Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 62
É feita a transição...


Notas iniciais do capítulo

Oie genteeeee aqui estou eu de volta! õ/ uhuuuuuuuu E dessa vez voltei pra valer ahahaha, enfim, espero que gostem desse cap, tá muuuuuito tenso, porém imperdível!! Tenham uma boa leitura, e não se esqueçam de comentar!!!
Ps: Quero agradecer a Cycy, pela recomendação *--*
Ps²: Leiam as notas finais u-u



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Meia hora antes...

Ana dormia tranquilamente em sua cama quando sentiu uma briza gélida passar por seu corpo, causando-lhe arrepios. Isto fez com que a mesma despertasse lentamente. Ao acordar, Ana se viu virada para a parede, tendo a sensação de que algo estava ao seu lado, porém o medo falou mais alto, fazendo com que a garota permanecesse quieta na mesma posição. Porém, enquanto estava quieta algo atiçou sua curiosidade, uma doce voz de criança a cantar.

"Sweet dreams are made of these

Who am I to disagree?

Travel the world and the seven seas

Everybody's looking for something..."

Ao ouvir aquilo, Ana teve a completa certeza de que havia alguém ao seu lado. A princípio pensou que poderia ser uma das garotas, mas logo se desfez dessa ideia, pois aquela voz não era conhecida. Nesse momento a curiosidade foi mais forte, e Ana decidiu se virar, ao fazer isso, deu de cara com sua irmã Safira a encarando, o que lhe causou um enorme susto. Ana pensou em gritar, entretanto manteve-se firme, pois, aquela era sua irmã, que mal poderia a fazer?

– Oi? – Murmurou Ana, numa voz trêmula. Porém o espírito nada disse, continuou como estava, parado, a encarando. – Você é a Safira, não é? – Perguntou Ana, sem ouvir respostas. – Não precisa ter medo, eu não v... – Ana foi interrompida por um rápido movimento da pequena criança, que direcionou o dedo aos lábios de Ana, pedindo silêncio. Ana engoliu seco.

– Venha comigo, Ágata. – Pediu Safira, direcionando-se à porta. Ana não entendeu. Ágata? Quem seria Ágata? Olhou em volta. – Venha... – Pediu novamente a criança. Logo caiu sua ficha.

– Ágata, sou eu... – Murmurou Ana, seguindo sua irmã.

Ana seguiu sua irmã até a parte externa do orfanato, próximo à fonte, onde a garota parou.

– Por que estamos aqui? – Perguntou Ana, sem respostas novamente. Safira estava parada, ao lado da fonte que transbordava de água. – Eu vi você ontem de manhã, antes de ir à escola... – Continuou. – Você tem algo a me dizer, não tem? – Perguntou. Porém Safira permaneceu quieta, virada de costas para sua irmã, que desistiu de continuar falando. – Tá frio aqui fora, muito frio... É melhor eu entrar. – Concluiu a garota, dando um passo para trás.

– Eu sei que você não quer concluir a transição, Ágata. – Afirmou Safira, interrompendo os passos de Ana, que a encarou surpresa.

– Q-Quem te contou isso? – Perguntou Ana confusa.

– Ninguém, mas eu sei que estou certa. – Disse a garota.

– Não... – Discordou Ana. – Você está enganada. – Afirmou.

– Você só vai fazer porque tem medo de morrer. – Afirmou Safira, deixando Ana em silêncio, pois dessa vez a mesma não tinha como negar que Safira tinha razão.

– E-Eu... – Ana não tinha como negar que dessa vez, Safira tinha razão. Pois se houvesse um jeito para sair de tudo aquilo, sem precisar morrer depois, nem pensaria antes de desistir.

– Não se preocupe, Ágata. – Pediu Safira, num tom de voz amigável. – Eu conheço um jeito de você não fazer o ritual, e não morrer depois. – Afirmou.

– Sério?! – Exclamou Ana, surpresa. – E qual é? – Perguntou. Ao fazer esta pergunta, a pequena garota ruiva virou-se em sua direção lentamente, então num piscar de olhos à atacou.

