O diario de uma babá Adolescente escrita por Bru Bowen


Capítulo 35
Uma triste noticia


Notas iniciais do capítulo

Oi, desculpem não ter postado ontem, eu tentei mais de 3 vezes postar esse capitulo, mas sempre meu pc travava.
Bom, vou logo avisando que esse capitulo é triste porque... leiam e descubram!
Boa leitura!



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POV Alyssa

Depois de me despedir dos dois pombinhos e do Carter, eu fui para casa. Cheguei, abri a porta e dei de cara com meus pais sentados no sofá sérios, e parecia que eles estavam me esperando.

Fechei a porta, sorri e disse:

– Oi família, tudo bem? Eles continuaram sérios e meu pai disse:

– Fila nos precisamos conversar.

Já vi que lá vem bomba. Me sentei no sofá e disse:

– Podem falar. Minha mãe suspirou e disse:

– Filha, eu não queria que fosse assim, mas tem que ser. Eu já ficando nervosa disse:

– Não queria que fosse assim? O que esta acontecendo? Meu pai disse:

– Nos vamos viajar para o Brasil. Eu disse:

– Só isso? Ata e quando vocês voltam? Minha mãe disse:

– É essa a questão, na verdade nos três vamos, e não vamos voltar, vamos morar no Brasil.

Eu juro que se eu não estivesse sentada eu teria caído durinha no chão. Eu me levantei furiosa e disse:

– O QUE? Como assim, não podemos voltar, eu não quero ir. Meu pai disse em um tom mais grave:

– Se acalme mocinha, e nos não perguntamos se você queria ir ou não, é para o seu bem.

Eu ri irônica e disse:

– Para o meu bem? Serio? Eu não posso ir, eu tenho uma vida aqui, tenho amigos, um emprego, duas crianças que me adoram e eu estou...

Deixei a frase pairar no ar e minha mãe perguntou:

– Você esta? Respondi:

– Nada, mas eu não quero ir, não posso ir!

Meu pai disse:

– Você vai, nos só estamos te comunicando antes, e você terá todas as suas respostas quando chegarmos ao Brasil.

Meus olhos começaram a arder, mas eu não ia chorar, eu riria ser forte! Eu ia andando para a escada, e quando subi os dois primeiros degraus, me virei para os meus pais e disse:

– Eu só quero que vocês saibam que me levando para o Brasil, vocês estarão levando só uma parte de mim, pois a outra estará aqui.

Falando isso eu subi as escadas correndo, me tranquei no meu quarto e me joguei na cama. Minha mãe bateu na porta mas e não atendi, eu estava me sentindo um lixo, eu estava sentindo muita dor, só de pensar em deixar as pessoas importantes na minha vida aqui.

Tentei chorar mas as lagrimas não vinham, e eu queria chorar, dizem quando você chora, a sua alma se lava, e era isso que eu estava precisando, só que infelizmente isso não aconteceu.

E foi assim que eu passei a noite, eu estava morrendo de tanta dor, não física mas a dor vinha de dentro, vinha na alma, e eu estava pensando em uma coisa, como contar isso para os meus amigos, disso eu não sabia.

*****************************************

Acordei um pouco cedo do que o habitual, me levantei, escovei os dentes, me troquei, fiz um coque mal feito no cabelo, joguei uma agua na cara para ver se desaparecia um pouco das marcas do travesseiro e as orelhas, pois ontem eu não consegui dormir direito.

Calcei meu tênis, peguei minha mochila e passei igual um foguete pela sala, só andei mais devagar quando estava em cima do skate, em direção a escola.

Cheguei e não tinha quase ninguém, também eu cheguei cedo, nem Lyli tinha chegado ainda.

Me encostei no portão da escola, sentei no chão e enfiei a cabeça nos meus joelhos, minha cabeça rodava de tanta preocupação.

Eu queria gritar para todos o que eu estava sentindo, mas eu não conseguia, nem chorar eu conseguia.

Senti uma lagrima rolar, mas foi só uma, mas eu sabia de que onde veio essa tinha mais, só que elas não sairiam ate o momento certo.

Só levantei a cabeça quando senti alguém sentando ao meu lado, quando eu vi era Léo. Logo em seguida que o vi, eu lhe abracei e o mesmo correspondeu, era tão bom você abraçar alguém quando você precisava.

Eu o olhei e ele disse:

– Tudo isso é saudades, nos vimos ontem. Eu dei um risinho fraco e ele o mesmo, eu disse:

– Pode ser. Ele me soltou e me olhou, percebendo alguma coisa ele disse:

– Você esta bem? Parece meia triste, meia distante. Eu neguei com a cabeça e disse:

– Estou bem, só preocupações com a família. Ele sorriu e disse;

– Que bom que é só isso então. Assenti e perguntei:

– Léo, você vai amanha para o hospital? Ele disse:

– Vou por que? Eu dei um sorrisinho e disse:

– Eu queria ver uma amiga minha, posso ir com você? Ele sorriu e disse:

– Claro.

O sinal da entrada tocou, e nos entramos.

Já tinha se passado 2 aulas e eu não prestei atenção em nenhuma, vi Carter e o mesmo estava rindo com os amigos, pelo menos uma pessoa esta feliz.

Vi também Lyli com Taylor, mas falei pouco com ela, não queria atrapalhar os dois em nada, e também com o meu mal humor, é capaz da minha amiga descobrir tudo.

