Obsessão escrita por Giii_Poynter


Capítulo 16
Capítulo 16




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Só consegui dormir por uma meia hora. Alicia me acordou na hora da escola, então eu disse que não queria ir pra aula. Ela disse que iria ficar comigo, mas eu rejeitei, pois ela precisava ir pra aula. Ela foi e eu fiquei em casa, sentada no parapeito da janela, olhando o amanhecer chuvoso. Aquela chuva era como as lágrimas da dor que eu sofria. Porque sem ele eu não era mais nada.
Eu não chorava mais, mas não queria sair dali, não queria comer, não queria fazer nada. Eu estava numa tremenda depressão. Meu coração guardava uma angústia e uma tristeza maior do que a fome, maior do que qualquer coisa.
De noite eu estava com tanto sono que dormi ali mesmo. Só vi um pouquinho quando meu pai me carregou para a cama, mas depois disso, não vi mais nada.
A semana inteira eu não queria ir para a escola, mas meus pais me fizeram ir pelo menos um dia. E eu odiei aquele dia.
Quando cheguei na escola, Alicia veio me abraçar e me acompanhar até nossa aula. Vi Oliver encostado no carro dele com a pior cara que eu já havia visto. Ele estava com olheiras e parecia que estava chorando. Ele olhou para mim e depois olhou para o chão.
Enquanto eu ia para a sala de aula, Justin parou na minha frente e perguntou na cara-de-pau:
- E aí, Claire. Você está bem?
- Não. – Eu respondi, fria. Como ele ainda conseguia falar comigo?
- É... Eu queria perguntar se... Você quer ir ao baile da primavera comigo? Eu nem sabia que tinha esse baile. Olhei para o meu lado e vi vários cartazes pendurados dizendo que ia ser daqui a uma semana. Eu estava morrendo de medo do que mais o Justin podia fazer. Então, para ele não me matar e nem matar Oliver, eu aceitei:
- Er... Está bem. Eu vou. – Então, me desviei de Justin e fui andando com Alicia. Ela olhava assustada para mim, e perguntou:
- Você está louca? Vai ao baile com o Justin?
- Vou. Eu estou morrendo de medo do que ele pode fazer comigo ou com Oliver, então, o único jeito de mantê-lo calmo é ir ao baile com ele. – Eu expliquei.
- Ah, ta. – Ela disse, me acompanhando até a sala. Quando eu ia entrar na sala de aula, vi Justin pulando e gritando de alegria com os amiguinhos dele. Ninguém merece!
O resto do dia foi mais do que triste porque eu não tinha Oliver para ficar ao meu lado e tinha que ficar olhando ele triste também.
Fui para casa e Alicia perguntou se eu queria que ela ficasse comigo. Eu estava adorando o jeito como ela queria ficar ao meu lado por qualquer coisa. Ela era melhor amiga que alguém podia ter.
Não falei com ninguém o dia inteiro. Me tranquei no quarto, fiz meus deveres (Coisa que eu não fazia muito), ouvi umas músicas depressivas sentada no parapeito da minha janela e olhei a chuva que caía quase que desesperadamente. Parecia que a chuva só iria acabar quando eu ficasse feliz novamente. Ela era como minhas lágrimas de dor. A dor que eu sofria pelo amor.
Eu não quis ir a aula no dia seguinte. Meus pais nem brigaram comigo, pois sabiam que eu estava sofrendo. Só brigaram quando eu disse que não queria comer. De novo.
No final da semana, eu havia emagrecido 6 quilos. Meus pais estavam tão preocupados comigo que me levaram em um médico. O médico só disse uma coisa:
- É o amor.
Quando eu falava, que era raro, eu só falava palavras curtas. Naquela noite, quando eu estava na minha cama, peguei a foto que eu havia tirado com Oliver no jardim da minha casa e acariciei ele na foto.
O dia do baile estava cada vez chegando mais perto e eu não estava com a mínima vontade de ir ao baile quanto mais com um louco me acompanhando. Mas, se era para deixá-lo satisfeito e impedi-lo de fazer loucuras, eu ia.
Na véspera do baile, Alicia estava super feliz, pois iria com meu primo James. Eles estavam quase namorando e ela tinha certeza que na noite do baile meu primo iria pedir ela em namoro.
Ela foi na minha casa de manhã para irmos comprar nossos vestidos. Ela estava quase saltitando de felicidade.
- Ai, eu estou tão feliz! – Ela disse.
- Deu pra perceber. – Eu falei.
- Nossa, você ainda está triste? – Ela perguntou e eu confirmei com a cabeça.
Fomos em 3 lojas. Ela comprou um vestido maravilhoso. Ele era vermelho-vivo, era de uma alça só no lado esquerdo, modelava o corpo. Ele era meio curto, no lado direito ele parava no meio da coxa e tinha uma longa cauda que ia até a batata da perna no lado esquerdo. E ela ainda completava o vestido com lindas luvas brancas que se cruzavam do cotovelo até a mão, deixando os dedos de fora.
Eu escolhi o vestido mais depressivo da loja, mas ao mesmo tempo era lindo. Ele era roxo, com alcinhas e uma faixa branca na cintura, no final do vestido ele era cortado, deixando a parte da frente menor do que a de trás e ele tinha um decote nas costas. Para mim, estava perfeito.
Depois eu fui para minha casa e logo quando cheguei no meu quarto, ouvi meu telefone tocar. No identificador de chamadas estava escrito: Oliver. Eu disse alô e ele não falou nada. Então eu disse:
- Oliver, eu te amo. – E desliguei.

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