– Morrendo agora! – Gritou Safira numa voz de fúria, empurrando Ana contra a fonte, esta bateu a cabeça, porém permaneceu desperta, e pode ver quando sua irmã, com a ajuda de sombras, forçaram-na a ficar com a cabeça submersa. Ana tentou lutar porém não conseguiu, pois estava muito fraca devido à pancada. De repente Safira permitiu que Ana levantasse a cabeça para uma última respiração.

– Por quê? – Perguntou Ana, com dificuldade. Esta estava sendo segurada pelos espíritos sombrios.

– Porque era eu quem devia estar viva, EU devia ser a intermediária! – Afirmou Safira. Aquela estava muito rancorosa para uma criança de 6 anos. – Mas, você estragou tudo Ágata, porque você nasceu antes de mim, e eu fiquei com a maldição da morte! – Gritou.

– Eu sinto muito! – Exclamou Ana, desesperada.

– Não irmãzinha, você não sentiu nada até hoje, mas agora isso vai mudar. – Afirmou Safira. Ao dizer isso, os espíritos sombrios, forçaram Ana a ficar com a cabeça submersa novamente, até que a garota perdesse totalmente sua consciência.

***

Ana acordou alguns minutos depois caída ao lado da fonte, porém teve um susto enorme ao ver-se desacordada na água ao seu próprio lado.

– Mas o quê...

– Você saiu do seu corpo. – Explicou uma voz familiar, vinda de trás. Logo Ana virou-se e deu de cara com um espírito já conhecido, Brian.

– Brian? – Perguntou a garota, assustada.

– Saudações! – Cumprimentou Brian.

– Desde quando tá aqui? – Perguntou Ana, tensa com a presença de Brian.

– Desde sempre, acontece que sua mãe te bloqueou contra mim, por isso você parou de me ver. – Explicou o mesmo.

– Ah... – Entendeu Ana. – Mas eu tô te vendo agora, então significa que... Eu morri?! Exclamou, apavorada.

– Parcialmente... – Afirmou Brian.

– Como assim parcialmente? – Perguntou Ana, confusa.

– Você tá quase morta, mas ainda não morreu. – Disse Brian sem dar muita importância.

– Ai meu Deus, e o que eu faço? – Perguntou Ana.

– Nada, ué. – Disse Brian rindo da garota. – Se te encontrarem a tempo, você vive, se não... Gostaria de uma companhia para tomar chá. – Concluiu, num tom de voz irônico, distanciando-se. Logo Ana passou a chorar, fazendo com que o homem voltasse em sua direção. – O que foi agora? – Perguntou.

– Eu nunca faço nada direito, sempre acabo estragando tudo... Eu sou uma imbecil, e agora vou morrer!!! – Afirmou Ana, aos prantos. Brian revirou os olhos. De repente o mesmo avistou Mosca caminhando ao fim do pátio.

– Vou ajudar você, Ana. Mas só porque não quero uma pirralha morta choramingando no meu ouvido pro resto da morte. – Afirmou o espírito. Logo Ana notou quando o mesmo aproximou-se de Mosca. Ana tentou chamar Mosca, inutilmente, pois o garoto jamais conseguiria a ouvir, então apenas esperou e observou Brian.

Ao se aproximar do garoto, Brian induziu o mesmo à ir até onde o corpo de Ana estava.

– Não consigo mais lhe controlar como antes Felipe, pois você é um garoto feliz agora. – Disse. – Mas ainda posso chamar sua atenção! – Exclamou penetrando seus pensamentos dentro da mente de Mosca.

"Ajude-a, ela se encontra na fonte!", Disse Brian brevemente, na mente de Mosca.

Mosca ficou um tanto assustado e confuso com aquilo, porém resolveu conferir, aproximando-se da fonte, e lá encontrou Ana.

***

Agora...

– Gente! Corre aqui rápido!!! – Gritou Mosca desesperado, o ver o estado de Ana. O espirito da mesma observava tudo que estava acontecendo, ao lado de Brian. Logo todos chegaram no lugar.

– Ana!!! – Gritou Bia desesperada ao encontrá-la naquela situação.
Ana observou a reação de todos ao vê-la daquela forma. Todos ficaram abalados e entraram em desespero, com exerção de Thiago, este ao notar Ana na água, entrou em choque.

Rapidamente Bia e Mosca tiraram Ana da água, então Mosca fez massagem cardíaca na mesma, tentando reanimá-la. Não deu certo, logo decidiu fazer respiração boca a boca.

