Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 67
Turn down for what?


Notas iniciais do capítulo

Uhuuuuuuuuuuuu voltei com mais um capítulo! E esse capítulo tá doidão! HAHAHA (Devido ao vício da leitora na série Skins, se conhece já deve adivinhar do que se trata u-u) Mas enfim, espero que gostem! Tenham uma boa leitura e comentem! :*
Ps: Quero agradecer a recomendação da maluca por mosbi
AVISO: Esse cap contem cenas de drogas e alcoolismo, então se não se sentir a vontade não leia. (Mentira leiam sim, pq n é nada demais u-u)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/551816/chapter/67

Depois de passar algum tempo refletindo sobre o fora que havia levado de Bel mais cedo, Rafa decidiu ir até um local, onde passava todos os dias no caminho da escola.

– "Stay Strong", academia... – Disse em voz alta, lendo a enorme placa na entrada do prédio, entrando neste em seguida.

Ao entrar na academia, Rafa deparou-se com vários equipamentos de ginástica e musculação, onde homens e mulheres malhavam dedicadamente. Enquanto os observava, Rafa teve a atenção voltada á alguém que se dirigiu à ele.

– Boa tarde, em que posso ajudar? – Perguntou-lhe uma moça, alta, magra, de cabelos longos, a qual usava de ginástica.

– Ah, oi, é…

– Deixa eu adivinhar, você tá querendo se matricular na academia, né? – Perguntou a moça.

– Bom… N-Na verdade, eu tava aqui só para pesquisar o preço mesmo… – Afirmou Rafa.

– O preço da matrícula é 70,00 R$, e a mensalidade 60,00 R$. – Respondeu a moça.

“Putz, que caro, é mais do que eu tenho, e agora?”, pensou.

– Ah! Obrigado… – Disse Rafa, virando-se para sair.

– Mas escuta… – Falou a moça, fazendo com que o mesmo voltasse. – Leva o cartão da academia, também vou anotar meu nome, sou uma das personais daqui, qualquer coisa é só me procurar. – Concluiu, entregando o cartão.

– Ah! Ok, muito obrigado... Érica. – Agradeceu Rafa, lendo o nome da moça no cartão e saindo, desanimado.

Depois...

Quando Rafa voltou ao orfanato, apenas Bia, Binho, Thiago, Ana e Teca estavam na sala. Teca estava na internet, respondendo as mensagens de Fábio. Difícil era encontrar ele online, pois eram 10 horas de diferença entre Brasil e China. Os outros quatro assistiam a um filme, na tv.

– E aí Rafa! Onde você tava? – Perguntou Thiago.

– Em nenhum lugar, só andando em círculos... – Contou, suspirando. – Vocês sabem se a Carol ta na sala dela? – Perguntou.

– Tá. – Respondeu Ana. Então, o garoto saiu em direção a diretoria.

– Nossa, dá uma pena ver o Rafa desse jeito… Deve ser horrível levar um pé no traseiro. – Comentou Bia.

– Demais… – Concordou Binho, que estava abraçado à garota. De repente o mesmo a encarou de forma estranha. – Bia, você não tá pensando em me dá um pé no traseiro, não né? – Perguntou, paranoico.

– Quê? Tá doido, gatinho? Jamais pensei nisso! – Disse Bia. – Eu te amo! – Completou, fazendo o garoto sorrir.

– Eu também te amo! – Exclamou Binho, a beijando.

– Já tava demorando… – Afirmou Thiago, que estava junto de Ana no outro sofá.

– Deixa eles, Thi… – Disse Ana.

– É mesmo! Passei tanto tempo de vela que esqueci que agora também posso! – Lembrou Thiago, beijando Ana também.

– Aff gente, eu tô aqui se vocês não viram. – Resmungou Teca, sendo ignorada.

No quarto das meninas…

Vivi se encontrava pensativa em sua cama, quando Cris e Pata entraram no quarto.

