Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 73
Piquenique romântico... Surpresas abismantes...


Notas iniciais do capítulo

Genteee! Esse capítulo tá bombástico! Boa leitura, e não esqueçam-se de comentar!
MUAHAHAHA Vocês vão cair pra trás hahaha u-u



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Alguns dias depois...

Mensagen on

Mili: Bom dia :3

Mosca: Bom dia amor ^^

Mili: Dormiu Bem?

Mosca: + ou - , o sofá continua me dando um pouco de dor nas costas, mas enfim, fazer o que? rs

Mili: :/

Mosca: E vc?

Mili: Não consegui dormir...

Mosca: Pq?

Mili: Pq passei a noite pensando em vc :3

Mosca: *-* Sdds...

Mili: Sdds tb... ^^E a Pata, como está?

Mosca: Tá bem, ela saiu pra se encontrar com o Duda na praça do café boutique.

Mili: Ah tem razão, hoje eles completam um mês de namoro, né?

Mosca Sim :)

Mili: :)

Minutos depois...

Mosca: Môr, vou ter que sair, a folgada da Graziela tá enchendo o saco, tenho que ir no mercado.

Mili: Ok... bj ♥

Mosca: Bj, te amo!

Mili: Tbm te amo.

Mensagem off

O relógio marcava às 8:00 da manhã, quando Pata chegou à praça do café boutique. A garota havia estranhado o fato de Duda ter mandado um táxi até a comunidade para buscá-la em vez de pegá-la ele mesmo com o motorista, porém, deixou por isso mesmo. Assim que chegou à praça, Pata decidiu ligar para o namorado.

– Alô, Duda, eu já cheguei, aonde você tá? – Perguntou ao celular.

– Oi môzão! – Exclamou Duda. – Eu já tô te vendo. – Afirmou.

– Sério? – Perguntou Pata, olhando em volta. – Cadê você, não tô te vendo em lugar nenhum.

– Ah, claro, eu me escondi ué… – Disse Duda, rindo.

– Pra quê? – Perguntou Pata.

– Espera que já você vai entender. – Disse Duda. – Tem um garoto indo na sua direção, ele vai te vendar e te trazer pra onde eu tô. – Avisou Duda. Nessa hora Pata avistou o garoto vindo em sua direção, logo este a vendou passando a lhe guiar a caminho de Duda.

Enquanto isso no orfanato…

– Nossa que tédio… – Bufou Bia, sentada em sua cama. – Já sei, vou perguntar ao Binho se ele não quer dar uma volta. – Decidiu, indo até o quarto dos meninos. – Gatinho! – Exclamou chamando Binho.

– Oi gatinha! – Atendeu Binho.

– Vamo dar uma volta? – Chamou.

– Não pode ser mais tarde? – Perguntou Thiago. – Ele tá ocupado agora! – Completou.

– Quanta audácia! – Retrucou Bia.

– Também não precisa falar assim né cara? –Reclamou Binho a Thiago. – Desculpa gatinha, é que eu já tinha combinado com o Thiago e o Neco de jogar uma partida… – Explicou dirigindo-se a Bia.

– De boa gatinho, vou chamar outra pessoa. – Disse Bia, saindo.

– Tá. – Disse Binho. – Pera aí foi impressão minha ou ela disse que ia chamar outra pessoa? – Perguntou Binho se tocando. – Bia! Espera! – Gritou.

– Ah não, você vai ficar, desgruda da tua namorada um pouco cara. – Disse Thiago. – Faz que nem eu faço com a Ana, cada um tem seu espaço. – Completou.

– Aham, por isso não se beijam desde a semana passada? – Zombou Binho.

– Otário. – Xingou Thiago.

Bia decidiu convidar Ana para dar uma volta…

– Xi amiga… Não vai dar, vou pra casa da minha mãe hoje… – Contou. – A gente vai decorar o meu quarto.

– Você tá mesmo decidida a ir? – Perguntou Bia.

– Tô, eu quero muito saber como é viver em família… – Disse Ana entusiasmada.

– Também queria ter essa sorte… – Afirmou Bia. – Bom, deixa, vou sair sozinha mesmo. – Disse.

– Sair sozinha? – Perguntou Mili chegando na mesma hora. – Pra onde cê vai? – Perguntou.

– Nem sei, só andar por aí pra passar o tédio… – Contou Bia. – Quer ir? – Convidou.

– Ah, quero! – Aceitou Mili. – Também tô entediada, sem o Mosca e a Pata aqui, não faço nada além de escrever. – Acrescentou.

