Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 65
Conversas, conselhos... Etc, etc...


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, aí vai mais um cap! :3
Bom, não reparem, mas, se tiver meio bosta, é pq eu escrevi dormindo, ae já viu né? e.e heuahe
Enfim, comentem!!! Beijos e até o proximo cap :3



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No dia seguinte à festa...

Vivi foi a primeira a acordar no orfanato, porém como de costume quando acordava cedo num dia de domingo, a garota resolveu ficar deitada em sua cama por mais alguns minutos, logo pegou seu celular, colocou os fones, e botou uma música relaxante para ouvir, "I Won't Give Up - Jason Mraz". Enquanto ouvia a música, várias lembranças surgiram à sua cabeça, eram elas boas e ruins. Lembrou-se de quando era criança, das agressões de seu pai contra ela e sua mãe, e de Tati bem pequena chorando assustada. Realmente, aquela não era uma lembrança boa de se recordar. Outra lembrança veio a sua mente, a de quando colocou os pés no orfanato pela primeira vez, junto de Tati. Lembrou dos anos se passando, e de como se transformou de uma criança assustada, para uma garota de personalidade forte e decidida, porém, agora nada disso parecia ter importância, pois essa mesma garota também foi se desfazendo com um tempo, dando seu lugar a uma adolescente superficial e egoísta. Nessa hora Vivi levantou-se e foi em direção ao espelho, onde olhou-se por um tempo.

"Eu ainda sou aquela Vivi de antes, não sou?", perguntou-se em pensamento.

– Ah, para de pensar assim Vivi, todos te amam! – Afirmou a si mesma, abrindo um sorriso forçado. – Todos te amam... – Repetiu. Estava se enganando.

De repente algo interrompeu seu momento de reflexão, alguém a ligar para seu celular, André.

– André?! – Atendeu. – O que você quer me ligando nessa hora? – Perguntou.

*Oi Vivi, como assim a essa hora? Já são 9 horas...*

– Cacara! É verdade... – Respondeu Vivi olhando a hora. – É que dia de domingo é raro alguém acordar antes de meio dia aqui. – Disfarçou.

*Então, eu queria saber se a nossa saída de hoje ainda tá de pé.*

– Ah sim, tá claro! – Respondeu a garota.

*Beleza! Então, a gente se encontra lá às 16:00 h, ok?*

– Combinado! – Concordou Vivi, desligando o celular.

– Era o André? – Perguntou alguém, assustando Vivi.

– Nossa que susto, Cris! – Exclamou Vivi ao notar que era Cris, a garota acabara acordando devido a conversa de Vivi ao telefone. – Era... – Respondeu, sem jeito.

– Não precisa ficar com essa cara, Vivi. – Afirmou Cris.

– Você Não tá brava por que eu vou sair com o André? – Perguntou Vivi.

– Não, eu tava, mas já passou. – Afirmou Cris. – Agora eu tenho o Samuca, por que ia querer outro garoto? – Perguntou. Vivi ficou em silêncio. – Já você acho que não pensa assim. – Deduziu.

– De onde você tirou isso, Cris? – Perguntou Vivi.

– Acorda Vivi! Depois do vexame de ontem, eu seria uma burra se não tivesse percebido que você não gostou nenhum pouco da minha reconciliação com o Samuca. – Afirmou Cris. – Enfim, pode ficar despreocupada, porque ao contrário de você, eu não tô incomodada com o seu lance com o André. – Concluiu. – Agora com licença, que eu vou cuidar da minha vida. – Disse, levantando-se.

– Espera Cris... – Pediu Vivi, interrompendo. Cris esperou que a garota prosseguisse. – Me desculpa por ontem, eu não sei o que deu em mim.

– Tem certeza que você não sabe, Viviane? – Perguntou Cris.

– Eu não gosto do Samuca, te garanto. – Afirmou Vivi.

– Então por que diabos você fez aquilo? – Perguntou Cris, num tom de voz alta.

– Deixa eu dormir, cacete! – Gritou Bia de sua cama, dormindo.

– Responde Vivi! – Ordenou Cris, diminuindo o tom de voz.

– Melhor a gente conversar em outro canto. – Disse Vivi. Logo ambas foram conversar no banheiro feminino.

No banheiro feminino...

– (…) E foi por isso que eu fiz aquilo... – Concluiu Vivi. – Porque eu gostava quando o Samuca era afim de mim, mas eu só gostava do sentimento que ele transmitia, e não dele.

