Losing my Humanity escrita por Jae Renald


Capítulo 7
Cap.6 — Survivor


Notas iniciais do capítulo

Então pessoinhas, a inspiração tava boa hoje, eu eu tava doida pra escrever mais, entaaaao, tá aí mais uma cap ok?



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— Acredite em mim, eu sei. —disse, tentando forçar um sorriso que simplesmente não vem — Precisamos sair daqui.

— Alguém morreu por aqui, não foi? — ela pergunta aos poucos voltando a se mover — Temos que chamar a polícia.

— Não! — eu digo arfando quando tento caminhar até ela —Nós temos de cair fora daqui,pra não sermos as próximas!

Ela encara minhas mãos, sujas de sangue. Sigo seu olhar e percebo que ainda estou segurando a faca que peguei na cozinha da cabana sinistra. Meu primeiro impulso é joga-la para longe,mas algo me diz para guarda-la ,então a coloco no bolso do casaco,junto com a garrafa de água.

— Por favor Lydia! —digo suplicante,levantando as mãos como um suspeito que se rende — Olhe,estou sangrando,e acho que posso desmaiar a qualquer momento, eu agradeceria uma carona pro hospital.

Lydia parece finalmente perceber minha situação nada boa. Ela se aproxima rapidamente de mim, me dando apoio enquanto me coloca cuidadosamente no banco do carona de seu carro. Ela entra no carro e trava as portas,coloca o cinto, e me ajuda a prender o meu. Ela liga o motor, e põe as mãos no volante. Estão tão tremulas que acho que ela não pode dirigir.

Eu nunca fui realmente uma grande fã de Lydia Martins. Ela apenas ignorou a minha existência e de meus amigos durante anos, mesmo Stiles sendo perdidamente apaixonado por ela. Ela se tornou minha amiga por associação, e nunca formamos um laço nosso.Sempre que nossos amigos estavam juntos, nós ficávamos bem.Mas se estivéssemos sozinhas,éramos apenas colegas de escola no mesmo lugar, ao mesmo tempo.Mas desde que ela havia sido mordida no baile e seus poderes de banshee apareceram , eu sentia mais simpatia por ela.Não por que eu gostava de vê-la sofrer, longe disso,era por que eu sentia que ela estava sendo mais ela mesmo, sendo mais humana apesar de tudo.

E aqui estávamos nós. Mais uma vez Lydia tinha sido guiada para um lugar onde encontraria mais morte,mas me achou no caminho.E ela ter me encontrado significavam horas que eu não passaria vagando,mais perto de morrer a cada minuto.

Eu coloco minha mão sobre as dela e tento encara-la gentilmente, apesar de toda queimação na minha perna, e o desespero que cresce em mim por sentir que o sangue não estava estancando. Ela derrama algumas lágrimas e olha pra mim finalmente.

— Obrigada — eu começo, sem saber muito bem o que dizer — Eu sei que você não estava me procurando, mas você me encontrou, e é maravilhoso que a primeira pessoa que vejo há dias é um rosto conhecido.

Ela não fala nada, apenas assente e começa a dirigir. O caminho é longo, talvez uns trinta quilômetros,mas Lydia está dirigindo o mais rápido que pode,ultrapassando a velocidade permitida e burlando leis de trânsito mais que qualquer um que já vi em toda minha vida. Enquanto isso eu me concentrava em fazer a menor quantidade de caretas possíveis, enquanto aperto o casaco que roubei no ferimento.

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A chegada ao hospital foi um completo borrão. As pessoas corriam ao meu redor e me levaram para uma ala que eu não conhecia. A única pessoa que pude reconhecer foi a mãe de Scott, Melissa Mc Call, que olhava pra mim com um jeito preocupado,seguindo o resto da multidão.

Depois do que pareceram horas, fui colocada num quarto, onde Lydia esperava junto comigo, o que aconteceria a seguir. Srª Mc Call entra no quarto e diz que os policiais querem fazer algumas perguntas a ela. Ela sai, e eu tenho medo de ficar sozinha. Acho que a Srª Mc Call percebe meu nervosismo e minha tentativa frustrada de interromper o ataque de pânico que começa.

