My imprinting escrita por L Chavez


Capítulo 12
Primeira Temporada - 01X11


Notas iniciais do capítulo

Músicas do capítulo : Without You - Mariah Carey


Galera, esse capítulo eu escrevi faz um tempinho no trem ( risos ), porém li e reli ele mil vezes fazendo sempre alterações e nunca acreditei que estivesse realmente bom, então, estou, assim como no outro capítulo, insegura, com medo de vocês não gostarem da fanfic, porém, tenho que arriscar não é mesmo, afinal, um autor nunca está confiante, ele nunca sabe se seu livro será record de vendas ou não, e me sinto exatamente assim agora.
Espero realmente que gostem!



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Livro I : Seth Clearwater

Eu os segui sem entusiasmo algum.

Era diferente antes, antes de conhecê-lá. Eu geralmente brigava com Jacob ou Sam e exigia ir aonde quer que a matilha fosse, porém, depois de sofrer o tal imprinting, as coisas mudaram, e tudo o que eu sempre desejava toda vez que era chamado para uma “missão”, se assim posso dizer, era acabar logo com aquilo, assim, voltaria para os braços de minha amada Cullen, onde ali, me sentia confortável e feliz. Mas as coisas mudaram novamente, e ela não estava aqui, então, eu estava desanimado tanto para seguir um vampiro idiota, quanto para voltar para casa ou para a mansão Cullen. Eu não tinha mais motivação para fazer nada. Minha mãe, e até mesmo Leah, diziam que eu estava mais maduro agora, porém, eu não via exatamente assim. Me sentia vazio, um casco de árvore oco. Meu coração parecia ter sido pisoteado, e ultimamente eu quase não sorria, pois não encontrava motivos para isso, ainda mais depois de descobrir que Sam iria ter seu primeiro filho com Emily. Eu confesso que o invejei muito, porém, sempre evitei pensar naquilo perto do bando, os únicos que não consegui escapar foram Jacob, que estava sendo um ótimo amigo, e Edward, porque eu sempre esquecia o que estava pensando quando me encontrava na mansão Cullen, lá, eu sempre pensava em Ashley, ou o quanto ela podia ter sido feliz comigo, agora...

O rastro desconhecido, me alertou, e vi todos os outros partir em direção a um enorme pinheiro.

Jacob, que agora estava no lugar de Sam, porque ele ficava babando na pequena barriga de Emily agora, era o líder da matilha, e ficou, junto de Leah, rosnando para o pinheiro, até uma bela vampira descer, e ficar frente a frente com o bando.

Me sentei, determinado a admirar o espetáculo, vendo Jacob pegá-la por trás, e Leah agarrar os cabelos da garota.

“ Não pode ser!” Leah exclamou, parecendo sem fôlego ao notar a vampira.

“ Acabe logo com isso, Leah!” Rosnou Jacob.

Mas o tom de voz de Leah me chamou atenção, e finalmente cansei de simplesmente me manter parado. Parti para cima dos dois, retirando-os de cima da vampira, e a encarando, encontrando olhos negros ao invés dos lindos castanhos que antes sempre sorriam para mim.

Arfei.

“ Seth, não é ela! “ Afirmou Jacob.

Eu não dei ouvidos para ele, pois estava ali, de frente para a garota que sempre amei, mas que agora, não era bem ela.

Sua pele macia e quente, agora esta gélida e imperfurável. Seu rosto era pálido feito a neve, e não havia sequer vestígios de sangue, me fazendo sentir falta das vezes em que ela corava de vergonha. Haviam olheiras arroxeadas em seu rosto de anjo, e eu sabia do que se tratava : sede.

Lentamente, ela esticou os braços em minha direção. Pensei realmente que não fosse se lembrar de mim, e por um minuto, acreditei que ela, só quisesse me matar. Mas quando suas mãos tocaram meus pelos, Ashley congelou debaixo de mim. Seus olhos focaram com urgência nos meus, e soube naquele momento, que nunca perderíamos nossa conexão.

Eu não posso esquecer amanhã

Quando eu penso em toda minha tristeza

Quando eu tive você,

Mas então eu o deixei ir

E agora é justo,

Que devo deixar você saber

O que você deveria saber

Não! Isso não poderia estar acontecendo comigo!

Eu repetia a frase mil vezes em minha cabeça, até o burburinho começar a se formar.