Só prestei atenção na aula quando a professora me chamou para ir ate a mesa dela. Me levantei com todos me olhando e fui.

Quando cheguei a professora disse:

– O diretor me pediu para entregar uma transferência, acho que é sua, mas você vai sair do colégio?

Na hora que a professora falou isso, a minhas pernas tremeram, eu não esperava que meus pais pedissem transferência tão cedo assim.

Meus olhos começaram a arder, e eu sabia que essa era a hora das minhas lagrimas começarem a aparecer. Peguei o papel com a mão tremula, meus olhos já estavam cheios de lagrimas, eu disse:

– Eu também não sabia, professora eu posso ir no banheiro por favor? A professora deixou, me virei para trás e Carter, Lyli, Taylor e Léo, estavam com umas caras de confusos, mas as caras deles só pioraram mais quando as lagrimas começaram a rolar e eu sair correndo para o banheiro.

No caminho eu esbarrei em uma garota, e nem pedir desculpas eu pedi.

Me tranquei no banheiro e comecei a chorar, chorei tudo que ontem eu guardei, chorei por todos os anos que eu segurei as lagrimas, chorei por todas as humilhações e por todas as dores que eu sofri. Afinal, eu queria colocar tudo para fora.

Ouvi alguém bater na porta, me levantei, enxugue as lagrimas, lavei o rosto e abri, era Lyli. Ela me abraçou e disse;

– O que aconteceu amiga? Eu não queria contar para ela, eu sabia como a minha amiga era, ela iria sofrer por nos duas, e eu não iria fazer isso com ela.

Sai do banheiro seguida por ela, eu disse:

– Nada de mais, só problemas familiares. Ela me parou, olhos nos meus olhos e disse:

– Tem certeza? Do estado que você saiu da sala, não parecia que foi só por isso. Eu continuei a andar e disse:

– Mas foi Lyli, e eu não quero falar sobre isso, por favor.

Ela assentiu e nos voltamos para a sala, com todos me olhando e eu ignorando os olhares, principalmente o do Carter.

*************************************

O dia inteiro eu coloquei um sorriso falso no rosto. Na hora da saída, eu me despedi da minha amiga, peguei meus skate e fui rumo a meu emprego.

Cheguei, toquei a campainha e para a minha surpresa foi Nina quem abriu, dei um abraço nela, e ela disse:

– Oi menina, mas aconteceu alguma coisa com você? Você esta triste.

E eu contei tudo para Nina, eu queria dividir isso com alguém, e com ela foi a melhor opção que eu tive. Quando terminei de falar, ela disse:

– Nossa isso é ruim menina, mas eu acho que você deveria contar a verdade, é melhor contar agora do que depois.

Assenti e as crianças chegaram, lá vai eu colocar outro sorriso falso no rosto.

Foi a tarde toda, eu tentando evitar Carter, eu sabia que ele iria me perguntar se eu estava bem, então era melhor eu fugir dele.

As crianças não perceberam o meu estado de tristeza, e eu agradeci por isso.

Na hora de ir embora, Carter disse:

– Eu te acompanho Alyssa, preciso conversar com você. Eu disse:

– Não precisa, que tal amanha? Ele disse:

– É serio. Suspirei, em despedi das crianças e eu e ele seguimos caminhando para a minha casa.

Estávamos em silencio ate Carter falar;

– Porque você me invitou o dia inteiro? Eu respondi:

– Quem eu? Carter parou segurando meu braço com delicadeza e disse:

– Alyssa fala a verdade, eu posso ter cara e bobo mas não sou.

Ele me soltou e eu continuei a caminhar em silencio, mas eu sabia que ele ainda esperava a minha resposta.

Quando estávamos chegando perto da minha casa ele disse:

– Não vai em contar ne? Então tchau, eu pesei que você confiasse em mim.

Ele ia dando as costas quando eu o segurei pelo braço, ele olhou nos meus olhos e eu disse:

– Você quer a verdade? A verdade é que eu vou embora para o Brasil, hoje quando eu sai correndo a sala foi porque a professora me entregou o papel da minha transferência de escola para o Brasil, eu vou embora Carter, eu estou sofrendo com isso, eu não quero ir caramba!

Deixei uma lagrima rolar, ele estava sem reação, e a primeira foi ele me abraçar, me abraçar forte, era daquele abraço que eu precisava, só daquele abraço.

Ele me soltou e disse:

– Você não pode, ir, eu não vou deixar. Eu me afastei dele e disse gritando:

– AH ENTAO VOCE ACHA QUE EU QUERO IR? ME RESPONDE SEU IDIOTA, VOCE ACHA MESMO QUE EU QUERO IR, OLHA AQUI...

Ele não me deixou terminar, ele me beijou, e eu correspondi mais uma vez, só que dessa vez eu não protestei e nem nada, eu sabia que eu precisava daquele beijo, era o que eu mais precisava nesse momento. Quando nos soltamos eu sorri e disse:

– Você é maluco? Você me roubou um beijo seu doido. Ele riu e disse:

– E se você não entrar agora para casa eu vou roubar mais um.

Eu ri e disse:

– Fui!

Mas não antes de escutar ele dizer:

– Não vou desistir de você, não vou deixar você ir!


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Comentem e o próximo capitulo



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