Pov Edward

 

Eu a observava, embasbacado. Certo, eu conhecia aquela pequena criatura coma palma de minhas mãos, e não me surpreendia com mais nada vindo dela desde o dia em que a vi jogando purpurina no shortinho rosa aos 3 anos de idade. Quando minha mãe perguntou o porque, ela respondeu “pa fica biloso”. É, pode acreditar, a gente tem isso em DVD.

Mesmo assim, vê-la com as enormes asas roxo-purprinadas e com o chamativo vestido rosa-shock reluzente era um tanto quanto assustador.

“Você está fantasiada de que mesmo, Alice?” – perguntei, passando a mão no cabelo. Ela girou toda sorridente pelo meu quarto, depois de se encarar mais um pouco no espelho do meu guarda-roupas.

“De fada-borboleta.” – Ela disse feliz, e encostou uma espécie de “varinha-de-condão” rosa cheia de ponpons e com uma ESTRELHA QUE PISCA na extremidade na minha cabeça.

“Fada-borboleta?” – Perguntei.

“É, fada-borboleta. Eu não consegui me decidir entre “fada” ou “borboleta”, então eu pensei: porque não os dois?” – Ela respondeu, ajeitando a tiara prata reluzente na cabeça.

“E pra que a tiara?” – perguntei.

“É que eu sou a princesa das fadas-borboletas.”

“E as “princesas-fadas-borboletas” usam salto-alto?” – perguntei, reparando na sandália prata de não-sei-quantos centímetros nos pés de Alice.

“Claro que usam! Como você acha que elas conseguem alcançar a boca dos seus namorados lindinhos e lhes encher de beijos?” – Ela disse, sorrindo mais que velhinho quando acerta no bingo.

“Por favor, poupe-me dos detalhes!” – falei, tapando os ouvidos – “Eu sou um desdeixado, etc e tal, mas eu não preciso saber das pegadas que dão na minha irmãzinha, pelo amor de Deus!” – falei. Ela riu e bateu com a porcaria da estrela-de-condão-piscante levemente no meu nariz.

A campainha tocou.

“Deve ser o Jazz.” – Alice falou, batendo palminhas – “Você vai adorar a fantasia dele!”

“Tá, deixa que eu atendo.” – disse, indo em direção à porta. Do Jasper eu podia esperar tudo.

Ok, quase tudo!

Quase tive um treco quando vi a... coisa parada na porta da minha casa. Jasper Withlock, meu melhor-amigo-pegador-de-irmãs estava lá sorridente...e AZUL!!!

Jasper estava usando apenas uma bermuda marrom e chinelos de dedo pretos.  Seus braços, pernas, peito-magricela e rosto estavam TOTALMENTE PINTADOS DE AZUL ESCURO, além do par de orelhinhas pontudas também azuis que ele trazia agarrado à cabeça. Seu cabelo estava penteado para trás, com gel, e algumas trancinhas de aplique caiam da cabeça dele. Eu não conseguia nem fechar a boca, muito menos rir.

“AHHHHHHHHH!” – Alice “gritou de emoção”, batendo palminhas – “Ficou lindo, Jazz, super original! Rose arrasou na maquiagem!” – Ela disse, e Jasper se curvou em agradecimento. Depois pegou ela nos braços e a girou, ambos rindo. Eu continuava embasbacado na porta, com a mesma cara de idiota.

“Só estava testando pra ver se a tinta já secou.” – Ele piscou para Alice, que lhe deu um tapinha no braço.

Jasper se virou para mim, que continuava sem ação. Ele passou sua mão AZUL na frente do meu rosto, meio que para checar se eu ainda estava vivo. Só então eu acordei.

“Céus, do que você está fantasiado?” – perguntei, ainda em choque.

“De Avatar, que tal? Gostou?” – Ele me perguntou, girando em torno de si mesmo. A única coisa que consegui fazer foi dar o clássico tapa no meu próprio rosto.

“Não liga pro Ed, Jazz. Tá lindo!” – Alice disse, lhe dando um selinho. Uma fada-borboleta e um Avatar? Sério, esses dois formam o casal perfeito!

