Losing my Humanity escrita por Jae Renald


Capítulo 21
Cap.20─ They need me


Notas iniciais do capítulo

Pessoinhas,
devido aos seus comentarios fabulosos, me animei e to postando dois dias seguidos ... Yay!
Eu pulei bastante coisa da série , e esse momento da fic é após o termino da terceira temporada. Sim , eu pulei pq acho que a gente já sofreu muio com esse final de temporada , e eu ñ tava a fim de ver a Allison morrendo de novo, vlw? Flws



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Quinhentos e vinte e cinco mil e seiscentos minutos

Quinhentos e vinte e cinco mil momentos tão bons

Quinhentos e vinte e cinco mil e seiscentos minutos

Como você mede, mede um ano?

Em Dias? Em pores-de-sol?

Em meias-noites? Em xícaras de café?

Em centímetros? Em milhas?

Em risos? Em lutas?

Em quinhentos e vinte e cinco mil

E seiscentos minutos

Como se mede

Um ano de sua vida?

Que tal em (amor) ?

Meça em amor

Tempos de (amor)

Quinhentos e vinte e cinco mil

E seiscentos minutos

Quinhentos e vinte e cinco mil

Jornadas para planejar

Quinhentos e vinte e cinco mil

E seiscentos minutos

Como se mede

A vida de uma mulher ou de um homem?

Nas verdades que ela aprendeu,

Ou nas vezes que ele chorou,

Nas pontes que ele ergueu,

Ou da maneira que ela morreu ?

Já se passaram seis dias desde a morte de Allison. Se eu fechar os olhos por muito tempo, posso ver a espada atravessando seu corpo antes que pudesse alcança-la, a ouço dizendo “está tudo bem” quando claramente não estava, o som de sua ultima respiração. E logo no dia seguinte Aiden também se foi. Ethan escolheu cremar seu corpo, e levar as cinzas para a cidade natal deles, que permaneceu incógnito, e prometeu nunca mais voltar.

Terminar de resolver nossos problemas com o Nogitsune, salvar Stiles, deveria ser motivo para comemoração, mas perder duas pessoas no processo está sendo muito doloroso pra todos nós.

O funeral dela foi a pior parte. Dizer adeus definitivamente, ver seu caixão sendo colocado fundo na terra, todas aquelas roupas pretas e rostos tristes. Ver o quanto Sr. Argent estava se esforçando para parecer forte, quando claramente tudo havia desmoronado pra ele... Eu quase não aguentei.

Incrivelmente, eu parecia ser a pessoa que estava aguentando melhor, depois do próprio Argent. Stiles assistiu tudo de longe, indo embora com seu pai logo que o caixão baixou. Lydia se apoiava na mãe pra não cair, e fiquei com medo de que ela pudesse gritar outra vez, tão alto que faria meus ouvidos sangrarem. Scott encarava tudo e a todos com o olhar vazio, travando a mandíbula de tempos em tempos, com a Sr.ª Mc Call e Kira com ele o tempo inteiro.

Fiquei ao lado de Isaac durante todo o funeral, o ouvindo soluçar, deixando que seu rosto se escondesse em meu ombro pra chorar, sentindo suas lágrimas quentes na minha pele. Ele havia perdido mais pessoas em sua vida do que todos nós, e eu não conseguia imaginar como seria para ele passar por tudo aquilo mais uma vez.

Ele estava passando um tempo com Argent depois de tudo que aconteceu, ficando na casa dele, fazendo companhia um para o outro, e isso era o que me deixava mais tranquila.

Mas toda vez que eu estava para cair no sono, pensamentos inquietantes atormentavam, me deixando pior que já me sentia normalmente. “Será que havia algo a ser feio?“ , ““ Eu podia ter sido mais rápida .”, “ Eu podia ter feito alguma coisa ...” , era tudo que eu me pegava pensando nos últimos dias.

Quando estou inutilmente tentando me concentrar num livro, recebo uma mensagem de Isaac:

“Podemos conversar?”

“Claro”, respondo

“Pessoalmente?”

“Estarei aí em vinte minutos”.

Vou até a cozinha, onde encontro meu pai fazendo chilli, sua única especialidade.

─ Onde está a mamãe?

─ Vai ter que ficar até mais tarde no escritório, então estou fazendo meu famosíssimo chilli pro jantar ─ ele diz, se virando pra mim e mostrando a panela borbulhando ─ Que tal parece?

─ Delicioso ─ digo, lembrando de como o gosto era bom quando eu costumava ser humana ─ Pai, posso passar nos Argent rapidinho?

─ Pode, claro. Quando?

─ Agora.

─ Bem na hora do jantar?! ─ ele diz desconfortável ─ Por quê?

─ Isaac precisa de mim.

Ele desliga o fogão e tira o avental, se se sentando à mesa. Imediatamente percebo que não vou chegar em vinte minutos.

─ Julie , sua mãe e eu estamos preocupados com você ─ ele pausa por alguns segundos, quando não respondo ele continua ─ Você e seus amigos vem passando por muita coisa, já por muito tempo. Vocês mal estudam, estão sempre envolvidos com a polícia, se colocando em perigo. Não podem continuar vivendo assim! Sei que concordei em ter essa conversa apenas com sua mãe presente, mas agora parece ser certo... Vocês deviam se afastar.

Demora pelo menos um minuto até que eu entenda o objetivo dessa conversa. Um rosnado se forma em minha garganta, e praticamente grasno em resposta:

─ Está dizendo que estou proibida de ser amiga deles?

