There's a Good Girl - Snamione escrita por Sophia Fernandes


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

A Fic não é minha. É da querida(o) cathedral carver do Fanfiction.net. Eu achei a historia muito fofa e precisava compartilhar com vocês. Espero que gostem da tradução. deve ter uns erros aqui e ali, mas nem todo mundo é perfeito.

Frases no parenteses e em NEGRITO são notas da tradutora .



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/551997/chapter/1

There's a Good Girl

Por uma estranha e fantástica semana durante o seu sexto ano em Hogwarts, Hermione Granger perdeu completamente os sentidos. Impossível, você diz? Talvez. Mas aconteceu de qualquer maneira. E trouxe inesperados – mas doces – resultados. Nada em partículas causou esse raro lapso de comportamento. Ela não levou uma tijolada na cabeça, ou recebeu um feitiço perverso. Ela não inalou o vapor de alguma poção nociva ou comeu algo envenenado.

Ela simplesmente levantou naquela particular manha de segunda, resplandecente e cedo, como de costume, então se vestiu, escovou cabelos e dentes, leu vinte paginas de ‘Confrontando O Anônimo’, também como de costume, e sorriu feliz para seu reflexo no espelho de mão. E então parou. Congelou no meio do dormitório, segurando o ‘Estudo Avançado no Preparo de Poções’, o qual ela já ia colocar em sua mochila, e ela teve uma revelação?

‘O que diabos eu estou fazendo?’

Todas no quarto estavam audivelmente adormecidas. Parvati estava respirando devagar, sua cabeça visível somente acima do monte de cobertor e Lilá estava definitivamente roncando e... dando risadinhas... De tempo em tempo. Hermione as encarou de olhos bem abertos: criaturas estrangeiras em um zoológico estrangeiro.

‘Eu estou... Cansada’, ela percebeu de repente, do nada. ‘Eu estou cansada. Eu devia estar dormindo também. Mas eu não estou. Eu devia... Eu não devia estar... Eu devia... Eu... ’

Ela balançou a cabeça rapidamente, como se estivesse tirando agua dos ouvidos. Ela fechou os olhos e apertou a ponte do nariz.

‘O que diabos eu estou fazendo?’

Mas não havia resposta, o que a aterrorizou.

Ela olhou pelo quarto e encontrou tudo do jeito que deveria estar; chão limpo, cama feita, livros, roupas e sapatos nos seus legítimos lugares. O sol estava começando a nascer, rastros dourados escorregando pelo chão, quase tocando seu pé.

Algo não estava certo.

Ela sentou-se de repente onde estava, caiu, na verdade, sua pesada mochila batendo a seu lado. Lilá murmurou e se virou na cama, então ficou em silêncio novamente. Hermione mordeu o lábio com força. Ela tocou seu cabelo – bagunçado, sim, mas trançado, contido na maior parte. Ela tocou seu rosto, osso e peles familiarizados com o toque de seus dedos. Sem maquiagem, como de costume. Bom. Conservada, prático vestuário sob suas vestes. Sensata, sapatos de salto baixo. Dever de casa completo e, toda a modéstia à parte, Excedendo Expectativas, como de costume.

Tudo estava... Perfeito.

Assim, o que estava errado, então?

Ela se sentia errada. Tudo parecia errado. Ela não quer ser perfeita ou conservativa ou excedendo expectativas mais. E naquela particular manha de segunda, Hermione Granger decidiu, então e lá, estirada no chão de seu dormitório, o que ela queria ser na verdade: desordenada, imperfeita, ilógica, selvagem, sensual e impetuosa.

Hermione Granger, na realidade, decidiu parar de ser Hermione Granger.

----[o]----

Quando tinha seis anos, Hermione fez uma terrível, horrível coisa.

Ela mentiu para seus pais.

Era Natal e havia uma arvore, havia enfeites e luzes cintilantes, presentes, cânticos, peru e era tudo horrível.

Sua detestável prima Agatha estava de visita com sua nova boneca. Sua nova bonecaAraminta que andava e falava e arrotava e defecava tudo com ajuda de nada menos que quatro pilhas AA.