– Nossa Vivi, que egoísta... – Afirmou Cris.

– Vai me dizer que você também não gostava quando o Thiago tava afim de você? – Perguntou Vivi.

– Gostava... – Afirmou Cris.

– Tá vendo?! – Disse Vivi, mostrando que era a mesma coisa.

– É mas agora ele tá ficando com a Ana e mesmo assim, eu nem agi como você. – Disse Cris.

– Porque agora você tá com o Samuca, mas se tivesse solteira, te garanto que você ia ficar incomodada! – Afirmou Vivi, calando Cris. – A verdade Cris, é que quando eu vi todo mundo acompanhado ontem na festa, inclusive a minha irmã mais nova! E eu não, me senti a garota mais fracassada da face da terra. E por isso agi sem pensar. – Revelou Vivi, passando a chorar.

– Nossa amiga, eu não tinha visto por esse lado... – Disse Cris, sem jeito.

– Tudo bem. – Falou Vivi.

– Mas não fica assim, Vivi. Hoje você vai sair com o André, não é? – Lembrou Cris. – Quem sabe não dá certo?

– Ah Cris, você tá cansada de saber que o André não presta! – Exclamou Vivi. – Tá na cara que ele só quer sair comigo porque eu sou a mais bonita da escola! – Completou. Cris riu.

– Até assim você se acha a última bolacha do pacote. – Reparou, Cris.

– Eu não me acho, eu sou! – Corrigiu Vivi.

– Tá! Mas se você tem tanta certeza, então porque vai sair com ele? – Perguntou Cris.

– Porque ele é o único menino bonito da escola que tá solteiro. E eu tô cansada de ficar encalhada! – Afirmou Vivi.

– Hum, você se acha, ele também... – Disse Cris. – Quem sabe não dar certo? – Concluiu, sorrindo. Indo tomar banho.

– O que será que ela quis dizer? – Perguntou Vivi, sem entender.

***

Após acordarem, todos foram à cozinha tomar café.

– Bom dia pessoal. – Disse Mosca entrando na cozinha.

– Bom dia! – Responderam todos.

– Bom dia pessoal! – Disse Samuca.

– Bom dia Samuca! – Responderam todos.

– Muquinha, senta aqui, amor! – Exclamou Cris.

– Vocês voltaram mesmo a namorar? – Perguntou, Rafa.

– Sim! – Afirmou Cris.

– Não! – Negou Samuca, ao mesmo tempo.

– O quê?! – Perguntou Cris, encarando Samuca decepcionada.

– Ainda não é oficial, porque eu ainda não pedi. – Falou Samuca, segurando a mão de Cris. – Cristina, você aceita me namorar? – Perguntou o garoto. Cris abriu um enorme sorriso no rosto.

– Mas é claro que sim, Muquinha! – Disse a garota abraçando Samuca. Nessa hora todos gritaram “Aeeeee!”. Menos Teca, que saiu com raiva.

– Todo mundo tá feliz e namorando, menos eu! – Afirmou a menina, saindo correndo em seguida.

– O que deu na tequinha? – Perguntou Chico entrando na cozinha.

– Ela deve tá assim por causa do Fá...

– Maria! – Exclamaram todos, pois Chico não sabia que sua afilhada tinha namorado.

– Por causa de quem, Maria? – Perguntou Chico sem entender.

– Deixa gente, eu vou lá conversar com ela. – Disse Vivi, indo atrás da garota.

– Por causa do Fafá! Foi um passarinho que a Teca pegou, de novo, mas aí ele foi embora. – Disfarçou Tati.

– Ah, mas eu já falei pra essa menina que não se prende esses animais, ela nunca escuta... – Concluiu Chico. – Agora dá licença crianças que eu vou alí fora cuidar das plantas. Nessa hora, Ana entrou na cozinha.

– Bom dia gente! – Exclamou ao entrar.

– Bom dia! – Responderam todos.

– E aí, como tá se sentindo agora que tem 11 anos, Ana? – Perguntou Maria, sendo simpática. Até esse momento, Ana ainda não havia olhado em direção à Maria, e ao fazer isso, novamente teve um susto, alí sentada ao lado de Maria, estava a mesma garota, vestida de boneca. Ana a ignorou, e apertou forte seu amuleto.