– Porque o Mosca tá me beijando? – Perguntou o espírito de Ana, arregalando os olhos. De repente a mesma sentiu um puxão em seu corpo (espiritual).

– Fique atenta, é agora que você deve voltar. – Afirmou Brian. Então, em questão de segundos, Ana desapareceu em espírito, voltando para o seu corpo, em meio a uma tosse, seguida de bastante água saindo de dentro de seus pulmões.

– Ana!!! – Exclamou Bia, abraçando a garota.

– Graças a Deus! – Afirmou Mosca, aliviado.

– Ai... Minha cabeça dói... – Disse Ana, zonza.

– Ai meu Deus, Ana que susto grande você nos deu... – Disse Mili, ajudando a garota a sentar-se. Bia passou a chorar descontroladamente nessa hora.

– Eu fiquei com tanto medo... – Afirmou aos prantos, Binho a abraçou.

– Tá tudo bem agora gatinha, foi um susto. – Disse Binho, abraçado a garota.

– É melhor a gente levar ela pra dentro, ela tá gelada. – Afirmou Mili.

– Sim, claro! – Exclamou Mosca. Nessa hora Thiago aproximou-se, e encarou Ana, que continuava zonza, logo o mesmo a abraçou e passou a chorar.

– Não faz mais isso garota, pelo amor de Deus! – Exclamou enquanto chorava. – Eu te amo!!! – Disse em meio a soluços. Todos ficaram bastante surpresos com a afirmação do garoto.

Depois...

Mosca colocou Ana nos braços e carregou-a para dentro do orfanato, acompanhado dos outros. Mili subiu ao quarto para pegar cobertores e roupas enxutas para Ana, e Bia foi até a cozinha fazer chocolate quente ara a garota.

No porão...

Binho e Thiago decidiram ir logo ao porão para colocar sal grosso no local.

– Coloca ali Binho, é naquele canto que a Ana vai fazer o ritual. – Disse Thiago.

– Você fala da Bia, mas é tão mandão quanto ela... – Afirmou Binho.

– Nem vem... – Retrucou Thiago. Houve silêncio.

– Thiago...– Disse Binho.

– O quê? – Perguntou Thiago.

– Uma coisa que eu não entendi... – Continuou Binho. – Lá fora você disse que amava a Ana.

– Ah, e-eu, caham! – Thiago ficou totalmente sem jeito. – Coloca o sal naquele lugar. – Desconversou.

– Responde Thiago, sou seu melhor amigo! – Afirmou Binho.

– Responder o quê? – Perguntou Thiago.

– Você tá afim da Ana? – Perguntou Binho, rindo.

– Que ideia, claro que não, eu só... É eu tô! – Confessou. – Eu sei que antes eu gostava da Cris, mas, de repente, eu comecei a pensar na Ana, e não consigo mais tirar ela da cabeça! Eu não sei o que faço! – Desabafou.

– Realmente, a situação tá complicada, ò a hora que ce foi gostar da mina, cara!– Afirmou Binho.

– Valeu pela grande ajuda! – Exclamou Thiago com ironia. De repente Mili, Mosca e Bia, chegaram com Ana ao porão.

– Ela tá melhor? – Perguntou Thiago.

– Sim, eu tô melhor... – Respondeu a própria Ana, enrolada nas cobertas.

– Ainda bem! – Afirmou o garoto, aproximando-se, este acariciou o rosto de Ana. Nessa hora todos se entreolharam e assentiram, sorrindo, sacando que Thiago estava apaixonado.

Após terminarem de preparar o local para o ritual de Ana, todos com exerção de Bia, Mosca e a própria, foram dormir.

O relógio já marcava às 5:00, Ana acabou adormecendo, porém Mosca e Bia continuaram acordados.

– Se você quiser, pode ir dormir Mosca. – Disse Bia, ao notar que o garoto bocejava. – Eu fico aqui cuidando dela. – Completou.

– Não, claro que não, eu tô bem, nem tô com sono ainda. – Afirmou Mosca, despertando.

– Sei... – Disse Bia, num tom irônico.

– É sério, eu não vou deixar vocês aqui sozinhas, depois de tudo que vem acontecendo. – Disse Mosca.