“ AGORA EMBRY! “ Ouvi Jacob ordenar, e voltei ao meu corpo, pulando na frente dos dois lobos imensos que vinham em minha direção, e rosnando para eles.

A vampira, permaneceu parada, em choque, observando casa passo que eu dava.

“ Sai da frente, Seth! “ cuspiu Leah.

“ NÃO!” disse firme “ Não vão matá-la, é a Ashley!” olhei sobre os ombros, querendo checar se ela estava ali, ainda.

“ Ela está morta! “ Resmungou Jacob.

“ Bella também está morta, não pode fazer isso com ela...Jacob! “ Implorei.

“ É diferente...” Ele começou, mas falhou na segunda palavra.

Ouvi os rosnados dos outros, porém, tudo que fiz foi seguir em direção a garota imortal, e me deitar, de modo protetor perto dela.

“ Vão embora! “ Ordenei “ Eu resolvo isso!”

Eles foram, em protestos, e se Jacob não tivesse arrastado Leah, provavelmente ela teria ficado.

Eu sabia que teria pouco tempo e que logo Jacob voltaria para checar a situação, então, quando ela fez menção de se levantar , segurei seu calcanhar delicadamente com a boca.

— Me largue seu pulguento ! — cuspiu

Fiz sinal de negação com a cabeça, e lhe supliquei com o olhar que ela ficasse, fazendo-a bufar.

— Você quer que eu fique ? — ela riu com incredulidade.

Assenti lentamente

— Tudo bem! — Ashley ergueu os braços como se estivesse se rendendo, achando graça daquilo.Ela não faria isso se estivesse em seu estado normal, mas eu sabia que ela não estava, e não digo isso por ter se tornado uma vampira, mas sim, porque eu sabia o motivo de sua impaciência : sede.
Saí por alguns instantes para voltar a forma humana, mas quando voltei, me perguntei o motivo de ter sido tão estúpido comigo mesmo, afinal, os outros haviam me alertado que ela fugiria, todavia, eu me sentia tão conectado e eufórico por ela que não cogitei as hipóteses.

— Hey, Totó!
Ela saltou do enorme pinheiro e fez um pouso gracioso bem na minha frente.
Fiquei abismado, finalmente observando seu novo estado físico completamente pela primeira vez.
Lábios carnudos e extremamente vermelhos, olheiras arroxeadas devido a sua má alimentação e pele impenetrável e duas vezes mais branca que quando humana, quase branca como a, como a Branca de Neve. Seus cabelos estavam desarrumados.Ela nunca fora vaidosa como as mulheres de sua família, mas o cabelo de Ashley sempre era impecável, mesmo preso em um coque, e agora, estavam embaraçados e soltos, voando toda vez que o vento resolvia fazer uma visita. Seu perfume era mais forte que o normal, mas o cheiro de rosas ainda se encontrava ali, e quis sorrir com isso.
— Belo bumbum ! — disse ela rindo, e eu a acompanhei, percebendo que Ashley jamais perderia seu senso de humor.
— Você...? — deixei a pergunta no ar.
Ela ergueu as mãos e riu.
— Me deixou curiosa fazendo aquele mistério todo, então fui espiar, a gente precisa conhecer nossos inimigos se quisermos vencer a batalha — piscou para mim.
— ENTÃO É ISSO QUE EU SOU AGORA PRA VOCÊ ? — esbravejei, e quis me socar no mesmo instante, pois jamais gritara com ela, só que, o fato de Ash não lembrar de nada que vivemos, ou mesmo de mim, me irritou bastante.
Ela suspirou depois de se recuperar do choque e se sentou no chão cruzando as pernas e colocando o queixo entre as mãos.
— Não me lembro de nada — disse, com aquela voz de choro. Pude ver o veneno tomar conta de seus olhos, fazendo eles brilharem mais, e soube que se pudesse, ela estaria se debulhando em lágrimas.
Depois de outro suspiro, ela me olhou feito uma menininha que perdeu a mãe no supermercado por dois segundos depois de soltar suas mãos.
— Somos parentes, ou algo assim ? — perguntou.
Bufei e me sentei ao seu lado, puxando-a para perto de mim. Ela não parecer se incomodar com a aproximação, porém eu fiquei tenso ao sentir um aroma desconhecido que vinha de seu cabelo.
— Somos namorados, amantes, ou o que você assimilar a isso... — disse.
— Ha ! — ela demonstrou surpresa com a revelação.
Peguei suas mãos pequeninas e as acariciei.
— Você insistiu tanto em ir sozinha, e depois desapareceu. Pensei que estivesse morta, e me senti morto quando eu vi as manchas de sangue na casa em Creek Street — admiti — Mas nunca perdi a esperança de encontrá-la...
Ela mordeu os lábios, parecendo pensar no assunto.
— Posso fazer uma coisa ? — perguntou, hesitante.
Assenti, e ela estendeu as mãos em direção ao meu rosto, tocando-o com ternura. Eu fechei os olhos ao sentir seus dedos gélidos contra minha pele quente, mas não senti frio nem repulsa.
Senti sua respiração tão perto de meu rosto que tive que abrir os olhos. Ela estava me observando, sem desviar os olhos dos meus, e parecia tão focada quanto Alice, quando tinha suas visões bizarras.

