Looping escrita por Mikaah


Capítulo 31
Capítulo 31 - Gente nova no pedaço


Notas iniciais do capítulo

Eu não sei se ainda tem alguém por aqui da época em que eu postava as minhas fics com mais frequência. Uma época mais tranquila em que o patrão não me cobrava metas, as contas vinculadas ao meu CPF não se acumulavam na mesinha do meu computador, e os professores não ligavam se eu usava as regras ABNT nas minhas bibliografias. É, a pequena MIkaah do ensino médio já não existe mais, e assim como nossos personagens amados de tantos livros, minha vida girou 365 graus umas 57 vezes desde então.

Mas enfim, pra você que é leitor novo, bem vindo à Looping. Se você quiser, pode dar uma olhadinha em Poison também, que eu escrevo. E pra você que me esperou por todos esses anos, "eu volteeeei, agora é pra ficar, porque aqui, aqui é o meu lugaaaar...".

Enfim, queridos, não sei com que frequência conseguirei postar, mas não desistam de mim, porque não desisti de vocês. E embora eu realmente não goste de pedir comentários, queria que vocês deixassem um recadinho pra mim. Decidi postar esse capítulo com base nos coments antigos que eu estava lendo, lá de 2011. Bateu uma saudade...

Enfim, já falei demais. Beijinhos, e boa leitura. E não deixem de me dizer a opnião de vocês.



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“De novo?” – A voz de Emmett soou alto na sala – “Legal!”

Junto com ele, a turma toda começou a comemorar. Porque, tipo assim, a professora de álgebra faltou outra vez.

“Impossível!” – Jasper foi o único que protestou – “Mas isso é uma falta de responsabilidade absurda por falta da diretoria! Quer dizer, eles estão privando o meu direito de me tornar um cidadão instruído! Ora, como vou ganhar o prêmio Nobel de Física desse jeito?” – Ele saiu batendo os pés, com Alice a sua cola.

Estávamos indo em direção ao pátio, para nos sentarmos nas nossas habituais mesinhas da cantina. Jacob não estava conosco. Ele tinha entrado atrasado no primeiro tempo e tinha sumido no recreio. Esses eram nossos dois últimos tempos, e ele tinha desaparecido da sala assim que o coordenador Daniel nos liberou.

Jasper saiu batendo os pés por não ter aula de Álgebra, e Alice tentava acalma-lo.

“Calma amor, eu tenho certeza que...”

“Jazz!” – o gritou feminino ecoou em nossos ouvidos – “Jazz, meu bem, precisamos conversar com a direção. Como representantes, é nosso papel garantir que os alunos tenham bons professores.”

“Ou ao menos professores que venham às aulas!” – Jasper disse para Jennifer, enquanto Alice fazia careta.

“Então...” – Jennifer olhou para minha amiga como se ela fosse uma barata – “Jazz, o que acha de aproveitarmos o tempo livre para resolvermos isso?”

“Tem razão, Jenny.”- Jasper disse, e deu um beijinho na testa de Alice, pra logo em seguida sair correndo com Jennifer.

Alice ficou vermelha, mas se segurou.

“Ok, estou calma, estou calma.” – ela ficou parada no meio do corredor, bufando, e nem viu o garoto que se aproximava por trás.

“Buu!” – ele disse no ouvido dela, e ela pulou.

“Que susto, Alec.” – disse, e começou a rir. Os dois saíram andando na frente e conversando.

“Hum...é melhor o Andy tomar cuidado, ou vai ter que usar boné pra esconder os chifres.” – Emmett disse.

“É melhor ele tomar cuidado para não fazer a Alice ter que usar boné.” – Renessme disse para Emmett – “Do jeito que aquela cobra é.”

“Tem razão, com uma gostosa como aquelas, minha mente ia ficar total na dela.” – Emmett falou

“É, pelo menos assim você teria alguma coisa pra ocupar essa sua cabeça oca.” – Reneesme tirou o boné de Emmett e vestiu em si mesma, saindo correndo logo em seguida. Ele saiu atrás dela.

Legal, ótimos amigos esses que eu tenho. Me deixaram sozinha andando pela escola, com Jane ao meu lado. Como sempre, ela estava lendo.

“Então..” – tentei puxar assunto – “que livro é esse?”

Jane me olhou por um segundo, depois apontou o título do livro e fez cara de “Idiota, é só olhar”.