Alice foi para o quarto terminar de tacar maquiagem na cara, e eu e Jasper nos sentamos no sofá, embora eu estivesse levemente preocupado com o estado em que ficaria o sofá depois da permanencia do “senhor azul”.

“E então Edward, você não vai mesmo?” – Jasper me perguntou.

“Eu não acho que tenha sido convidado, Jazz.” – respondi, encarando a tv.

“Claro que foi, todo mundo foi. Vamos, vai ser legal! Você não precisa ir fantasiado se não quiser.” – Jazz tentava me convencer a ir. Ele percebeu como eu tenho estado esses dias, meio sem vontade de sair. Mesmo sendo desmiolado, esse cabeça-oca ainda é meu melhor amigo.

“Não dá Jazz, mesmo que eu quisesse, eu não posso.” – e mesmo que eu pudesse, eu não quero – “Eu estou de castigo, lembra?” – disse, mais como desculpa. Na verdade eu só não queria era ir a festa dele, pois não tinha nada para comemorar.

“Você quer que eu fale com a Esme?” – Jasper se ofereceu.

“Não, tudo bem. Minha mãe teve o dia cheio no escritório hoje e está com um pouco de dor de cabeça. É melhor deixa-la descançar.” – Disse, e era mesmo verdade. Tudo indicava que eu realmente não tinha nenhum motivo para ir.

“Tudo bem, cara. Mas é uma pena você não ir.” – Jasper falou, passando sua mão azul em meu cabelo. Ainda bem que a tinta estava mesmo seca.

“Vamos?” – Alice apareceu na sala, e eu não pude deixar de rir do casal esquisito.

“Haha, curta seu castigo, maninho!” – Alice disse, tacando a estrela-de-condão na minha cabeça.

“Se aproximar essa coisa piscante de mim de novo, Alice, você vai ser uma princesa sem cetro!” – brinquei, e ela me deu língua antes de arrastar Jasper para fora de casa.

 

Pov Bella

 

Puxei a saia curta demais antes de sair. Me olhei no espelho mais uma vez: até que eu estava legal, perfeita para o que eu pretendia fazer, embora eu não soubesse se teria tanta coragem assim. Sem ter mais tempo para pensar, peguei minha bolsa e sai do quarto.

Minha mãe, sentada na sala, me olhou dos pés á cabeça. Fingi não perceber os olhares de reprovação enquanto me dirigia á porta.

“Espere ai, mocinha.” – Minha mãe falou e eu parei no lugar, girando para encontrar seus olhos fixos no meu rosto – “Que horas volta?” – perguntou, séria. Abaixei a cabeça, desviando o olhar.

“Vou dormir na Alice, lembra?”- respondi, rapidamente.

Esse era o combinado. Embora meio relutante, Alice tinha concordado em participar disso, em me ajudar a mentir. Ela e eu diríamos a todos que dormi na casa dela, mas na verdade, não era isso que ia acontecer. Eu dormiria na casa de James, embora eu não tivesse certeza se a palavra “dormir” era realmente a mais correta.

“Na Alice, sei.” – Minha mãe disse, sua voz desconfiada. Eu me sentia péssima em estar mentindo para minha mãe.

“É mãe, na Alice. Você pode ligar pra Esme se quiser...” – me antecipei, embora eu não soubesse se meter a Esme nessa história era uma boa.

“Tudo bem Bells, eu confio em você.” – Minha mãe disse. As palavras atingiram meu coração como um punhal. Sai rapidamente de casa antes que pudesse me arrepender do que eu iria fazer. Mas agora não tinha mais volta.

Assim que bati a porta, vi Jasper e Alice saindo de casa. Jasper me analisou um pouco chocado, e Alice também pareceu impressionada, embora ela soubesse de tudo que eu pretendia fazer. Depois de alguns segundos me encarando, Alice se aprozimou e sorriu, tentando parecer normal. Eu sabia que ela não concordava com esse meu “novo eu”, mas ela era minha melhor amiga e me apoiava incondicionalmente em tudo o que eu fazia.