Hermione não tinha tal boneca. Ela tinha um kit de Ciência é Divertida! E sim, Ciência eramuito divertida, mas ainda assim...

Aquela boneca.

- O que você ganhou de Natal? - Agatha perguntou, sabendo a resposta muito bem.

- Bem, hm... Eu ganhei... um livro... e...

Agatha colocou sua boneca no chão entre elas. Então arrotou. Em seguida, ela disse: "Desculpe-me". Então defecou. Agatha sorriu.

- Conserte isso com o seu kit de ciência - ela disse, seus cachos loiros saltando sobre os ombros vestidos de tafetá. Hermione atacou. Ela empurrou Agatha forte, e então chutou Araminta mais forte. A boneca atingiu a parede do quarto, então arrotou, vomitou, fez uma dança convulsiva e então parou de se mexer totalmente.

Agatha gritou.

Houve bastante movimento, confusão e discussão depois disso, os pais da Agatha e os pais de Hermione perguntaram a ela, repetidamente, o que havia acontecido, e Agatha dizia que era tudo culpa de Hermione, e Hermione jurou de pés juntos que foi um completo acidente, e os pais de Agatha perceberam que ela estava mentindo e seus pais, que não tinham motivos, acreditaram em sua obediente, leal e honesta filha.

Hermione sabia mais. Ela se tornou a coisa que ela desesperadamente evitou por seis longos anos: ela era uma Garota .

Naquela noite seu pai foi lhe dar um beijo de boa noite. Hermione estava inconsolável, soluçando e úmida de lagrimas.

- Hermione, é Natal - ele disse

- Eu sei - ela respondeu

- Tenha pensamentos felizes - ele disse. Ela fez. Ela pensou em chutar Agatha.

- Alegre-se, pare de chorar

Ela parou

- Aqui - ele entregou-a um lenço - limpe seu nariz

Ela limpou. Ele a abraçou e tocou seu rosto.

- Sorria meu amor - ele disse

Ela sorriu.

- Aí está uma Boa Garota

Hermione, como sempre, fez o que lhe mandaram, ela sorriu, mas então ela pensou, loucamente, freneticamente:

Onde?

Onde?

----[o]----

Ela nunca realmente, intencionalmente, voluntariamente quebrou uma regra até vir para Hogwarts, ate conhecer eles.

Harry e Rony

E mesmo assim, mesmo com suas consideráveis influencias, houve um espaço de tempo considerável para chegar ao ponto onde ela se sentiu vagamente confortável com a noção de fazer alguma coisa, qualquer coisa que não fosse o esperado dela.

Ela ainda queria, desesperadamente, ser uma Boa Garota.

E mesmo enquanto ela estava lutando contra o troll, quando ela tinha certeza de que a qualquer momento sua cabeça, ou a cabeça de Rony ou Harry, poderia ser esmagada enfimcontra o chão no final, ela ficou a pensar somente em Agatha e Araminta, e como ela, Hermione, estava fazendo algo ruim.

Que ela não era, apesar de tudo, uma Boa Garota.

Naquela manhã de segunda durante o café da manha tudo veio á tona, sua vida inteira e existência. Qual era o ponto? O que ela estava fazendo tentando ser perfeita o tempo todo? As melhores notas, a mais inteligente. A Insuportável Sabe-Tudo como o professor Snape a apelidou, e era verdade, para condená-la, mesmo agora. Até suas roupas: contidas e convencionais. Ela era tão... Previsível. Ela abaixou a cabeça, deixou uma, duas salgadas lagrima caírem em seu suco de abóbora. Então ela passou o braço sobre os olhos, fungou e tomou uma decisão. Uma decisão bastante drástica.

Ela olhou para seus colegas de classe, gargalhando e felizes, não se importando com o mundo. Ela olhou para a mesa principal, para os despreocupados professores. E então ela encontrou o Snape. Ah! Ele era sombrio e, franzindo o cenho em seu prato, ignorando todos ao seu redor.

Ela estudou sua expressão feroz e irritada durante cinco longos minutos, em seguida, lançou os olhos para baixo, fez uma careta em seu próprio prato.

