That Woman escrita por Rafa


Capítulo 8
Capítulo 8 - Mergulhado


Notas iniciais do capítulo

Yo, povo o/
Voltei (Aleluia :3)
Esta ai mais um capítulo fresquinho para vcs.
Espero que gostem e podem me xingar se ele estiver muito ruim
Boa leitura



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Uma leve neblina de vapor se espalhava pelo ambiente branco, enquanto o corpo grande de Byakuya repousava mergulhado na grande banheira de sua suite com o magro de Rukia abraçado a suas costas.

— Sabia que seu pé é do tamanho de seu antebraço? — perguntou a pequena massageando os ombros largos do moreno.

— Não — respondeu ele simplesmente, relaxado ao sentir as mãos habilidosas dela sobre sua pele molhada.

— Pois é. Conhecimento inútil, mas sou boa em guardar esse tipo de informação. Sempre fui — falou Rukia, sem deixar de massageá-lo.

— Nenhum conhecimento é inútil — disparou ele, surpreendendo-a.

— Ah sim — respondeu sem jeito.

Um silencio confortável se instalou entre eles, tanto que Rukia até pensou que o Kuchiki houvesse adormecido, mas ele ainda permanecia atento as mãos da garota em seus ombros.

Ainda não se passava das dez da noite e ele ainda tinha a imagem sexy da morena em sua cabeça, com isso decidiram-se por tomar um banho antes de finalmente pedir o jantar. Mesmo que ainda quisesse ficar deitado junto dela, ainda sentia seu estomago pedindo por uma boa refeição.

— Sabia que nossa mão tem vinte e sete ossos? — indagou ela ao vê-lo observa-la de canto. Sabia estar sendo inconveniente com toda aquela conversa, mas se sentia bem em manter apenas um dialogo amigável com ele. Algo leve que não envolvesse sexo selvagem, mesmo que aquele fosse um de seus propósitos de estar ali.

— Sim — respondeu ele, olhando-a com mais interesse. — Você me parece saber muito sobre anatomia — disparou Byakuya.

— Ah... É... — disse a pequena embolando-se com as palavras. Não sabia o que falar a ele. — Aprendi com um amigo — confessou por fim, desconsertada.

— Ichigo? — questionou o Kuchiki, perspicaz. Nada parecia passar despercebido aos apurados olhos do moreno.

— O que?! — indagou ela, sentindo uma tensão angustiantes tomar seu corpo.

— Você aprendeu tudo isso com esse tal de Ichigo? — perguntou mais claramente dessa vez.

As palavras pareciam ter fugido dos lábios da garota enquanto os olhos acinzentados de Byakuya a espreitavam.

Sentia-se sem ar, falar sobre o belo ruivo de olhos castanhos já havia virado um tabu parta ela.

— Conte-me sobre sua relação com ele — mandou o Kuchiki, insistindo, mas ainda sem soar ríspido.

Via-se sem saída, mas ainda assim, a pequena manteve-se aparentemente calma.

— Não há nada para lhe falar, Byakuya-sama. Me desculpe — declarou afastando-se dele, que a olhava desconfiado.

Podia sentir que ela escondia algo, e gostaria de ouvir isso da boca de Rukia, ainda que Ichimaru Gin já estivesse a seus serviços, levantando informações sobre a mulher, que agora desfilava seu pequeno corpo pela suite a procura de uma toalha.

Sentia todo o clima agradável entre os dois se dissolver, transformando-se em algo pesado e desconfortável, então optou por manter-se em silencio e também deixou a banheira quando ela já não estava mais ali.

Vestido em seu roupam branco, Byakuya seguiu para o quarto, onde Rukia já se encontrava vestida em uma leve camisola preta, o que o deixou visivelmente excitado, mas sabia que ela ainda se mantinha arrisca a qualquer aproximação dele.

— Irei pedir o jantar — avisou ele passando por ela, que já se arrumava para dormir.

— Estou sem fome. Obrigada — disparou ela, evitando olha-lo nos olhos.

— Deveria comer — repreendeu Byakuya, incomodado com todo aquele clima.

— Não quero mesmo — falou. — Aonde devo dormir? — perguntou sem perceber. Suas inseguranças e incertezas falavam por ela.

— Aonde sempre dormiu — declarou rígido. Não conseguia compreender aquela atitude estranha da morena.

— Certo. Boa noite, Byakuya-sama — disse deitando-se em meio aos lençóis brancos.

O ambiente mergulhado em um melancólico silencio foi a unica companhia do Kuchiki durante o deliciosos jantar que o mesmo havia pedido, mas que também não desfrutara como deveria.