– Tô me sentindo tão normal, quanto quando tinha 10. – Afirmou Ana, sentando-se ao lado de Thiago.

Na sala...

Teca chorava descontroladamente.

Flashback on

– Nossa que legal, eu nunca tinha vindo num restaurante Chinês antes... – Afirmava Teca, animada.

– Eu espero que você goste. – Disse Fábio, inseguro. Logo Teca experimentou o prato.

– Xi, não gostei... – Falou a garota, deixando Fábio sem graça. De repente Teca passou a rir. – Eu tô brincando seu bobinho! Tá uma delícia! – Revelou sorrindo.

– Nossa, você me assustou. – Disse Fábio, sorrindo aliviado. Nessa hora ambos encaram-se por alguns segundos.

– Fábio... – Disse a garota.

– O quê? – Perguntou o garoto.

– Você promete que não vai me deixar? – Perguntou a garota.

– Por que tá me pedindo isso? – Perguntou o garoto, sorrindo.

– É que eu já perdi muita gente, tenho medo de perder você também... – Afirmou Teca, insegura. Nessa hora Fábio segurou sua mão.

– Não seja boba, Teca. Não vou te deixar, esse é o nosso primeiro mês de namoro, de muitos que virão, nós vamos passar, meses, anos e se for possível até décadas juntos, você vai ver. – Afirmou o garoto, lhe dando um selinho.

Flash back off

– Não foi possível, Fábio... Você também me abandonou. – Falou a garota em meio a soluços e lágrimas.

– Tá tudo bem aqui? – Perguntou Vivi, chegando ao pátio.

– O que você acha? – Perguntou Teca, com arrogância.

– Não precisa falar comigo desse jeito! – Exclamou Vivi.

– Desculpa. – Disse Teca.

– O Fábio não deu notícias, desde que foi embora? – Perguntou Vivi.

– Não. – Respondeu Teca. – Não ligou, não entrou nas redes sociais... Nada. – Completou, respirando fundo.

– Ah... Mas não fica assim, talvez ele teja sem tempo. – Disse Vivi.

– Ou talvez não. – Afirmou Teca. – Ontem, eu ouvi o que o Duda falou sobre o seu ex namorado. – Contou. – Você acha que comigo vai acontecer a mesma coisa? – Perguntou.

– Bom, isso eu não sei, porque cada caso é um caso. – Afirmou Vivi. – Espera, pra ver se ele dar notícias, e não se esquece, você tem que tá preparada pras essas duas coisas, tanto a boa quanto a ruim, então, se caso der errado, não fique se lamentando, porque você é jovem, e esse é seu primeiro namorado, nem sempre dar certo. – Aconselhou. – Entretanto, tem muita gente por aí que namora à distância e não tem problema nenhum, então, não é porque comigo deu errado, que com você vai acontecer a mesma coisa. – Acrescentou.

– Valeu Vivi, não sabia que você era boa em dar conselhos... – Agradeceu Teca, sorrindo.

– Não tem de quê! – Respondeu Vivi. Logo Teca saiu em direção ao computador, na intenção de mandar uma mensagem na rede social de Fábio, e ao entrar se deparou com uma mensagem do garoto, a qual lhe deixou completamente emocionada: “Se o amor é verdadeiro ele permanece para sempre, não importa os obstáculos. Te amo.”

Mais tarde...

Mosca estava no pátio pensativo, quando Mili apareceu.

– Mosca? – Chamou a garota.

– Ah, oi amor... – Atendeu Mosca.

– O que você tá fazendo aqui sozinho? – Perguntou Mili.

– Pensando numas coisas. – Afirmou Mosca.

– Em quê exatamente? – Perguntou Mili.

– Em um lance que aconteceu ontem de madrugada... – Respondeu Mosca.

– Que lance? – Perguntou Mili.

– Sabe Mili, quando eu tava procurando a Ana, eu podia jurar ter ouvido uma voz me dizendo exatamente onde ela tava, daí eu fui lá olhar, e era verdade. – Contou Mosca.

– Nossa... Que estranho... – Afirmou Mili. – Será que você também é clarividente? – Perguntou.

– Acho que não, tenho uma explicação melhor pra isso. – Disse Mosca.

– Qual? – Perguntou Mili.

– Brian. Era a voz dele. – Respondeu Mosca.

– Sério? – Perguntou Mili, tensa. – Você acha que ele pode ter voltado? – Perguntou.