– Tendi. – Concluiu Bia. – Pois vamo, então? – Chamou. Logo ambas saíram.

– Tchau… – Disse Ana, sendo deixada para trás, na sala.

Na praça do café boutique…

Após ser levada a encontro de Duda, Pata continuou com a venda nos olhos, a pedido do mesmo. Então, Duda agradeceu ao garoto, e lhe deu um agrado, e em seguida tirou a venda dos olhos de Pata.

– Abre os olhos só quando eu disser. – Pediu Duda.

– Ok. – Concordou a garota.

– Agora. – Disse Duda. Então Pata abriu os olhos.

– Nossa… – Surpreendeu-se abrindo um enorme sorriso, ao ver que Duda havia preparado um piquenique romântico. Havia uma toalha quadriculada, com uma grande cesta, e várias comidas gostosas, também haviam almofadas coloridas, e música romântica.

– Gostou da surpresa, amor? – Perguntou Duda.

– Eu amei! – Afirmou Pata.

– Feliz primeiro mês de namoro! – Desejou Duda.

– Igualmente! – Desejou Pata.

– Amo você… – Afirmou Duda.

– Eu também amo você… – Disse Pata. Então, ambos se beijaram e sentaram-se ao piquenique.

Perto do orfanato…

Mili notou que Bia estava bastante pensativa.

– Tá tudo bem Bia? – Perguntou.

– Ta. – Respondeu Bia.

– Sei lá, é que você tá com uma cara estranha. – Afirmou Mili.

– Ah, não é nada tava só aqui pensando… – Explicou Bia.

– Em quê? – Perguntou Mili. – Se quiser contar. – Acrescentou.

– Bom, é besteira… A Ana encontrou a mãe, a Pata e o Mosca foram morar com a tia, daí eu tava pensando em como seria minha família, sabe, se um dia eu vou reencontrar algum parente, se é que eu tenho. – Disse Bia.

– Ah Bia, isso não é besteira, acho que é uma curiosidade que todos nós temos. – Afirmou Mili.

– É, acho que sim. – Concordou Bia. – Sabe, eu gostaria de conhecer alguém da minha família, gostaria muito.

– E quem sabe um dia isso não vai acontecer? – Perguntou Mili, dando esperanças a amiga.

– É, quem sabe? – Repetiu Bia. Enquanto conversavam, Mili avistou alguém na praça próxima ao orfanato.

– Aquele alí é o Juca? – Perguntou Mili.

– Xi, é mesmo! – Afirmou Bia.

– Vou lá dar uma palavrinha com ele. – Disse Mili. – Você vem? – Perguntou.

– Não, eu vou alí comprar dois sorvetes. – Disse Bia, indo em direção ao sorveteiro.

– Okay. – Concluiu Mili. Logo, foi em direção a Juca e o cumprimentou. – Oi Juca! – Exclamou.

– Oi Mili! – Cumprimentou Juca. – Quanto tempo! – Afirmou. Mili notou que Juca pareceu um tanto sem jeito ao vê-la, como alguém que estivesse querendo esconder algo.

– Ah, nem tanto. – Disse Mili. – O que faz por aqui? – Perguntou.

– Tô esperando a Janu! – Disse Juca, nervoso.

– Ah, legal, vocês dois tão namorando? – Perguntou Mili.

– Mais ou menos… – Falou Juca rindo.

– Entendi! – Disse Mili. – Mas e aí, você soube que a Pata e o Mosca tão morando com a Graziela? – Perguntou.

– É eu soube. – Disse Juca. – Pena que eu saí de lá. – Completou. – Seria da hora.

– E você tá morando onde agora? – Perguntou.

– Tô morando ainda na comunidade, mas bem no começo, na casa de um amigo. – Completou.

– Tendi, que ótimo! – Afirmou Mili.

Perto dalí…

Bia comprou dois sorvetes, um de uva e outro de abacaxi. Logo foi andando na direção de onde Mili conversava com Juca, porém enquanto andava alguém apressado acabou lhe dando um encontrão, que fez com que os dois caíssem.

– Ai, olha pra frente otário! – Exclamou Bia, sem olhar quem era.

– Qual é tá cega mina?! – Perguntou o garoto, também sem olhar quem era. Nessa hora Bia reconheceu a voz, então o encarou, e levantou-se bem rápido. – Ih! A lá quem é! – Exclamou.– A gostosinha de cabelo colorido! – Completou aproximando-se.