– Mas, é sério, eu ainda não me conformo em ter pegado o papel do arganaz, bem que o professor podia ter me dado um personagem melhor, e com mais falas, tipo, a lagarta azul! – Tagarelava Cris. Ao falar lagarta azul, Cris fez com que Vivi lembrasse de algo que havia ouvido mais cedo. – Mas não, ele preferiu escolher a desinteressada da Janu, pra fazer um personagem que tem mais falar do que o meu, injustiça demais isso… – Dramatizou.

– Pelo menos você tem uma personagem… – Disse Pata.

– Ah! Desculpa amiga, eu aqui reclamando do meu personagem enquanto você não tem nenhum… – Lamentou Cris, deixando Pata com cara de tacho.

– Gente, sem querer me meter no assunto. – Interrompeu. – Vocês sabem o que significa “puxar um beck”? – Perguntou.

– Onde você ouviu isso, Vivi? – Perguntou Cris.

– P-Por aí… – Respondeu Vivi.

– Puxar um beck, é o mesmo que fumar baseado… – Disse Pata.

– Ah! – Entendeu Vivi, arregalando os olhos. “Será que… Não, impossível.”, pensou.

Na diretoria...

– 70 reais, Rafa?! – Perguntou Carol, surpresa. – Pra quê você quer esse dinheiro todo? – Logo Rafa explicou, que estava cansado de ser uma “rolha de poço”, e queria se dedicar a exercícios físicos e uma dieta balanceada, para mudar seu porte físico. Carol compreendeu, porém disse que pagar uma academia naquele momento não caberia no orçamento do orfanato.

– Você não entende Carol! É questão de vida ou morte! – Afirmou o garoto, alterado. – Eu sou uma vergonha! Todo mundo é magro, menos eu, e por causa disso eu perdi a garota que amo! – Escandalizou, em meio a lágrimas.

– Calma Rafa! Pagar uma academia não será possível num momento, até porque agora que você tem 14 anos! – Explicou Carol.

– Mas vou fazer 15 daqui à 2 meses! – Lembrou Rafa irritado.

– Eu não terminei Rafa! – Interrompeu Carol. Logo, o garoto se calou. – Bom, no entanto, eu posso falar com o Júnior, e providenciar uma consulta com um nutricionista.

– É sério?! – Exclamou o garoto, surpreso. Carol assentiu. – Muito obrigado Carol, eu nem sei como te agradecer!!! – Agradeceu animado.

***

Vivi mexia no celular, quando André lhe enviou uma mensagem.

Conversa on

André: Oi Vivi ^^

Vivi: Oi André!

André: Você tá ocupada?

Vivi: Não, pq?

André: Ah, é que o pessoal vai se encontrar hoje às 19:00h na casa da Bel, a gente vai pedir pizza, tá a fim de vir?

Vivi: Na Bel? O pessoal quem, sua turma?

André: Sim, menos o Tatu, que vai pra sorveteria com a sua irmã eu acho.

Vivi: Ah é, ela me disse. Bom, eu vou checar aqui minha agenda, daqui a pouco eu te respondo! ^^

André: Ok ;D

Conversa off

Na cozinha…

Rafa conversava com Cris, Pata, Mosca e Mili sobre a consulta que faria com um nutricionista, este parecia bastante empolgado, e estava. Quando de repente Vivi chegou na cozinha.

– Gente me acode! – Exclamou, assustando todos.

– Tá morrendo? – Zoou Mosca, Vivi mostrou a língua.

– O que foi Vivi? – Perguntou Mili.

– O André me convidou pra comer pizza na casa da Bel, onde vai tá toda a turma dele! – Contou. – Vocês acham que eu devo ir, ou melhor não?

– Pera aí, você disse pizza na casa da Bel?! – Exclamou Rafa.

– Ah! Você tá aí Rafa? Nem tinha percebido… – Disse sem graça. – E então gente?

– I have no idea. – Disse Mili, abraçada à Mosca.

– Acha que consegue suportar a turma do Janjão? – Perguntou Pata.

– Você quem sabe amiga. – Falou Cris. – Mas se fosse eu não iria. – Afirmou.

