Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 81
Fim ?


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAH GENTE , Esse é o último capítulo ç.ç Espero que gostem!
E não se esqueçam que a segunda temporada vem aí! :3
Ps: Quero dedicar esse Capítulo à minha grande amiga Késya, que tá aniversariando essa semana!
Ps2: Quero agradecer a recomendação da Butterfly santoos!!!
Enfim! Comentem!!! ç.ç Beijos e até a próxima temporada :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/551816/chapter/81

No dia seguinte…

Era início da tarde, quando Bia subiu ao quarto. Esta vestiu um short jeans antigo, acompanhado de uma camiseta com estampa hippie. Não colocou suas mechas coloridas e nem fez seu penteado de costume, dessa vez, apenas penteou o cabelo e o prendeu, fazendo um rabo de cavalo no alto da cabeça. Em seguida pegou suas malas, já feitas, levou-as para fora do quarto. Na mesma hora, Binho apareceu.

– Já tá levando as malas lá pra baixo, gatinha? – Perguntou Binho.

– Não, eu tô tomando sol. – Respondeu Bia. Binho a encarou com cara de tacho. Bi retribuiu o olhar, então os dois passaram a dar gargalhadas.

– Cê é besta óh Bia! – Afirmou Binho, rindo.

– E você um tapado, com essa pergunta idiota! – Retrucou a garota.

– Deixa que eu te ajudo com as malas. – Disse Binho.

– Uhum. – Concordou Bia. Logo passaram a caminhar pelo corredor. Enquanto caminhavam, Binho parou em um determinado local. – O que foi? – Perguntou a garota.

– Não sei se você lembra… – Iniciou Binho.

– O quê? – Perguntou Bia.

– Foi aqui que a gente se beijou pela primeira vez… – Relembrou Binho.

– Que eu roubei um beijo de você, você quis dizer, né? – Corrigiu Bia, sem graça.

– É. – Disse Binho, rindo. – Cara, você não sabe o quanto aquilo me assustou! – Lembrou. – Eu nem sabia o que pensar na hora.

– E eu, eu fiquei “Meu Deus o que eu fiz? Ele vai me zoar pra caramba!” – Lembrou Bia, rindo.

– Pois é, e eu pensei: “Meu Deus, a Bia me beijou, na boca!!! Eu vou desmaiar!!!” – Dramatizou Binho, rindo. – E no fim das contas nem te zoei… Aquele foi o meu primeiro beijo… – Contou.

– Foi o meu também… – Disse Bia.

– E agora a gente tá aqui juntos… – Finalizou Binho, segurando a mão da garota. Então Bia o encarou, e os dois pensaram a mesma coisa, logo, passaram a se beijar apaixonadamente, no mesmo local onde tudo começou. – Não acredito que você tá indo, Bia… – Disse o garoto, afastando-se. Bia respirou fundo.

– Eu também não… – Afirmou a garota.

– Promete que vai ficar bem? – Pediu Binho.

– Eu prometo que vou tentar, ficar bem… – Disse Bia. Binho assentiu, então, a ajudou a descer com suas malas.

Na sala…

Ao chegar na sala, Bia deparou-se com todos do orfanato a sua espera.

– Então é isso pessoal… – Iniciou a garota ao descer as escadas. – Tchau… – Despediu-se. – Obrigada por tudo que eu vivi, e por tudo que vocês fizeram por mim… Mesmo que eu tenha sido chata na maioria das vezes… – Falou sem conter as lágrimas. Nessa hora as garotas também não se contiveram, logo, foram em sua direção e a abraçaram. Em seguida, os garotos fizeram o mesmo.

– Velho, pode não parecer, mas você vai fazer muita falta aqui… – Disse Thiago.

– Não consigo imaginar o orfanato sem você, Bia… – Disse Cris.

– Fácil. – Disse Tati. – Vai ter paz. – Todos a encararam seriamente.

– Tati, mesmo sendo uma pirralha eu não posso deixar de te dar uma coisa… – Disse Bia, sorrindo.