Eu não posso viver

Se for para viver sem você

Eu não posso viver

Eu não posso conceder mais

Eu não posso viver

Se for para viver sem você

Eu não posso conceder


Ashley ofegou, minutos depois, e se afastou rapidamente de mim.
— O que está tentando fazer comigo ? ! — exclamou.
Andando de um lado para o outro e quase arrancando os seus fios de cabelo, ela parecia pensar no quê faria comigo, então, intervi ao seu favor.
— Vamos lá! Me mate! — propus, me colocando diante dela.
Ela riu nervosamente.
— Por que eu faria isso ? Você está tentando me convencer de quê nos conhecemos, só isso... — mordeu os lábios por exatamente um minuto e meio — Caius mentiu para mim, mas qual o motivo de você estar fazendo isso...? — ela parecia discutir consigo mesma.
Estendi minha mão e lhe ofereci ajuda, era tudo que eu poderia fazer agora.
— Posso levá- la até a sua família, eles tem...alguns dons que podem lhe ajudar a entender as coisas — umedeci os lábios — Poderá ir embora quando quiser.
Ela pensou e pensou por intermináveis minutos, e rezei mentalmente para que aceitasse minha proposta. Não poderia forçá -la a nada, porém também não poderia deixá-la partir. Eu não a perderia duas vezes, não mesmo.
— Você vai na frente, só por garantia.
Concordei, voltando a forma de lobo e seguindo para a mansão Cullen, com Ashley logo atrás de mim.

Livro II : Ashley

Eu podia sentir o cheiro deles há quilômetros de distância. Lobos e vampiros, unidos, como Caius havia mencionado, porém, diferentemente dos Volturi, eles pareciam pessoas realmente boas, pelo menos, era isso que eu havia visto nos pensamentos de Seth.
Mesmo sabendo que sem dúvidas, descobririam que uma notava passava por ali, me surpreendi com um Cullen de cabelos acobreados parado na sacada da mansão me observando. Eu sabia que se tratava de um membro do clã por conta dos olhos dourados, era uma característica dos " vegetarianos" , assim como eu, uma das quais não agradava nem um pouco ao meu suposto mestre, Caius.
Boquiaberto, ele veio em minha direção, me fazendo cambalear um pouco e quase cair. Mesmo com os reflexos de vampíricos, eu me peguei sendo segurada pelo enorme lobo cor de areia, pois de algum modo, ficara hipnotizada pelo garoto que vinha em minha direção lentamente. Não por ser bonito, ele realmente era encantador, mas eu sentia que o conhecia de algum lugar, e como isso já havia acontecido com Brad, senti um certo receio com sua aproximação, o que fez meu rosnado ecoar em meu peito e Seth me segurar pelo calcanhar.
— Ashley, não vou machucá-la —ele pareceu ter dificuldade para pronunciar meu nome e parecia não acreditar no que via.
Assenti com a cabeça e Seth me empurrou com seu focinho para frente.
— Ele está sugerindo que você entre para conversarmos... — ele mexeu nos cabelos desgrenhados — Não se preocupe, ele também vem, assim que estiver devidamente vestido.
Soltando um risinho, ele estendeu a mão para mim, mas recusei e somente caminhei pelo gramado. Ele veio ao meu lado, abrindo a porta da mansão para que eu entrasse.

