Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 7
Confusões no fim da tarde


Notas iniciais do capítulo

Oi gente aqui vai mais um cap inédito pra vocês õ/ Espero que gostem ^^

Ps: Queria agradecer o carinho de todos vocês leitores, e pelos comentários, fico muito feliz de ter leitores tão participativos *-* Amo vocês



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Por aquela Bia não esperava, como Marian poderia ter descoberto? E se ela espalhasse pra todo mundo, o que faria? Bia mudou a expressão comum de seu rosto, estava pálida com os olhos totalmente arregalados, "E agora? Como eu saio dessa?", pensou. Não, não podia deixar Marian vencer só por uma frase, Bia tinha que detê-la antes que fosse tarde.

– Você enlouqueceu?! – Exclamou sem sair do lugar.

– Eu, louca? A única que enlouqueceu aqui foi você Beatriz... Você e o Binho? Isso é ridículo! – Afirmou Marian com um sorriso irônico.

– Cala a boca! – Gritou Bia. – Você endoudou de vez! Nunca rolou nada entre agente!

– Não seja boba Bia, eu vi quando ele te beijou hoje mais cedo, e como você ficou quando ele saiu. – Revelou Marian. – Tá na cara que você tá apaixonada por ele...

Bia sentiu a fúria lhe dominar, o sangue subia a cabeça. Só mais uma palavra que saísse da boca de Marian, seria como riscar um fósforo perto da gasolina...

– Fala sério Bia... Eu já sabia que você era tosca, mas não pensei que fosse tanto a ponto de gostar de um pirralho! – Provocou Marian, zombando da garota. Bia não conseguiu se conter, seu sangue fervia como lava de vulcão, e isto fez com que a mesma voasse no pescoço da garota que nem teve tempo de se defender.

– Sua vadia! Você me paga, pilantra! Prostituta! – Xingou Bia enquanto estapeava e sacuia Marian, que gritava por socorro. – Eu vou te matar sua desgraçada!

– Não, Bia por favor sai de cima de mim! – Gritava Marian desesperada.
De repente a porta se abre...

– Gente o que tá acontecendo?! – Gritou Mili, ao ver a cena. Esta entrou depressa para socorrer Marian. Mosca e Pata também entraram para tentar tirar Bia de cima da garota. De repente o quarto estava lotado de gente que havia ouvido os gritos de Marian. Foi uma luta grande até que Mosca conseguiu arrastar Bia pra longe da garota, este precisou sair carregando a mesma no ombro, para que a ela não voltasse lá e tornasse a agredir a colega.

– Credo, o que deu na Bia? – Perguntou Cris.

– Uma coisa eu sei, a Marian só pode ter feito algo muito grave pra ela agir assim... – Afirmou Pata.

Alguns minutos se passaram depois do acontecido. Mili, Teca e Dani ficaram no quarto ajudando Marian. Bia foi levada pra sala, seguida pelo resto do pessoal.

– Bia porque você fez isso?! – Perguntou Cris.

– Por que ela merece! Merece isto e muito mais! – Exclamou Bia, ainda nervosa.

– Mas porquê? O que ela fez? – Insistiu Cris.

– Gente, a Marian já me explicou tudo. – Disse Mili, descendo as escadas. Bia ficou mais nervosa ainda. "Será que a vadia falou pra ela sobre mim e o Binho?", pensou.

– Aposto que se fez de vítima como sempre! – Exclamou Bia.

– Não Bia, pelo contrário... – Disse Mili. – Ela defendeu você.

– O quê? O que ela disse? – Perguntou Bia estranhando.

– Ela contou que você aconselhou ela a ir devagar com o Duda após ouvir uma conversa deles, e contou que não te deu ouvidos e acusou você de está com inveja e ser uma tosca. Daí você não aguentou e a agrediu... – Explicou Mili. Bia não conseguiu entender o porquê de Marian não ter contado a verdade, mas de uma coisa estava certa, boas intenções ela não tinha.

– Foi isso mesmo Bia? – Perguntou Cris. Bia ficou apenas em silêncio com a cara emburrada.

– Essa história tá muito mal contada... – Disse Mosca.

– Teve algo mais além disso Bia? – Perguntou Mili. Porém Bia continuava em silêncio. – Bia?

– Não! – Exclamou Bia. – Foi exatamente assim...

– Nossa Bia... Tudo bem que ela te xingou, mas daí agredir a garota desse jeito? – Perguntou Cris.

– É Bia, não precisava disso, você sempre soube de defender no bate-boca. Não precisava agredir. – Completou Ana.