─ Estou dizendo que não deve sair correndo cada vez que um deles estiver com problemas ─ ele responde em meio a um suspiro.

─ Allison está morta pai! ─ cuspo as palavras ─ Isaac precisa de mim. Todos precisamos ficar juntos agora!

─ Não me refiro só a agora ─ ele tenta manter o tom de voz baixo ─ Quantas vezes você saiu correndo durante o jantar, queimou aulas no colégio, deixou de dormir por causa de seus amigos? Talvez se afastando um pouco tenham menos problemas.

─ Só conseguimos sobreviver a todos os problemas por estarmos juntos.

Não espero uma resposta. Me viro e caminho em direção à porta da frente, meus passos ecoando no assoalho.

─ Julie, você não tem permissão pra sair! ─ ele diz numa tentativa de me parar.

─ Estarei de volta antes de a mamãe chegar ─ respondo batendo a porta atrás de mim, começando a correr em direção à rua.

***

─ Como está passando? ─ pergunto a Isaac enquanto sento numa poltrona ao canto, na sala de estar dos Argent. Ele responde dando de ombros ─ Por que está sozinho?

─ Na verdade, é por isso que te chamei aqui ─ ele diz, sem olhar pra mim ─ Sr. Argent está cuidando da papelada. Ele vai me levar com ele pra França. Vou estudar num colégio interno famoso, e depois disso, eu já não sei.

Prendo a respiração por alguns segundos. Isaac está indo embora. Mais uma pessoa partindo...

─ Mas por que fazer isso Lahey?

─ Eu não tenho ninguém─ ele diz cabisbaixo ─ Meu irmão se foi, meu pai se foi, Érica e Boyd se foram. E agora Allison. Todos ao meu redor parecem se ferir. Quero ir pra bem longe de Beacon Hills.

─ Você tem a mim ─digo ─ Se quiser ir, eu entendo. Mas se não quiser, sempre terá uma família aqui, que se importa com você.

─ A culpa foi minha ─ ele diz, baixo demais, mas consigo entender.

─ Como assim?! É claro que não foi! ─ respondo, sentando ao seu lado no sofá.

─ É claro que sim! Eu fui imobilizado, eles iam me matar... Ela morreu tentando me salvar...

─ Não! Isaac, não. ─ meço bem minhas próximas palavras ─ Allison se sacrificou por TODOS nós. Ela foi uma heroína, uma caçadora genuína. Ela se apegou ao seu código até o fim.

─ Isso não faz que eu me sinta melhor ─ ele diz finamente me olhando nos olhos.

─ Sei que não, a verdade não ameniza a dor da perda. Mas tem que prometer parar de se culpar. Culpa é um sentimento perigoso, que te consome por dentro. Não quero que fique como eu! Por favor Isaac, me prometa.

Ele suspira, e desvia o olhar novamente. Não consigo evitar um suspiro também. Apesar de sempre bancar a conselheira de todos, sempre me sinto perdida nesse tipo de situação.

─ É uma promessa ─ ele diz por fim. Balanço cabeça em concordância ─ Vi você lutar. Vi o que você virou.

Minha garganta fecha, e me seguro firmemente no braço do sofá. Minha respiração começa a vacilar, e minha visão fica turva.

─ Não sei do que você está falando.

─ Sim, você sabe. O que era aquilo? Como você ficou daquele jeito?

Respiro uma dezena de vezes antes de responder. Fico esfregando minhas mãos suadas nas pernas da calça. É minha vez de desviar o olhar.

─ Aconteceu durante o sequestro. Eu... Não quero entrar em detalhes, se não se importa.

─ Tudo bem. Levarei o segredo comigo.

─ Obrigada ─ digo, sentindo uma onda de calma misturada com tristeza ─ Acha... Acha que alguém mais viu?

─ Talvez não. Todos estavam bem ocupados.

Balanço a cabeça, sem muita satisfação com a resposta. Um silencio constrangedor preenche o cômodo, e quero fazer uma última pergunta antes de voltar pra casa e enfrentar o castigo de mil anos que me espera.

─ Vocês estavam namorando, certo?

─ Sim. Não. Bem, não tivemos tempo de descobrir.

─ Tudo bem ─ respondo por fim ─ Preciso ir , provavelmente serei esfolada quando chegar em casa. Vai ficar bem se eu for?

Ele dá de ombros, e encara um ponto qualquer no tapete. Nos levantamos e nos dirigimos em direção à porta. Antes de ir, o abraço forte, deixando seu rosto se afundar em meu ombro mais uma vez. Faço carinho em seu cabelo com uma das mãos, enquanto a outra sustenta o abraço.

─ Vamos ficar bem Lahey. Nós vamos.

Quando nos separamos e estou no caminho de volta pra casa, percebo o quanto estou cheia de dizer que tudo vai ficar bem, porque está bem óbvio que não vai.


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Notas finais do capítulo

Deprimi voces? Se sim meu objetivo foi cumprido kkkkkkkkkkkkkkkkkkk ( sim eu sou má)


Então, meu objetivo no início era colocar a Julie pra morrer no lugar da Allison,mas achei que tinha muita coisa ainda pra explicar, e deixei ela viver kkkkk

O texto no inicio do Cap é uma música , essa aqui ó
http://www.vagalume.com.br/rent-musical/seasons-of-love-traducao.html
pessoalmente eu ñ gosto dela,mas a lera serviu pra mimm U_U
Deixem-me saber suas opinioes :*
Ate mais