‘Eu quero ser como Ele’

Ela fez uma careta mais forte.

Ninguém notou.

----[o]----

E assim.

Na segunda-feira ela negligenciou as instruções da Professora McGonagall para transformar seus sapatos em um Tolete, ao invés ela transformou-o em um Explosivim para o prazer de seus colegas e consternação de McGonagall. Quando McGonagall perguntou-a o que aconteceu, ela forçou um sorriso e disse que não tinha ideia. Ela também decidiu, naquela noite, que tomar banho duas vezes ao dia era um desperdício de tempo e água e seu cabelo se beneficiariam de um alívio muito necessário de shampoo e condicionador de qualquer tipo. Não que tenha ajudado muito, em primeiro lugar.

Na terça-feira ela estava atrasada para Herbologia, disse para a professora Sprout "deixar de ser tão exigente", quando ela perguntou sobre o paradeiro Hermione, depois ela começou uma pequena briga de comida durante o almoço. Demorou uma hora para ela tirar toda a bata cozida de seu cabelo.

Na quarta-feira ela jogou toda a pilha de livros no chão em Runas Antigas e foi dormir (ou pelo menos cochilar) enquanto a professora Babbling palestrava sobre a Defesa de Eihwaz.

Na quinta-feira ela não foi à aula de Aritmância circulou os olhos em uma grossa camada de delineador preto (“emprestado” por Lilá enquanto ela dormia), vestiu um apertado suéter vermelho debaixo de suas vestes e beijou Snape.

----[o]----

O suéter vermelho foi um acidente, lavado em água muito quente e empacotado por sua mãe. Hermione tinha a intenção de reajusta-la quando voltasse para Hogwarts, mas ela não fez, e o encontrou, por acidente, naquela particular manha de quinta. Era de lã, um batom vermelho vivo, uma de suas favoritas, então ela pensou ‘Porque não?’, então ela passou sobre sua cabeça, seus ombros, passando sobre seios.

Hermione nunca deu muita atenção para sues seios – eles eram meio que inevitáveis,empoleirados abaixo de sua clavícula, pequenos e atrevidos – e ainda, ali estavam eles, encarando-a pelo espelho, justos, parecendo maiores do que de costume no abrigo vermelho. Ela se lembrou, espontaneamente, quando Viktor tentou agarrar um deles – o esquerdo – depois do Baile de Inverno no quarto ano, com sua grande e pesada mão subindo por sua caixa torácica enquanto seus lábios carnudos atacavam os dela. Ela fugiu dele a tempo, com sucesso, mas agora ela imaginou porque? ‘Por quê?’ Porque ela não o deixou toca-la? Qual dano poderia ter causado? Ela estava moderadamente excitada, ela o achou moderadamente atrativo. Porque ele interrompeu seus desajeitados avanços?

Porque ela era Hermione Granger e é isso que Hermione Granger fez.

Ela era uma destruidora de diversões

Bem, não mais.

Assim, ela não havia planejado vestir o suéter vermelho, mas ela também não avia planejado beijar Snape, mas ela não tinha planos pra semana inteira, ela só tinha que seguircom os acontecimentos.

Ela foi para a sala de Poções aquela tarde e encontrou Slughorn misteriosamente ausente e Snape misteriosamente e seu lugar, parado perante a classe e negativamente os observando. Algo quente e picante floresceu em seu apertado peito vermelho e se espalhou pelo seu corpo.

Agora, ali estava alguém que não desperdiçava sua vida tentando ser alguém que não era. Ele era verdadeiro com ele mesmo: mal-humorado, sarcástico, raivoso, absolutamentemau. Tudo bem, então ninguém gosta dele, mas ele se importa? Não. Porque ele era Snape e ele não dava à mínima. Ela o encarou abertamente, causando seus olhos abrir ligeiramente em surpresa, então ela jogou sua mochila em sua mesa e se jogou pesadamente em seu assento.