– Sai de perto de mim seu delinquente! – Exclamou Bia, empurrando o garoto.

– Qualé? Tu me derruba e ainda quer dá uma de durona, tá me tirando mina? – Perguntou Paçoca. – Passa logo uma grana aí! – Ordenou. Nessa hora Juca e Mili correram em sua direção.

– O que tá pegando? – Perguntou Juca. Bia e Paçoca passaram a falar ao mesmo tempo. – Um de cada vez, né? – Pediu.

– Ele esbarrou em mim, e agora tá querendo me assaltar! – Afirmou Bia.

– É mentira! – Afirmou Paçoca. – Ela que ficou me xingando, essa marrenta!

– Isso é verdade? – Perguntou Juca para Bia.

– Claro que é! – Exclamou Bia.

– Pow Jucão, tu sabe que eu mudei, num tô mais fazendo essas coisa não vei. – Argumentou Paçoca.

– Vocês não vão acreditar nesse papo furado, vão? – Perguntou Bia.

– Não sei, pelo que eu conheço do Paçoca, ele mudou mesmo. – Disse Juca.

– Tá vendo! – Exclamou Paçoca, vitorioso.

– Ah, vão se lascar, então! – Gritou Bia, saindo irritada.

– Ê, sua mina do cu doce! – Gritou Paçoca, logo este caminhou para um banco da praça.

– Eu acredito na Bia. – Disse Mili. – O Paçoca já tentou roubar ela antes.

– Tudo bem, mas, é melhor nem se trocar com o Paçoca, por isso falei aquilo. – Disse Juca.

– Entendi. – Concluiu Mili. – Bom, é melhor eu correr e alcançar a Bia, tchau Juca.

– Tchau! – Exclamou Juca. Ao ver que Mili saiu de sua vista com Bia, Juca aproveitou eu foi tratar do seu assunto, indo em direção a Paçoca.

– Pow, valeu mano por ter me dado razão na frente daquelas patricinha. – Agradeceu Paçoca.

– Hum. – Disse Juca.

– Porque cê sabe né? Se num ficar a meu favor, se fode, principalmente por tá me devendo grana. – Completou.

– Eu sei, eu vou te pagar, se preocupa não. – Afirmou Juca.

– Tá. – Disse Paçoca. – Eu trouxe a parada. – Avisou, entregando um pacote à Juca. – Agra ver se vende tudo, e não dá de graça pra tua namoradinha porque se não, EU que fico no preju com o chefe!

– Já disse que vou pagar tudo que devo! – Disse Juca, irritado.

– Bom mesmo, porque quando se entra nesse estilo de vida, você só sai se for dessa pra melhor. – Avisou Paçoca, dando uma piscadela, e saindo. Ao sair Paçoca notou algo no chão, então resolveu apanhar. A carteira de Bia.

***

Na praça do café boutique…

– Você curtiu mesmo a surpresa, amor? – Perguntou Duda.

– Muito! – Exclamou Pata sorrindo. – Foi uma das coisas mais fofas que você já fez, obrigada, amor!

– É sério? – Perguntou Duda.

– Sim, claro que é. – Confirmou Pata. – Por quê? – Perguntou.

– Sei lá, é que eu pensei que você acharia brega, por não gostar muito de coisas assim. – Deduziu o garoto.

– Como, por eu não gostar muito de coisas assim? – Perguntou Pata.

– Ah, você sabe, por não ser muito romântica… – Explicou Duda. – Aí eu fiquei meio inseguro, mas resolvi arriscar.

– Mas que besteira, amor! – Exclamou Pata, rindo. – Eu não ser muito romântica não significa que eu ache coisas românticas bregas, pelo contrário… Eu amei! – Afirmou, sorrindo. Então Duda sorriu de volta, e a beijou.

– Pois que bom que você gostou… – Disse. – Porque tem mais uma coisa…

– Mais uma coisa? – Perguntou Pata. – O quê?

– Pata, teve algo que eu ainda não te contei… – Disse o garoto.

– O quê? – Perguntou Pata, curiosa.

– Eu não sei se você vai aceitar fácil, mas… – Iniciou.

– É algo ruim? – Perguntou Pata.

– Depende… – Disse Duda.

– Fala logo Duda, você tá me deixando preocupada. – Afirmou Pata.

– Pata… Eu vou pra Bélgica. – Contou Duda.

– Eu sei, você vai lá visitar sua mãe, né? – Perguntou Pata.

