Alguns meses depois…

—Bom dia, Clint! -Falei enquanto observava o homem ao meu lado. —Como está se sentindo?
—Com fome… -Brincou o homem com os olhos fechados deitado na cama. —Que horas são?
—Ainda é muito cedo. -Respondo olhando a pouca luz que vinha da janela. —Volte a dormir… Que eu vou ver se nossa menina está bem!
A casa estava silenciosa, a porta do meu escritório estava aberta, revelando toda a bagunça que ele abrigava. O quarto de Angel estava com a luz do abajur acessa, pois minha pequena possui muito medo do escuro. A passos lentos, entrei no quarto da menina, e a beijei na testa, como sempre fazia em todas as manhãs.
—Eu preciso remover essa prateleira. -Resmungou Clint após bater a cabeça no quarto de Angel. —Por que ter uma prateleira tão alta no quarto de uma criança!
—O que você está fazendo aqui? -Perguntei sussurrando conduzindo o homem para fora. —Volta para a cama, ainda é cedo e está muito frio!
—Você não dormiu essa noite, e não dormiu nas noites anteriores também… -Disse Clint Barton segurando minha mão. —O que você está fazendo, no que Stark te meteu?
—Esses meses que não dormi direito, são para um bem maior! -Falei com a voz suave e cansada. — Não se preocupe comigo.
— Eu posso não te ver, mas sei que você emagreceu. -Disse ele preocupado tocando meu corpo, magro. —No que você está trabalhando?
—Vamos tomar café. -Falei fugindo do assunto, escondendo minha pesquisa é avanços sobre a cura de Barton. — Eu prometo que não é nada ilegal!
Clint Barton era um homem orgulhoso, e jamais aceitaria ser tratado por Stark, mesmo que fosse através de mim, Barton não suportaria saber que era mais uma experiência financiada por Tony Stark.
O meu celular tocou, chamando a minha atenção. Seria a ligação que eu tanto aguardei, durante esses meses.
Eu: —Alô!
Tony Stark: —Acordei você?
Eu: —Não, senhor Stark!
Tony Stark: —Os médicos da Alemanha, aceitaram fazer a cirurgia em Barton!
Eu: —Isso é sério… Quando?
Tony Stark: —Eles chegaram essa noite aqui, e amanhã poderemos começar!
Eu: —Perfeito!
Tony Stark: —Então nos veremos amanhã!
Com isso Tony encerou a ligação. Stark ao longo dos últimos meses evitava qualquer contato prolongado comigo, algo o havia machucado, dês de nosso beijo. O homem de ferro estava me evitando, e eu já tinha a certeza de que deixaria de trabalhar para ele, depois da cura de Clint Barton.
—Era o Stark!- Disse o gavião na porta do meu escritório.
— O que ele queria?
—Ele queria saber o meu trabalho. -Falei colocando meu celular sobre a mesa. —Não sinta ciúmes!
—Eu com ciúmes, do que… -Falou Clint debochado. —Ciúmes do dinheiro dele, do cabelo dele, do status dele, do poder dele, não eu não tenho!
—Deixa de ser bobo, Clint! -Falei beijando o homem com carinho. —Eu te amo!
—Eu também te amo! -Declarou Barton me segurando para um beijo mais quente. —Vamos para o quarto, aproveitar que ainda é cedo!
—Mas o café? - Questionei sorrindo.
—Esqueça o café, mulher. -Resmungou o homem seguindo a contagem de passos até o quarto.
Encostando a porta com o pé, senti uma das mãos de Clint segurar firme o meu cabelo. O homem colocava as minhas costas contra a porta, e pressionava meu corpo contra o dele, enchendo meu pescoço de pequenos beijos e mordidas leves. Minha roupa foi arrancada de mim com facilidade, e Clint usava os seus outros sentidos para gravar aquele momento em sua memória. Um gemido alto foi abafado, com um beijo quando Barton deu a primeira estocada forte, fazer amor com ele ficava cada vez melhor, cada vez mais íntimo e especial.
[...]