Sentia-se perturbado de mais para relaxar novamente, então apenas decidiu por todo seu trabalho em ordem, organizando sua pasta e lendo vários documentos, que já havia lido apenas para ocupar sua mente, onde a imagem de Rukia parecia estar gravada.

Sabia que tudo aquilo estava lhe fugindo do controle, mas o que poderia fazer? Nada, a não ser esperar que esses últimos quatro dias passassem logo e assim, sua entediante vida voltasse a ser como era antes de conhecer a pequena prostituta. Seus mundos eram diferentes de mais para que qualquer relação desse certo entre eles.

Deixando tudo aquilo de lado, Byakuya caminhou lentamente até a cama onde ela dormia, afinal também precisava de uma boa noite de sono para clarear as ideias e dormir era o que tentaria fazer.

~~~~

Uma voz era tudo o que Rukia ouvia. Sentia conhecer aquele tom mal-humorado que a chamava. Sabia quem era e isso fazia seu peito doer.

"Ei, Rukia?"

A voz parecia estar cada vez mais perto, mas nunca o suficiente para que mais uma vez pudesse olha-lo nos olhos.

"Você me ama, né?"

O tom inseguro parecia tão presente naquela voz, o que tornava tudo tão angustiante.

Por que ele nunca acreditara nela?

"Se você não abrir... Eu... Eu nunca mais vou voltar, Rukia..."

Não, ele realmente não voltara e o mundo parecia desabar a volta da pequena garota de olhos violáceos.

A imagem daqueles belos olhos sem vida passavam diante de seus olhos, assombrando-a.

Queria grita, chamar por ele, mas sua voz parecia presa em sua garganta.

Tudo girava em um turbilhão de imagens e no fim apenas o que predominou foi a escuridão.

— Ichigo! — um grito angustiado deixou a garganta da pequena. Lagrimas corriam por sua face sem controle e tudo ficou ainda pior ao encontrar os olhos indecifráveis de Byakuya.

Tentou em vão se controlar para disfarçar o choro, mas sabia já ser tarde de mais.

Esperou por mais perguntas e indagações, mas tudo o que obteve foi o duro e cruel silencio do moreno. Não entendia bem o motivo, mas aquilo a decepcionou.

— Já pedi o café da manhã. Alimente-se adequadamente — mandou ele, terminando de colocar em ordem todos os documentos que havia deixado sobre a mesa na noite passada.

— Sim... Eu... — gaguejou ainda com lagrimas em seus olhos.

Silencio. Nenhum deles parecia a fim de dizer qualquer coisa.

— Sei que não é da minha conta, mas pode conversar comigo se quiser — disparou o Kuchiki, assustando-a.

Não esperava nada dele, mas seu coração passou a bater mais forte com aquelas palavras, o que ela tentava convencer a si mesma como sendo motivado pela adrenalina do momento. Não podia sentir nada por ele e já se convencera sua mente disso.

— Irei passar o dia fora novamente — avisou e a garota não pode deixar de chorar ainda mais com aquilo, não queria ficar sozinha.

— Byakuya-sama... — gaguejou Rukia, incerta. Sabia que estava sendo impertinente, mas seu lado irracional berrava. — Byakuya-sama não poderia ficar aqui hoje? — perguntou notando os olhos dele a observa-la sem expressão alguma em sua face. — Digo, apenas para descansar. O senhor trabalha de mais — todas aquelas desculpas pareciam patéticas e tudo o que ela esperava era um belo e indiscutível "Não".

— Você quer que eu fique? — disparou ele, serio.

— O que? — indagou incrédula, piscando lentamente seus belos olhos grandes.

— Você quer que eu fique? — repetiu.

E sem perceber, mas uma vez o silencio se instalara entre eles e aquilo pareceu ser a resposta que o moreno queria, pois o mesmo fechou a pasta, caminhando até a porta ainda fechada.

— Eu... Eu quero que você fique — a voz tremula da mulher ecoou pelo ambiente, fazendo o homem paralisar com a mão na maçaneta. Não esperava qualquer resposta dela. — Por favor — pediu em um fio de voz e assim Byakuya já não conseguia negar nada a ela.

Sem dizer nada, o Kuchiki deixou sua pasta sobre a mesa e caminhou de volta para o sofá, onde sentara mais cedo.

— Byakuya-sama — sussurrou ela, enxugando as lagrimas, que já não manchavam sua pele pálida.

— Venha tomar café — mandou ele, suspirando. Mesmo que soubesse que aquilo não acabaria bem, havia decidido ir até o fim, afinal, quem entra na chuva é para se molhar e ele já havia mergulhado nos misteriosos olhos violáceos da pequena prostituta, que o observava sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Então? Ficou uma merda ou razoável?
Comentem, pf
Bjus



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