– Ai gente assim vocês também não ajudam! – Disse Vivi, irritada.

– Você devia ir. – Disse Rafa, para a surpresa de todos. – É bom que se algum deles deixarem escapar algum podre, você vai ficar sabendo. – Completou.

– Quem é você e o que fez com o Rafa? – Perguntou Mili.

– O Rafa antigo morreu a partir de hoje. – Respondeu. – E é melhor se acostumarem.

– Se bem que o Rafa tem razão. – Disse Pata. – Quem sabe você não descobre mesmo, algo que nos interesse.

– Nossa, vocês tão pior que a Cris quando o assunto é fofoca. – Disse Vivi. O fato é que Rafa queria mesmo era saber se Bel falaria algo sobre rompimento dos dois. E Pata queria se certificar de que a mesma não era a fim de Duda.

– Ei! – Exclamou Cris.

– Agora que eu fiquei em dúvida mesmo. – Disse Vivi.

– Quem tem que decidir é você amiga, ninguém pode decidir isso por você. – Afirmou Mili.

– Ah gente! Quer saber? Eu vou! Nunca mais comi pizza. – Afirmou, saindo da cozinha. Logo, esta mandou uma mensagem confirmando presença.

Horas depois…

Eram 19:00h quando Vivi terminou de se arrumar e saiu do orfanato. Tati coincidentemente saiu na mesma hora.

– Aonde você vai? – Perguntou Tati.

– Na casa da Bel. – Respondeu.

– Da Bel? – Perguntou Tati, curiosa. – Desde quando vocês são amigas?

– Não somos, o André tá lá me esperando. – Contou. Nessa hora Tatu chegou no portão do orfanato.

– Docinho! – Exclamou o garoto, abraçando Tati.

– Amorzinho! – Respondeu a garota. Vivi apenas revirou os olhos e seguiu caminho.

– Tchau Vivi! – Despediu-se Tati aos berros.

***

Quando Vivi chegou à casa de Bel, dava para ouvir a música a tocar, da porta, era “we can't stop - Miley Cyrus”.

– Será que eu fiz bem em vir? – Pensou, em voz alta. – Ah, dane-se, já tô aqui mesmo. – Afirmou, tocando a campainha. Bel abriu a porta.

– Oi. – Cumprimentou.

– Oi Bel… – Respondeu Vivi.

– Entra aí. – Convidou a garota, logo Vivi entrou.

Ao entrar na casa de Bel, Vivi avistou Janu e Juca no maior amasso na sala. Aquilo a deixou um tanto constrangida.

– Oi! – Cumprimentou Juca ao afastar-se de Janu.

– Oi… – Respondeu Vivi, sem graça.

– Vivi, entra! – Exclamou André. Este estava no quarto de Bel. No início Vivi achou a situação estranha, porém ao entrar, percebeu que Janjão também estava lá.

– Fica a vontade Vivi. – Disse Bel, sendo simpática. – Gente eu vou lá ligar pra pizzaria. – Avisou, indo pra cozinha.

– Oi Vivi. – Cumprimentou Janjão.

– Oi Janjão. – Respondeu Vivi.

– Tá servida? – Perguntou, oferecendo refrigerante.

– Não, valeu. – Recusou Vivi.

– Não se preocupa Vivi, ninguém batizou o refrigerante… – Debochou Janu, entrando no quarto acompanhada de Juca. Nessa hora André a encarou, com um olhar de reprovação.

– Vivi, pode fazer um favor pra mim? – Pediu André. Este parecia meio sem jeito.

– Tá me achando com cara de empregada? – Perguntou Vivi.

– Eita que grossa… – Afirmou Janjão, rindo.

– Janjão! – Exclamou André, bravo.

– A gente não tem culpa se a sua peguete não confia na gente. – Afirmou Janjão.

– Aff! Já deu... – Afirmou Vivi.

– Tá vendo! Ela pensa que a gente é delinquente. – Insistiu Janu.

– Melhor eu ir embora. – Falou Vivi, arrependendo-se de ter ido.