– Valeu. – Agradeceu Bia. – Ah, Mosca... Obrigado por ter salvado a Ana, ela poderia ter morrido se você não tivesse lá. – Agradeceu novamente.

– Não tem de quê. – Respondeu Mosca.

– Sabe, eu nunca considerei nenhum garoto como meu melhor amigo, mas, você tem agido como tal. – Afirmou Bia.

– Sério?! – Perguntou Mosca, admirado.

– Sim... – Respondeu Bia. – Melhores amigos? – Perguntou levantando o dedo mindinho (pinky promise). Mosca riu.

– Melhores amigos. – Afirmou, levantando o mindinho também, fazendo juramento.

– Pinky promise! – Exclamou Bia, rindo. Mosca revirou os olhos e riu também.

– Pensar que você me odiava a uns meses atrás! – Lembrou Mosca.

– Claro, você só fazia merdas! – Afirmou Bia.

– Ah, valeu! – Agradeceu Mosca, sendo irônico.

– Bom, agora que você é meu melhor amigo, eu te ordeno uma coisa... – Disse Bia.

– O quê? – Perguntou Mosca.

– Nunca deixe a Mili sofrer, ela é uma ótima pessoa. – Disse Bia.

– Pode deixar! – Afirmou Mosca, sorrindo.

Uma hora depois...

Bia havia adormecido no chão do porão ao lado de Ana, e Mosca tirou um rápido cochilo sentado em uma cadeira velha, porém despertou ao ouvir algo estranho, um murmúrio quase inaudível. Logo abriu os olhos lentamente, porém, nada viu.

– Bia? – Chamou, acordando a garota.

– Hm? – Atendeu a garota, ainda dormindo.

– Você tá ouvindo isso? – Perguntou Mosca.

– Não... – Respondeu com voz de sono, sem despregar os olhos. Logo o murmúrio ficou num tom claramente audível. – Pera! – Exclamou Bia acordando. – Agora eu tô ouvindo. Que diabos é isso? – Perguntou olhando em volta, sem nada encontrar.

– Não faço idéia, mas ta próximo. – Disse Mosca. Nessa hora Ana também acordou.

– Que barulho é esse? – Perguntou.

– A gente também não sabe. – Respondeu Bia.

– Parece que tá vindo alí de fora. – Percebeu Mosca. – É melhor eu ir ver... – Disse Mosca direcionando-se à porta que levava até a parte externa do orfanato.

– Por aí não, tá doido? – Perguntou Bia. – Não pode entrar sol aqui dentro! – Lembrou.

– Ah é, tem razão... – Lembro Mosca. – Então eu vou pelo laboratório do Samuca. – Disse.

– Ok. – Concordou Bia. Então, Mosca saiu do porão.
Quase ninguém estava acordado no orfanato, apenas Chico, preparando o café na cozinha, e Mili, escrevendo na sala.

– Mili? – Chamou Mosca ao encontrar Mili na sala.

– Mosca! – Exclamou Mili, Mosca sentou ao seu lado. – Você tá vindo do porão?

– Sim. – Respondeu Mosca.

– Como as meninas estão? – Perguntou Mili.

– Tão bem, elas tavam dormindo. – Respondeu Mosca.

– E você, conseguu dormir? – Perguntou Mili.

– Não... – Respondeu Mosca. – E você? – Perguntou.

– Tô acordada desde que saí do porão, aí decidi escrever. – Explicou Mili.

– Você devia dormir... – Aconselhou Mosca.

– Eu tô bem. – Disse Mili, logo a mesma segurou sua mão. Houve silêncio. – Mosca, eu tô muito orgulhosa de você, por ter salvo a Ana hoje mais cedo. – Afirmou, sorrindo.

– Sério? – Perguntou Mosca, retribuindo o sorriso.

– Sim, eu tenho orgulho de ser sua namorada. – Completou Mili, o encarando.

– E eu sou o cara mais sortudo do mundo por ter você ao meu lado... – Afirmou Mosca, logo este aproximou seu rosto do de Mili, e ambos passaram a se beijar intensamente. De repente, Mosca ouviu os murmúrios novamente, o que fez com que o mesmo interrompesse o beijo.

– O que foi? – Perguntou Mili.

– Você consegue ouvir? – