It's Possible to Love Again escrita por Alessia


Capítulo 18
"You Can Call Me Love"


Notas iniciais do capítulo

Heeey gente!! Tudo bem com vocês?
Sim, eu sei que eu demorei, mas a verdade é que eu não tinha planejado de escrever esse capítulo nessa semana por causa da minha viagem, por sorte eu arranjei um tempo e consegui escrevê-lo.
Quero agradecer a Karen de Avalon, Jessica_Elaine, EstéphanyQueen, CaptainSwan, Lanna Donoghue, Gi, Kae Barnes, Mary Andrade e Rhasnah SwanJonesMills que comentaram a fic, além da Duda Barros e da Loveforcolifer (leiam a fic dela, é muito PERFEITA) que favoritaram a história.
Boa leitura!!



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P.O.V. Emma Swan

Acordei com alguns raios de Sol. Notei que Killian ainda me abraçava com o seu braço perfeitamente definido. Olhei para o anel que estava no dedo anelar da minha mão direita, ele era de cor prata e tinha uma pequena esmeralda incrustada, confesso que não consegui conter o sorriso, um sorriso cheio de felicidade.

Me virei para olhar Killian, que por incrível que pareça, já estava acordado e me observando com um sorriso no rosto. Coloquei uma das mãos na sua barba e beijei seus lábios de leve. Ele segurou minha cintura e fez com que eu me aproximasse de seu corpo. Seus olhos brilhavam como diamantes. O brilho não era de inveja ou algo do tipo, muito pelo contrário, brilhavam de alegria.

– Bom dia querido – disse entre os beijos.
– Bom dia amor – disse sorrindo.
– Sabe... – fui interrompida pelo meu celular.
– Hum... – disse me beijando.
– É melhor eu atender – disse dando um selinho.
– Ah não Swan – disse manhoso – deixa para depois – disse segurando a cintura.
– É só um minutinho – disse pegando o celular – acho que é para você – disse mostrando o nome de David no visor do celular.
– Isso é sério?! – disse indignado.
– Fazer o que? – levantei os ombros.

Eu realmente não queria atender o celular, a verdade é que eu queria ficar deitada naquela cama por toda a eternidade. Sentei-me na cama com um pouco de dificuldade, balancei um pouco a cabeça para espantar o sono antes de conversar com David.

– Bom dia – disse bocejando e coçando os olhos.
– Quase tarde.
– Como assim? – disse confusa.
– Ué, já são dez e meia.
– Nossa, eu perdi a hora – disse colocando a mão na cabeça.
– Enfim, você pode chamar o Killian? – disse – ele deve ter deixado o celular no silencioso.
– Claro – disse entregando o celular, porém voltei-o para minha orelha – como você sabe que o Killian está aqui?
– Vamos lá Emma, eu conheço meu amigo.

Preferi não responder aquilo, então entreguei o celular para Killian.

– Cara, sério?! – percebi o tom de indignação em sua voz.
– Foi mal, mas é que a Mary está passando mal e eu preciso ir para casa.
– Que pena – disse desapontado.
– É mesmo, foi mal, não queria arruinar o clima entre vocês.
– Sem problemas, está tudo bem – disse olhando para mim.
– Ok, ela já ta vindo?
– Calma, daqui a pouco ela chega, eu prometo – disse um pouco impaciente.
–Ok.

Olhei para Killian que rapidamente avançou nos meus lábios e me deitou na cama. Sua mão apertava minha coxa enquanto que eu arranhava suas costas de leve. Depois do beijo ficamos nos observando por um tempo, até que Jones me deu um selinho e se levantou.

– Infelizmente nós vamos ter que ir até a delegacia – disse me estendendo a mão.
– Por quê? Aconteceu alguma coisa? – disse segurando sua mão.
– A Mary está passando mal e o David precisa cuidar dela.
– Ah entendi – disse – vou tomar banho então.
– E eu?
– Você o que? – disse confusa.
– Não estou convidado não?
– Quem sabe outro dia – disse entrando no banheiro.

Deixei que a água quente relaxasse meus músculos. Eu ainda não acreditava que estava namorando Killian, parecia um sonho. Aquele momento de silêncio colocaram alguns pensamentos no lugar. Eu não sabia como Henry, e muito menos Neal iriam reagir ao saber da notícia, e confesso que tinha medo de descobrir.