– O quê? – Perguntou Tati. Bia mostrou o dedo do meio. Todos riram, menos ela, claro.

– Enfim, até uma próxima gente, eu amo todos vocês. – Concluiu Bia.

– A gente também te ama. – Disse Neco, levando uma cotovelada de Binho. – Au!

– Tchau gente… – Despediu-se Bia, mais uma vez.

– Tchau… – Responderam todos. Logo a garota partiu. Nesse momento Binho passou a chorar, então os garotos o abraçaram.

Na entrada do orfanato…

O tio de Bia a esperava ao lado de um taxi. Bia estranhou a ausência de alguém, Paçoca.

– Bia! – Exclamou Edgar, abraçando a sobrinha.

– Oi tio… – Respondeu Bia.

– Você não sabe o quanto eu fiquei feliz por você ter mudado de ideia! – Afirmou o mesmo, sorrindo.

– Legal… – Disse Bia, dando um leve sorriso. Logo Edgar a ajudou a pôr as malas no carro. – E o Paçoca, porque não veio? – Perguntou.

– Ah, você queria que ele viesse? – Perguntou Edgar. – Eu pedi pra ele não vir, porque achei que…

– Tudo bem, é até melhor assim… – Afirmou Bia, entrando no carro.

Depois…

– Chegamos! – Exclamou Edgar, ao entrar em casa. Bia entrou logo em seguida. – Hum, o Carlos não tá, deve ter ido encontrar algum amigo, ele quase nunca fica em casa, mas, já ele chega. – Afirmou.

– Aham… – Disse Bia.

– Bom, como aqui só tem dois quartos, você vai ter que dividir o quarto com o Carlos, que nem como quando vocês eram crianças… – Avisou Edgar. – Espero que você não se incomode.

– Na verdade isso me incomoda… Bastante, mas fazer o quê, né? – Disse Bia, sendo sincera.

– Bom, se você quiser eu falo com ele, e digo pra ele dormir no sofá. – Disse Edgar.

– Não, não precisa, eu mesma posso dormir no sofá, sem problemas… – Afirmou Bia.

– Hum, sendo assim… – Concluiu Edgar, concordando. Logo, Bia colocou suas malas perto do sofá, onde ficaria. Em seguida, ela e seu tio fizeram um lanche. Depois do lanche, Edgar avisou que teria de sair, e que talvez demorasse um pouco, mas que não se preocupasse, pois tinha macarronada na geladeira.

Bia lia um gibi no sofá, quando ouviu alguém abrindo a porta. Era Paçoca, que ao entrar deu de cara com a garota.

– Oi… – Cumprimentou.

– Oi… – Respondeu Bia, o encarando.

– Cadê o Edgar? – Perguntou Paçoca.

– Saiu, faz mais ou menos meia hora. – Respondeu Bia.

– Ah… – Concluiu Paçoca. Paçoca sentou-se ao lado de Bia no sofá, a garota afastou-se, cabisbaixa. – Escuta, Bia… – Iniciou o garoto. – Eu sei que você continua me odiando, e que isso vai demorar pra mudar, mas, eu fico feliz que você tenha resolvido me dar uma chance de mostrar que mudei, e que veio morar aqui… – Afirmou. – E também quero te pedir desculpas por tudo que eu te fiz no passado…

– Relaxa Paçoca… – Disse Bia, interrompendo o discurso do garoto. – Não perca seu tempo se desculpando. – Pediu. – Porque eu tô dando essa chance pra você se redimir, mas, só vou te desculpar de verdade, quando eu ver que essa chance não foi desperdiçada.

– E eu prometo que não vai ser. – Prometeu Paçoca. Houve um silêncio momentâneo. – Bia…

– Oi…

– Posso te dar um abraço? – Pediu o garoto.

– Pra quê? – Perguntou Bia.

– Por favor, eu preciso disso… – Disse Paçoca. Bia então o encarou, e assentiu, nessa hora Paçoca a abraçou, passando a chorar em silêncio. Bia respirou fundo, então retribuiu o abraço, também em silêncio.