– Não sei, porque eu não tô me sentindo mau como me sentia antes... – Afirmou Mosca.

– Que estranho... – Concluiu Mili.

– Nem me surpreendo mais. – Disse Mosca.

– Mas me diz uma coisa, Mosca. – Pediu Mili. – Por que ele ajudaria você a encontrar a Ana, se ele é o espírito vingativo de um psicopata? – Perguntou.

– Também não sei. – Disse Mosca. – Mas o curioso não é só isso... – Completou. – Esses dias eu tive um sonho bem estranho envolvendo ele, e acho que tem a ver com a maldição. – Contou. – Mas só de pensar que ainda tenho que resolver isso, me dar dor de cabeça...

– Então não pensa... Pelo menos não agora, aproveita que tá tudo bem... – Disse Mili.

– Sim, tá tudo bem. Mas até quando, Mili? – Perguntou Mosca, preocupado. Nessa hora Mili o abraçou.

– Mosca, não pensa nisso agora... – Repetiu Mili.

– Não consigo... – Disse Mosca. Então nessa hora Mili olhou em seus olhos.

– Eu te ajudo... – Disse. Em seguida a mesma juntou seus lábios aos dele, dando início a um longo e envolvente beijo. Fazendo com que o mesmo esquecesse seus problemas ao menos por um momento.

Na sala...

Algumas das meninas estavam conversando.

– Que horas você disse que sua mãe vinha te buscar, Ana? – Perguntou Bia.

– Ela já deve tá chegando. – Afirmou a garota. De repente a campainha toca. – Eu abro, deve ser ela. – Disse, abrindo a porta. – Mãe!!! – Exclamou ao ver que era realmente sua mãe.

– Está pronta? – Perguntou Madame Esmeralda.

– Sim, vou pegar a minha bolsa! – Afirmou Ana.

– Oi Madame Esmeralda... – Cumprimentou Bia.

– Olá Beatriz. – Respondeu Madame Esmeralda. Nessa hora Mosca ia passando pela sala

– Madame Esmeralda, é verdade que a senhora consegue enxergar o futuro na bola de cristal? – Perguntou Cris, curiosa.

– Bom, isso depende muito da situação. O cristal funciona como um auxiliar, ele nos mostra o que precisamos ver, não o que queremos. – Nessa hora Mosca pode perceber que madame Esmeralda o encarou, claramente. – Tanto pode nos mostrar coisas do futuro, como do presente, e até mesmo do passado, contanto que aquilo sirva para nos ajudar em nossa situação atual, se não, nada se pode ver. – Explicou a mulher. Mosca engoliu seco, pois, aquela mensagem realmente havia sido para você.

– Então se eu quiser ver a resposta da prova de matemática eu posso? – Brincou Bia.

– Se você pedisse a resposta da prova, provavelmente o cristal lhe mostraria um livro, indicando que você precisaria estudar para obtê-la, Beatriz. – Respondeu Madame Esmeralda, deixando Bia com cara de tacho, e fazendo todos rirem.

– Toma essa, Bia! – Exclamou Tati, zombando da garota. Bia mostrou a língua.

– Pronto, já tô pronta, mãe! – Disse Ana, voltando com a bolsa.

– Então vamos. – Chamou sua mãe. – Até logo crianças! – Despediu-se.

– Tchau Madame Esmeralda! – Exclamaram.

– Té mais tarde gente! – Despediu-se Ana.

– Até! – Responderam.

– E não esquece da minha barra de chocolate! – Lembrou Bia.

– Tá bom... – Disse Ana rindo. Logo esta saiu com sua mãe.

– Nossa, que folgada, Bia! – Reparou Tati.

– Eu mereço! – Afirmou Bia.

Logo...

No shopping...

Não demorou muito para que Ana e sua mãe chegassem ao shopping. Logo, ambas foram em direção à loja da cigana Rubi, sua tia. Ana estava bastante ansiosa em conhecê-la.

Ao chegarem à loja de artefatos ciganos, Ana logo avistou a mulher de cabelos ruivos, longos e ondulados, com vestes vermelhas, rodeada de amuletos e jóias. Rubi. Ao avistá-las, a mulher ficou surpresa.

– Olá Rubi. – Cumprimentou Madame Esmeralda.

– Não consigo acreditar! – Exclamou vindo na direção das duas. – Finalmente você a trouxe aqui! – Completou, ainda surpresa.