– Não Vivi! Fica! Não liga pra esses idiotas… – Pediu André. Nessa hora Bel chega no quarto.

– Já pedi as pizzas... – Afirmou. – O que tá pegando? – Perguntou ao perceber a tensão.

– Esses dois idiotas, ficam tirando uma com a Vivi… – Disse André.

– Só tentei ser gentil oferecendo refrigerante, ela que não quis, porque acha que a gente batizou. – Afirmou Janjão.

– Eu nem disse isso! – Exclamou Vivi.

– Não liga Vivi, você já conhece eles, sabe como eles são. – Disse Bel. – Enfim, pode ficar despreocupada, que o refrigerante não tá batizado.

– E eu tô de prova. – Disse Juca, tomando o refrigerante.

– Ta… – Concluiu Vivi. – Onde é o banheiro, Bel. – Perguntou.

– Terceira porta à direita. – Respondeu Bel. Logo Vivi, foi em direção ao banheiro. Nessa hora todos passaram a rir da mesma, com exerção de André, que fez cara de reprovação.

No banheiro…

– Ai meu Deus, onde é que eu vim parar? – Perguntava-se Vivi. – Tomara mesmo que tenha sido só uma brincadeira de mau gosto, se não eu vou dar o fora daqui… – Decidiu.

No quarto da Bel…

– Aff, você não tinha nada que convidar essa otária, André. – Resmungou Janjão.

– Respeita cara! – Repreendeu André. – Eu convidei porque quis, se tá achando ruim vai embora. – Afirmou.

– Até parece… Se eu for embora eu levo a bebida junto! – Afirmou. – Afinal fui eu quem trouxe. – Lembrou.

– Fala baixo! – Repreendeu André. – A Vivi pode escutar.

– Calem a boca, a ela tá vindo aí… – Sussurrou Bel. Assim que Vivi retornou, todos voltaram a ficar em silêncio. De repente a campainha tocou.

– Deve ser o entregador, vou lá receber. – Disse Bel. – Janjão, vai pegar os outros refrigerantes que tão lá na cozinha… – Ao pedir isso, Bel deu uma piscadela. Então, Janjão direcionou-se a cozinha. Ao chegar lá, o garoto pegou os refrigerantes que estavam na geladeira, e em seguida pegou outra garrafa, que estava até então escondida num canto, uma garrafa de bebida alcoólica. Logo, derramou um pouco do refrigerante e completou a garrafa com um pouco da bebida.

– Já batizou os outros refrigerantes? – Perguntou Janu, aparecendo de surpresa.

– Caracas! Quer me matar de susto? – Perguntou Janjão.

– Desculpa! – Exclamou Janu.

– Já batizei esse daqui. – Avisou Janjão.

– E o outro? – Perguntou Janu.

– Tem a Bel… – Lembrou Janjão, pois Bel não tinha o costume de tomar bebidas alcoólicas.

– O que tem eu? – Perguntou Bel.

– Você tem certeza que vai querer beber? – Perguntou Janjão.

– Absoluta! – Afirmou Bel, tomando a garrafa da mão de Janjão, e dando um gole na bebida pura. – Argh! Que coisa forte! – Falou fazendo careta. Janjão e Janu passaram a rir.

– Sendo assim! – Janjão, pegou a babida de volta, deu um gole também e em seguida batizar o outro refrigerante.

Só Janu e Janjão tinham o costume de beber. Janjão havia começado a beber escondido devido aos mals tratos de sua mãe, hoje em dia, nem mesmo ela se importava com isso chegando a ponto de nem se preocupar, ao perceber que o garoto bebia. Já Janu passou a beber por influência de Janjão. Porém este não era seu único vício.

– Eu vou voltar lá no quarto, quando cê terminar aí, vocês trazem. – Concluiu Bel, voltando ao quarto.

– Eu devia ter trazido outra garrafa, acho que isso aqui não derruba ninguém… – Reclamou Janjão.