“Certo.” – foi o que eu disse. Ela abaixou a cabeça e recomeçou a ler.

Deixei Jane sentada nas mesinhas da cantina e fui andar pela escola. Andei por alguns minutos ouvindo meu mp4, até que avistei uma coisa que eu realmente não queria ver.

Pov Edward

Estávamos de tempo vago, pois o professor de Geografia estava participando de um congresso e por isso teve que faltar. Consegui fazer Tyler distrair Victoria, e fiquei sozinho, sentado na pista. Eu precisava de um tempo para pensar.

Vi que Bella estava se aproximando. Quando me viu, ela voltou de onde estava vindo, mas eu corri até alcançá-la. Precisava saber se ela estava bem.

“Bella, o que houve com você na educação física? Você está bem?” – perguntei, segurando seu braço para que ela se virasse para mim. Ela tirou os fones e me encarou.

“Você se importa mesmo?” – perguntou.

“É claro que me importo com você, Bella.” – eu disse.

“Então pergunte para Alice.” – ela disse, recolocando os fones e tentando se soltar.

“Espera, Bella, por que você está me tratando assim?”

“Não é da sua conta!”

“Acho que precisamos conversar.” – eu disse, ainda a segurando. Ela então se soltou da minha mão, e se sentou no paralelepípedo que cercava a quadra de basquete.

“Quer conversar? Então vamos conversar. Sente aqui!” – ela disse, e apontou o chão ao seu lado. Me sentei.

Bella se levantou e começou a falar.

“O que você quer saber?” – perguntou.

“Quero saber porque você desmaiou.”

“Queda de pressão.” – respondeu, rapidamente.

“E você está bem agora?” – perguntei.

“Quer saber? Acho que estou! E não foi graças a você!”

“Bella, o que você está dizendo?”

“Eu estou dizendo, Edward, que não preciso da sua preocupação, porque ela não me serviu pra nada nenhuma das vezes que eu precisei.”

“Bella, me desculpe, eu, eu estava no jogo e...”

“E não podia parar, não é? Não se preocupe, outra pessoa fez o papel que vocâ achou que deveria fazer.”

Comecei a sentir raiva. Me levantei, e a encarei.

“Ah eh? Quer dizer então que o tal do Black fez o meu papel, Bella, o papel que eu sempre fiz pra você?” – me recordei rapidamente dos momentos em que passamos juntos.

“Não, mas ele fez o papel que você deveria fazer, Edward, ele esteve do meu lado.”

“Ora, Bella, ele só te levou pra enfermaria.” – eu disse. Ela estava fazendo tempestade em copo d’água.

“É, Edward. E me levou em casa, também. E me ligou pra saber como eu estava. E ele nem me conhecia, sabia. E onde estava você nessa hora?”

Eu não tive o que responder.

“Aliás, onde estava você quando eu passei semanas trancada no quarto, chorando, porque um idiota tinha magoado meu coração? Onde estava você quando eu precisei secar minhas lágrimas, quando eu precisei recomeçar? Onde estava você quando eu quase fiz a maior besteira da minha vida? Onde estava você quando me deixou me envolver com um sujeito tão repugnante como o James, hein?”

“Bella, eu tive medo de que...”

“É, você teve medo, Edward, medo do que os outros iam pensar, medo de se apaixonar por mim, medo de descer do pedestal, não é? Pois bem, eu não preciso dos seus medos, eu já tenho os meus próprios medos. Eu preciso de alguém que me ajude a vencê-los.

“Bella, Eu...”

“Você, você, você! É SEMPRE você, Edward. Pelo menos alguma vez na sua vida, pense em alguém que não seja em si mesmo!” – Bella disse, e então saiu batendo os pés.

Foi um choque pra mim. Não só por ter visto Bella tão confiante no que dizia, mas também por saber que era verdade. Tudo que ela tinha dito, era a mais pura verdade.

Por alguns instantes, tive raiva de Jacob, mas então percebi que não era sobre o que ele era, e sim sobre o que eu não fui. Bella tinha razão, eu não estive ao lado dela quando ela precisou. Estive preocupado em não ser fiel, e por isso terminei com ela, não tive forças para impedi-la de quase se entregar ao James, fiquei tão cego em vencer Emmett, que nem sequer fui homem o suficiente para parar o jogo e ir ajudar a garota que eu amava. Eu era fraco, covarde, medroso, e eu não a merecia.

