Estava sentada na varanda de sua casa, com o cigarro em sua mão direita e a carta que ele lhe escrevera na esquerda.

Não acreditava em nada que lia, poderia ficar sentada ali para sempre com seus cigarros – Não se lembrava quando começara a fumar, mas não se importava, fazia isso para se lembrar dele, do seu cheiro, Draco era o amor de sua vida não podia negar isso para si mesma – Deu uma tragada em seu cigarro, sabendo que milhões de toxinas iriam invadir seus pulmões, mas não se importava. Quando estava em seus braços o mundo parecia ser colorido com todas as cores possíveis.

Releu a carta novamente, sabia de cor e salteado todas as palavras ali escritas.

“Eu te amo, mas não posso mais ficar com você, posso machucá-la a qualquer momento, não me procure, pois não estarei em lugar algum, te amei-te amo e sempre te amarei, mas não posso suportar a ideia de te ver sofrer e infeliz, prefiro vê-la feliz com outra pessoa do que com alguém que não lhe faria feliz.

Antes de fazer o que eu fiz, relembrei de todos os momentos que passamos juntos. Todas as noites que passamos juntos, todos os beijos roubados, todos os abraços apertados, relembrei de quando a pedi em namoro, foi um dia tão feliz para mim. Ah! Como eu te amo Hermione Jean Granger!

Acredite quando digo que te amo, mas não deixarei de te observar, sempre irei te cuidar, mesmo que de longe e mesmo que não veja ou não me reconheça!

Com amor, Draco Black Malfoy.

Hermione estava com os olhos transbordando em lágrimas, a maquiagem toda borrada, as mãos tremendo e sempre aquele pensamento “como ele poderia achar que eu era infeliz?” “como ele iria me machucar?” voltou para o aconchego de sua sala de estar e se deitou no sofá de couro e ficou olhando o teto, sabia que ele não voltaria, mas o que ela poderia fazer, esse era o destino cruel de sua vida.

Levantou-se e pegou cinco comprimidos de tarja preta, os tomou e se deitou novamente e esperou até que a escuridão viesse buscá-la.