Eu respiro pesadamente, buscando ar para meus pulmões, mas parece não haver nenhum neste cômodo. Minhas mãos tremem incontrolavelmente. Sinto calafrios percorrendo meus corpo, e nada que eu faça parece ajudar.Melissa vem para meu lado e me dá pequenas instruções, como inspirar pelo nariz e expirar pela boca. Sua mão faz pequenos círculos nas minhas costas e tento me concentrar em alguma coisa que me acalme.

— Meus pais... Alguém precisa... Avisá-los — eu digo quando começo a sentir o controle voltando a mim

— Não se preocupem, eles já sabem — ela diz em um tom encorajador

— Eles já estão aqui? — posso quase sentir o brilho nos meus olhos

— Estarão aqui já — ela diz — Mas primeiro você precisa responder algumas perguntas pra policia, ok?

— S-sim, claro, por que não? — eu sinto um nervosismo que não consigo explicar.

Xerife Stilinski entra no quarto junto com seu ajudante, Parrish. Ele me olha desconcertado, talvez procurando as palavras certas pra começar. Não querendo deixar o momento constrangedor se estender, eu começo:

— Xerife, é muito bom vê-lo.

— Ah, si-sim, muito bom ver você também Julie — ele faz a careta de costume de quando não está satisfeito com algo.

— Guarda Parrish — eu digo com um aceno de cabeça

— Senhorita Starter — ele responde, devolvendo o gesto.

— Em que posso ajuda-los?— pergunto retoricamente

— Bem, temos algumas perguntas, tentaremos ser breves — ele diz, pegando um bloco de papel e uma caneta — Pode dizer o que aconteceu na noite de seu desaparecimento?

Eu tento buscar na minha mente o momento exato, mas é tudo meio confuso.

— Bem, eu estava saindo de uma livraria, estava indo pra casa, quando alguma coisa me acertou na cabeça. Depois disso só lembro de acordar... — tento manter minhas respirações constantes enquanto concluo a frase — Acordar numa cela.

O xerife parece transtornado, mas não me interrompe.

— E você estava sozinha? — ele pergunta evitando por um momento meus olhos

Eu penso por um momento em mentir, por que não queria tocar nesse assunto agora, e talvez nunca queira. Mas eu respondo sinceramente.Eles me atolam de perguntas sobre Carter e eu respondo tudo, tentando não chorar. Respondo todas as perguntas sobre como eu escapei, sobre a cabana, sobre o que eles iam encontrar quando fossem até lá, tudo o mais sincera e detalhadamente que conseguia. Mas quando eles perguntam sobre a mordida na perna eu digo que havia um cão protegendo a cabana que me atacou quando eu fugi. Eu minto, dizendo que o atingi com uma pedra e ele fugiu. O Xerife percebe meu tom de voz vacilante e agradece por meu depoimento.

Ele pede que Parrish se retire por um momento, dizendo que logo o encontrará lá fora.

— Olha criança, eu sinto muito que você tenha passado por tudo isso. Sinto mesmo — ele diz num tom paternal — Mas sobre a mordida... Não foi um cão, foi?

Ele sabe , assim como eu, que um cão não poderia fazer um estrago desses com uma única mordida. E ele suspeita provavelmente de um Alfa.

— Na verdade, eu não sei o que era aquilo — eu admito num suspiro — Mas acho que não importa, já está morto.

— Não preciso me preocupar com ele. Mas e você? Teremos alguma novidade na lua cheia?

— Hãn, acho que não.

Ele dá de ombros, claramente não convencido. Mas se vai, permitindo que meus pais entrem no quarto. Quando eu os vejo, tento sorrir,fazer alguma piada ,mas tudo que sai é um soluço abafado e um monte de lágrimas quentes.Quando eles me abraçam,dizendo que esta tudo bem, que eu ia ficar bem, naquele momento, me permito acreditar.


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Notas finais do capítulo

E essa mordida aí?
A partir de agora, nós vamos ver a Julie interagir com os personagens originais da série, espero conseguir fazer o négocio direito hehehe
Opinem por favor! Críticas, sugestões, qualquer coisa!



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