Depois de alguns minutos vesti o roupão e desci as escadas. Killian estava conversando com alguém pelo celular. Assim que me avistou desligou rapidamente o aparelho e andou em minha direção.

– Sabe, eu acho que você não pode sair na rua assim – disse apontando para o meu corpo.
– Eu sei, mas é que só agora que eu percebi que não tenho uma roupa limpa – disse envergonhada.
– Sem problemas – disse colocando os braços em volta da minha cintura – nós podemos deixar isso para lá e voltar para cama – disse beijando meu pescoço.
– Killian, Killian – disse soltando um suspiro – por mais que eu queira isso – disse afastando seu rosto do meu pescoço – eu acho que o seu amigo também merece um descanso, além do mais ele tem que cuidar da Mary – disse colocando as mãos em seu peito e o beijando calmamente.
– Tudo bem – disse olhando nos meus olhos – agora em relação as roupas – disse apontando para o meu corpo – eu posso te emprestar alguma roupa da Milah.
– Sério? – disse surpresa.
– Claro, sem problemas – disse sorrindo.

Segui Killian até o seu quarto, onde ele tirou uma caixa de papelão do armário. Eu observava seus movimentos atentamente, porém meus pensamentos estavam bem longe daquele cômodo. Jones não ficou triste enquanto falava de Milah, muito pelo contrário, ele continuou sorrindo como se você algo normal. Ele tinha seguido em frente e estava reencontrando a felicidade em mm.

Fui despertada de meus pensamentos com um selinho de Killian, que rapidamente me entregou algumas roupas. Ele sorriu, pegou algumas roupas e entrou no banheiro. Coloquei as roupas em cima da cama que ainda estava desarrumada por causa da noite passada. Vesti uma calça jeans escura, uma regata preta e uma blusa social branca um pouco transparente. Coloquei meu casaco preto, calcei meus sapatos e peguei minha carteira. Sentei na cama e esperei até que Killian saiu do banheiro com uma calça azul marinho, uma blusa social de manga branca e sapatos de cor marrom escura.

Levantamos e andamos em direção ao carro. Dirigimos até a delegacia e descemos de mãos dadas. David estava sentado na cadeira do escritório quando chegamos, porém assim que nos viu, se levantou. Seu olhar alternava entre nossos rostos e nossas mãos unidas, fazendo com que um sorriso surgisse em seu rosto.

– Bom dia – disse.
– Quase boa tarde – disse rindo.
– Então, a Mary melhorou? – perguntei apreensiva.
– Mais ou menos, ela disse que está com muita dor de cabeça e que às vezes sente tontura.
– Ah, melhoras então.
– Obrigado – disse – bom, eu realmente preciso ir agora.
– Tudo bem, muito obrigada.
– Sem problemas – disse indo em direção à porta, porém voltou – Ah, Emma, um tal de August ligou e disse que precisa falar com você.
– Tudo bem – disse sorrindo.

Olhei para Killian que me olhava com olhar que perguntava “Quem é August?”. Confesso que não consegui esconder o sorriso e a risada ao ver o rosto de Jones. Ele ficava irresistível quando sentia ciúmes. Roubei um beijo dele e me dirigi até o meu escritório, onde afundei meu corpo na poltrona.

– Então Swan, August hein? – disse se apoiando na porta e arqueando a sobrancelha.
– Sabia que você mais lindo ainda quando está com ciúmes? – disse me levantando e encostando na mesa.
– Eu não estou com ciúmes – disse cruzando os braços e levantando os ombros.
– Claro que não – disse ironicamente – você só está morrendo de ciúmes de mim – disse colocando meus braços envolta de seu pescoço.
– Eu só quero garantir que você seja única para mim – disse colocando os braços envolta da minha cintura.
– Bom, em relação a isso você pode ficar tranquilo – disse me aproximando de seu rosto – porque eu sou sua – estávamos prestes a nos beijar quando recuei – contanto é claro que você também seja meu – disse com um sorriso travesso.
– Emma, eu já sou seu há muito tempo – disse me beijando.

Senti os braços de Killian apertarem a minha cintura. Ele me ergueu e tirou meus pés do chão. Suas mãos desceram para as minhas coxas e as levaram para o seu quadril. Ele me carregou até a mesa do meu escritório. Nós tínhamos pressa de nos livrar de qualquer tecido que nos impedisse de sentir a pele um do outro.

