Aconteceu Na Velha Roma escrita por Scarlett Van Hausen


Capítulo 19
Dezoito


Notas iniciais do capítulo

Pequeno? Não. Minusculo.
Mas foi o que deu.
Acho que todos sabemos que nesse final de ano, com as férias e as festas, eu não tenho muito tempo.
No entanto, queria deixar um capítulo para vocês no último dia do ano. Dizer que não abandonei a fic!
É só falta de tempo!



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— O q-que que-quer dizer?

— Vamos, Rômulo. Você achou que esconderia isso por quanto tempo?

— O que?

Ele parecia exitar em falar, o que a deixava cada vez mais nervosa. O general não blefaria… Blefaria?

— Qualquer pessoa com um pouquinho de experiência notaria isso. - Os músculos de Reyna se enrijeceram ainda mais. - Por quanto tempo achou que ia esconder isso de mim? Cogitou em contar para alguém?

Não houve resposta. Ela abaixou a cabeça, para fitar os pés. E ele continuou.

— Eu só não tenho certeza de qual deus é…

Reyna pareceu confusa.

— Espera… Deus? Estamos falando de deuses?

— Oh, vamos lá! Você é abençoado! Por qual deus?

Ela teve que soltar um suspiro. Só então percebeu que estava prendendo a respiração. Ele descobriu sobre a benção.

A descoberta não deveria ser exatamente um alivio, seu pai sempre a orientara em esconder a “vantagem” que Reyna possuía. No entanto, esse era o menor de seus problemas.

— Desculpe, general. Eu deveria ter contado a você assim que ingressei na Legião.

— Me chame pelo nome. Estamos entre amigos aqui.

Rômulo estranhou o pedido, franziu o cenho.

— … General… Grace?

— Não precisa me chamar de general aqui.

—… Grace?

Ele sorriu.

— É uma melhora. E, voltando ao assunto, sim, você deveria ter me contado. Mas eu posso compreender. Quando os outros descobrem sobre isso, acham que você não é capaz de fazer por si próprio, que a benção faz por você.

— O que não é justo. Quer dizer, se você tem uma benção… Eu não sei, mas talvez os deuses tenham visto potencial em você. Acredito que eles não distribuem esse tipo de coisa.

— Então… - Ele levantou as sobrancelhas e um sorriso maroto brincou em seus lábios. - Você acha que tem potencial, Rômulo?

— E-eu… Não sei? Talvez eu tenha… Quer dizer...Talvez.

Ele deu mais um gole em sua bebida, antes de prosseguir.

— O que me leva a perguntar… Porque declarou empate hoje?

Reyna deu de ombros.

— Na verdade, eu não sei. Só não achei que seria bom para um general ser derrotado pelo soldado que acabou de chegar…

— … E que tem a benção de um deus…

— … Você também tem.

— Eu tenho a benção de Jupiter. Ela me ajuda a liderar, e… algumas outras coisas. Mas, com toda certeza, ele não me ajuda numa luta. A benção de um deus da guerra, você tem. Só não me disse de qual.

— Deusa, na verdade. Belona.

Ele arregalou levemente os olhos.

— Com certeza não é uma benção comum...

— Como se a de Júpiter fosse…

— … Nunca vi alguém com tal benção… Não há alguém assim em toda a história da Roma, com exceção da…

Droga. Talvez ele saiba então. Ele sabe demais. Ela disse demais. Como ele sabe daquilo? Era um segredo. Um segredo muito bem guardado.

— Da…?

Ele parou por algum tempo.

— Da família do Imperador.


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Notas finais do capítulo

Bem, eu tenho tantas ideias para o rumo dessa história, mas tenho que decidir o que vai acontecer nessa conversa primeiro. Será que ele descobriu?
O que acham?