***

Uma semana depois…

No orfanato…

– Acordem pessoal! – Chamou Mili, adentrando no quarto dos meninos.

– Ai, que invasão é essa, minha filha? – Perguntou Thiago, acordando irritado.

– O que aconteceu, Mili? Você nunca vem acordar a gente! – Falou Samuca, espreguiçando-se.

– Vocês se esqueceram? – Perguntou Mili. – É hoje que a Pata e o Duda vão pra Bélgica. – Lembrou.

Enquanto isso na comunidade…

Pata terminava de arrumar as malas, quando um flashback veio em sua mente.

Flaskback on

No dia da peça…

Após o acontecido entre Bia e Paçoca, Pata tentou acalmar a garota que chorava sem parar, então, quando esta finalmente conseguiu cessar as lágrimas, Pata a acompanhou até o banheiro feminino. Enquanto caminhavam até lá, Duda as avistou, vindo em direção de ambas.

– Pata! Eu tava te procurando! – Disse o garoto. – Bem que o Mosca falou que você devia tá com a Bia. – Completou.

– Pois é. – Respondeu Pata. – Duda, essa não é uma hora muito boa…

– É eu sei, sinto muito Bia, pela descoberta repentina… – Lamentou Duda. Bia o encarou.

– Pelo jeito, o Mosca não guardou segredo… – Disse a garota.

– O Mosca te contou? – Perguntou Pata.

– Foi, ele encontrou ali com o Paçoca, e eles deram uma palavra, aí como ninguém tava entendendo nada, ele contou pra gente. – Contou Duda.

– Nossa, que máximo, agora o mundo inteiro sabe que eu sou irmã do marginal mais pilantra da face da terra! – Exclamou Bia, com sarcasmo. Logo esta saiu, dando passos largos até o banheiro.

– Velho, o Mosca não tinha nada que ter contado! – Afirmou Pata, irritada. – Ele vai ter que me escutar! – Completou.

– Espera, Pata, calma! – Pediu Duda. – Não vai brigar com seu irmão por causa dos problemas dos outros… – Pediu. – E outra ele não contou por mau, pior seria se a Bia fosse a última a saber.

– Tá, mas a questão não é essa Duda, o problema é que… – De repente Pata reparou algo. – Espera, o que deu em você pra defender o Mosca? – Perguntou.

– Ah, tenho que defender meu cunhado, né? Afinal ele confiou a irmã dele a mim, para ir passar as férias na Bélgica. – Revelou Duda, surpreendendo Pata.

– O quê?! Ele deixou?! – Perguntou Pata, de olhos arregalados. Duda assentiu, sorrindo, Pata retribuiu o sorriso, logo, ambos se abraçaram e se beijaram, comemorando a notícia. – Meu Deus, eu não consigo acreditar nisso! – Afirmou.

– Eu também não acreditei no começo quando ele disse. – Falou Duda.

– Ai, eu me sinto até mau de ficar tão feliz agora, com a Bia mau daquele jeito… – Afirmou Pata.

– Tudo bem amor, vai lá dar força pra sua amiga, ela precisa de você. – Compreendeu Duda, dando um selinho em Pata. – Depois a gente comemora direito. – Afirmou, sorrindo, Pata sorriu de volta, então saiu, em busca de Bia.

Flashback off

Os pensamentos de Pata foram interrompidos pelo tocar da campainha.

– Deixa que eu atendo Pata. – Disse Mosca, atendendo a porta. – Oi Bia! – Exclamou, cumprimentando a garota.

– E aí Mosca! – Cumprimentou Bia, entrando.

– Boo! – Exclamou alguém, entrando atrás de Bia.

– Caralho, que susto Ana! – Exclamou Mosca, rindo.

– Foi essa a intenção! – Afirmou Ana, entrando.

– Oi meninas! – Exclamou Pata, levantando-se. Logo as garotas a cumprimentaram com um abraço. – Que milagre você por aqui Ana! – Completou.

– Ela veio dormir lá em casa quando soube que você ia viajar hoje. – Explicou Bia.