– Ah, quer saber? Foda-se! Pensem o que quiser... – Gritou Bia, saindo pela porta da frente.

– Pra onde será que ela vai?! – Perguntou Pata surpresa.

– Eu acho melhor agente ir atrás dela... – Disse Binho, preocupado.

– Não, deixa ela volta. Ela precisa de um tempo pra esfriar a cabeça. – Disse Mili.

Bia resolveu sair do orfanato e caminhar um pouco pelas ruas. Esta, não conseguia conter as lágrimas que insistiam em escorrer pelo seu rosto. Bia então resolveu sentar em uma praça perto dali, e refletir um pouco, quando de repente ouviu alguém chegar.

– Ora, ora, ora se não é uma das amiguinha do Mosca... – Disse o indivíduo se aproximando. Bia se virou para ver quem era, então logo viu que se tratava de Paçoca e seus comparsas.

– Sai de perto de mim! – Ordenou Bia levantando-se.

– Olha só... Ela é valentona galera. – Zombou Paçoca, fazendo os amigos rirem. – Agora chega de papo, passa logo a grana aê!

– Eu não tenho dinheiro! – Exclamou Bia.

– Coé? Cês são riquinho que eu sei! Passa o celular então! – Gritou.

– Eu não trouxe nada comigo, porque você não dá o fora daqui, seu mendigo de merda! – Gritou Bia.

– Comé que é? – Nessa hora Paçoca se enfureceu. – Cê me chamou de quê? – Perguntou aproximando-se da garota. De repente Paçoca segurou Bia fortemente pelo braço.

– Me solta! Você tá me machucando! – Gritou a garota.

– Olha aqui sua patricinha marrenta, ninguém fala assim comigo e sai de boa! – Sussurou Paçoca ao ouvido de Bia. Este continuava apertando o braço da garota.

– Me solta, seu viado filho de uma puta... – Ordenou Bia mais uma vez. Porém Paçoca dessa vez tirou um canivete do bolso e apontou pro rosto da garota.

– Peça desculpa pelo que você falou, se não quiser ter esse rostinho lindo cortado! – Avisou Paçoca.

– Solta ela! – Gritou alguém de repente tirando o foco de Paçoca, era Janjão. Este deu uma trombada em Paçoca que deixou cair o canivete, enquanto dois amigos grandalhões seguravam seus capangas. Janjão então pegou o canivete.

– Devolve meu canivete, meio metro! – Gritou Paçoca.

– Solta o braço da garota agora! se não eu devolvo o canivete no meio do seu rabo! – Exclamou Janjão. Bia não conteve o riso.

– Tá rindo de quê sua piranha?! – Perguntou Paçoca sacudindo a garota. Que gritou. – Eu não tenho medo de você seu anão de jardim!

– Pois devia ter, porque eu já me adiantei e chamei a polícia. – Revelou Janjão.

– Tu tá blefando! – Exclamou Paçoca. De repente ouviram o som de uma sirene, então antes que pudessem dizer "x" Paçoca meteu o pé na carreira acompanhado de seus capangas. Sem ao menos perceber que a sirene vinha de uma ambulância e não do carro da polícia. Todos riram, ficando em silêncio em seguida.

– Você tá bem? – Perguntou Janjão.

– Bom, foi um susto. Mas sim eu estou bem... – Respondeu Bia.

– Não tá esquecendo de nada? – Perguntou Janjão.

– Ah... Obrigada Janjão. – Agradeceu Bia.

– Não tem de quê. – Respondeu Janjão. – Bom, já está anoitecendo é melhor você voltar pra casa, antes que aquele delinquente resolva voltar. – Aconselhou Janjão. – Por via das dúvidas agente acompanha você até o orfanato. – Completou.

– Não, não precisa. – Disse Bia.

– Claro que precisa, que tipo de homem eu seria deixando uma dama ir embora sozinha depois de um assalto? – Perguntou Janjão, se exibindo. Nessa hora Bia soltou uma gargalhada alta.

– Falando assim até parece que presta! – Zombou a garota.

– É, vai zoando, mais não esquece que fui eu quem te salvei. – Lembrou Janjão.

– Tanto faz. – Concluiu Bia. Logo depois, saíram a caminho do orfanato.

Todos conversavam na sala do orfanato quando a campainha tocou. Binho abriu a porta esperando que fosse Bia, e era, porém estava acompanhada de Janjão e seus seguidores grandalhões.

– Bia?! O quê você faz com esse mané?! – Perguntou, sem entender.

