Era Pra Dar Certo... escrita por Lola Baudelaire


Capítulo 2
Surpresa!


Notas iniciais do capítulo

oie pessoas do universo.
Como estão??
Desculpe a demora (que nem foi tanto assim.)
Desculpa pelo capítulo ter ficado longo.
Enfim.. Aproveitem!!


Atualizado 09/05/2015
Betado por Amethyst do blog Perfect Design



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Eu estava descalça em uma praia completamente deserta e desconhecida. O céu estava cinzento, e o mar estava estranhamente violento, trazendo rajadas de ventos frios que soprava tão forte deixando meus cabelos loiros completamente embaraçados. Era só o mar e eu, no geral o oceano não me intimidava, mas naquele momento confesso que estava morrendo de medo de toda aquela ventania que obviamente era só um prévio aviso de que uma intensa e perigosa tempestade estava a caminho.

— Você sabe que ‘tá provocando isso, não sabe? — disse Natie se materializando ao meu lado, com seus incríveis olhos castanhos que me fitavam atentamente.

PUTA MERDA! Eu juro que quase morri ao ouvir aquela voz, meu corpo todo se arrepiou, eu tinha quase certeza que tinha ficado pálida como uma folha de papel em branco.

— Porra, Natie! Por que você insiste em me atormentar? — indaguei tentando recuperar o fôlego. — Não basta ter se matado quer me matar também?

— Você fala se como não fosse comum eu aparecer nos seus sonhos — disse com um olhar travesso, que logo desapareceu quando olhou para a tempestade já evidente, com uma urgência preocupante.

.— Não seja tola, você sabe que carrega perigo dentro de si, se eu estivesse no seu lugar tomaria mais cuidado com as emoções.

Revirei os olhos, lá vem ele de novo com esse papo de que eu sou uma ameaça e tal.

— Sério mesmo cara! Você não pode ficar me assustando desse jeito, aliás, você não pode fazer nada, porque você ‘tá morto, e isso tudo não é verdade, é tudo coisa da minha cabeça. Deve ser algum tipo de alucinação causado por algum tumor escroto na minha cabeça.

Ele riu. Que merda. Lá eu escandalizando. E ele rindo enquanto olhava friamente para o oceano.

Eu parei a gritaria por um instante para tentar ver o que tanto ele olhava. Um tsunami se aproximava da praia, com ondas que talvez passassem dos 16 metros.

Ao ver minha expressão de terror ele me abraçou. Algo que não fazia há tempos, eu pude sentir seu cheiro de amaciante de roupas, e eu quis abraça-lo de volta, mas fui impedida por meu subconsciente que não me deixava esquecer de que aquilo tudo não fazia parte da realidade.

Ele sussurrou em meu ouvido:

— Sinto muito Brooke, eu queria mesmo te proteger de si mesma, mas não posso, estou longe demais, sei que cometi um erro grave quando te deixei.

Ele apontou para onda que estava chegando cada vez mais perto.

— É você mesma que está causando isso, queria poder impedir.

A onda estava cada vez mais perto, eu estava literalmente tremendo de medo, o que passa na TV quando acontece esse tipo de coisa já é completamente assustador, veja lá presenciar.

— Isso não pode ser real, você morreu — zombei meio que furiosa, tentando me soltar das suas mãos — Isso não passa de um sonho ridículo. Não causei merda nenhuma. E pare de me atormentar. Não. Espera. Faz melhor que isso. Sai da droga do meu sonho. Esse sonho é meu e eu o controlo você não passa de alucinação bizarra da minha cabeça. Isso vai acabar agora!

Admito que isso tudo saiu meio que vacilante, eram detalhes reais demais para ser somente um sonho.

— Eu sinto muito! — Murmurou quase inaudível.

Quando terminou a ultima palavra, a imensa onda nos engoliu.

Eu acordei totalmente assustada, respirava com tanta dificuldade que demorei um tempo para me convencer de que estava acordada e de que aquilo tudo não passava de um sonho insignificante provido da minha imaginação mais que fértil.