– Ah, sério?! – Perguntou Pata.

– Sim. – Respondeu Ana. – E fazia tempo que eu não via você e o Mosca… – Completou, sorrindo. – Ah, já ia esquecendo, vocês lembram que eu tava até hoje querendo descobrir como a minha mãe e a Ernê se conheciam? – Comentou.

– Ah, verdade, e você descobriu? – Perguntou Mosca, adentrando na conversa.

– Vocês nem vão acreditar no que ela encontrou! – Disse Bia, rindo. – Mostra Ana! – Mandou. Logo Ana mostrou uma fotografia, onde estavam sua mãe e sua tia, quando pequenas, junto de uma moça de cabelos cacheados.

– Não me diga que…

– Sim essa é a Ernestina! – Interrompeu Bia, rindo. – Elas se conhecem a um tempão! – Completou. (Porém se tratava de Matilde na foto, e não de Ernestina)

– Uau! Que coincidência! – Disse Pata.

– Pra vocês verem como tá tudo interligado! – Disse Bia.

– E o que são essas sombras, aí atrás? – Perguntou Mosca.

– É uma boa pergunta… – Disse Ana.

– Coisas inexplicáveis… – Concluiu Bia. (Bloody Ana: É aí que você se engana fia! hehehe Queen: Começou a invasão ¬¬ Bloody Ana: Mal aí ;D)

– Pois é… – Iniciou Pata. – Mas e então como andam as coisas, novidades? – Perguntou.

– Sim, o Edgar ficou secando a tia Rubi, quando ela foi me deixar! – Contou Ana aos risos.

– Ana!!! – Repreendeu Bia. – Desse jeito vão pensar que meu tio é tarado! – Completou.

– Mas ele é! – Disse Ana. Bia a encarou com cara de tacho. – Que foi? – Perguntou.

– Nada. – Disse Bia. – Enfim, fora isso nenhuma novidade. Por falar nisso, faz dias que não falo com ninguém do orfanato, a não ser o Binho, claro.

– Eu do mesmo jeito, só falo com o Thi… – Contou Ana.

– Acho que ninguém tá sentindo falta da gente. – Concluiu Bia.

– Não é isso gente… – Disse Pata. – Com a gente acontece a mesma coisa.

– É, só a Mili, o Rafa e o Thiago tão mantendo contato. – Afirmou Mosca.

– Mas a gente nem esquenta, até porque sabemos que o pessoal nunca foi de se conectar muito na internet. – Disse Pata.

– Hum, pode ser. – Disse Bia. – Mas enfim, e você, tá ansiosa pra viagem? – Perguntou Bia.

– Muito! – Afirmou Pata. – Eu tô até suando frio… – Completou.

– Nossa, devo imaginar, viajar pro exterior deve ser mesmo da hora. – Disse Bia.

– Na verdade nem é pelo fato de ir pra Bélgica, é mais por que vou ter que andar de avião, e eu morro de medo! – Afirmou Pata, desesperada.

– Relaxa, vai dar certo. – Disse Bia rindo.

– É, o avião não vai cair, se cair do chão não passa. – Disse Ana, rindo. Todos olharam com cara de tacho para a ruiva. – Que foi? – Perguntou. Nessa hora a campainha toca.

– Ai meu Deus! Deve ser o Duda! – Exclamou Pata. Mosca abre a porta.

– E aí. – Fala Mosca, cumprimentando o garoto.

– E aí cunhado! – Respondeu Duda, apertando a mão de Mosca. Pata contiuou arrumando suas coisas.

– Fala Eduardo! – Cumprimentou Bia.

– Fala Beatriz! – Respondeu Duda rindo, logo este cumprimentou Bia e Ana com um aperto de mão. – Quanto tempo, Aninha!

– Né? – Disse a garota, sorrindo.

– E aí amor, tá pronta? – Perguntou Duda.

– Tô terminando de arrumar a mala se você não percebeu… – Disse Pata, meio rude. Duda a olhou, sem graça. – Desculpa, é o nervosismo! – Desculpou-se.