– Não amor… – Disse Duda. Nessa hora Pata se tocou. – Eu vou voltar a morar lá. – Completou o garoto, com a última rase que Pata gostaria de ouvir na vida. Pata ficou alguns segundos em silêncio.

– Desde quando isso Eduardo? – Perguntou, tensa.

– Minha mãe ligou pra mim, essa semana, nós conversamos bastante, esclarecemos tudo e, ela pediu que eu voltasse. – Contou.

– Ah… Entendi… – Disse Pata, triste. – E quando você vai? – Perguntou.

– Você não tá brava? – Perguntou Duda.

– Não, não tô. – Disse Pata. – Agora me responde.

– Vou assim que terminar as aulas. – Contou Duda. Nessa hora o garoto percebeu a tensão de Pata.

– Entendi. – Concluiu Pata. Esta, por mais que por dentro estivesse triste com a notícia, e com uma imensa vontade de chorar, agiu friamente.

– Você vai ficar brava comigo por eu ir? – Perguntou Duda.

– Não. – Respondeu Pata. – A gente se comunica por internet. – Afirmou.

– Pata, assim não vai dar. – Disse Duda. Nesse momento Pata estremeceu.

“Não acredito que ele vai terminar comigo, no dia que completamos um mês...”, pensou Pata.

– O que sugere, então? – Perguntou Pata. Nessa hora Duda sorriu, e lhe entregou um envelope. Então Pata o abriu, e ao fazer isso deu de cara com uma passagem de avião para a Bélgica.

– Que você vá pra Bélgica comigo! – Disse o garoto, olhando em seus olhos. Ao ouvir o pedido do garoto, Pata arregalou os olhos sem acreditar.

Enquanto isso na comunidade…

Mosca vinha voltando para casa com as compras, quando avistou Paçoca descendo de um ônibus, nessa hora o mesmo passou a seguí-lo.

– Fala Mosquito, meu parça! – Exclamou.

– Se manda Paçoca, não sou seu parça. – Respondeu Mosca.

– Qual é veio, sem ressentimento… – Falou o garoto.

– Me deixa. – Pediu Mosca.

– Poxa mano, eu venho aqui de boas papear contigo, e tu me dá um chega pra lá. – Dramatizou Paçoca.

– Porque será, né? – Perguntou Mosca, irritado.

– Ah, quer saber, vai se lascar! – Exclamou Paçoca. – E valeu! – Agradeceu, roubando uma das sacolas de compras de Mosca.

– Ei! Volta aqui seu filho da puta! – Gritou Mosca. Porém já era tarde, pois Paçoca ia muito longe. – Puta que pariu, a Graziela vai surtar. – Lamentou Mosca, indo para casa.

Alí perto…

– Mas que droga! – Exclamou Paçoca ao ver o que tinha na sacola que roubou. – Sabonetes, e shampoo! Pra quê eu preciso dessa merda? – Perguntou. Logo lembrou-se da carteira que havia achado de Bia. – A marrentinha vacilona, perdeu! – Zombou olhando para a carteira de identidade da garota. – Be-a-triz R-Ra-mos… – Leu com dificuldade. – Beatriz Ramos?! – Exclamou. – Não… Seria muita coincidência. – Afirmou, esquecendo a “barbaridade” que havia pensado. Logo o garoto levantou-se e seguiu até uma casa na comunidade.

Na praça do café Boutique…

– Amor, você ainda não me respondeu… – Disse Duda, aguardando a resposta de Pata.

– Eu não sei… A sua mãe pode não gostar… – Disse a garota.

– Mas olha! – Exclamou Duda. – Eu já pedi pra ela, e ela deixou, foi ela quem comprou a passagem! – Disse.

– Tá, mas eu não sei, tem o Mosca! – Disse Pata. – A gente já foi embora do orfanato, e aí eu pego e me mando desse jeito? Ele ia ficar bastante mau, sem falar que ia ter que aguentar a nossa tia sozinho! – Completou.

– É só por causa do Mosca que você não quer ir? – Perguntou Duda. Pata ficou em silêncio. – Escuta Pata, o Mosca é seu irmão, a irmandade nunca vai acabar entre vocês, mas, eu não, eu sou seu namorado, e não quero te perder! – Argumentou.

– Eu também não quero te perder… – Disse Pata.

– Então? Vem comigo amor… – Implorou Duda. Pata respirou fundo.

– Eu não sei Duda, me dá um tempo pra pensar ok? – Pediu a garota.

– Ok. – Concordou Duda. – Eu te dou até o dia da peça pra pensar. – Afirmou.