Rapidamente tiramos nossos casacos. Abri a camisa de Killian de forma desesperada, mas nunca parando de beijar a sua boca. As mãos de Jones passeavam por dentro da minha camisa e me provocavam arrepios. O som do telefone começou a ecoar pelo escritório, fazendo com que o rosto de Killian se transformasse em decepção. Arrumei minha blusa, regulei minha respiração e atendi o telefone.

– Delegacia de Storybrooke, Emma Swan.
– Oi Emma, é o August.
– Ah sim, do cais certo?
– Isso mesmo. Aqui, eu consegui algo que pode ajudar nas investigações da morte do Graham.
– Sério?! – disse curiosa – e o que seria?
– Consegui algumas filmagens suspeitas.
– Excelente! – disse entusiasmada – você pode trazer elas aqui?
– Claro, chego em meia hora.
– OK.

Killian chegou por trás de mim e segurou minha cintura, porém recuei. A verdade é que eu queria me entregar novamente, porém eu estava trabalhando. Eu não era mais “Emma Swan, a mulher apaixonada”, eu era “Emma Swan, a policial”. Sentei-me na poltrona enquanto que Jones puxou um banquinho para se sentar. Tirei uma pasta de arquivos sobre o caso da morte de Graham da gaveta e joguei as informações sobre a mesa. Li aqueles papéis por alguns minutos até que o celular de Jones começou a tocar.

– Oi Smee, aconteceu alguma coisa?
– Oi Killian, é que chegou um contrato para você assinar e é meio que urgente.
– Você não pode assinar não?
– Infelizmente não, eles pediram que a assinatura fosse sua.
– Tudo bem, então eu vou almoçar e depois vou aí ok?
– Ok.
– Até.
– Até.

Fiquei observando Killian enquanto ele conversava no celular. Depois que ele terminou a ligação olhou para mim com um pouco de tristeza. Percebi que ele teria que ir para algum lugar.

– Amor, quer almoçar? – disse se levantando.
– Não, estou sem fome – disse sem graça – e eu tenho que esperar o August.
– Estou de olho nesse cara.
– Depois diz que não está com ciúmes – disse rindo – não precisa se preocupar com ele.
– Tudo bem – disse me dando um selinho – então eu vou almoçar e resolver um problema lá no escritório ok?
– Tudo bem – disse sorrindo.
– Sabia que você pode me chamar de “amor” também? – disse abrindo a porta.
– Claro. Amor – disse pausadamente, fazendo com que um sorriso surgisse no rosto de Kiliian.

Aproveitei e liguei para Henry, que disse que estava morrendo de saudades de mim. Depois disso esperei por longos minutos até que August chegou. Percebi que ele estava apreensivo, afinal não parava de observar a sala.

– Então August, o que você conseguiu? – disse curiosa.
– Isso aqui – disse me entregando um pen drive – são as filmagens do cais.
– Por que você não me entregou isso antes? – disse pegando o pen drive.
– Longa história – disse sem graça.
– Bom depois você vai ter que me explicar essa história, mas por enquanto vamos ver as filmagens –disse abrindo o arquivo no computador.

Na maior parte do vídeo as imagens foram monótonas e escuras. Até que a partir de meia noite borrões começaram a aparecer no fundo da filmagem, mais precisamente na praia. Os borrões logo se tornaram duas pessoas que estavam conversando, ou pelo menos pareciam estar. Elas ficaram assim por trinta minutos, até que um barco atracou na areia e começou a descarregar caixas. Já era uma hora da manhã quando eles foram embora com as caixas.

Depois de trinta minutos outro borrão apareceu na tela. Percebi que havia algo que refletia o a luz da Lua em sua cintura, então conclui que se tratava de Graham. Meus olhos se encheram de lágrimas ao lembrar dos momentos que passei com ele. Rapidamente respirei fundo e segurei as lágrimas. Ele ficou na areia por dez minutos e subiu as escadas em direção ao cais.

Depois disso as imagens voltaram a ficar escuras e sem nenhum movimento, sendo que o único som que conseguia escutar era das ondas do mar. Eram dez para as duas quando um homem alto e de pele clara se agachou e posicionou sua arma nas escadas do cais. Depois de cinco minutos escutei o som de dois tiros ecoarem. “Aquele filho da mãe matou meu amigo!”. Respirei fundo e fechei meus punhos. August me olhava à procura de uma resposta ou uma conclusão.