A casa estava silenciosa, mas ao passar pelo hall de entrada e chegar na sala, pude encontrar o resto do clã. Parados feito estátuas, eles observaram minha chegada.
A mulher com o rosto em formato de coração e cabelos castanhos veio ao meu encontro, envolvendo meu pescoço com seus braços em um abraço terno.
— Você nos matou de preocupação! — ela exclamou, porém, permaneci estática.
— Ela não lembra de vocês, Esme — Seth entrou, ficando ao meu lado, até Esme me soltar do seu abraço materno.
Ela colocou a mão na boca e soltou um pequeno " Oh ", depois, um loiro, que imaginei ser seu companheiro a abraçou, esfregando seus braços, como se tentasse acalmá-la.

Os outros também pareciam ter seus pares. Um moreno alto e musculoso com uma loira de uma beleza exótica e exuberante. A baixinha de cabelos arrepiados e um loiro que me analisava sinistramente. Percebi, que o outro cara que me convidou para entrar, se juntou a uma mulher morena que está ao lado de uma ruiva e um grandalhão moreno que tem um pouco da essência de Seth, provavelmente deve ser outro membro da alcateia.
Caius havia mencionado que eles haviam se unido contra os Volturi no passado, e esse era um dos motivos de sua vingança, ele jamais admitiria perder para um clã, pois, segundo ele , isso influenciava os outros a quebrarem as regras também, além de não temerem mais os Volturi, o que era uma enorme bobagem. Os Volturi sempre seriam temidos, porque toda a guarda era talentosa. Haviam rastreadores para todos os lados no castelo, então fugir das mãos deles era impossível, além do dom maquiavélico de Jane, ela poderia simular sua morte sem que você realmente estivesse morto, fazendo qualquer um em sã consciência implorar para que ela o matasse. Enfim , o poder da guarda Volturi era imenso.


Ofeguei , quando reparei que eram eles quem eu teria que matar. Os Cullen não pareciam do tipo vingativo, e se realmente fossem ruins do jeito que Caius e Marcus insistiam em dizer que eram, por que motivo não me mataram até agora ? Talvez quisessem informações antes, para ter oportunidade de fugirem ? Por que a mulher com rosto angelical me abraçou docemente, então ? E como eu mataria os Cullen ? As únicas pessoas que tive coragem de matar foram dois humanos, e tudo pelo meu desejo idiota de querer sangue. Estremeci com a lembrança.

O garoto de cabelos acobreados pegou um porta retratos e estendeu a mão com o objeto em minha direção. Peguei com delicadeza e observei a foto do clã junto de uma garota humana. Ela era loira com belos olhos castanhos claro e sorria animadamente para a câmera, enquanto um dos caras, o moreno grandalhão, a rodava no ar.
— Ashley... — o loiro, que estava abraçado com a tal Esme, se aproximou.
— O que estão tentando fazer comigo ? ! — perguntei entre dentes.
Senti o toque quente de Seth em meus ombros, mas rosnando, joguei o porta retratos no chão e me recusei a acreditar que eu era aquela garota na foto, porque não havia sentido em nada.
Olhei de relance uma vez para todos, alertando que não me seguissem, mas foi inútil.
Mesmo sentindo que algum deles estava bem atrás de mim, forcei minhas pernas a adquirirem mais velocidade, porém ao chegar próximo a um lago, desisti, parando bruscamente e me virando para soltar um rosnado, exibindo todos meus dentes brancos.

— Acho que deixei claro que não companhias não são bem vindas ! — disse secamente.

— Pode me escutar por um minuto ? — pediu.

Eu sabia que ele não me deixaria em paz, ele parecia mesmo do tipo insistente.

Me sentei em um galho da árvore, e esperei que ele continuasse a falar, impacientemente.

— Sou Edward Cullen — começou

Mordi os lábios por dois segundos.

— Ashley... — meu sobrenome, era outra coisa que eu não sabia. Eu jamais usaria Volturi como parte de mim, pois não me considerava uma, e nunca quis fazer parte do clã, não mesmo. Resolvi captar informações necessárias.

— Então, vocês são... minha família ? — achei a ideia engraçada, e foi inevitável soltar um risinho ao pronunciar a última palavra, porém, ele continuou sério, erguendo uma sobrancelha, advertindo-me.

— Você não achava isso engraçado antes...

