Bem-Vindo ao meu Diário escrita por Thaywan


Capítulo 4
Água


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, espero que gostem.



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Olá Pessoal, Sejam Bem-vindos ao meu diário.

Mais um entediante dia de aula. E aqui estou eu, saindo do carro do meu pai e andando aquela enorme escadaria que daria para aquele enorme portão. Entrei na escola e fui direto para o painel de atividades. Sem dúvida, eu não entraria mais para o time de futebol. Então, eu vi uma atividade que seria perfeita para mim. Natação.

–Você vai fazer natação?!Legal.

É claro que o George ficou surpreso. Não é muito difícil ele se surpreender com coisas que ele nunca experimentou antes.

–Claro que sim. Essa pode ser a grande oportunidade da minha vida. Imagine se eu for o melhor nadador?! Seria o novo Usain Bolt.

–Espera. Usain Bolt não é um corredor?

–Tanto faz.

Corredor, nadador, as palavras se parecem. Qualquer um se confundiria. E então, Beckie chegou e se juntou com nós dois. Ela estava com um papel em mãos.

–O que é isso?

Perguntei á ela, que levantou o papel e deu-o em minha mão. Ah, claro. Ela estava de detenção... De novo.

–Por que você está na detenção outra vez?!

–Vocês acreditam que aquela professora banguela de física disse para a diretora que eu era perigosa?! Puxa, como alguém pode achar isso de mim?! Eu sou um anjo.

Beckie podia ser qualquer coisa, menos um anjo.

–O que você fez dessa vez?

–Nada.

Arqueei uma sobrancelha.

–Eu só quebrei a cadeira nas costas dela.

–Você fez o que?

George com certeza ficou surpreso. Mas comparado á outras coisas que Beckie já havia feito, isso é brincadeira de criança.

–A culpa não foi minha. Que culpa eu tenho se a aula daquela velha desdentada dá sono?! E ainda por cima, ela me faz perguntas que eu nem sei a resposta.

É, olhando por esse lado faz sentido.

–Agora, por culpa dela, eu vou ter que ficar de detenção todos os dias após o fim das aulas até me redimir. Eu deveria redimir a cara dela.

Sei que vocês devem estar pensando que ela está blefando. Mas não está. A Beckie já fez um faxineiro engolir um rodo inteiro, simplesmente por ele rir quando ela escorregou no chão molhado. Como o cabo do rodo é comprido, tiveram que tirar pelo outro lado. Se é que me entendem. Mas isso é outra história que eu não posso contar aqui por causa da classificação indicativa da história.

–Enfim, eu vou me inscrever na equipe de natação.

George e Beckie se entreolharam e começaram a gargalhar. Sinceramente, o que eles vêem de tão engraçado?! Bom, não liguei para eles, simplesmente me inscrevi. E já estava pronto.

Ou não.

Entrei na sala onde ocorreria a aula de natação. Puxa, a piscina era enorme. Havia alguns garotos nadando, que atraía a atenção das garotas. Entre uma delas, Kristinny. Com Aquele sorriso lindo dela. Eu iria provar para ela que era um ótimo nadador.

–Ora, ora, ora, quem vemos aqui. Se não é o senhor Freddentt.

Oh não. Eu não acredito que era ele. O professor de natação era o mesmo professor de futebol?! Algo me diz que eu estava bastante encrencado.

–Então, você quer aprender a nadar?!

–Sim senhor.

–Muito bem, pode escolher a bóia que você quiser para começarmos o treino.

Ah fala sério, só tinha uma bóia do Piu-Piu, da pucca e do Tom & Jerry. Eu não podia deixar a Kristinny me ver com nenhuma delas. Ao mesmo tempo em que elas admiravam aquelas caras altos e fortes nadando, elas riam dos garotos magricelas aprendendo a nadar. Eu não precisava daquilo, e como o senhor Harry não iria me deixar começar a nadar no nível ‘’profissional’’, eu precisava dar uma ‘’despistada’’ nele.

–Hãn... Não tem nenhuma outra que não possua desenhos?!

–É, pode até ter. Mas você não quer que eu vá pegar não é?!

Arqueei uma sobrancelha

–Hump, espere aqui. Eu já volto.

Missão ‘’Tirar o Professor chato da sala’’ concluída.

–Por que você não pegou a da Pucca?!

Incrível como o George ainda tinha mentalidade de criança.

–Eu não vou arriscar pagar mico na frente da Kristinny. Ela me acharia um idiota. Eu vou mostrar que posso muito bem nadar por conta própria, sem bóia por perto.

Por um momento eu pensei em tirar a minha camisa e ficar apenas de sunga, mas meu corpo não se comparava ao corpo definido daqueles marmanjos do 3° ano. Então, tomei distancia e pulei com roupa e tudo na piscina. Puxa, era mais funda do que eu pensava. Será que tinha peixe ali. Ouvi Beckie perguntando ao George:

–Ele sabe nadar?

–Só no videogame.

Mas que pergunta idiota, é claro que sei nadar. Com a ajuda de bóias... Foi naquele momento que eu percebi que eu estava sem bóia. Tentei voltar para cima, mas não conseguia. Pelo menos eu conseguia manter meus olhos abertos, assim eu poderia ver... Arg, quem foi que deixou escapar aquela cueca... Espera, o que era aquela coisinha?! Urgh, descobri. Mas preferia ficar sem saber o que era.

Notei também que alguém havia ficado mais quente. Legal. Iria aproveitar os últimos momentos da minha vida em uma água quentinha... espera... sem cueca... coisinha para fora... água quente... Argh. Não tinha forma pior de morrer.

Senti algo me puxar. Eram os anjos de Deus que vieram me buscar?! Eram eles que iriam me levar para o paraíso?!...

Senti algo bater em meu rosto. Ótimo, agora estava ardendo. Abri os olhos e vi uma luz branca.

–Eu... Estou no céu...?!

–ótimo, agora ele está delirando.

Era a voz de Beckie. Como ela conseguiu entrar no céu?!

–Ei, moleque. Acorda.

Esfreguei meus olhos e percebi que ainda estava na escola. Estava encharcado e todos que se encontravam ali no momento olhavam pra mim. Sem duvida, o tapa que marcou meu rosto foi de Beckie e aquela voz que me acordou foi do professor.

Me levaram para a enfermaria e disseram que não havia nada de errado comigo. Eu estava ótimo. Mas, infelizmente, chamaram meus pais também.

–Mãe, eu já disse que estou bem.

–Por que você saltou na piscina?! Você sabe que não deve nadar sem a supervisão de um adulto por perto. Você podia ter morrido.

Minha mãe era o tipo de mãe preocupada. Já meu pai, era mais compreensível.

–Calma querida, já está tudo bem.

–É, mas e se não estivesse?!

O professor Harry entrou na enfermaria para ver como eu estava. Minha mãe o fuzilava com os olhos.

Mas eu não estava nem aí. Daquele dia em diante, não queria mais saber de água. Me traumatizei com a cena na piscina que sinto nojo só de pensar. Bléh. Seja como fosse que eu iria me tornar popular, não seria na natação.


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