– Ana, esta é sua tia, Rubi. – Apresentou Madame Esmeralda.

– Oi... – Cumprimentou Ana.

– Olá minha sobrinha, como você é linda! – Afirmou a mulher, esta abraçou a garota tão exageradamente, que acabou a deixando enfestada com o cheiro forte de seu perfume.

– Obrigada, a senhora também é! – Disse Ana, distanciando-se.

– Ei, não precisa me chamar de senhora, não sou que nem a carrancuda da sua mãe! – Afirmou Rubi, provocando Esmeralda. Ana riu. – Mas então, tá ansiosa pra ir morar na... – Nessa hora Rubi recebeu o olhar cortante de Esmeralda. – Na casa da sua mãe? – Disfarçou Rubi.

– Sim, muito! – Afirmou Ana. – Eu não vejo a hora! – Completou.

– Que ótimo! – Concluiu sua tia. Rubi segurava-se para não comentar sobre a transição ou coisa parecida com a garota, a pedidos de Esmeralda. Então apenas conversaram sobre coisas normais, como, artefatos ciganos, e a vida da garota no orfanato. Depois disso, Rubi mostrou alguns objetos de sua loja, e alguns animais também, incluindo sua cobra de estimação, Jade.

– Nossa, uma cobra de verdade?! Que legal! – Afirmou Ana admirada. – Se o Neco viesse aqui, ele ia surtar.

– Quem é Neco? – Perguntou rubi.

– O Neco é um menino que mora lá no orfanato, ele veio da Amazônia, e morre de medo de cobra, porque uma vez ele disse que (…) – Enquanto Ana conversava com sua tia Rubi, Esmeralda apenas as observava, sem nada dizer. Esta parecia não se dar bem com sua irmã, mesmo. Depois de passar um tempo na loja de sua tia (e ganhar vários agrados, incluindo uma roupa de cigana e lenços) Ana saiu com sua mãe para lanchar no shopping. Enquanto lanchavam, ambas passaram a conversar.

– Então, o que achou da sua tia? – Perguntou Madame Esmeralda.

– Achei ela legal, e engraçada. – Disse Ana, dando uma mordida em seu sanduíche. – Mas eu notei que vocês parecem não ser muito amigas, foi impressão?

– Não, não foi impressão. – Respondeu Madame Esmeralda. – Rubi eu desde pequenas nunca fomos unidas. – Contou.

– Ah... – Concluiu Ana. Houve silêncio.

– E o amuleto, vejo que está usando, você gostou? – Perguntou sua mãe. Ao lembrar do amuleto automaticamente, Ana lembrou-se do nome “Ágata” o que lhe fez pensar no que ocorreu na madrugada de seu aniversário.

– Sim, gostei muito, faz eu me sentir segura. – Disse Ana. Houve silêncio novamente. – Mãe... – iniciou.

– Sim? – Perguntou sua mãe.

– Eu tenho uma dúvida, e acho que a senhora pode me esclarecer... – Disse.

– E qual seria essa dúvida? – Perguntou Madame Esmeralda.

– Quando eu nasci, meu nome ia ser Ana mesmo? – Perguntou Ana. Madame Esmeralda respirou fundo.

– Ela apareceu pra você. – Afirmou a mulher, antes que Ana revelasse.

– Então era verdade, tudo o que ela disse... – Murmurou Ana, tensa.

– Veja bem Ana, depois que faleceu sua irmã se tornou um espírito vingativo, seja o que for que ela tenha dito, não dê ouvidos. – Aconselhou sua mãe. – Pois ela foi contaminada por aqueles que se opuseram a sua transição.

– Ela disse coisas horríveis e tentou me matar afogada na fonte! Daí, apareceram umas sombras e me seguraram, e depois eu sair do meu corpo! Foi a pior coisa que eu já vivenciei! – Afirmou Ana, lembrando de tudo.

– Sinto muito querida. Não queria que você tivesse descoberto assim. – Lamentou sua mãe. – Mas não se preocupe, nada mais vai acontecer a você, pois você está usando o amuleto, e quando você aperfeiçoar seu dom, nem precisará de amuleto, se protegerá sozinha.

– Sério? E quando eu vou aperfeiçoar o meu dom? – Perguntou Ana.

– Em breve, querida. – Respondeu sua mãe. – Agora eu peço que você tente não lembrar desse episódio acontecido envolvendo sua irmã, para que não fique triste.