– Hum, não seja por isso, eu trouxe coisa melhor. – Disse Janu tirando de dentro de sua bolsa um saquinho que continha erva.

– Erva? Você tá maluca? – Perguntou Janjão, preocupado.

– Sim, o que tem de mau? – Perguntou Janu. – É da hora! – Afirmou.

– Devia parar de comprar esse bagulho daquele tal de Paçoca. Você já tá ficando viciada. – Aconselhou Janjão.

– Falou o certinho! – Disse Janu, com sarcasmo. – Quem é você pra vir me dar lição de moral, Janjão, você bebe! – Afirmou com grosseria.

– Bebida é diferente de droga. Sim, eu bebo, mas em compensação nunca fumei nada. – Completou. – Agora anda, guarda isso e traz as pizzas, que eu vou levar os refrigerantes. – Concluiu, saindo da cozinha. Nesse momento Janu ficou pensativa.

Flash back on

Semanas antes…

Janu andava pelas ruas, deprimida, devido ao que Mosca havia lhe feito. Logo, parou na praça e sentou-se num banco, passando a chorar. Enquanto chorava, Janu não percebeu, mas alguém aproximou-se.

– O que uma mina tão gata faz aqui sozinha chorando? – Perguntou o indivíduo. Janu virou-se para ver quem era, e ao ver que se tratava de um garoto de rua, ficou assustada. – Relaxa mina, eu num vou te roubar não! – Afirmou. Era Paçoca.

– O que você quer? – Perguntou Janu ainda chorando. – Eu não tenho esmola!

– Calma! – Pediu o garoto. – Eu num quero esmola não, pelo contrário. Eu fiquei curioso em ver uma mina tão bonita chorando aqui sozinha, a essa hora. – Explicou. – O que é que tá pegano contigo?

– Não é da sua conta. – Disse Janu, enxugando as lágrimas. – Agora sai fora! – Exclamou.

– Xi! Pelo jeito, só pode ter levado um pé na bunda… – Adivinhou o garoto, então Janu o encarou.

– Vai se ferrar, mendigo idiota! – Exclamou a garota, partindo pra cima de Paçoca. Porém o garoto a segurou. Então Janu continuou a chorar.

– Nossa! Velho, a mina tá mau mermo... – Murmurou Paçoca.

– Por que eu fui tão imbecil? Por quê? – Perguntou Janu aos prantos.

– Vish! Mano, eu num sei o que tá pegano com tu, mas pelo jeito a coisa tá foda. – Reparou Paçoca.

– Eu queria que existisse uma forma de esquecer tudo isso, e que me fizesse parar de me importar com as coisas do jeito que me importo! – Afirmou Janu, desabafando.

– Hum, então hoje tu teve sorte, porque eu tenho aqui tudo que você precisa. – Afirmou Paçoca, com um sorriso de orelha a orelha.

– Se isso foi uma cantada, pode ficar certo que eu nunca sairia com um pé rapado que nem você! – Afirmou Janu.

– Calma garota, que mané cantada! Eu num tava falando de mim não. – Explicou Paçoca. – Eu tava falando, era disso aqui ó… – Completou, apresentando a Janu, o famoso baseado.

– Até parece que eu vou fumar isso. – Disse a garota.

– Qualé mano, isso é a solução pra qualquer decepção da vida, vai por mim, só experimenta, eu não cobro nada, tu vai ver como vai melhorar. – Disse Paçoca, tentando convencer Janu. Desesperada como estava, Janu acabou aceitando e experimentou a droga. Porém o que não sabia, era que estava caindo na conversa de Paçoca, pois este sabia que se ela experimentasse e gostasse, ia querer mais, e a quem recorreria? A ele, que venderia a droga. E foi exatamente isso que aconteceu, Janu ficou viciada.

Flash back off

– Sim Janjão, bebida é diferente de droga, e hoje você vai descobrir por quê. Todos vocês vão. – Afirmou falando sozinha. Logo, com um sorriso malicioso no rosto, a mesma abriu uma das caixas de pizza e despejou todo o conteúdo do saquinho, espalhando-o pela pizza. E em seguida levou as duas caixas pro quarto de Bel, onde todos esperavam.

