. Como podemos ajudá-la?

– Leve-me até o Grande Umber Jon, por favor. Eu e meus amigos.

E pareceu que o guarda notou os outros apenas nesse momento. Analisou todos, e seu olhar parou em Jaime, e o mesmo fez uma careta, apontando seu dedo para ele.

– O que o Regicida está fazendo aqui?! - Perguntou, rosnando. - O que a Senhora Sansa, filha do falecido Protetor do Norte está fazendo com o Regicida? - Cuspiu a última palavra.

– Ele está em uma missão de me levar em segurança até o meu lar. - Explicou Sansa, calmamente. - Mas, como o senhor deve saber, Winterfell está em ruínas, então vim até o vassalo mais fiel de meu falecido pai, Grande Jon Umber, e exijo vê-lo nesse momento. Não deveria ofender Sor Jaime Lannister dessa maneira, Sor.

Aquilo pareceu divertir Jaime. Sabia que nenhuma das palavras da garota Stark eram verdadeiras. No fundo, ela me despreza. Mas está começando a mentir bem, percebeu.

O guarda ficou sem palavras, e pareceu ruborizar.

– Às suas ordens, Senhora. Por favor, entrem.

E os guardas abriram os portões, enquanto um dos guardas saía apressado na frente, afim de avisar ao Grande Jon Umber a chegada da Senhora Sansa Stark de Winterfell.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem, por favor :3



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