—Você é maravilhosa, ruiva! -Sussurrou Clint ofegante em meu ouvido. —Como eu pude ficar sem você por tanto tempo.
—Como diz o ditado popular… Antes tarde do que nunca! -Falei puxando o ar para os meus pulmões. —Você é apenas um pouco lento!
—Pelo menos eu ainda sou o homem do seu coração. -Brincou ele beijando meu ceio esquerdo. —E nem um, gênio, bilionário, filantropo, vai tirar você de mim!
—Você tinha que falar do Stark, agora? -Brinquei fingindo estar zangada. —Você pensa que toda a ruiva é traiçoeira, isso não é um características obrigatória!
—Fique perto do meu corpo, mulher… -Resmungou ele desviando de assunto me apertando. —Esta muito frio!
E, com o rosto enterrado no peito de Clint, eu adormeci. A neve caia densa lá fora, deixando tudo igualmente branco. O natal estava chegando, uma época cheia de paz e amor.
—Mamãe… Mame! -Chamou Angel batendo na porta do quarto.
—O que está acontecendo? -Perguntou Barton com a voz sonolenta. —Que horas são?
—A nossa menina está na porta! -Resmunguei sentando na cama. —Precisamos levantar, ou ela vai me chamar até eu abrir a porta!
Rapidamente levantei da cama, e me vesti com a primeira peça de roupa. Clint colocou-se em pé, e partiu para o chuveiro, ele já sabia toda a localização da casa, e tudo parecia mais fácil agora.
—Bom dia, minha bonequinha ruiva! -Falei tomando a menina nos braços. —Dormiu bem, a noite?
—Sim… Mamãe eu estou com fome. -Disse a pequena abraçada em meu pescoço. —Eu quero leite com chocolate!
—Primeiro, sente-se aqui. -Falei colocando minha filha sobre a cadeira. —A mamãe vai preparar o seu leite!
A presença de Clint podia ser notada a distância, o homem usava um perfume, gostoso forte com um toque amadeirado, um cheiro fresco porém selvagem.
—Bom dia, papai! -Disse a menina saltando da cadeira e correndo na direção dele. —Vamos, papai venha se sentar!
—Cuidado querida! -Falei ao ver a menina conduzindo o pai até a mesa.
—Nao se preocupe meu amor, nossa filha é uma ótima guia! -Disse o gavião sorrindo, de mãos dadas com a menina. — Isa, quer tomar um banho, enquanto eu fico com essa ruivinha?
—Sim, Clint. -Falei colocando as coisas sobre a mesa. —Eu já volto, vou apenas tomar um banho, fique aqui com seu pai!
O meu banho foi rápido, Angel era uma criança comportada, porém ela era uma criança, e poderia fazer algo perigoso, durante esse curto período em que me distraía. O som de vidro quebrado fez o meu coração parar, enrolada na toalha, sai correndo para fora do banheiro e cheguei descalço na cozinha.
—Nossa eu sou muito desastrado! - Resmungou Clint Barton segurando firme a filha nos braços. —Isa, não se preocupe eu apenas quebrei a jarra de suco!
—Esta tudo bem? -Perguntei ao ver o líquido e o vidro no chão. — Ninguém se machucou?
— Estamos bem! -Disse Clint sentado em sua cadeira. —Foi apenas um susto!
—Mamãe, está zangada? -Perguntou a pequena com os olhos azuis arregalados. —Papai e eu quebramos as suas coisas!
A minha única reação, foi suspirar e sorrir da situação. Então rapidamente voltei para o quarto, coloquei uma calça jeans azul, e um blusão preto, até ouvir batidas na porta, na qual eu fui abrir, e me deparei com eles.
—Natasha e Steve… -Falei surpresa com a vizita. —Bom dia, eu acho!
—Bom dia, Isabela! -Falou Steve parecendo zangado, com seus olhos azuis firmes. —Natasha e eu queremos falar com o Barton!
—Amor, algum problema? -Perguntou Clint sendo conduzido por nossa filha até a sala. —O que eles querem?
—Precisamos conversar, Clint! -Disse Natasha invadindo minha casa. —Eu preciso da sua ajuda... Com meu filho!