– Tá, tá… – Disse Duda. – Cadê a tia de vocês? – Perguntou.

– Saiu ontem, e ainda não voltou. – Disse Mosca. – Deve ter enchido a cara, no sambão. – Completou.

– Chegue-ei! – Gritou a mulher, chegando na porta entreaberta. – Pata minha sobrinha querida, você ainda tá aqui! Eu ia me esquecendo que era hoje que você ia! – Disse a mulher, abraçando a sobrinha com exagero. Pata se afastou.

– Nossa, que bafo de cachaça horrível… – Reclamou Pata. Todos contiveram o riso.

– E você Dudinha, cuide bem da minha sobrinha favorita! – Disse Graziela, deixando Pata com cara de tacho.

– Pode deixar… – Disse Duda.

– E não esqueçam de mandar presente, roupas, sapatos, chocolates! – Disse a mulher.

– Agora eu entendo porque ela não fez cerimônias pra deixar a Pata ir… – Comentou Bia, para Mosca, que riu.

– Já terminei de arrumar as malas, vamos? – Disse Pata, apressada. A situação de sua tia era de dar vergonha. Logo Pata saiu, acompanhada de Bia e Ana, Mosca e Duda saíram em seguida, levando as malas mais pesadas. Assim que todos saíram, Graziela deitou-se no sofá e ligou a TV.

– Já vai tarde. – Disse a mulher. – E espero que fique por lá mesmo! – Completou, abrindo uma barra de chocolate.

***

No aeroporto…

Ao chegar no aeroporto, Pata teve uma grande surpresa. Todos do orfanato haviam ido se despedir, junto de Carol, Júnior e Dani.

– Pessoal! – Exclamou Pata. – Que surpresa!

– Acha mesmo que a gente ia deixar vocês irem sem se despedir? – Perguntou Mili.

– A gente vai sentir muita falta, amiga… – Disse Cris.

– Vê se manda um postal! – Disse Rafa.

– E traz presentes quando vier! – Brincou Teca. Todos riram.

– E você Bia, como tá? – Perguntou Mili, direcionando-se a Bia.

– Bem… – Respondeu Bia.

– E como tá sendo conviver com o mala do… – Thiago leva uma cotovelada de Binho, e se toca. – Ér, quer dizer, com o Paçoca…? – Corrigiu.

– Hum, de boa ele tá se esforçando bastante pra ser um bom irmão. – Afirmou Bia.

– Isso é ótimo, Bia! – Afirmou Carol. – Mas, e quanto a você? – Perguntou.

– Também to me esforçando pra isso… – Completou Bia. Todos compreenderam.

Enquanto todos conversavam, Bia percebeu que Ana havia se distanciado, então avistou a garota sentada sozinha em um canto, pensativa. Logo, decidiu ir até ela.

– Pirra… – Chamou Bia. – O que foi, porque se afastou? – Perguntou. Ana respirou fundo.

– Não é nada… – Disse. – É só que… Vendo a Pata ir embora desse jeito, eu fico aqui pensando, como vai ser no dia em que eu também partir… – Explicou. Nessa hora Bia a abraçou.

– Não pensa nisso agora Ana… – Pediu Bia. – Ainda tem 2 meses e meio pela frente. – Completou.

– É… Dois meses e meio… – Ana passou a rir.

– O que foi? – Perguntou Bia, sem entender.

– Lembro que foi esse tempo que nossas vidas levaram pra mudar por completo… – Reparou Ana. – Cada um de nós teve algo marcante na vida… – Acrescentou. – Há dois meses, não éramos como somos hoje, não sabíamos o que sabemos hoje, não vivíamos, como vivemos hoje…

– Entretanto, tudo estava escrito… – Completou Bia.

– É, estava… – Concordou Ana.

– Agora vamos lá se despedir da Pata e do Duda? – Chamou Bia.