– Ok. – Concordou Pata. – Agora eu preciso ir… – Avisou.

– Ok. – Concordou Duda. Então este chamou o motorista e a levou em casa.

Na comunidade…

Paçoca entrou na casa, e sentou-se no sofá. Nessa hora um flash back passou em sua mente.

Flash back on

Paçoca tinha 6 anos, quando brincava na frente da mesma casa junto de uma garotinha. Os dois faziam bolo de lama e acabaram sujando a frente da casa toda.

– Carlos e Beatriz! – Exclamou uma mulher, saindo da casa. – O que vocês fizeram meus filhos, sujaram a frente da casa toda! – Completou abismada. Nessa hora as duas crianças passaram a rir, e correr. – Ai santo Deus, haja paciência! – Pediu a mulher, que passou a rir da situação. Logo esta foi para dentro de casa, pegar um balde e uma esponja para limpar as paredes, porém enquanto pegava os produtos de limpeza, uma tontura veio a sua cabeça, fazendo com que a mesma desmaiasse.

– Fabiana! – Gritou um homem entrando na casa. – Minha irmã por favor acorde! – Exclamou, sacudindo a mulher, porém a mesma não acordou. Então o homem chamou a ambulância.

– Tio, o que aconteceu? – Perguntou Carlos ao lado de Beatriz.

– Mamãe dormiu? – Perguntou a pequena Beatriz.

– Carlos, vá para o quarto e leve sua irmã com você. – Pediu o homem. – Só saiam de lá quando eu vier, ok? – Pediu. O garoto assentiu, então entrou no quarto com sua irmã.

Depois…

Já era noite, e Carlos dormia junto de sua irmã, quando acordou bruscamente, ao ouvir o escancarar da porta da frente. Logo decidiu ir até a sala, ver do que se tratava, ao chegar lá, encontrou seu tio, sentado no sofá cabisbaixo. Carlos percebeu que o homem chorava.

– Tio Edgar, por que tá chorando? – Perguntou o pequeno garoto. – Cadê a mamãe? – Nessa hora seu tio o encarou, e em meio a lágrimas disse.

– Ela morreu… – Revelou, deixando o garoto em choque. A perda foi um abalo grande na família, tão grande que seu tio ficou descontrolado, e acabou tomando uma decisão precipitada. Um dia Carlos acordou, e sua irmã não estava mais lá.

– Tio, cadê a minha irmã? – Perguntou o garoto ao chegar da escola.

– Foi embora para sempre. – Afirmou Edgar. O garoto não entendeu, e pensou que a irmã houvesse morrido também, então algum tempo se passou e o mesmo fugiu de casa, passando a morar nas ruas, e sendo conhecido desde então, por Paçoca.

Flash back off

– Ô sobrinho! – Chamou o mesmo homem do seu flash back, seu tio. – Que bom que chegou, preciso que faça um serviço pra mim… – Paçoca continuou estático. – Carlos! Tá me ouvindo? – Perguntou.

– Ô tio… Só uma pergunta. – Iniciou Paçoca. O homem esperou que o mesmo prosseguisse.

– Vamo vê garoto, que eu não tenho o dia todo, qual a pergunta? – Apressou seu tio.

– O que realmente aconteceu com a minha irmã? – Perguntou Paçoca. Nessa hora, seu tio ficou sem saber o que dizer. – Eu sei que ela não morreu, então trata logo de dizer. – Ordenou o garoto.

– Tá, ela não morreu e eu jamais lhe falei que havia sido isso. – Respondeu seu tio. – Eu levei sua irmã pra um orfanato na época. Acho que a essa altura ela já deve ter sido adotada. – Contou.

– Por acaso o nome desse orfanato, é raio de luz? – Perguntou Paçoca, levantando-se.

– É… Por quê? – Perguntou seu tio, surpreso pelo garoto saber o nome do orfanato.

– Então acho que sua dedução tava errada. – Disse Paçoca, mostrando a carteira de identidade de Bia. – Peguei isso de uma menina de lá, e olha o nome dela. – Mostrou. Seu tio então pegou a identidade e ao observar a foto, notou que a garota era idêntica a sua falecida irmã. – Meu Deus… – Disse admirado.

– Ela é a minha irmã, não é? – Perguntou Paçoca.

– Sim, ela é… – Confirmou seu tio.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Comentem!! Bjos e até o prox õ/
Ps: Como não faço ideia de qual seja o nome do Paçoca, eu inventei ok? Então se não for esse vai ficar sendo u-u