— É mesmo ? Bom, eu os conhecia antes ? — desafiei — Porque realmente, nunca vi uma família de vampiros — mordi minhas bochechas e ergui as minhas sobrancelhas definidas, fazendo uma espécie de deboche.

Edward riu um pouco.

— Você ainda faz a mesma cara quando vai gozar de alguma coisa. — suspirou — Eu sei que a negação é a primeira coisa a se fazer quando não se lembra exatamente nada sobre o seu passado, mas acredito que possa buscar informações com cada um de nós — propôs.

Saltei do galho, interessada em saber mais.

— Rah! Como ? Vocês vão me contar ladainhas e esperam que eu acredite ?!

— Não! — ele se aproximou, ficando cara a cara comigo. Seus olhos dourados, estavam ficando líquidos de algum modo — Sei bem o dom que possui, pode usá-lo para descobrir tudo o que desejar saber.

Engoli em seco, e me lembrei de Caius falando sobre os poderes dos Cullen. Eu havia me esquecido completamente que Edward era um verdadeiro leitor de mentes. Provavelmente, foi assim que ele conseguiu descobrir meu dom.

Segurando meus ombros com delicadeza, ele me sacudiu.

— Olhe, não queremos forçá-la a nada, só que entenda a verdade. — bufou — Seth está apavorado, vocês pretendiam ir para a faculdade juntos e se casarem após a formatura...

Arregalei os olhos com hipótese de me ver em um altar com Seth. Ele era realmente bonito, mas não parecíamos ser o tipo de casal que tinha uma química, ainda mais agora, ele lobo e eu uma vampira, que par perfeito, não ?

Edward riu um pouco, deveria estar escutando meus pensamentos, é claro!

— Alice está se culpando por tudo o que aconteceu há anos, ela não teve visões suas quando você... — hesitou — Conheceu Brad, e também não viu como você simplesmente desapareceu depois de ir para Creek Street.

— Então, vocês conheceram o Brad ? — perguntei nervosa, vendo-o assentir.

Andei de um lado para o outro, e pude escutar o som de cervos ali perto. Minha boca salivou em resposta, e fechei os olhos imaginando o sabor do sangue descendo pela minha garganta. Todo aquele estresse me deixava com mais cede do que o habitual.

— Está com sede ! — Edward observou

Abri os olhos encarando-o, incomodada por saber que ele escutava minha mente com clareza.

—Desculpe — ergueu as mãos — Há quanto tempo não se alimenta ? — ele perguntou, tocando em minhas olheiras profundas. Não me incomodei com isso, mas desviei meus olhos dos seus.

— Caius não me deixa beber sangue animal, e não gosto de...matar pessoas — confessei constrangida — Consegui me alimentar um pouco no caminho, mas fiquei com medo de abusar e deixar rastros, então... três dias

— Caius! — Edward rosnou — Eu deveria saber que os Volturi estavam por trás disso!

Andei para trás, me encostando na árvore ao meu sentir um pouco fraca.

— Por favor, eu não tenho nada com eles, só estou cumprindo ordens e...

— Ashley! Já disse, não vou machucá-la, sou teu irmão! — ele me puxou pelas mãos para um abraço carinhoso, me fazendo sentir desconfortável com a aproximação, porém, no mesmo instante consegui ver flashes rápidos que sua mente produzia, logo, captando alguma coisa.

A garota humana, se parecia realmente comigo. Seus cabelos cobriam-lhe o rosto fino, e haviam lágrimas rolando em seu rosto.

— Ashley... — Edward começou a se aproximar, porém, a garota se encolheu, olhando para a janela e soluçando ainda mais. Seu peito se erguendo com violência a cada dois segundos.

Eu podia sentir o que Edward sentira naquele momento : dor. Ao ver a irmã adotiva naquele estado, ele se sentia desesperado. Jamais imaginou amar alguém como a doce menina a sua frente, porém, mesmo morando com os Cullen há apenas algumas semanas a garota conquistara a todos, e principalmente a ele.

Se sentando próximo a ela, ele pegou suas delicadas mãos e as acariciou, depois, ergueu o queixo da menina e a encarou. Olho no olho.

— Escute bem o que eu vou dizer, está bem ? — ele pediu. Seus olhos percorreram o rosto da irmã adotiva antes de começar a falar lentamente.