– É uma história longa. – Disse Bia. Todos notaram que Bia estava descabelada, com o braço machucado, e um pequeno arranhão no rosto.

– O que aconteceu?! – Gritou Binho ao perceber o estado da garota.

– Meu Deus, o que fizeram com você Bia?! – Perguntou Mili, ajudando a garota a entrar. Em seguida Janjão também entrou.

– Ela tava sendo assaltada, sorte que EU cheguei a tempo e dei um jeito no ladrão. – Explicou Janjão se achando.

– Ele ta falando a verdade Bia? – Perguntou Thiago.

– Sim, está. Foi o Paçoca... Ele me ameaçou com um canivete... – Explicou Bia lembrando da situação.

– O Paçoca não toma jeito! – Exclamou Mosca levantando-se.

– Isso não vai ficar assim. – Gritou Binho. – Ninguém mexe com a minha... – De repente todos olharam estranho – ... Amiga! – Completou.

– Mas então Janjão, você que espantou o Paçoca? Ou sera que foi esses grandões que estão com você? – Zombou Mosca.

– Na verdade ele se assustou com a sirene da ambulância achando que era a polícia. – Contou Bia fazendo todos rirem, menos Janjão.

– Eu ajudo e é assim que vocês agradecem! – Exclamou Janjão, bravo.

– Se bem que você devia uma a Bia, depois de ter assediado ela na noite do jogo da garrafa! – Lembrou Pata.

– Eca! Não lembra isso! – Exclamou Bia com nojo.

– Aposto que você gostou, e que todas as meninas aqui queriam tá no seu lugar! – Exclamou Janjão.

– Eu não queria! – Retrucaram todas as meninas ao mesmo tempo.

– Tá, cara já deu. Valeu por ter ajudado, e Flw ae. – Concluiu Mosca, apontando para a saída.

– Sorte sua que hoje eu tô de bom humor Mosquito! – Exclamou Janjão sarcasticamente, saindo com seus seguidores.

– É engraçado como essas coisas só acontecem quando a Carol não tá no orfanato... – Lembrou Rafa.

Já era noite quando, algumas garotas foram com Bia para o quarto das meninas. Marian que estava lá, fingiu se preocupar com a garota.

– Bia, o que aconteceu?! – Perguntou.

– Não te interessa. – Respondeu Bia, secamente.

– Ela foi atacada na rua pelo Paçoca. – Explicou Ana.

– Nossa! Você está bem? – Perguntou Marian.

– Você não tá vendo? – Perguntou Pata.

– Meninas parem com isso! – Exclamou Mili. – E Bia não devia tratar a Marian assim, ela si é uma amiga, mesmo depois do que você fez ela está preocupada.

– Tá tá, tanto faz... – Falou Bia, sem dar importância.

– Bom, eu to achando que vocês precisam conversar sozinhas e se resolverem. – Disse Mili.

– Tá brincando? Ela vai me bater de novo! – Marian se fez de coitada.

– Você acha que eu tenho força pra te bater lascada desse jeito? – Perguntou Bia num tom arrogante.

– Sei lá. – Respondeu Marian.

Todas as garotas concordaram em sair, deixando apenas as duas garotas brigadas para que conversassem.

– Vejo que o destino tratou de me vingar! – Provocou Marian aos risos, referindo-se ao acontecido.

– Você é uma fingida mesmo Marian. – Afirmou Bia. Marian deu um sorriso irônico.

– Olha como fala comigo Bia, não se esqueça que eu ainda conheço seu segredo. – Lembrou a garota.

– Fala logo, porque você não contou nada?! – Perguntou Bia, sem paciência.

– Pensei que você fosse mais esperta Bia... – Zombou Marian.

– Eu já sei que você tá querendo algo em troca. – Revelou Bia.

– Hum, parabéns você acertou. – Afirmou Marian, com um sorriso cínico.

– Fala logo, é dinheiro que você quer? – Perguntou Bia.

– Na verdade não. – Marian fez suspense.

– Então o que é? – Perguntou Bia.

– É muito simples. – Disse a garota. – Primeiro, quero que você finja fazer as pazes comigo, e diga pra todas as garotas que se arrependeu de ter me agredido e que eu não sou esse monstro que você sempre pensou...

– E me passar pela vilã? Eu sabia! – Exclamou Bia.

– E segundo... – Continuou Marian.

– Ainda tem mais? – Perguntou Bia sem paciência.

– Quero que você fale bem de mim, pro Duda. – Completou Marian.