– Aleluia Janu! – Exclamaram todos. Atacando as pizzas, com exerção de Vivi. Janu observou quando Bel, Juca e Janjão pegaram uma fatia da “pizza encantada”, já André e Vivi pegaram a que estava normal.

– Vocês precisam experimentar a de marguerita, é a melhor. – Afirmou Janu direcionando-se ao casal.

– Prefiro a de quatro queijos. – Afirmou Vivi.

– Vai comer só a pizza pura? Toma refri, cara. – Disse Janjão comendo sua pizza.

– Vou tomar, tem light? – Perguntou Vivi.

– Light? – Perguntaram todos.

– Mas é fresca mesmo… – Disse Janjão.

Enquanto isso no orfanato…

No quarto das meninas…

– Vocês acham que a Vivi tá se divertindo com os vizinhos? – Perguntou Cris.

– Do jeito que ela é fácil de se enturmar, deve. – Afirmou Mili.

– Será que ela vai descobrir o motivo da Bel ter terminado com o Rafa? – Perguntou Pata.

– Duvido que a Bel vá contar pra Vivi. – Afirmou Bia. – A não ser que ela esteja bebada. – Completou, rindo.

– Credo Bia… – Repreendeu Mili.

– Mas gente e o Rafa, hein? Parece que tá determinado mesmo em emagrecer, né? – Comentou Cris, mudando de assunto.

– Só um pé da bunda mesmo pra fazer ele enxergar que precisa. – Debochou Bia.

– Bia!!! – Exclamaram todas.

– Mas achei meio estranho essa atitude que ele tomou, porque do jeito que o Rafa é Dramático, pensei que ia passar um ano chorando e se entupindo de doce. – Afirmou Cris, sendo sincera.

– Cris!!! – Exclamaram novamente.

Enquanto isso, no quarto dos meninos…

Rafa estava deitado em sua cama pensativo. Este lembrava de todos os momentos que passara com Bel, enquanto ouvia Bon jovi - Always. Nesse momento, o mesmo não aguentou e passou a chorar descontroladamente.

– Por que Bel? – Perguntou, sozinho aos prantos. – Por que fez isso comigo? – Nessa hora Thiago, Binho e Mosca entraram no quarto.

– Rafa? – Chamou Thiago. Logos os três perceberam que o garoto chorava.

– Tá chorando? – Perguntou Binho.

– Não, tô regando minhas espinhas. – Falou Rafa, grosso.

– Tá, pergunta idiota, foi mau.– Disse Binho.

– Desculpa também, não queria ser grosso. – Afirmou Rafa. Nessa hora os garotos sentaram-se ao lado de Rafa.

– Chora cara, é bom por pra fora mesmo. – Afirmou Thiago, colocando a mão em seu ombro.

– Eu só queria saber o motivo… – Afirmou Rafa.

– Vai ver ela só tá confusa com algo, Rafa. – Afirmou Mosca. – Amanhã ao invés de ignorar tenta conversar com ela direito, pra esclarecer isso de uma vez por todas.

– Tenho medo de me decepcionar mais ainda… – Afirmou o garoto.

– Besteira. – Afirmou Binho. – Olha eu lembro que uma vez a Bia se afastou de mim, certo que a gente nem tava namorando ainda, mas depois a gente se resolveu, quem sabe co conversa vocês também não se resolvem? – Completou.

– Não sei… – Disse Rafa.

– E tem mais cara, você sabe como mulher é indecisa. Quando ela sacar a besteira que fez, com certeza vai se arrepender e pedir pra voltar. – Afirmou Mosca.

– Será? – Perguntou Rafa.

– Com certeza, por que você acha que ela chamou os amigos pra ficarem lá com ela? Pra se distrair da dor de cotovelo, é claro. – Afirmou Thiago.

– Até que faz sentido mesmo… – Concordou Rafa. – Sabe, eu fico aqui pensando, em como ela deve tá se sentindo agora…

– Um lixo, com certeza! – Afirmou Thiago.