– Ok... – Concluiu Ana. – Mas, porque ela ficou daquele jeito, mãe? Porque ela se tornou um ser do mal? – Perguntou Ana.

– Ela está cega, pelo ódio, e pela sede de vingança, porque pensa que você tomou o lugar dela. – Contou sua mãe. – Mas ela está enganada, porque esse lugar sempre foi seu, porque você é a verdadeira intermediária. – Explicou. Ana compreendeu e lamentou por isso, logo mudou de assunto.

– Também aconteceu outra coisa. – Disse Ana. Logo sua mãe esperou que a mesma contasse. – Quando eu saí do meu corpo, eu vi o Brian. E foi ele quem me salvou. – Revelou.

– Brian, o espírito vingativo que persegue seu amigo? – Perguntou Madame Esmeralda.

– É... – Afirmou Ana. – Porque ele fez isso, se ele é mau? – Perguntou.

– Essa é uma boa pergunta, minha filha. – Disse Madame Esmeralda. – Geralmente todo ser humano quando desencarnado, mantém a personalidade que tinha em vida, então não dar pra entender o que se passa realmente na cabeça de cada um deles. – Explicou sua mãe.

– Ah, entendi. – Concluiu Ana. – Mas um espírito vingativo, pode se tornar um espírito do bem, algum dia? – Perguntou.

– Sim, claro que podem. – Afirmou sua mãe. – Se assim desejarem e fizerem por onde. – Completou. – Mas não vamos continuar com esse assunto, sim? Você terá muito tempo pra isso, quando morarmos juntas. – Afirmou sua mãe. – Que tal comprarmos algo, pra você e para os seus amigos?

– Sério mesmo? – Perguntou Ana. – Seria ótimo! – Concordou. Logo, ambras foram passear pelas lojas do shopping, a procura de lembranças para os seus amigos.

***

Faltavam 15 minutos pras as 16 horas, quando Vivi terminou de se arrumar, logo, esta saiu, pegou um ônibus, e foi para o shopping onde se encontraria com André. Ao chegar no shopping Vivi ficou esperando na entrada alguns segundos.

– Ai, será que foi mesmo uma Boa eu ter vindo? E se ele me der um bolo? – Perguntou-se.

– Oi Vivi. – Cumprimentou alguém, atrás da garota. Logo Vivi se virou e viu que se tratava de André.

– Oi André! – Exclamou a garota. Ambos cumprimentaram-se com dois beijos no rosto. – Nossa! Você já tá aqui? – Perguntou, sem graça.

– Faz um tempinho. – Afirmou André. – Eu até vi quando você desceu do ônibus. – Contou.

– Ah! Então você viu quando eu levei aquela topada?! – Perguntou envergonhada. – Ai que mico... – Choramingou.

– Eu nem reparei nisso. – Disse André, rindo.

– Sei. – Desconfiou Vivi.

– Mas e então, vamos entrar? – Perguntou o garoto.

– Vamo! – Concordou Vivi. Logo Ambos entraram.

Assim que entrou no shopping junto de André, Vivi deu de cara com Ana e sua mãe, indo em direção à saída, então Ana aproveitou para entregar a lembrança que havia comprado para a mesma. Um chaveiro de ursinho. Em seguida se despediu e foi embora.

– Então quer dizer que aquela é a mãe da Ana?– Perguntou André.

– Aham, ela encontrou a mãe a pouco tempo, parece que tinha sido raptada do hospital quando nasceu. – Contou Vivi.

– Quem, a mãe dela? – Perguntou André.

– Não né? A Ana, tonto! – Afirmou Vivi.

– Atá, eu entendi, só tava te testando! – Disfarçou André.

– Sei... – Concluiu Vivi, rindo do garoto. Logo ambos foram em direção ao cinema.

– Nossa, não tem nenhum filme que preste! – Afirmou Vivi.

– Hm, tem aquele alí de comédia, parece ser legal. – Disse André.

– Tá, vamo ver ele, então. – Decidiu Vivi.

– Xi! Mas ele só começa da qui a meia hora! – Notou André. – Tudo bem se a gente esperar?

– Tudo bem, a gente espera. – Concordou Vivi.

– Quer beber alguma coisa, enquanto a gente espera? – Perguntou André.

– Um milk shake, pode ser! – Disse Vivi. – Bem grande de preferência.

– Sério? – Perguntou André surpreso.