— Eu realmente pensei que era um erro Carlisle adotar uma humana, mas você em poucos dias deixou essa casa muito mais alegre — rindo um pouco, ele continuou — Estão todos felizes com sua chegada, mesmo eu não demonstrando, me sinto a pessoa mais sortuda no mundo por tê-la. Eu não sabia o que era estar vivo até você chegar, Ashley. — soltou o ar — Rosalie também pode não expressar, mas se você observá-la, verá que ela solta alguns risinhos uma vez ou outra quando você está por perto, ela também gosta de você, só é mais difícil para ela, se... as coisas acabarem mal, entende?

A menina balançou a cabeça concordando, fazendo seus cachos dourados sacudirem.

— Eu também estou feliz Edward, por tê-los — ela voltou a encarar o que quer que fosse, através da janela — Mas eu sinto falta da minha mãe — soluçando, ela continuou a falar — É tão diferente com Carlisle...Eu não consigo acreditar que existam pessoas como o David, sem coração.

Edward riu sem jeito.

— É sério ?

Olhando para ele, a garota piscou duas vezes.

— Você se considera sem coração e sem alma, mas você não. Se você realmente fosse uma pessoa ruim, não estaria aqui e agora, perdendo seu tempo comigo.

Ela sorriu levemente para ele e engatinhou na cama para abraçar o irmão adotivo, se aninhando em seu peito. Então, Edward começou a acariciar seus cabelos dourados, lhe beijando o topo da cabeça com ternura enquanto refletia sobre o que ela havia lhe dito, mas ele ainda não acreditava que tivesse alma, quem diria um coração.

Arfei, me afastando rapidamente de Edward e batendo a cabeça na árvore atrás de mim. Era engraçado como mesmo sendo uma vampira, eu ainda era meio desajeitada.

Eu não sabia quem estava mentindo, porém entendia que provavelmente Caius tentara me colocar contra os Cullen por conta de sua vingança idiota. Mas os Cullen poderiam tentar a mesma coisa, isso é, me colocar contra os Volturi e contar tudo o que eu sabia para assim se prepararem para a batalha, ou não ?

Eu queria ter a resposta de todas as perguntas que me fazia naquele instante, mas Edward Cullen parecia inofensivo, e eu podia ver suas sobrancelhas se unindo levemente, formando uma ruga entre elas, enquanto me analisava sem dizer uma palavra, esperando que eu fosse a primeira a falar, agora. De qualquer modo, eu poderia ficar ali pelo prazo que Caius me dera, e saber mais sobre o clã, sobre todos eles, afinal, eu iria morrer de um jeito ou de outro, pois jamais seguiria as ordens de Caius de matar alguém, nem mesmo um vampiro, muito menos algum humano, e quando Caius soubesse de minha traição, mandaria Demitri me caçar, o que seria fácil para ele, já que era um rastreador. Eu podia imaginar Alec tentando camuflar tudo, mas algo me dizia, que dessa vez, nem mesmo meu namorado ficaria ao meu lado.

Mordendo os lábios, voltei a encarar os olhos líquidos de Edward Cullen.

— Será que posso caçar por aqui ? — foi tudo que consegui dizer.

Ele sorriu levemente e concordou.

— Só evite os lobos — disse rindo — E evitei chegar ao limite de La Push, tenho certeza de que Sam não irá gostar se caçar por ali — ele fez careta.

Levantei rapidamente.

— Eu quero saber os dois lados da moeda, mas acho que seria conveniente se eu caçasse primeiro.

Edward se posicionou a minha frente.

— Esme ficará feliz em saber disso. Bom, esperaremos você na mansão.

— Estarei lá — concordei.

Ele sumiu antes mesmo que eu piscasse.

Pumas! Como eu amava sangue de animais carnívoros! É claro que em Forks era raro achá-los, então depois de um belo puma, consegui beber apenas o sangue de dois cervos, o que era mil vezes melhor que se alimentar de ratos, eles realmente eram nojentos até para uma vampira.

Voltei para a mansão Cullen assim que limpei meus lábios no lago, e ao chegar na entrada da casa, um frio na barriga me atingiu, e soube que estava nervosa por estar ali. Não conseguia compreender o motivo do meu nervosismo, mas no fundo, eu sabia que era realmente ali que eu deveria estar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram :X ? espero que tenham curtido, até o próximo capítulo ( que NÃO sei quando irei postar por conta do trabalho e blá blá blá )
Fiquem com Deus, um big beijão da Lih pra vocês