Me sentei no chão,e pela primeira vez em muito tempo, chorei. Não só por Bella e pelo que ela disse,mas pelas coisas que percebi. Eu fui um canalha, um boboca a minha vida inteira. Todos me viam de uma forma diferente da que eu era de verdade. Eu tinha perdido Bella, e eu temia que dessa vez, fosse para sempre.

Pov Bella

Corri até a biblioteca, e me sentei no meio das estantes de livros. E então eu chorei. Foi difícil dizer tudo o que disse, mas eu me sentia mais livre, mais forte comigo mesma. Fiquei ali por alguns minutos, e então decidi que já era hora de parar de me esconder.

Jacob estava sentado numa das mesas da biblioteca, com um livro de matemática na mão. Me senti feliz em vê-lo, e fui me sentar ao seu lado.

“Recuperando o tempo perdido, em?” – brinquei, apontando o livro de matemática. Jacob nem me encarou.

“Ihh, o bicho do silêncio baixou em você outra vez?” – brinquei, lhe cutucando o braço.

“Se você não percebeu, estamos numa biblioteca.” – ele me encarou, sério – “Aliás, eu estava numa biblioteca, estudando tranquilamente até você aparecer.”

“Nossa, por que está tão esquisito?” – perguntei, estranhando sua agressividade. Jacob pareceu se enfurecer.

“Não me chame de esquisito, não te dei essa liberdade!” – ele juntou suas coisas e saiu da biblioteca.

Não entendi nada. De uma hora pra outra, ele tinha passado do caladão ao meu salvador, e de repente começou a me tratar mal. Mas eu estava disposta a tirar essa história a limpo!

Jacob estava sentado na quadra de vôlei quando eu o achei.

“E então, já se acalmou?” – perguntei, me sentando ao seu lado. Ele pareceu não acreditar quando me viu.

“Pensei que tivesse deixado claro que não queria sua presença.” – ele disse, olhando para seu livro.

“É, deixou sim. Mas eu costumo ser persistente.” – brinquei.

“Acho que você devia sair daqui, se não quer que seus amigos a vejam comigo.”

Acho que comecei a entender.

“Perai, o que te faz achar que não quero que meus amigos me vejam com você?”

“Me pediu pra guardar segredo de ter te levado em casa.” – ele confessou.

Lhe dei um tapa no ombro.

“Jake, seu idiota! Eu te pedi pra guardar segredo sobre a HIPOTENSÃO! Meus amigos já sabem que você me levou em casa!” – disse. Jacob pareceu ficar envergonhado – “Eu não preciso esconder nada dos meus amigos, sacou? Você não é um cara perigoso, é? Algum mafioso? Ou quem sabe um vampiro?” – brinquei, e ele riu.

“Não, não me encaixo na categoria “pálido, gélido e imã pra garotas”.” – ele brincou.

“E então, senhor Jake, posso parar de segredos e contar pra galera sobre o meu mais novo amigo?”

“Amigo? Jake? Nossa, a intimidade mata, não é mesmo?” – ele provocou, e eu ri.

“Fazer o que? Sou uma pessoa rápida!”

“Certo, AMIGA. Então, já que você está me chamando de Jake, vou te chamar de Isa.”

“Caso você não tenha percebido, meu apelido é Bella.” – eu disse. Sei lá, achei Isa um apelido muito esquisito - “Todo mundo me chama assim.”

“Acontece, Isa, que eu não sou igual a todo mundo.” – Jacob disse, depois de roubar meu mp4 e sair correndo.

Sai correndo atrás dele. É, ele tinha razão, ele era diferente de todo mundo que eu conhecia. O mais estranho, com certeza.

Pov Alice

Mas ele me paga, definitivamente ele me paga.

Aliás, ELES me pagam.

Em primeiro lugar, o senhor Alec Volturi, que comprou aquela porcaria de sorvete de chocolate NA MINHA FRENTE, e que total me fez sair da dieta quando eu aceitei o pedaço que ele me ofereceu. E em segundo lugar, o imbecil do Emmett que me chamou de gorda.

E ah, é claro, o JASPER.

Alec tinha ido não-sei-aonde fazer não-sei-o-que, e Emmett e Reneesme também tinham sumido. Então eu acabei ficando sozinha na mesa da cantina, ao lado de Jane, que ainda estava com a cabeça no seu livro.