“Acho que errou de uniforme, Bella. O da nossa escola não é assim.” – Ela brincou.

“É a minha fantasia, Li.” – Eu disse. Eu estava vestindo uma saia azul escuro de pregas curtíssima, meias três-quartos brancas, que iam até abaixo dos joelhos,sapatos do tipo boneca, uma regata branca por baixo e por cima uma blusa branca de botões feita do mesmo material daquelas blusas escolares, com os dois primeiros botões abertos. Meu cabelo estava propasitalmente bagunçado, e minha maquiagem consistia em um gloss transparente nos lábios, deixando-os meio rosados. Mesmo sendo mulher e não tendo muita experiência nessa área, eu tinha certeza: Estava sexy.

“Estudante, Bells?” – Jasper perguntou.

“Não adianta, Jazz. Por mais que tente, ela não consegue abandonar o seu jeito nerd de ser.”- Alice falou, rindo. Soltei uma risada também, e nós três descemos as escadas, enquanto eu tentava esconder o meu visível nervosismo.

A festa estava acontecendo no salão de festas do prédio. Eram 19:30 e, como James mesmo havia afirmado, a festa não tinha hora para acabar. Não havia nenhum adulto por lá, apenas nós, os adolescentes, éramos permitidos de entrar.

A decoração era típica de uma balada. As luzes estavam fracas, deixando o ambiente meio escuro, embora nós ainda conseguíssemos enchegar uns aos outros. Luzes de diversas cores giravam pelo ambiente, haviam puffs espalhados pelo lugar para que pudéssemos nos sentar, e um D.J comandava a pista de dança, que era, tecnicamente, em todo lugar. Havia também um bar, onde eram servidos sucos, refrigerantes e, para os adeptos dos “adolescentes alcólicos anônimos”, o tradicional Ice, a fonte de álcool dos menores de 18 anos.

Não me senti bem ao entrar, as luzes girando e a musica alta me deixavam meio tonta. Já haviam algumas pessoas dançando, e outras estavam encostadas nas paredes, ou sentadas nos puffs. Alice me arrastou até um cara alto de chapéu, que estava encostado perto do bar.

“Fala, Jake Sully!” – O cara de chapéu falou. Só ai o reconheci, era Emmett. Mas do que ele está vestido?

“Legal, você acertou.” – Jasper falou, feliz por ter sido reconhecido em sua fantasia de Avatar – “Mas e você, tá fantasiado de que?” – Jasper perguntou para Emmett. Ele estava vestindo calças jeans escuro por dentro das botas marrons que iam até o joelho,uma blusa de botões xadrex vermelha e branca, cujas mangas estavam arregassadas até os cotovelos, e um  chapéu preto de cowboy na cabeça.

“Advinha.” – ouvi a voz de Reneesme vindo de um canto, e só então notei que ela também estava ali.

“Luan Santana!” – Emmett disse todo feliz, tirando o chapéu e fazendo o característico comprimento “eu tiro o meu chapéu”. Todos riram, mas eu apenas revirei os olhos. Achei meio patético, sei lá.

Senti braços fortes envolvendo minha cintura, braços que reconheci imediatamente.

“Oi gata.” – James sussurou no meu ouvido. Senti um arrepio no pescoço, e resolvi me aproveitar disso, de todas as reações de meu corpo, de tudo que ele podia sentir. Me virei e dei um beijo molhado e longo em James, aproveitando sua boca, sentindo seu gosto. Afinal de contas, ele era meu namorado, estava na hora de eu começar a retribuir os gestos de carinho que ele fazia para mim. Realmente curti o beijo, sem fingimentos, embora meu coração ainda não se mechesse.

Essa noite, meu coração reaprenderia a bater.

 

Pov Alice

 

Agradeci mentalmente por Edward ter ficado em casa de castigo. Meu irmão não merecia ver a cena que eu estava vendo. Bella e James estavam se pegando na frente de todo mundo, e Bella não estava oferecendo nenhuma resistência as mãos de James que subiam e deciam por suas costas, apertando sua cintura, seus lábios subindo e descendo por seu pescoço. Ela estava realmente se entregando a James, lentamente, e eu sabia o quanto isso machucaria meu irmão.

Mesmo ele sendo um idiota, eu sabia que Edward amava Bella de verdade, muito antes de ele admitir. Bella era o primeiro amor de Edward, ele estava confuso e não sabia como agir. Mas eu estava realmente começando a acreditar que se ele não agisse depressa, a perderia para sempre.

“Tudo bem, Li?” – Reneesme perguntou. Ela estava vestindo um vestido verde escuro comprido, indo até os pés, e sapatilhas também verdes,do mesmo tom do vestido. Seu cabelo, ruivo por natureza, estava preso para trás numa longa trança, presa por um prendedor também verde escuro. Não precisei olhar muito para descobrir do que ela estava vestida.

“Deixa eu advinhar: Princesa Fiona, acertei?” – Perguntei.

“Isso mesmo. Está tão óbvio assim?” – Ela perguntou.

“Está ótimo, amiga.” – Eu disse, com sinceridade. Ela estava mesmo muito parecida.

“Só estou com uma dúvida: Você está fantasiada de Princesa Fiona humana ou de ogra?” – Emmett perguntou, fazendo cara de duvidoso. Reneesme lhe deu um tapa no braço, e ambos riram.

Ficamos converssando durante alguns minutos, e logo mais gente da nossa trupe havia chegado. Só ai comecei a perceber como o nosso grupo de amigos estava grande esse ano.

Bree estava fofíssima em sua fantasia de chapeuzinho vermelho. Ela usava um vestido branco, sapato boneca preto com meias soquete finas, e o tradicional capuz vermelho cobrindo a cabeça, além é claro, do cestinho de palha. Jane foi a próxima a chegar. Ela estava fantasiada de Cinderela, com o clássico vestido azul e branco, a sapatilha prata, e os cabelos loiros presos para cima com uma tiara brilhosa, exatamente como a personagem do filme. Subitamente, tive vontade de perguntar por seu irmão, mas me controlei.

Rosalie também se juntou ao nosso grupo de conversa, usando uma roupa de couro preta que cobria totalmente o seu corpo, embora todas as suas curvas estivessem a mostra devido ao fato de a roupa ser tão justa. Em seu rosto, uma máscara preta com orelhinhas: mulher gato, eu deduzi. Laurent, seu namorado bobalhão, estava vestido de rapper, com calças jeans largas, blusa preta, casaco roxo e aqueles medalhões e cordões dourados no pescoço. Até que ele estava maneiro.

Riley chegou à festa junto com Bree. Ele era um garoto bonito, alto e sorridente, e cumprimentou a todos nós como se nos conhecesse a vida toda. Ele estava vestindo calças pretas, camisa preta, sapato preto, capa preta, e estava de óculos, além de segurar uma espécie de varinha de condão na mão, e bem, uma vassoura.

“Harry Potter, eu suponho.” – Jasper arriscou.

“Exato!” – Riley disse, sorrindo como sempre – “Estou legal?”

“Por um minuto eu pensei que você estava vestido de vocalista da banda molejo.” – Emmett soltou. Todos olhamos pra ele com cara de “onde você viu vocalista da banda molejo nisso ai”.

“Onde você viu vocalista da banda molejo nisso ai?” – Rosalie soltou a pergunta que todos nós queríamos ter feito.

“Ah, vocês sabem, por causa da musiquinha.” – Emmett pegou a vassoura de Riley, e começou a cantar, fingindo estar varendo o chão - “Diga onde você vai, que eu vou varrendo...Vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo...”.

“Bem pensado, cara.” – Riley disse, rindo e entrando na dança, literalmente. Os dois seguraram o cabo de vassoura e voltaram a cantar e dançar. No salão, tocava uma música da Lady Gaga. A cena tornou-se muito engraçada, e todos nós caímos na risada enquanto os dois patetas cantavam a letra inteira da musica e varriam o chão.

Laurent foi ao banheiro, e Rosalie ficou conversando conosco. Isso foi motivo suficiente para dar a Seth, o “garanhão” do pedaço, o tempo que precisava para conquistar Rosalie. Ao menos na cabeça dele, é claro.

“E ai, gatinha? Pra que essa fantasia? Aposto que você já é super gata sem ela.” – Ele falou, sacudindo o cabelo preto, que tinha um corte no estilo “Justin Bieber”.

“Me erra, pirilampo reluzente.” – Rosalie soltou, olhando para a frente. Pude jurar que ouvi Jane dando uma risadinha.

“Aliás, do que você está vestido, Seth?” – Riley perguntou, desistindo da dancinha.

“Não deu pra notar? To fantasiado de Restart!” – Seth exclamou, todo feliz.

Só então sua roupa fez sentido: Ele estava usando calças roxas coladas no corpo, uma camisa verde fluorescente com uns desenhos indecifráveis em preto na parte da frente, um tênis azul com o cadarço rosa, o outro com o cadarço amarelo, além de usar um óculos branco enorrrrme na cara. Todos nós caímos na risada outra vez.

“Não tem como você estar fantasiado de Restart, moleque, porque Restart é o nome de uma banda formada por quatro pessoas e você é um só.” – Rosalie respondeu, com cara de deboche.

“Tem razão.” – Seth exclamou – “Então eu estou fantasiado de Pe Lanza!” – Ele soltou, e Rosalie revirou os olhos.

“Por que eu ainda perco meu tempo?”- Ela perguntou, para si mesma.

Vi Tyler passar por nós, vestido de jogador de basquete, com um uniforme vermelho que eu já vi em algum musical da Disney. Atrás dele, enchendo-lhe a paciência, estava Victoria Hale, vestida de diabinha. Combinou perfeitamente com ela, já que só o que sabe fazer é infernizar a vida de geral.

“Ual, quem é a gata?” – Riley perguntou, seus olhos pousados em Victoria, que provavelmente estava torrando Tyler tentando saber onde Edward estava.

“Victoria Hale.” – Jasper respondeu, indiferente.

“E ela tem namorado?” – Riley perguntou, animado.

“Na verdade, ela...” – Dei um cutucão em Jazz, pra que calasse a boca. Eu não ia perder uma oportunidade como essa.

“Não, ela não tem não. Está livre, leve e solta!” – falei, com meu melhor sorriso. Riley abriu um sorrisão também.

“E você acha que vale a pena eu ir lá falar com ela?” – perguntou, cheio de esperança. Certinho, do jeito que eu queria!

“Vai, vai sim, vai com fé.” – Falei, já o empurrando na direção de Victoria. Quem sabe se ela arumasse outro pra atazanar, não deixava meu irmão em paz. Ele não exitou, e foi atrás dela.

Olhei para trás, feliz com o sucesso do meu plano, e vi que não mandei tão bem assim. Os meninos estavam distraídos falando sobre um jogo idiota de videogame,e eu notei Reneesme, Jane e Bree sentadas meio afastadas deles, Bree com os olhos perdidos, distantes. Acho que dei mancada.

“Desculpe Bree, eu não sabia que...” – tentei me desculpar. Ela rapidamente recompôs o olhar, e me olhou como se não tivesse acontecido nada.

“Não, que isso, porque você está se desculpando? Já tá na hora do Riley arrumar alguém, oras!” – Ela deu de ombros. Sentei-me ao lado delas.

“Então, há quanto tempo você conhece o Riley?” – Reneesme perguntou. Geralmente as pessoas não se sentiam á vontade em contar coisas pessoais para alguém que conheciam há pouco tempo, mas com Reneesme era diferente. Ela era tão sorridente, espontânea, passava confiança, e quase todo mundo se abria com ela. Com Bree, não foi diferente.

“Nos conhecemos a minha vida toda. Meu pai, minha mãe e os pais dele foram amigos de escola,melhores amigos, e nós crescemos juntos, como “primos de consideração”. Ele é meu vizinho desde sempre, e é meu melhor amigo.” – Bree nos contou.

“E isso foi antes ou depois de você se apaixonar por ele?” – Reneesme soltou, simplesmente.

“Reneesme!” – Bree soltou, olhando em volta, provavelmente preocupada se alguém estaria ouvindo. Emmett estava socando o ar, enquanto todos os garotos olhavam para ele. Agora ele estava indicando no controle imaginário como fazer para dar aquele soco.

Quando percebeu que era seguro, Bree suspirou.

“Tá tão óbvio assim?” – Ela perguntou.

“Estampado na sua cara.” – Reneesme soltou. Isso era verdade, não era preciso observar muito para perceber que Bree gostava mesmo de Riley.

“E isso é porque eu tento disfarçar.” – Bree riu. Ficamos converssando sobre Riley até que os garotos se aproximaram de nós.

“Qual é galera, clube da luluzinha?” – Emmett brincou.

“Foi mal senhor “Street Fighter”.” – Reneesme disse, imitando o soco imaginário de Emmett. Nós rimos.

Depois de um tempo, Riley voltou com um sorriso idiota na cara, o olhar meio perdido, e a mão no rosto.

“O que houve?” – perguntei.

“Roubei um beijo dela.” – Ele falou, encarando o ar – “E ela me bateu.” – respondeu, ainda com o sorriso idiota, tirando a mão do rosto para nos mostrar a enorme marca vermelha.

“Bem feito! Pra você aprender a não se meter com qualquer uma!” – Bree disse, com os braços cruzados. Riley continuava com cara de idiota.

“Apanhando de mulher, cara?” – Emmett disse, dando um soco no braço de Riley.

“Eu amo aquela mulher!” – Ele disse, olhando pro espaço. Todos rimos, e Bree acabou rindo também, enquanto Riley continuava encarando o além.

 

Pov Bella

 

James foi receber o resto dos convidados. Olhei para meus amigos, e vi que todos riam. Resolvi me juntar à galera.

“Lembrou que tem amigos, Bella?” – Alice disse, assim que me viu.

“É aniversário dele, Li, tenho que lhe dar atenção.” – Eu disse, dando de ombros.

“Você não tem que lhe dar nada, Isabella Swan.” – Alice disse, sua voz revelando mais do que devia. A fuzilei com os olhos.

“Até que enfim resolveu aparecer, em?” – Emmett disse, mas eu percebi que não era para mim. Ele estava olhando para alguem atrás de mim, e eu me virei para ver quem era.

“A roupa tá maneira.” – Seth disse. E estava mesmo. Jacob Black estava vestindo calças pretas e um blazer preto, fechado. A blusa branca que usava por baixo era visível apenas na gola, que estava aberta, contrastando perfeitamente com o preto do Blazer. Ele estava bonito, mas eu não conseguia identificar a fantasia.

“Tá vestido de que?” – Perguntei.

“De James.” – Emmett respondeu por Jacob. Quase engasguei com minha própria saliva.

“Não cara, tem que ter ênfase.” – Jacob respondeu, e então disse, com uma voz sensual – “Estou vestido de Bond, James Bond.”

 

Jacob: http://img6.imageshack.us/img6/236/bondjamesbondprontaedit.jpg

 

Jacob: http://img443.imageshack.us/img443/3748/bondjamesbondtileeditad.jpg

 

Jacob mordeu o lábio inferior, depois deu um enorme sorriso e parou de olhar para mim, voltando a atenção para meus amigos. Meu queixo caiu.

Eu achava Jacob bonito. Eu estava enganada.

DEEUS, como esse cara é lindo! O sorriso dele era perfeito, completamente branco, e eu me perguntei se ele sabia o efeito que seu sorriso causava. Eu senti um arrepio dos pés á cabeça só de vê-lo sorrir, mas minhas amigas pareciam normais. Será que aquele efeito ocorrera só em mim?

“Bells?” – Ouvi James me virar, e fui até ele. Procurei beijar-lhe imediatamente, afastando os pensamentos sobre o sorriso de Jacob Black de minha cabeça.

James estava bonitinho em sua fantasia de militar, o corte de cabelo combinando perefeitamente. Ele me arrastou para a pista de dança, para onde eu fui alegremente feliz e satisfeita.

“Tá com sede? Peguei uma coisa pra você beber.” – James disse, me estendendo uma garrafa de Ice, a tipica bebida alcólica de adolescente. Peguei a garrafa um pouco hesitante: Eu nunca tinha bebido nada com álcool na minha vida, e não sabia como me organismo ia reagir.

Dei um gole rápido na bebida. E cuspi tudo no chão imediatamente.

“O que foi gata, não agüenta?” – James perguntou, rindo, enquanto eu limpava minha boca e tentava fugir dos olhares espantados que me encaravam. Mesmo sendo apenas uma bebidinha adolescente, eu achei o gosto muito forte e esquisito.

“É a primeira vez que você bebe, linda?” – James me perguntou, meio duvidoso.

“Não!” – menti descaradamente – “Eu só... não gostei do sabor!” – disse a primeira coisa que veio na minha cabeça, sem nem me lembrar se a tal bebidinha tinha ou não sabores diferentes.

James deu uma risadinha, e deu um grande gole em sua cerveja. Minha garganta queimou só de vê-lo beber, mas ele parecia não ter nenhuma intolerância a álcool como eu tinha.

“Agora que eu fiz 18 aninhos, posso pular para algo mais forte...pelo menos, oficialmente.” – James disse, olhando a garrafa de Ice em minhas mãos – “Mas você,gata, vai ter que se contentar com algo um pouco mais fraquinho.” – Ele disse, fazendo biquinho.

Cansei das piadinhas. Cansei de ser tratada como um bebê. Olha só para mim, nem sequer consigo beber um pouco? Reuni toda a coragem que adquiri com a tinta loira e tomei um gole da bebdia, que desceu queimando. Depois, pulei no pescoço de James e lhe dei um enorme beijo.

Cansei de ser a Bella boazinha. Essa noite, ninguém vai me impedir de fazer tudo o que eu quero fazer.

 

Música: Cobra Starship e Leighton Meester - Good Girls Go Bad

Video: http://www.youtube.com/watch?v=Ix5z1bRz4Sc&ob=av3e

 

Boas Garotas Ficam Más

Eu faço as boas garotas virarem más

Eu faço as boas garotas virarem (boas garotas virarem)

 

Eu conheço seu tipo

Yeah, garotinha do papai

Apenas uma mordida (uma mordida)

Me deixe balançar seu mundo

Porque apenas uma noite

Não poderia ser tão errada

Eu vou fazer você perder o controle

 

Ela era tão tímida

Até eu conduzi-la a loucura

 

Eu faço as boas garotas virarem más

Eu faço as boas garotas virarem más

 

Você estava no canto com suas cinco melhores amigas

Você ouviu que eu era problema mas você não pode resistir

 

Eu faço as boas garotas virarem más

Eu faço as boas garotas virarem (boas garotas virarem)

 

Eu conheço seu tipo

Garoto você é perigoso

Yeah, você é aquele garoto (aquele garoto)

Eu seria estúpida em confiar

Mas apenas uma noite não poderia ser tão errada

Você me faz querer perder o controle

 

Ela era tão tímida

Até eu conduzi-la a loucura

 

Eu faço as boas garotas virarem más

Eu faço as boas garotas virarem más

 

Eu estava no canto com minhas cinco melhores amigas

Eu ouvi que você era problema mas eu não pude resistir

 

Eu faço as boas garotas virarem más

Eu faço as boas garotas virarem (boas garotas virarem)

 

(boas garotas virarem)

(boas garotas virarem)

 

Oh, ela tem jeito com os garotos no lugar

Trata eles como se eles não tivessem uma chance

E ele tem jeito com as garotas de trás

Agindo como se elas fossem muito quentes para dançar

 

Oh, ela tem jeito com os garotos no lugar

Trata eles como se eles não tivessem uma chance

E ele tem jeito com as garotas de trás

Agindo como se elas fossem muito quentes para dançar

 

Eu faço as boas garotas virarem más

Eu faço as boas garotas virarem

Boas garotas virarem

 

Eu estava no canto com minhas cinco melhores amigas

Eu ouvi que você era problema mas eu não pude resistir

 

Eu faço as boas garotas virarem más

Eu faço as boas garotas virarem más

Eu faço as boas garotas virarem (boas garotas virarem)

 

(boas garotas virarem)

(boas garotas virarem)

 

 

Pov Alice

 

Bella estava esquisita, mesmo. Ela passou o resto da noite andando de um lado para o outro, sempre com uma garrafa de Ice na mão, isso quando não estava se agarrando com James na frente de todo mundo.

Eu e o pessoal nos divertimos bastante: dançamos, comemos, bebemos refri e conversamos, no nosso próprio cantinho onde ninguém nos atrapalhava. Ri ao perceber que, se estava festa estivesse acontecendo um ano atrás, seria Edward quem estaria na pista de dança pegando todo mundo. É, as coisas mudam mesmo.

“Oi.” – Estava distraída quando ouvi uma voz masculina e suave sussurando no meu ouvido. Me virei, e quase desmaiei ao ver quem era.

 

Alec:http://img829.imageshack.us/img829/7840/newmooncameronbrightasa.jpg

 

“Alec, você veio!” – gritei, e numa reação espontânea, o abracei.

“Eu disse que vinha.” – Alec respondeu, sorrindo.

“É o dia do terno?” – Emmett brincou.

“Não...” – Alec respondeu, sorrindo – “Eu estou vestido de...”

“Vampiro!” – afirmei, categoricamente, e Alec pareceu um pouco surpreso.

“Exatamente. Como advinhou?”

“Pele clara, terno preto, olhos vermelhos: Você está um perfeito vampiro moderno.”

“Me inspirei num livro da minha irmã.” – Alec disse, deixando Jane automaticamente vermelha só por ter sido citada na conversa.

“Então onde estão suas presas?” – Jasper respondeu, com os braços cruzados. Juro que por uns 2 segundos, eu me esqueci que ele estava ali.

“Os vampiros de Crepúsculo não tem presas.” – Jane disse, baixinho. Todos olhamos para ela, assustados por finalmente termos ouvido o som de sua voz depois de 3 dias. Ela ficou idêntica a um morango, e abaixou a cabeça.

“Ela não gosta que falem dos livros dela.” – Alec disse, rindo, e eu ri junto. Meus olhos esbarraram nos de Jasper, encostado no balcão e visivelmente aborrecido.

“Ah, pessoal, esqueci de apresentar. Esse é o Alec.”

Todos deram um “olá” para Alec, menos Jasper, que fez questão de se apresentar pessoalmente.

“Sou Jasper Withlock.” – Ele disse, estendendo a mão para Alec, que o olhou meio espantado.

“O que é você?” – Alec soltou, simplesmente.

“Um Avatar.” – Jasper respondeu, respondendo à aquela pergunta pela milésima vez naquela noite.

“Sei.” – Alec disse, e bateu rapidamente na mão de Jasper.

“Lindãaaao!” – Ouvimos, e olhamos para trás para ver uma coelhinha safada se jogar no pescoço do meu Jazz. Jennifer, vestida de “coelhinha da playboy”, sorria de orelha a orelha.

“Ual, você está ótimo. Parece até o dia em que nos conhecemos, só que mais azul!” – Ela disse, e Jasper riu. Ah, eu me lembrava muito bem daquele dia!

“Obrigada Jennifer, você também está ótima.” – Jasper respondeu. O fato de que ele permanceu olhando para seus olhos – e não para suas pernas – pareceu frustrá-la um pouco. Ela estava vestindo um colã branco, parecido com um maiô, meia-calça branca, luvas brancas de seda indo até os cotovelos, e uma tiara com duas ridículas orelhinhas de coelho. Affs!

Começou a tocar uma musica, e Jennifer pareceu se animar.

“Ah Jazz, eu adoro essa musica! Vamos dançar?” – Jennifer perguntou, já arrastando Jasper para a pista de dança.

“Nossa. Essa ai não perde tempo!” – Emmett disse, cutucando Seth com o cotovelo.

Ah, mas se ela pensa que eu vou ficar aqui sem fazer nada, está muito enganada!

“É Alec, vamos dançar!” – Eu disse, puxando Alec para a pista de dança.

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