‘Eu sou fria’, ela pensou. ‘Eu sou indiferente, imparcial, imperturbável... ’

Ela parou

‘Eu não sou a porra de um Tesauro. Oops. Eu usei uma palavra chula’

Ela sorriu

Ele viu seu sorriso. Ele franziu as sobrancelhas.

Ela nunca em sua vida estragou uma poção de propósito, mas hoje, bem, parecia a coisa a se fazer. Duas gotas de sneezewart? Não hoje! Mexer três vezes no sentido horário seguida de uma no sentido anti-horário? Acho. Que. Não.

Senhor.

- O que você está fazendo? - Harry sussurrou de canto de boca no meio da aula. - Isso não está certo. Era para estar verde claro!

- Cuide de sua própria vida - ela sussurrou de volta, despejando uma garrafa de lovage. (era só uma gota!)

- Mexa devagar, pela superfície, Hermione! - Harry murmurou dez minutos depois quando Hermione violentamente mexeu a concha de um lado para o outro.

- Cala a boca! - ela sussurrou de volta.

Ela se sentia muito má. O que fez ela se sentir muito bem.

Até que ela levou sua amostra da poção ao Professor.

- Srta. Granger. Fique um instante - Snape bramiu no final da aula.

Por uma fração de segundo, terror tomou conta dela, até ela lembrar seu objetivo. ‘Isso! Garota Má. Isso!’ Snape estava descontente (e quando ele fica contente?!). Bom. ‘Triunfo!’

- O que você quer? - ela rosnou enquanto ela aproximava-se de sua mesa.

- Desculpe, Senhor - ele a repreendeu. Ela deu de ombros

- Que seja. - Sua boca abriu, e então a fechou quase tão rápido.

- Essa amostra... - ele começou, segundo o frasco contra a luz. Seu conteúdo parecia... Triste. Ela tentou não sorrir.

- Sim? - ela cruzou os braços e o encarou. Ele encarou-a de volta.

- O quê, - ele perguntou de repente, - você fez com seus olhos? Você parece que foi atingida por um balaço.

Hermione estreitou os olhos ate se tornarem fuliginosas, fendas pretas.

maquiagem.

- Entendo - seus lábios contorceram-se. Ele parecia se esforçar para não rir. - É parte do meu limitado conhecimento que maquiagem é para supostamente, deixar a pessoa mais atrativa, não como a morte requentada.

- Eu não espero que você entenda - ela disse secamente.

- Talvez você esteja fazendo teste para o papel de Mais Intelectual Apesar de Tragicamente Incompreendida?

Ela ignorou o avesso elogio e continuou com sua bem praticada carranca.

- Isto, - ele continuou. Balançando o conteúdo do frasco desgostosamente, “é provavelmente a pior amostra da Poção de Envelhecimento que eu tive o desprazer de encontrar.”

-Oh - ela disse, enquanto tentava assoprar seu imperioso cabelo do rosto. Ele não se moveu.

- Exato

- E? - ela contra-atacou.

Talvez fosse o suéter pressionando quase desconfortavelmente contra seus seios, talvez fosse porque era quinta-feira, ela não sabia; mas ela sabia que ele se levantou de sua cadeira e se inclinou sobre a mesa em sua direção, que a boca dele continuou e a observa-la se mover, que aqueles lábios estavam úmidos com mal-humorada saliva, que toda a raiva, frustação, sofrimento e dor que ela tinha lutado contra durante a semana estava borbulhando por entre suas veias, descendo para seus dedos e subindo para seus lábios e se ela não se virasse e saísse em três segundos, algo imperdoável iria acontecer.

- E... – ele replicou, estreitando os olhos assim como ela, sua respiração pesada assim como a dela.

Ela se inclinou sobre a mesa e pressionou sua boca contra a dele. Ela podia ouvir a respiração dele, ela podia ouvir sua própria respiração, leve e rápida. Ela levantou uma mão – a esquerda – e deixou-a descansar em sua bochecha, dois dedos deslizando sob o queixo. Ele se contraiu, mas não se afastou. Seus lábios eram muitos mais macios do que ela poderia imaginar, e muito mais quentes - de certo modo ela sempre imaginou Snape tendo gelo correndo em suas veias – e por um segundo ela imaginou que ele correspondeu, que sua boca se mexeu, somente uma fração sob a dela.