A compainha de Jane era “tão boa” que resolvi sair andando sozinha por aí.

Não tão distante de onde nós estávamos, um garoto branquinho que eu já tinha visto na nossa sala estava sentado, copiando alguma coisa de um livro. Eu estava tão desesperada por atenção que fui até lá e, na maior cara de pau, me sentei ao lado dele.

O garoto nem esperou eu terminar de me sentar.

“Esse banco não está disponível. Favor se sentar em outro local.” – o garoto disse, sem levantar a cabeça do livro.

“Valeu a educação.” – disse, já me sentando.

O garoto levantou o rosto.

“Não entendeu? Cai fora!” – ele disse.

“Meu filho, esse banco é público, sabia?” – revidei.

“Na verdade, esta é uma instituição privada.” – o garoto me corrigiu.

“Que seja! Eu vou ficar por aqui e ponto final.”

“Certo, desde que você não me atrapalhe.” – o chatinho falou, e voltou a encarar o livro.

“Tá.” – disse. O garoto era muito insuportável e sem educação, mas eu estava tão sem ter o que fazer que apelei à ficar do lado dele.

Depois de alguns segundos olhando minhas unhas, o tédio baixou, então eu comecei a cantarolar.

O garoto me encarou com cara de raiva.

“Ah, qual é, deixa de ser Nerd, meu filho. A gente ainda tá no início do ano, não é possível que você tenha matéria acumulada pra estudar.” – eu soltei.

“Nunca é cedo demais para estudar para o vestibular.” – a criatura respondeu, voltando a olhar pro livro.

“ALOU, você ainda está no segundo ano, meu bem! Pra que essa correria toda?”

O garoto me encarou.

“Como sabe que sou do segundo ano?- perguntou.

“Dã, você é da minha sala. Mas é novo na escola, nunca te vi por aqui.”

“Entrei esse ano.” – confessou.

“E ai, nerd, qual é o seu nome?” – perguntei, sentando mais perto do chatinho.

“Gregory.” – ele disse – “Mas pode me chamar de Greg.”

Foto: Vincent martella

“Greg. Legal.” – eu disse.

“E pare de me chamar de Nerd.” – ele disse, e recomeçou a ler.

Affs, logo agora que eu estava achando que ele estava sendo mais sociável.

Como eu tenho uma paciência enorme, fiquei apenas olhando pro livro dele, enquanto ele estudava.

“Vem cá, isso não te incomoda não?” – ele perguntou.

“O quê?” – perguntei de volta (Embora só os idiotas respondam uma pergunta com outra pergunta).

“Ficar do lado de alguém que só estuda.” – ele disse.

“Que nada meu filho, tenho um em frente à minha casa.”

“Legal.” – Greg disse, voltando a cabeça para o livro. Cantarolei por mais alguns segundos.

“E então, o que você está estudando?” – Perguntei. Ele levantou um livro de Física do 3º ano.

“Ah.” – Foi o que eu disse.

Não fiquei espantada, sério, Jasper já estudava com o livro do 3º ano desde o 9º! Aliás, ele estaria bem aqui ao lado do Greg conversando sobre a “Teoria da Relatividade” se não estivesse enfiado com a...

Foi então que uma ideia me surgiu.

“Greg, você tem muitos amigos?”

Ele pareceu ter estranhado a pergunta.

“Como você pode perceber, não.”

“Gostaria de ter?”

Ele fez um olhar irônico.

“Só se você encontrar um bando de esquisitos sem qualquer intenção de popularidade e noção de ridículo, que aceitem nerds como sócios do clube.” – Ele disse, voltando a olhar para o livro.

Olhei na direção onde Jane estava. Emmett estava em cima da mesa, segurando o livro de Jane e o fone rosa de Reneesme, enquanto as duas pulavam, tentando recuperar seus respectivos pertences.

“Meu querido, você veio ao lugar certo.”

Pov Bella

Jacob e eu ficamos andando pela escola, enquanto ele me mostrava as músicas CHATAS do seu celular. Ele gosta de MPB, acredita?

Bateu o sinal do recreio, e nós fomos para as mesinhas da cantina.

“Pessoal, esse é o Jacob.” – Eu disse para a galera.

