A luz dos meus olhos. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 7
Tudo é tão colorido!




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P.O.V. Annie.

Hoje os curativos serão retirados e eu espero que tenha dado certo.

Quando o doutor Carslile os tirou eu vi. Eu vi tudo!

—Nossa! Tudo é tão bonito, tão colorido!

Eu tinha que tocar nas coisas para reconhecê-las.

—Isso é uma poltrona.

—Muito bem.

—Uma mesa.

—Ótimo, está reconhecendo o mundo a sua volta.

Eu estava entretida olhando o quarto quando ouço a voz dele.

—Eu trouxe lírios, os seus preferidos.

Quando o vi, foi indescritível. Os olhos dele eram tão azuis que era fascinate, eu não conseguia acreditar, os cabelos pretos e a pele branca completavam o visual.

—Nossa! Você é lindo.

—Obrigado. Você já se viu no espelho?

—Ainda não.

—Olha.

Aquela era eu? Eu sou uma gata!

—Minha nossa! Essa sou eu?

—É sim.

—Eu sou linda!

—Claro que é, é minha filha.

—Mamãe, você é tão diferente de como eu pensava.

—E isso é bom?

—É ótimo.

Todos vieram me ver e eles eram lindos, as roupas deles eram tão diferentes.

Quando o médico me deu alta eles me levaram pra passear e eu vi os carros, os cãezinhos que passeavam no parque, as árvores, os passarinhos, as pessoas.

—É tudo tão bonito!

Eu fiz como minha mãe pediu e depois de experimentar muitas roupas eu mandei boa parte delas para uma instituição de caridade.

Fomos ao shopping e ele era cheio de coisas brilhantes, pessoas e lojas com lindas vitrines.

Quando saímos tivemos que apertar as coisas no porta malas que ficou lotado.

Minha mãe e minhas amigas me ensinaram truques de maquiagem, como fazer chapinha e baby-liss, a fazer as unhas penteados dos mais diversos tipos e formas.

Levou um tempo, mas consegui acertar e pegar o jeito.

—Viu como você ficou bonita?

—Vi, mamãe. Agora eu posso ver tudo.

Senti as lágrimas escorrendo.

—Oh, minha menininha. Você deve ter orgulho de si mesma, é uma guerreira, uma lutadora.

—Eu sei, mas nunca teria conseguido sem você. Eu te amo mamãe.

—Eu também te amo, mais do que tudo.

Nos abraçamos e ela me levou para a escola.

Todos foram muito bondosos comigo e eu os reconheci facilmente.

—Como nos reconheceu?

—Pela voz.

—Boo!

—Oi Luke.

—Mesmo não sendo cega consegue sentir a minha presença?

—Não, consigo sentir seu cheiro.

Todos rimos.

—Que droga!

Mais risadas.

—Pegou tudo o que eu sempre peguei pra você, não falta nada.

—Eu não via, mas sentia o cheiro.

Vi o rosto dos professores, mas não sabia escrever ainda. Minha mãe não tem tempo pra me ensinar, mas as minhas amigas e as freiras do convento lá perto de casa me ensinam bastante coisa. O alfabeto, a escrever meu nome, a fazer contas e tudo mais que eu não consegui aprender por causa da minha cegueira.

—Muito bem, está progredindo bastante. Mais do que eu imaginava.

—Obrigado irmã Marie.

—De nada filha.

A Irmã me levou ao berçário e eu me dispus a tomar conta das crianças todas as tardes, claro que as outras irmãs me ensinaram a trocar fraldas, a segurar os bebês entre outras coisas.

O mundo é um lugar maravilhoso! E as pessoas devem aprender a valorizar o dom que Deus deu a elas. O dom de ver essas coisas lindas.


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