Enquanto isso na casa da Bel…

– Uhuuuuuuuuuuuuu! – Gritava Bel, dançando encima da cama, com um pedaço de pizza na mão. Ao som de “Dj snake, lil jon - Turn down for what”. – Essa é a melhor pizza que eu já comi na minha vida! – Afirmou.

– É tão gostosa. – Falava Janjão em crise de risos, deitado no chão. – É mais gostosa do que vocês três juntas. – Afirmou, apontando pras garotas.

– Eu quero transar com essa pizza! – Disse Juca, também aos risos. Janu observava tudo sorrindo, enquanto tomava o refrigerante batizado com vodka.

– Nossa, que exagero, isso tudo por causa de uma pizza? – Perguntou Vivi, sem entender. Nessa hora André fuzilou Janu com olhar.

– Eu disse que a pizza era boa. – Disse Janu, pegando um pedaço da mesma pizza, e dando uma mordida. André e Vivi não comeram, porém André tomou o refrigerante batizado que passou a fazer efeito também.

Minutos depois…

– Turn down for what! – Gritou André, jogando refrigerante em todo mundo.

– Ai André, credo! – Exclamou Vivi, desviando do refrigerante.

– Vivi! – Exclamou André, vindo em sua direção. – Casa comigo? – Perguntou roubando um beijo da garota.

– Nossa André… Você tá com gosto de álcool! – Exclamou Vivi surpresa. – Ah já saquei, o refrigerante tava batizado mesmo, por isso tá todo mundo doido. – Sacou. Nessa hora Janu voltou da cozinha com a garrafa de vodka que tinha usado para batizar os refrigerantes, estava pela metade.

– Agora que você já sabe, vai chorando pra casa, ou melhor, pro orfanato, contar pra mamãezinha Carol! – Mandou Janu, dando um gole direto na garrafa com vodka. Nessa hora todos riram.

– Vivi fracote, não é de nada! – Cantarolou Bel, chapada.

– Duvido que ela tenha coragem, ela é mó fresca! – Afirmou Janjão, rindo. Nessa hora a raiva que subiu pela cabeça de Vivi foi tão grande que a mesma nem pensou duas vezes antes de tomar a garrafa de Janu, e virar, bebendo quase toda a vokda que havia restado.

– Argh! Que forte! – Afirmou, fazendo careta.

– Uuuuu! Ela é corajosa! – Gritaram todos, rindo.

Depois de tomar a bebida, Vivi passou um tempo quieta em um canto, torcendo para que não fizesse efeito, porém, não demorou muito para isso acontecer. Logo, ninguém mais na casa de Bel estava sóbrio. Todos reviravam o quarto de cabeça pra baixo enquanto dançavam, bebiam, e comiam pizza, tendo alucinações devido ao uso de droga, ao som de “ Katy perry - Dark horse”. Em seguida Vivi parou de dançar e ficou apenas observando o pessoal, então Juca se aproximou.

– E aí Lili, qual é a sensação de ter álcool no cérebro? – Perguntou Juca.

– Lili não, seu idiota! Meu nome é… Esqueci! – Falou a garota, rindo.

– Aproveita e come um pedaço de pizza, “Esqueci”! – Ofereceu Janu, entregando a pizza com erva a garota, que comeu.

– Hoje é o melhor dia da minha vida! – Gritou Bel, pulando de cima da cama, e caindo em cima de Janjão, ao fazer isso, a garota o puxou repentinamente para um beijo. Foi um beijo estonteante com direito a língua e pegada.

– Nossa! – Gritou Vivi enquanto os dois se beijavam. – O Rafa vai ficar sabendo disso… – Completou rindo e tirando uma foto. Nessa hora Juca voou encima da mesma, fazendo a garota arremessar o celular longe, e cair no chão em seguida. Então Juca a beijou a força.