– Vamos… – Disse Ana, sorrindo. Logo Ambas voltaram em direção aos outros. Finalmente a hora do voo internacional para a Bruxelas, chegou. Todos se despediram de Pata e Duda, com abraços emocionados, desejos de boa viajem, mas a despedida de Mosca foi a que chamou mais atenção. O mesmo foi em direção de Pata a pegou pelos ombros e a encarou por um tempo.

– Vou sentir sua falta… – Disse o garoto, com lágrimas nos olhos.

– Eu também vou sentir a sua, Mosca. – Afirmou Pata. Logo, ambos se abraçaram forte.

– Promete que vai se cuidar bem tá, Pata? – Pediu Mosca. – E que vai ligar todos os dias, três vezes ao dia! – Completou.

– Eu prometo! – Prometeu Pata, sorrindo.

– Até a volta… – Despediu-se Mosca.

– Até… – Respondeu Pata.

– E você Duda… – Disse voltando a atenção ao cunhado. Duda o encarou. – Tô te dando um voto de confiança, e saiba que eu só faço isso uma vez. – Completou. – Eu estou confiando a você o meu tesouro mais valioso, cuide bem dele. – Concluiu.

– Pode deixar, vou cuidar dela, mais do que de mim mesmo. – Afirmou Duda. Então Mosca despediu-se do mesmo com um aperto de mão e um abraço amigável.

E em seguida, Pata e Duda partiram, de mãos dadas para a área de embarque. Mili observava as lágrimas a caírem pelo rosto de Mosca.

– É a primeira vez que vocês ficam separados assim, tão longe, né? – Perguntou mili.

– É… – Respondeu Mosca, sorrindo de lado. – Agora tenho que admitir, que realmente a Pata cresceu… – Completou conformado. Nessa hora Mili, sorriu e o abraçou de lado.

– Já tava mais do que na hora de você perceber isso, meu caro! – Afirmou Mili. Mosca a encarou com cara de tacho, logo os dois passaram a rir, então Mosca a abraçou.

Bia estava com Binho, Ana e Thiago, quando a mesma avistou alguém conhecido, caminhando com uma mala para a fila de embarque nacional. Janjão.

– Da licença gente… – Pediu a garota, logo esta foi em direção ao garoto, que já se preparava para pegar seu voo. Binho olhou para onde Bia estava indo, logo viu que se tratava do garoto, porém ficou na sua.

Janjão falava com alguém no telefone quando Bia se aproximou.

– Eu sei vó, eu to pegando o avião daqui há… – Olha a hora. – 40 minutos! – Ao olhar para o relógio, Janjão deu de cara com Bia ao seu lado levando um susto. – Tenho que desligar vó, beijo. – Disse desligando o telefone. Logo este voltou a encarar Bia sem entender. – Deixa eu adivinhar, você veio aqui dizer que me ama, e implorar pra que eu não vá? – Perguntou, num tom de deboche.

– Na verdade não, só coincidiu de você tá indo embora no mesmo dia que a Pata e o Duda… – Respondeu Bia, Janjão ficou com cara de tacho. – Cadê a sua turma, não vieram se despedir? – Perguntou.

– Não gosto de despedidas. – Disse Janjão. – Mas eu falei com eles ontem, e até dei uns amassos na Bel. – Contou.

– Qual a necessidade de eu saber disso? – Perguntou Bia. Janjão deu de ombros. Houve silêncio. –É… Vai passar quanto tempo nos seus avós?

– O necessário… – Respondeu Janjão. – Mas na verdade, eu não sei se pretendo voltar… A não ser que tenha um motivo muito forte pra isso. – Completou, nessa hora ambos entreolharam-se fixamente. – Naquele dia, mesmo estando chapado, eu falei a verdade Bia… Eu amo você… – Disse o garoto, surpreendendo Bia.

– Ah… É-Ér… – Bia perdeu as palavras.

– Janjão!!! – Exclamou alguém interrompendo tudo, Vivi. – Nossa, ainda bem que deu tempo de te achar aqui! – Completou.

– Oi Vivi, e aí? – Disse Janjão, sem jeito.