A imagem do meu quarto me fez ficar calma, as janelas estavam abertas (se a minha mãe descobrisse que eu me esqueci de fechar a droga da janela, obviamente me daria um sermão enorme sobre como a Califórnia tem ficado cada vez mais perigosa) deixavam entrar o vento fraco de agradável típico de Beverly Hills sacudia as cortinas cor de marfim fazendo-as dançarem graciosamente.

Demorei um pouco para perceber que Bonnie, a minha gata siberiana, estava na ponta da cama me encarando com seus olhos bicolores arregalados enquanto seu pelo negro estava todo eriçado. Pobre gata! Devo ter a assustado.

— Vem aqui coisa linda — falei puxando-a para junto a mim, e como sempre, Bonnie se derretia com maior charme.

Enquanto acariciava a gata, tentava decifrar a hora do relógio vintage que ficava no alto da parede enfrente a cama. Relógios com ponteiros me atordoavam, e mesmo com a minha dislexia controlada, era muito difícil enxergar. Até que enfim consegui.

7h25min.

— PUTA MERDA! — Eu gritei em desespero. Eu estava atrasada. Muito atrasada. Tipo, atrasada elevado à quinta potencia.

Levantei da cama no pulo jogando acidentalmente a desafortunada gata no chão, que soltou um grunhido típico de gatos. Escovei os dentes com pressa e corri atrás de uma roupa, a única coisa que achei que se enquadrava nos requisitos ‘fácil e rápido de vestir’, foi um vestido florido de alças que se encaixou facilmente no meu corpo, passei a mão no cabelo na esperança de que não parecesse uma fugitiva de hospital psiquiátrico quando chegasse à escola. Pronto. Estava perfeita. Só que não.

Já saindo do quarto peguei a minha bolsa junto com meu celular, que estavam em cima da mesinha de estudos que mais servia para acumular bugigangas do que para estudar. Dei uma bisbilhotada no horário só pra ter certeza de que poderia chegar antes das 8h.

7h50min a.m.

Domingo, 13 de Abril.

Como assim pessoa?

— PUTA MERDA! — xinguei mais uma vez.

Como assim? Não pude deixar de praguejar em silêncio. Mas depois de pensar bem, percebi que não seria o fim do mundo, já que poderia aproveitar ainda mais o dia com a minha mãe.

Coloquei a bolsa de volta na sua bagunça nativa, já ligando o Ipod, fui correndo no banheiro. Eu tomaria um longo e relaxante banho com esfoliação e tudo o que tudo que tinha direito.

***

Desci as escadas correndo, eu estava ansiosa continuar o meu domingo do jeito que sempre fiz: Assistir filmes o dia todo, fazendo crítica e comendo pipoca com a minha mãe.

— Mãe você não vai acreditar no que aconteceu comigo — anunciei sem esconder a animação.

— Eu acordei achando que estava atrasada pra aula. Acredita que eu pensei que era segun...

— Brooke! — ela me interrompeu.

Mamãe estava sentada na posição de Lotus enquanto papéis estavam espalhados pelo chão, provavelmente estava revisando o ultimo roteiro do filme que estava produzindo. Seus olhos verdes estavam sombrios e impacientes, coisa que só quando havia algo errado. Mesmo assim eu ignorei seu olhar e continuei a tagarelar.

— Brooke, precisamos conversar! — anunciou irritada.

— Foi tipo tudo tão desesperador, você tinha que ter me visto — continuei mesmo assim.

— Brooke cale a boca, porra! Precisamos conversar! — Gritou com tanta raiva que congelei.


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Notas finais do capítulo

~le Lola depois de terminar o capítulo~
Morram de curiosidade, seus seres do universo!!! mauahahahaha!!

tá parei!!! kk


o que acharam??
o que será que a mãe de Brooke tem a dizer??
Quem é Natie?
O que ele quis dizer com o que ele disse? (uuuuuuuuuuu não me crucifiquem!!!)
deixe sua opinião nos comentários, e quem sabe algum de vocês acerte.



Obrigada por sua singela atenção, e até a próxima (ok ok!! agora pareceu despedida de programa de televisão kkkkkk)