– Obrigada August, muito obrigada mesmo – disse sorrindo de forma honesta – isso vai me ajudar muito.
– Que ótimo – disse sorrindo e se levantando – agora eu realmente preciso ir. - Espera um segundo – disse e rapidamente prendi uma de suas mãos na algema, enquanto que a outra argola foi colocada na cadeira – você tem que me contar uma história – disse cruzando os braços – lembra?! – disse arqueando a sobrancelha.
– Você sabe que eu posso puxar a cadeira, não sabe?! – disse me desafiando.
– Bom, eu não sei você, mas eu acho que as pessoas que estão na rua vão achar essa cena um tanto quanto estranha, não acha? – disse entrando no desafio – vamos lá August, eu não quero te prender, mas você precisa me contar – disse impaciente.
– Tudo bem, é só que... – disse nervoso – digamos que eu tirei um cochilo no meu expediente.
– Vamos fazer o seguinte – disse tirando as algemas – eu não vou contar pro seu chefe dessa vez, ok?
– Ok, muito obrigado mesmo – disse andando até a porta – tenha um bom dia!
– Para você também, tente ficar acordado – disse rindo.

Depois disso me sentei na poltrona e fiquei observando o quadro de pistas. Provas, suspeitos, tantas possibilidades e nenhuma resposta eram o que martelavam na minha mente. Pensei por algumas horas, até que o barulho da porta abrindo me acordou dos meus pensamentos. Tampei o quadro e me levantei para receber Killian.

– Amor? – disse.
– Só um segundo – disse saindo do escritório.
– Aqui – disse me entregando um copo térmico – é cappuccino com canela.
– Hum – disse tomando um pouco – e como você sabia que eu gostava?
– Digamos que a Ruby me ajudou um pouco – disse envergonhado.
– Que fofo – disse colocando minhas mãos sobre seu peito e o beijando.
– Ah, eu também trouxe alguns sanduíches.
– Que bom, nem almocei ainda – disse pegando um sanduíche de frango com salada.
– Você não almoçou?! – disse surpreso – mas já são quase cinco horas da tarde.
– Eu sei, eu sei – disse envergonhada – mas é que a prova do August foi um tanto quanto longa.
– Que prova pode ser tão longa assim hein? – disse indignado.
– Para de pensar besteira –disse rindo – você sabe que eu sou sua – disse sorrindo – é que ele trouxe um vídeo do dia do crime.
– Ótimo – disse aliviado – e a propósito – disse se aproximando do meu ouvido – saiba que eu também sou todo seu – sussurrou.
– Ótimo – disse sorrindo.

Eu e Killian terminamos de comer os sanduíches e começamos a conversar sobre qualquer assunto que nos vinha à mente. Meus pés estavam sobre as pernas de Jones, sendo que ás vezes ele passava suas mãos sobre minhas coxas, me provocando arrepios.

– Então Swan...
– O que foi Jones? – disse passando a mão sobre seus ombros.
– A viagem dos nossos filhos está quase acabando.
– É, eu sei – olhei nos seus olhos – você vai querer contar pro Neal?
– Depende, você vai contar pro Henry?
– Eu não sei, talvez a gente devesse esperar um pouco.
– Se você quiser a gente pode fazer um passeio de barco e levar eles, aposto que eu consigo um dos melhores barcos da minha empresa fácil, fácil.
– É, talvez – disse pensativa – espera um pouco – disse levantando da cadeira.
– O que foi Emma? – disse confuso.
– Você trabalha no cais há quanto tempo?
– Quase dez anos, por quê?
– Vem aqui – disse entrando no meu escritório.

Abri a porta do meu escritório e tirei todos os papéis que escondiam o quadro de pistas. Fiquei em pé do lado da porta e quando Killian entrou na sala percebi sua expressão mudar. Ele estava surpreso, ou melhor, em choque. Coloquei minhas mãos sobre seus ombros e o levei para mais perto do quadro. Percebi que seus olhos começaram a percorrer as pistas, analisando-as de forma minuciosa, até que seus músculos ficaram tensos e comecei a procurar o motivo daquela reação.

– Ele é um suspeito?


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Notas finais do capítulo

Então gente, gostaram?
Já vou avisando que o próximo capítulo só sai na semana que vem a partir de quarta-feira.
Beijoos e até o próximo capítulo!!