– Qual é seu babaca! – Gritou André indo em direção aos dois, porém, antes que chegasse foi interrompido por um beijo de Janu, fazendo com que os dois caíssem em cima da cama. – Credo! Sai de mim baranga! – Gritou André, empurrando Janu que caiu deitada no chão, e passando a rir. Então Juca foi em sua direção, e deitou ao seu lado, a beijando. Porém a coisa foi esquentando, e Juca passou a tirar sua própria roupa, ficando apenas de roupa íntima. Janu fez o mesmo, porém, ao lembrar que estava na frente de todo mundo, resolveu arrastar o garoto pra outro quarto, trancando a porta em seguida.

– Eles foram trepar!!! – Gritou Janjão rindo, indo pra perto de Vivi e André, que agora estavam sentados na cama. Bel ficou sozinha rindo no chão. – Vivi! – Disse, passando o braço em volta do ombro da garota.

– Que é? – Perguntou Vivi, zonza.

– Fala pra Bia que eu amo ela… – Pediu o garoto, seriamente. – E depois manda ela se fuder!!! – Gritou voltando a dançar sozinho. André e Vivi riram da situação, então de repente, seus olhos se encontraram.

– Vivi… – Chamou André.

– Quê? – Perguntou Vivi. Esta parecia não estar muito bem, seus olhos estavam avermelhador, e tudo ao seu redor parecia se movimentar.

– Eu te amo! – Afirmou André. Logo os dois tornaram a se beijar, deitando-se na cama aos poucos.

***

Vivi acordou no dia seguinte com uma enorme ressaca.

– Ai… Bom dia, meninas. – Disse sentando-se na cama, ainda de olhos fechados. – Meni-nas…. – Ao abrir os olhos notou que não estava no orfanato. – Nossa, onde eu tô? – Perguntou-se esfregando os olhos, e os abrindo novamente, então ao olhar pro chão do quarto, deu de cara com Janjão dormindo e roncando, só de cueca. – Que porra é essa? – Perguntou, de olhos arregalados. Então no mesmo momento, virou-se e olhou para o outro lado da cama, onde viu André dormindo, enrolado apenas num lençol. Logo, Vivi levantou-se e foi em direção ao espelho do quarto de Bel, e notou que também estava apenas de roupa íntima. – Puta que pariu! – Exclamou, procurando suas roupas.

– Você não acha que tá muito velha pra usar calcinha de ursinhos? – Perguntou, anunciando que estava acordado.

– Ai meu Deus! Vira pra lá, idiota! – Exclamou, envergonhada. Logo o garoto se virou, deitou e voltou a dormir. Após se vestir Vivi procurou seu celular que ainda estava no chão, e olhou a hora. – Minha nossa! Já é 6:30 da manhã! – Exclamou. Logo direcionou-se aos outros lugares da casa, na intenção de achar alguém acordado, porém ninguém havia levantado ainda. Então decidiu ir até o outro quarto.

Ao chega lá, Vivi encontrou Juca e Janu dormindo abraçados na cama de casal, e Bel dormindo na ponta da mesma.

– Bel? – Chamou Vivi, tentando acordar a garota.

– Hm? – Murmurou Bel.

– Já é de manhã e tem escola… – Lembrou.

– Não tem... – Disse Bel, dormindo.

– Tem sim! E eu preciso ir embora, onde é que ce guarda a chave? – Perguntou.

– Que dia é hoje? – Perguntou Bel, ainda dormindo.

– 9 de dezembro. – Respondeu Vivi, olhando no celular. Ao dizer Isso Bel deu um salto enorme da cama.

– Ai cacete! Meus pais chegam hoje de viajem! – Exclamou, desesperada. – Pessoal acordem pelo amor de Deus! – Gritou sacudindo Janu e Juca. Nessa hora Vivi aproveitou para pegar a chave, abrir a porta e ir embora, caminhando nervosamente até o orfanato no fim da rua, pensando numa boa desculpa por ter dormido fora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Suspeita a forma como a Vivi acordou, hein? HAHAHA Enfim, Comentem!!! Beijos e até o proximo capítulo :3