– Eu fiz uma coisa que não sei se você vai gostar, mas…

– O quê? – Perguntou Janjão. Nessa hora Bia que olhava na direção contrária, avistou a turma de Janjão se aproximando.

– Achou mesmo que a gente ia deixar você ir embora sem se despedir direito? – Perguntou André. Janjão olhou para trás e avistou todos os seus amigos, que o abraçaram, e se despediram do garoto. Nessa hora Bia resolveu os deixar, Janjão olhou para trás e sorriu para a mesma, que retribuiu, saindo.

Assim que Janjão pegou o avião, André passou a chorar.

– Velho, vou sentir muita falta desse mané… – Disse André, chorando. – Ele é meu melhor amigo… – Completou. Vivi riu da situação. – Tá rindo de quê? – Perguntou o garoto.

– Você fica um fofo chorando desse jeito… – Afirmou Vivi, fazendo André sorrir, logo o mesmo a beijou. Enquanto se beijavam, Janu os observava, com uma cara repulsiva.

– O que foi Janu? – Perguntou Bel.

– Esse grude aí deles dois. – Disse a garota, irritada.

– Não é possível que depois de tanto tempo, você ainda não tenha desencanado do André… – Disse Bel.

– Nada a ver isso que você tá dizendo… – Disse Janu, se fingindo de desentendida.

– Vivi! – Exclamou Tati, aproximando-se de Vivi e André.

– Que foi? – Perguntou Vivi.

– É que a Carol tá chamando todo mundo pra ir comer pizza depois daqui… – Avisou a garota. – Você vai? – Perguntou.

– Uhum. – Concordou.

– Você vem também Tatu! – Afirmou Tati, puxando o menino pela mão.

– Sim! – Disse Tatu, amedrontado. André, Janu e Bel ficaram com cara de tacho, então Tati os encarou e riu. – Vocês também tão convidados… – Disse. Logo, ambos foram na direção do resto do pessoal.

Enquanto isso…

Pata estava nervosa com a decolagem do avião, então Duda a encarou sorrindo, e segurou sua mão. Pata retribuiu o sorriso.

– Eu te amo… – Disse Duda.

– Eu também te amo! – Respondeu Pata. Logo ambos se beijaram, enquanto o avião decolava.

No outro avião…

Janjão acomodou-se em sua poltrona, em seguida o mesmo tirou o celular do bolso, e passou a ver fotos, fotos de sua turma… Fotos de Bia…

– Você não devia usar celular no avião… – Aconselhou alguém, sentando ao seu lado. Então, quando o garoto olhou em direção para rebater algo a altura, teve uma enorme surpresa. Alí estava ela, o encarando, com cabelos curtos, e um sorriso cínico no rosto.

– Marian?! – Exclamou Janjão, surpreso.

– Marian? Ela morreu no reformatório. – Disse a garota. – Sou Maíra. – Afirmou, sorrindo, com uma expressão safada no rosto. Então o avião decolou.

***

FIM(?)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AAAARGH Queen, com suspenses até o fim ¬¬ heuahe...
Bom pessoal, é isso a primeira temporada chegou ao fim, e com isso eu deixo meu agradecimento a todos que acompanharam desde o início, que comentaram, que recomendaram… Ain não vou chorar não vou chorar! ç.ç Mentira vou sim! O que Ebep significou pra mim? Significou a etapa de uma nova vida, eu cresci com a fic, mudei, aprendi, ganhei amigas, as quais nunca teria conhecido se não tivesse tido a ideia de escrever… E é isso, Obrigada mesmo por lerem e por estarem comigo até agora. Eu amo vocês…
Amo tanto que venho lhes dizer que esse não é exatamente um adeus, pois, por ter trazido tantas coisas boas a minha vida, é óbvio que Entre beijos e paixões mereceria uma segunda temporada, e VOCÊS também merecem isso! E foi o que eu resolvi fazer! Então se preparem, porque a qualquer momento a segunda temporada virá! Beijos, e até lá :*
https://www.youtube.com/watch?v=RgKAFK5djSk (músiquinha pra acompanhar >