– Pro Duda?! – Exclamou Bia surpresa. – O que eu tenho haver com você e o Duda?

– Só faz o que eu tô dizendo! – Exclamou Marian. A verdade é que Marian sabia que haviam possibilidades de Bia ser uma ameaça entre ela e Duda, e ela não podia deixar que isso acontecesse. – Do contrário, se você não fizer direito, eu conto pra todo mundo que você fica aos beijos com o Binho quando ninguém tá olhando!

– Não exagera sua idiota! – Exclamou Bia.

– E aí? Temos um acordo ou não? – Perguntou Marian, estendendo a mão. Bia não disse nada, apenas apertou a mão da garota, selando o acordo. – Ótimo! – Concluiu Marian, sorrindo.

No quarto dos meninos, Rafa, Thiago, Binho e Samuca, conversavam.

– Sério, hoje o dia foi bem agitado! – Dizia Rafa.

– Né?! Essas garotas são loucas, principalmente a Bia! – Afirmou Thiago.

– A Bia não é louca, com certeza a idiota da Marian começou! – Retrucou Binho.

– Deu pra defender a Bia agora porquê? – Perguntou Thiago.

– Não tô defendendo ninguém, só estou sendo realista. – Completou Binho.

– Mas o mais irado foi o lance do Paçoca! – Continuou Rafa.

– Vocês acham que o Mosca vai querer se vingar? – Perguntou Thiago.

– Com certeza! – Disse Rafa. – Ninguém mexe com algué do orfanato assim, e sai invicto. Você não ouviu a Bia, ele tava armado!

– Verdade. Agente precisa dá uma lição naquele moleque. – Concordou Thiago.

– Não contem comigo pra isso! – Disse Samuca.

– Você é um covarde! – Gritou Binho. Samuca o ignorou.

– Cara eu nem to acreditando que foi o Janjão que salvou ela, achei que ele não faria algo assim pra alguém daqui nunca.

– Aposto que ele só ajudou porque era a Bia. – Disse Rafa.

– Por quê? – Perguntou Binho.

– Ora, porque todo mundo sabe que ele é gamado nela! – Completou Thiago.

– Aquele filho de uma... – Disse Binho, percebendo em seguida que estava dando muito na cara. De repente os garotos começaram a rir. – O que deu em vocês?

– Binho, desculpa, mas eu preciso perguntar isso. – Disse Thiago rindo.

– Isso o quê? – Perguntou Binho.

– Você tá gostando da Bia né? – Perguntou Thiago aos risos.

– Da Bia, gostando, eu? – Binho ficou nervoso. De repente todos os garotos começaram a rir.

– Tá na cara! – Exclamou Thiago. – Por isso você tá estranho.

– Claro que não! Nada haver! – Exclamou Binho.

– Sei... – Concluiu Thiago.

– Deixa ele Thiago. – Disse Rafa, aos risos.

Na sala Mili e Mosca conversavam.

– Ai Mosca, eu acho melhor vocês não irem atrás de confusão... – Dizia Mili.

– Ele podia ter machucado a Bia feio... Agente não pode deixar barato Mili. – Disse Mosca.

– Acho melhor agente dizer pra Carol então... – Disse Mili.

– Eu não sei o máximo que ela faria era mandar ele pro reformatório, e ele sempre consegue fugir. – Completou Mosca.

– Ah, então eu não sei. – Completou Mili. – Vamo mudar de assunto?

– É melhor... – Concordou Mosca.

– Agente podia sair um dia desses, tomar um sorvete, que tal? – Perguntou Mili. Isso deixou Mosca feliz, porém com a consciência pesada, ainda pela Janu.

– Ah, sim claro, é uma ótima ideia! – Respondeu Mosca sorrindo.

– Amanhã, que tal? – Perguntou Mili.

– Ah... É que amanhã tem o campeonato do Fábio... – Lembrou Mosca. – Porque agente não vai quarta?

– Ah é verdade! – Lembrou Mili. – Ok, então agente vai na quarta. – Concluiu sorrindo.

– Fechado... – Concordou Mosca, retribuindo o sorriso.

No dia seguinte, todos estavam se preparando para ir à escola, e Mili aproveitou para contar tudo o que tinha acontecido no dia anterior para Carol, que decidiu que ia tomar uma providência. Esta pediu para Júnior comunicar ao Estatuto da Criança e do Adolescente, sobre o caso de Paçoca. Em seguida as crianças foram para a escola...


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Comentem!
Beijos e até o próximo cap *-*