A órfã escrita por Secrets of blood moon


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

demorei muuuuito, mas voltei! espero que gostem! bjs !!!



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– Melanie...-uma voz doce me chamava -Mel...-determinada a me acordar, a voz me deu batidinhas no meu rosto –Mel, minha querida, acorde...

Abri os olhos, estava tonta, tudo rodava, até que ficou nítido, quem me chamava era Cristiny, eu estava no sofá da sala de estar do orfanato.

Levantei e olhei ao redor.

Nos dois sofás à minha frente estava: Allan, Peter, Natan, Emmy, Avril e...

– PAI!!! –gritei de susto, me encolhi e continuei a gritar: -SAI ESPÍRITO MALÍGINO!!!

Todos riram da minha cara e Natan falou:

– Nosso pai não é um fantasma, Melanie.

Olhei para aquele homem repugnante com nojo e perguntei:

– Ressuscitou dos mortos ou o quê?

– Eu nunca estive morto, filha. –respondeu.

– Não é possível! Eu matei você! –exclamei, desacreditada.

– Eu nunca estive morto...

– IMPOSSÍVEL!!!

– É sim, porque não sou humano, ninguém desse recinto é. –explicou.

Olhei para cada um na sala, que estavam esperando uma alguma reação minha.

– Filha... –tentou se aproximar, estendendo a mão.

– NÃO ME TOQUE!!! –dei o maior berro que pude e me afastei. –você não tem o direito de vir aqui e me chamar de filha porque se você fosse meu pai não teria feito o que fez... –falei, com o dedo indicador na sua direção, virei meu olhar para Natan e falei para ele: - confiei em você, contei tudo da minha vida, te dei amor e carinho que você nunca teve da nossa família e você me traiu...EU SENTI SUA FALTA, MAS VOCÊ É UM TRAIDOR!!! TRAIDOR!!! –gritei com todos: -TODOS SÃO UM BANDO DE TRAIDORES!!! CONFIEI EM TODOS E É ISSO QUE EU RECEBO?!

– Mel...-sussurrou Natan.

– CALA A PORRA DA SUA BOCA!!! –interrompi.

Saí com toda minha raiva transparecendo por fora, mas meu corpo estava atordoado, estava com medo e me sentia a ponto de quebrar e o pior de tudo: não tinha ninguém para catar os meus pedaços.

Me tranquei no banheiro e chorei tudo que tinha que chorar e mais um pouco.

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– MELANIE, ABRE ESSA PORTA!!! –Allan gritou, socando a porta.

– NÃO, ME DEIXA EM PAZ!!! –berrei com a voz embargada.

– Por favor... –pediu.

Solucei e como ele não me deixaria em paz, eu abri.

Ele me pegou nos seus braços, eu puxei ele para dentro do banheiro e ele sussurrou no meu ouvido:

– oh...minha Mel, vai ficar tudo bem...

Olhei para ele e perguntei, com a cara toda melecada de choro:

– Desde quando sou sua?

– Melanie Marie, quer ser minha namorada? –perguntou.

– Hora errada para me perguntar isso. –falei, abraçando ele em seguida.

Ele riu.

– Você perguntou. –falou e deu um beijo na minha testa.

– Eu quero, eu aceito. –respondi depois de um tempo e olhei para ele.

Me analisou para ver se era sério e me deu um beijo com ternura, doçura e carinho e eu me derreti.

Sabe quando você está se sentindo nas nuvens? Era assim que eu me sentia nos seus braços, no seu beijo doce, com a sensação da minha língua na dele...

– MEL! –gritou Pit do lado de fora do banheiro.

Pensei: “ FUDEU! O que ele vai pensar se encontrar nós dois dentro do banheiro, trancado ainda por cima e aos beijos, e, para completar, eu estou namorando com o Allan... ”

Arregalei os olhos de desespero e tampei a boca de Allan rapidamente, que estava quase dando uma gargalhada por causa do modo em que estamos e ele sabia que Pit gostava de mim, logo estava se divertindo horrores só de ouvir.

– VAI EMBORA, PETER! –gritei.

– Está tudo bem, Mel? Você está com uma voz estranha... –perguntou, preocupado.

– Droga! –exclamei baixinho, o que fez Allan quase sucumbir ao riso.

– Está tudo bem? Eu sei que é uma pergunta muito idiota, mas você saiu de lá tão abalada que eu fiquei preocupado com você, porém você até reagiu bem... –tagarelava.

Eu estava mais desesperada do que as mulheres que ficam em fila quando tem promoção, eu queria sumir de tanta vergonha, eu precisava sair daqui sem que Peter visse Allan comigo, o problema é: como eu ia fazer isso?

Eu precisava desiludir aquele garoto, não gostava dele do mesmo jeito, o que não mudaria, ainda mais agora, que estava com Al, mas para isso eu tinha que magoá-lo e eu não queria fazer isso, não era uma pessoa de todo ruim, eu sentia que Peter era meu melhor amigo, meu irmão.

– PETER! –gritei em tom de repreensão, no momento em que completei a frase, já estava com dor no coração de tanta pena, ele não merecia isso, eu sabia que não, mas falei mesmo assim: -Vai embora! Não gosto de você do mesmo jeito, você só é meu amigo, sempre vai ser.

Minha cara devia estar péssima, pois Allan não parava de fazer carinho no meu rosto com a testa franzida de preocupação, logo depois de alguns segundos uma lágrima caiu do meu rosto, só que eu não podia chorar naquele momento, precisa ser forte, tinha de ser, embora no final esperasse que eu tivesse alguma chance de ainda sermos amigos, podia ser só uma ilusão, é mais provável que ele nunca queria ver mais minha cara, mas tinha esperança, mesmo que seja quase nenhuma.

Ele riu, o que me surpreendeu mais do que encontrar meu pai, e falou:

– Eu sei que você só está falando isso porque Allan está com você e você não quer amar mais de uma pessoa, não quer magoar ninguém. –disse com um sorriso que eu tinha certeza que estaria naqueles lábios rosados.

– Saia do banheiro, vocês dois de preferência, não vão querer que uma garota entre aí, veja os dois se pegando, e conte para a diretora, não estou certo? –supôs com humor.

– Certo. –digo e saio do banheiro, puxando Allan comigo pela mão.

– Quero conversar com ela se não se importar. –fala com Al.

– Eu me importo. –responde sem hesitar, não gostando da ideia.

Olho para cada um, que está com cara de poucos amigos e para evitar brigas ou qualquer tipo de confusão decido me manifestar:

– Tudo bem, eu falo com ele, pode ir.- falo com Allan, tentando passar segurança pelos meus olhos.

– Tem certeza? –pergunta.

– Tenho. –respondo com um pequeno sorriso no rosto e colocando a mão na sua mão e fazendo pequeno círculos.

Ele beija minha mão e saí de vista.

Me viro para Peter, esperando que diga algo.

– Não adianta tentar me afastar, sempre estarei aqui te esperando, não vou desistir de você e estarei aqui para qualquer coisa que precisar. –diz com um sorriso.

Franzo a testa e digo:

– Não precisa fazer isso, têm outras garotas por aí, mais bonitas até que eu, melhores do que eu, que merece alguém como você.

– Só tem um problema. –admite.

– Qual? –pergunto curiosa.

– Eu só quero você, só tenho olhos para você e sou paciente o bastante para esperar que retribua. –fala convicto.

– Você está se iludindo. –afirmo, boquiaberta por ele não desistir dessa ideia.

– É isso vamos ver. –termina e saí, me deixando pasma com a determinação dele e com medo do que ele possa fazer.


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Notas finais do capítulo

critiquem!



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