Treasury Red escrita por Amarulla


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Boa Leituuura, honey's. ~



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Havia entrado no grande banheiro da pousada junto com a menor. Sua pequena e adorável irmã.

Ambas com cabelos castanhos, mesclando entre o claro e quase escuro dos fios sedosos. Os olhos negros pareciam iluminados, radiantes de pura felicidade. De ambas.

- Onee-chan! – sorriu a criança de seis anos, correndo em direção a banheira extensa enquanto a maior de dezessete fechava a porta cuidadosamente. – Venha, venha! A água está tão boa!

- Calma, querida. Não tenha tanta pressa.  – devolveu o sorriso sendo terna. – A água não vai fugir da banheira assim, de uma hora para a outra. – zombou, articulando infantilmente como se fosse toda a água concentrada em uma grande bolha, andando pesada para lá e para cá, tentando fugir.

Riu, novamente, a pequena. Sua irmã era como um... Exemplo de pessoa. Tinha maravilhosas notas, boa aparência, era educada e gentil. Pedia a Deus todas as noites para que quando crescesse, fosse tão incrível quanto ela.

Já a outra tinha como seu bem maior a pequena. Era seu tesouro, a razão do seu viver. Sua vida, não era exagero. Basicamente, enfrentava tudo e todos por ela. Apenas queria vê-la feliz, sorrindo. Seu rostinho amável e puro era terno, e ninguém jamais iria mudar essa expressão.

Se assim fosse, não merecia viver.

Tornava-se um pecador, infame. E deveria ser executado cruelmente.

Para que o rostinho impecável não seja danificado.

Enfim, entrou na banheira. Para provocar sua protegida, fazia questão de ir bem vagarosa, quase parando. Movendo um centímetro por vez, se não prestasse atenção nem a veria se mexer.

E então, a menor pulou em cima da irmã, jogando seus corpos contra o fundo da banheira, molhando-as completamente.

- Sua pirralhinha! Como ousar atrapalhar a imperatriz dessa forma? – falava a outra em resposta, erguendo o próprio corpo agora sem toalha e mergulhando a cabeça da pequena na água. Enquanto sua voz soava irritada, ela sorria se divertindo. – Sofrerá as consequências! – e após dizer isso, puxou o corpo da irmã para seu colo fazendo-lhe muitas cócegas.

Sorriram.

Novamente.

Em troca a garotinha fingiu ter engolido água e começou a tossir descompassadamente, apenas para preocupá-la.

Com movimentos rápidos a outra trouxe para perto, realmente alertada. Queria ajudar a melhorar, queria poder fazer alguma coisa para tirar a expressão sofrida do rostinho delicado dela.

Até que tossiu saindo um pouco de sangue, por estar forçando.

A irmã mais velha parou no mesmo instante e ficou observando a menor com o rosto quase desesperador e um filete de sangue escorrendo no canto dos lábios.

Silêncio.

E então, um olhar frio.

- Sorry, onee. Estava brincando, não me engasguei e nem nada! – sorriu pela terceira ou quarta vez, exibindo seus belos dentes presos por filhos metálicos.

A sua protetora não riu em resposta.

Mais silêncio.

- M-mana? Está tudo bem? – perguntou chegando perto da outra, mostrando em seus olhos um brilho duvidoso.

- Haaaai! – respondeu abraçando-a de surpresa.

- Ah! Fiquei preocupada, sua boba!

Brincavam jogando água uma na outra, o banho que deveriam tomar até agora não fora levado a sério.

Divertiam-se rindo bastante, felizes por estarem vivas. Por estarem juntas.

E assim sempre seria. A maior cuidaria da menor. Até o fim.

Saíram da banheira sorrindo, satisfeitas.

A pequena fora para a sala, após sua mãe a chamar para verificar se tinha mesmo escovado os dentes.

E outra seguiu ao quarto, fechando a porta atrás de si.

Sozinha.

Novamente.

Minutos depois a menor entrou no mesmo quarto com cuidado e tentando deitar sem acordar a outra que parecia ressonar. E assim o fez.

Logo caiu no sono também, mas não sabia que sua irmã não dormia. Ainda.

A mais velha estava diferente. Séria, mórbida. Levantou o tronco, sentando na cama. Observou-a.

“Meu tesouro...”, pensou se levantando com os cabelos soltos e um objeto pontiagudo em uma das mãos. Deu alguns poucos passos e já estava em frente a cama da garota. Hesitou, era mesmo necessário?

A cena do sangue voltou a se repetir na sua memória.

Com a cabeça abaixada sorri sadicamente, sim, era necessário!

Leva a faca ao pescoço da outra, milímetros para a pele entrar em contato com a lâmina.

- Durma bem. – sussurrou de forma terna.

E com um movimento brusco, mas mortal a cabeça da vítima se separa do corpo caindo no chão finalmente.

Observou sua expressão: estava sorrindo enquanto ressonava. Sua irmã menor teria o sorriso eternizado, assim como a outra desejara.

O baú estava cortado, jorrando seu conteúdo magnífico.

O sangue dela.


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Notas finais do capítulo

Reviews? I know it was bad, but...