Ele tinha cheiro de floresta.

Ele tinha um cheiro muito bom.

Ela se afastou. Sua mão caiu a seu lado. Ela lambeu os lábios. Seu cérebro registrou heléboro e selenito. Seus olhos estavam escuros e impenetráveis como sempre, mas algo tremeluziu nas profundezas, algo que lembrava a cor de seu suéter. Ele se endireitou.

- Detenção, Senhorita Granger. - ele sussurrou e sua voz ficou presa na última sílaba – Amanhã, oito da noite.

- Sim – ela gaguejou – Sim. Eu sei. Sim. Eu... sinto muito. - Então ela se virou e fugiu.

----[o]----

Seus professores, certamente, notaram a mudança alarmante em seu comportamento e convocaram uma reunião de emergência naquela noite, Dumbledore presidindo McGonagall, Flitwick, Vector, Sprout e Snape.

- ...completamente fora de controle...

- ...sua dissertação sobre os Usos das Presas de Geranium tinham só uma página!...

- ...chamou Malfoy de rato, na frente de toda a classe! E se recusou a pedir desculpas!...

- ...incorrigível! Nem se parece com ela!...

- ...a próxima coisa que ela vai fazer é botar um piercing no nariz...

- ...ela o que?

- ...oh, uma atrocidade Trouxa... um sinal de rebeldia adolescente... nada atrativo...

- ...ou uma tatuagem!

- ... espere um momento... Eu tenho uma tatuagem...

- Serio?! Aonde?

- Jamais ficara sabendo!

- Tudo bem, tudo bem – Dumbledore interrompeu – Isto esta ficando ridículo! – ele parou, notando Snape encostado contra a parede, um dedo passeando vagarosamente sobre seus lábios, sua expressão fora de foco – Severus. Você não disse uma palavra sobre as recentes... transgressões da Srta. Granger - Snape assustado, cruzou os braços firmemente sobre o peito e zombou.

- Não. Eu não falei.

- Bem. Você a viu esta tarde, creio eu. Você cobriu a aula de poções do professor Slughorn? – Snape confirmou laconicamente – Horácio tomou Firewhisky um pouco livremente ontem a noite – Dumbledore explicou para os outros, que acenaram conscientes. Minerva rolou os olhos – Bem? Como ela parecia? – ele pressionou

- Ela parecia... – Snape parou incerto de como proceder. Ele sentiu os olhos dos professores nele. Como explicar? Eles nunca vão entender. Ele ainda podia sentir os lábios dela nos dele; sua própria boca ainda formigava como se estivesse acesso por dentro por faíscas elétricas. Ele sem lembrou dos olhos dela - seusolhos! - ela parecia um malditoguaxinim, mas não era a maquiagem, foram as camadas de tristeza que o tocou. Ele conhecia aquela tristeza. Ele sabia. – Ela parecia confusa – ele terminou de modo pouco convincente.

- Perturbada, isso sim – bufou Minerva

Um balbucio em coro de vozes se elevou mais alto e mais revoltado:

- ...nós precisamos consultar seus pais...

- ...eles estão na Austrália, tanto quanto se sabe...

- ...eu acho que nós precisamos consultar alguns conselheiros profissionais...

E então Snape interrompeu o falatório , surpreendendo todos, especialmente ele mesmo.

- Eu acho que ela precisa somente ser deixada em paz. – silencio. Dumbledore sorriu.(velho doido) – Quero dizer, - Snape se mexeu desconfortável sob a atenção repentina – quanto mais alarde fizermos... mais ela vai perceber... É a atenção que ela quer, não é? Nós devemos apenas... deixar essa desafortunada fase seguir seu rumo. E vai... seguir seu rumo – concluiu ele, quase tristemente

- Exatamente o que eu pensei Severus – Minerva fungou, claramente desaprovando.

- Como se você se importasse – ela murmurou baixinho

A reunião se dispersou, professores se retiraram para seus quartos, Dumbledore pegou Snape pelo cotovelo quando ele rentou escapar, inclinou-se e confidenciou:

- Muito bom Severus. Você daria um excelente pai.

