Atração Perigosa escrita por BTrancafiada


Capítulo 6
Capítulo V - Tom


Notas iniciais do capítulo

Bom, tivemos um comentário...

Booa leitura :))



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Acho que Alison não gostou nem um pouco da minha pergunta e depois, quando ela negou lanchar comigo também me achei um idiota.

Mas eu ainda a achava assanhada de ir com aquele decote em um carro tão escuro e fechado como aquele daquele namorado idiota. Qual o nome dele mesmo? Rachel me disse uma vez... Tredy! Isso, eca. "Tredy" é um nome horrível...

Ela passou pela sala com um cesto de roupa na mão e uma cara bem brava e eu a chamei para conversar de novo. Ela olhou para minha cara bem mais irritada e continuou andando.

Quando voltou parou no meio da sala com a mão na cintura.

— Olha só, Sr. Parrish, se você acha que vai me dar uma lição de moral pelo que eu visto ou deixo de vestir, eu vou ter que te mandar para aquele lugar! – Sua voz saiu um pouco estridente.

Eu ri me divertindo com sua raiva, ela mais parecia um bebê nervoso.

— Não, quero falar sobre Rachel, sinto falta dela e ela ainda não me ligou. Apenas minha esposa. – Deixei a cabeça cair nas costas do sofá e ouvi ela grunhir baixinho.

— Não sei não... Se você quer saber algo dela pergunte a ela, senhor.

— Já disse para parar de me chamar assim! – resmunguei abrindo um olho e vendo ela ao meu lado no sofá.

— Não vou falar nada que a comprometa, Tom.

— Eu só quero saber do namoro ou sei lá o quê com aquele garoto, o Troy. – insisti pegando em sua mão e apertando forte em seguida fiz cara de coitado.

Ela suspirou. – O.K. O que quer saber? – Ela ficou olhando pra cima meio brava, meio de pirraça.

— Eles namoram há muito tempo?

— Olha, namorar, namorar sério não. Mas eles tinham se pegado naquela festa da praia. – respondeu com uma expressão meio confusa.

— E você acha que eles se amam mesmo? Tipo, pretendem... casar?

— Não entendi a pergunta.

— Eles pretendem fazer coisas que gente casada faz?

— Você quer saber se sua filha é virgem? – Ela levou a mão à boca segurando uma risada e olhando pra mim com um olhar travesso.

— Pare de rir! – reclamei.

— É que é muito hilário, ai meu Deus, Carlos vai surtar quando souber disso! – Ela alisou a vestido procurando o celular, joguei meu corpo para frente segurando sua mão.

— Nem pense em contar a ninguém. Olha que eu arranjo uma enfermeira em tempo integral! – ameacei desesperado.

— É? – Ela levantou rindo com o celular na mão mostrando que iria ligar para Rachel. – Quem vai fazer seu café-da-manhã e seu almoço? – Ela ficou rindo andando pela sala. – Melhor, quem vai fazer panquecas?

— Não é como se você fosse minha esposa e a gente estivesse se separando. – resmunguei derrotado ligando a TV. Fiquei um pouco mexido e resolvi ignorá-la um pouco.

Quando ela passou com o último cesto de roupa e tentou falar comigo e eu não respondi, ela colocou o objeto do lado do sofá e sentou comigo afastando minhas muletas.

— Ok, olha me desculpe. Eu passei dos limites, você é meu patrão e eu tenho que te respeitar. – Ela meio que fungou e eu olhei para ela.

— Não, tudo bem. Eu que te coloquei em uma situação ruim. – respondi também me desculpando. – Ela é sua amiga e se vocês combinam de guardar segredos, eu tenho que te respeitar e respeitar a minha filha também.

— Ai, obrigada por entender! – Ela me abraçou batendo com seu joelho em meu gesso e eu a empurrei xingando baixinho. – Desculpe. Olha não me obrigue a falar nada, tudo bem? Rachel ficaria uma fera e ela é minha melhor amiga...

— Ok, agora pode fazer silêncio? Vai passar uma temporada inteira de Um Maluco no Pedaço, faz tempo que não vejo. – pedi já aumentando o volume da televisão e relaxando um pouco, ajeitei a perna machucada que doeu um pouco e tentei prestar atenção na TV.

— Olha, posso ver com o senhor? Quer dizer, você? – Ela pediu levantando e com o cesto na mão. – Só vou colocar isso no carro pra levar pra lavanderia amanhã de manhã...

— Tudo bem. Vá rápido, faltam sete minutos para começar. – Ela voltou em pouco tempo e correu para a cozinha indo preparar pipoca, quando acabou trouxe um pote e colocou no meu colo. Trouxe a Coca-cola, dois copos e uma jarra com gelo.

Nós nos servimos e ficamos em silêncio até o programa começar. Conforme as piadas iam rolando nós riamos juntos, na troca de episódios comíamos um pouco e quando lembramos ou reconhecíamos alguns episódios falávamos o quanto gostávamos dele.

— Ai, eu adoro esse! – Ela exclamou apontando para TV com a mão cheia de pipoca. Em seguida repetiu as falas do Will e imitou a Hilary.

— Você é boa. – eu disse quando o último episódio chegou ao fim.

— Sabe como é, nós duas somos bonitas, assim nos entendemos. – Ela pegou a louça e foi pra cozinha cantarolando a abertura da série.

Quando a noite chegou, a enfermeira veio junto e chegou cinco minutos atrasada o que apavorou Alison que repetia que minha esposa iria matá-la - como se a culpa fosse dela -, depois tomei banho e Alison esquentou a janta.

Ela não jantou comigo, tomou apenas um sorvete e me ajudou a subir. Ficou do lado de fora do banheiro enquanto eu escovava os dentes e trocava de roupa.

Deitei na cama e ela se despediu saindo do quarto.

Dei um sorriso na escuridão do quarto e gritei seu nome, ela veio rapidamente deu até para ouvir seus passos desesperados na escada, ela abriu a porta olhando para mim enquanto arfava.

— O que houve?

— Cadê meu beijo de boa noite? – Nós rimos no escuro e ela veio até a mim, dava apenas para enxergar sua sombra. Enquanto ela ia embora novamente fiquei a observando enquanto alisava minha testa.

Se concentre em se recuperar. Ela tem a idade da sua filha.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. Posto o próximo com 1 comentário!