– Que foi? – Perguntou Vivi.

– Pensei que você era daquela garotas frescas, que não comem nada... – Confessou o garoto.

– Quê? Tá me chamando de anoréxica? – Perguntou Vivi, irritada.

– Não, longe disso! – Afirmou André.

– Ah, então quer dizer que eu tô gorda? – Perguntou Vivi.

– Quê?! Eu nem disse isso! – Exclamou André.

– Eu tô te zoando... – Disse Vivi, rindo da situação.

– Nossa, você me assustou... – Disse André.

Logo ambos compraram os ingressos e em seguida foram à lanchonete do shopping, lá pediram dois milk shakes, Vivi pediu de abacaxi, e André de baunilha.

– Engraçado, o Juca trabalha aqui, mas não tô vendo ele. – Reparou Vivi, tomando seu milk shake.

– Juca? O cara que a Janu tá afim? – Perguntou André.

– Mentira! – Exclamou Vivi. – Sério que ela tá afim dele? – Perguntou Vivi.

– Sim, eles até combinaram de sair. – Contou André. – Eu ouvi ela contando pra Bel.

– Interessante. – Afirmou Vivi.

– Mas não vamos falar deles, né? – Disse André, mudando de assunto. – Quero falar da gente. – Completou.

– Da gente? – Perguntou Vivi.

– É... – Respondeu o garoto a encarando.

– Mas não tem nada pra falar da gente. – Disse Vivi.

– Ainda não, mas quem sabe a partir de hoje... – Disse André, deixando Vivi sem graça.

Depois...

Após tomarem milk shake e conversarem bastante, deu a hora do filme, logo os dois foram para a sala de cinema. Enquanto viam o filme, Vivi notou que André a encarava mais do que via ao filme, e isso estava a deixando sem jeito. Logo, sem dizer nada o garoto pegou a sua mão.

– Vivi... – Disse o garoto.

– O quê? – Perguntou Vivi, nesse momento seus olhos se encontraram. Então sem dizer mais nada, seus lábios se tocaram, dando início a um longo beijo, então André pediu passagem com a língua, e Vivi concedeu, e ambos passaram a se beijar mais intensamente, sendo interrompidos apenas pela falta de fôlego.

– Eu quero que você saiba que o motivo de eu ter te chamado pra sair, vai muito mais além do que você pensa. –Disse André. – Eu realmente gosto de você. – Afirmou, beijando Vivi novamente.

Depois...

No orfanato...

Todo estavam na sala conversando sobre as coisas que Ana havia trouxera (Que variavam entre chaveiros, barras de chocolate e lenços ciganos de cabelo).

Nessa hora Vivi chegou ao orfanato.

– Vivi! Que bom que você chegou! – Exclamou Tati, indo em direção à irmã. – Olha só as coisas que a Ana trouxe.

– Legal... – Falou Vivi com cara de monga, sem ao menos olhar pro pessoal, ou parar de andar, logo a mesma subiu em direção as escadas com um sorriso estampado na cara.

– Eu hein, pelo jeito o dia foi bom... – Reparou Pata, rindo.

– Só pra ela e pra Ana, porque pro resto de nós foi um tédio. – Afirmou Bia.

– Concordo... – Concordaram todos.

– Ah pessoal, mas vejam pelo lado bom, amanhã é segunda! – Disse Cris animada.

– E o que tem de bom nisso? – Perguntou Thiago.

– É o dia da escolha do elenco pra peça da escola! – Lembrou a garota.

– Nossa, tem razão, é amanhã! – Lembrou Mili.

– Tomara que a gente pegue papéis bons, porque eu me mato se tiver que interpretar um papel idiota! – Afirmou Thiago.

Enquanto isso no quarto das meninas...

Vivi entrou no quarto e novamente olhou-se no espelho.

"Eu ainda sou aquela Vivi de antes, não sou?", perguntou-se, em pensamento.

– Sim, eu ainda sou. – Afirmou, sorrindo, verdadeiramente dessa vez.


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Notas finais do capítulo

Iae oq acharam? Comentem ae! O proximo sai logo :3
Agr vou dormir, pq virei a noite e.e
ps: Como vocês sabem, está na reta final, na reta final MESMO! Mas ae vem a segunda temporada EBAAAAAAAAA!! (mano to caindo de sono e.e) Enfim, é isso agr vou dormzzzzzzzzzzzz