Snape mostrou os dentes e, mortificado, virou e fugiu.

----[o]----

Hermione chegou para sua detenção precisamente as oito da noite, vestida com um suéter cinza muito conservador e jeans, seu cabelo puxado para trás numa trança completamente respeitável. Seu rosto estava pálido e limpo. Ela parecia muito jovem e bastante derrotada.

Snape queria abraça-la.

- Caldeirões limpos, manualmente, trinta deles, agora. – ele rosnou ao invés, pontuadamente.

Ela acenou e começou a trabalhar sem uma palavra.

Ele a olhou de canto de olhos, por quarenta e cinco minutos, enquanto ele fingia corrigir o deplorável ensaio do primeiro ano sobre a melhor forma de inventar fantasmas.

- Você teve uma semana bastante agitada, Senhorita Granger – ele comentou enquanto ela tentava limpar uma desagradável poção com Pó de Bulbadox de seu decimo terceiro caldeirão.

- Eu acho que tive – ela suspirou, puxou as mangas do suéter para cima, tirou os cabelos do rosto um pouco suado – Eu... preciso me desculpar, Senhor pelo meu comportamento de ontem. Eu estava horrível.

- Você estava. – ele concordou – Mas, valeu a pena?

Ela se endireitou, olhou para ele com os olhos estreitos. ‘Ele entende?’

- O que valeu a pena? – ela perguntou cuidadosamente. Ele deu de ombros.

- Esta elaborada... charada... que você esteve perpetuando. – ela endureceu

- Não era uma charada. Pelo menos, não no momento. – ele acenou

- Não. Eu tenho certeza que não era. No momento. – a parte de trás de seu pescoço endureceu.

- Eu queria... eu queria tentar algo... novo.

- Sim. – ela olhou para ele.

- Você... entende?

- Sim. – ele a estudou – Estou familiarizado com charadas.

Ela acenou claramente querendo dizer, perguntar mais, mas retornou a limpar ao invés disso. Ele não podia deixar passar, de qualquer forma, não completamente,

- E... – ele disse para o silencio. Ela ergueu os olhos. Ele não se atreveu a respirar e seus olhos nunca deixaram os dela - ...e o beijo? - Ela sorriu levemente. O que ela tinha a perder? Sua reputação estava em pedaços de qualquer jeito. Ela ergueu o queixo.

- Algo novo que eu queria experimentar... por algum tempo. – ele não zombou, ele não desdenhou ou deu um sorriso forçado. Ele meramente acenou de novo. – Você... – ela segurou a respiração – Você não se importa? – o canto de sua boca se contorceu e ele estava infinitamente grato pela escuridão da sala.

- Não foi horrível.- os dois sorriram levemente

Dez minutos depois:

- Senhor...

- Sim.

- Você nunca quis... – ele a observava em silencio. Ele levantou uma sobrancelha.

- Sim?

Estava muito quieto na sala. Os dois se entreolharam, e pela primeira vez, os rosto de Snape não mostrou desprezo ou repulsa; estava lisa, sua boca relaxada. Ele somente a observou, seus olhos calmos e quase... gentis.

- Você nunca quis... ser outra pessoa? Nem um pouco? Ser alguém que não você?

Ele considerou a garota a sua frente. Ele pensou sobre os Comensais da Morte e Voldemort. Ele se lembrou das maldições Cruciatus, dor quase insuportável, solidão quase insuportável. Ele pensou sobre Lily. Então ele se lembrou dos lábios de Hermione nos deles, sua suavidade, delicadeza, seu calor. Ele não sentia algo tão quente em muito tempo. Ele se lembrou do incontestável e enlouquecedor fato de que ele era um professor e ela uma estudante. Seu coração se apertou.

Ela esperou

Ele falou:

- Todos os dias da minha vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai esta!

Se vocês quiserem ver a historia original estou colocando aqui o link do site: https://www.fanfiction.net/s/5668956/1/There-s-A-Good-Girl



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "There's a Good Girl - Snamione" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.