“Dã Bella, isso a gente já sabe.” – Alice disse, e Emmett caiu na risada.

“Não, eu quis dizer que Jacob resolveu parar de ser metido e entrar pro grupo!” – Eu disse, com um sorrisão no rosto.

“Hey, eu não sou metido!” – Jacob se defendeu.

“NÃÃO!” – Alice e Emmett disseram, num coro em tom de deboche.

“Gente, boas notícias! Ótimas, maravilhosas, PERFEITAS notícias!” – Jasper chegou, saltitando como uma menina.

“O Jake entrou pro grupo. Já sabemos, já sabemos.” – Alice disse, rolando os olhos.

“Não.” – Jasper fez uma cara de desdenho – “Quem liga pro Jacob?”

“Eu ligo pro Jacob.” – Jake disse, com cara de mal.

“Ah, você tá ai?” – Jasper pareceu tremer com a cara de mal de Jake.

“Tá, calem a boca, e Andi, fala logo a boa notícia.”

“Você sabe que é tecnicamente impossível eu calar a boca e falar a...”

“FALA LOGO, JASPER!” – Emmett e Jacob gritaram, e Jazz tremeu ao ouvir as “vozes de macho”.

“Tudo bem, tudo bem. Demitiram a imcompetente da professora de álgebra!” – Jasper disse, todo feliz.

Todos fizemos cara de paisagem.

“E daí?” – Alice resumiu o pensamento geral.

“E daí que nós vamos ter aula com o MAR.CUS!” – Jasper fez questão de separar o nome do professor Marcus Voltera, o professor de Matemática mais conceituado do colégio Lincon – “Gente, eu estou TÃAAAAAAAAAAAAO feliz!” – Jasper berrou, com os braços par cima, e depois saiu correndo em volta da mesa, dando pulinhos e gritando “Marcus Voltera, Marcus Voltera...”

Até que Emmett jogou a mochila nele e ele caiu no chão.

Todos rimos, inclusive o garoto novo que só agora eu reparei que estava sentado do nosso lado.

“Affs, seus incompetentes. Não tenho culpa de querer cursar astrofísica numa universidade federal.” – Ele se levantou, limpando a blusa.

“Você disse astrofísica?” – o garoto novo, que estava com a cabeça enfiada num livro, pareceu interessado.

“É, eu disse. Por quê?”

“Tem interesse em física de partículas?” – Greg disse.

“Claro que sim. Nanotecnologia é o futuro do universo!” – Jasper disse, e ele e Greg caíram na risada.

Fizemos cara de paisagem.

“O que, vocês não entenderam? Astrofísica e Nanotecnologia não tem NADA HAVER!” – Jasper disse.

“A não ser pelo uso da palavra...” – Greg completou.

“UNIVERSO!!!” – os dois gritaram juntos, e explodiram em gargalhadas.

“São almas-gêmeas.” – Reneesme disse, apontando para os dois.

Emmett sacudiu sua garrafinha de H2O, que ainda estava fechada, depois a abriu na direção dos dois, espirrando um pouco do líquido neles. Os dois estavam tão animados por terem “se descoberto” que nem sequer reclamaram, só saíram e foram para o banheiro jogar água nas partes onde o refri respingou.

“Hi-lário!” – Reneesme disse, e nós rimos, concordando.

Seth chegou correndo, e deu um tapão nas costas de Emmett, que fez cara de dor.

“Faz isso de novo, e tú tá morto!” – Emmett ameaçou Seth, depois riu.

“Cara, to felizão. Advinha quem vai estudar aqui com a gente?” – Seth disse, com um sorriso de orelha a orelha.

“Quem, Dilma Rousseff?” – Emmett disse.

“Não cara, advinha.”

“Fala logo, odeio advinhações.” – Emmett pressionou. Até eu já estava querendo saber quem era.

“É a..., ah, olha ela lá. Leah, vem cá!” – Seth apontou para o portão. Uma garota com cara de patricinha, usando um vestidinho preto e sandálias de salto, estava parada, falando ao celular. Ela acenou para Seth, e deu um sorrisinho.

Jacob estremeceu, e fez cara de raiva.

“Beleza, mais uma pro grupo!” – Emmett disse, dando um tchauzinho para a garota.

“Sabia que não tinha sido uma boa ideia!” – Jacob disse com o rosto enfurecido, e saiu batendo os pés.


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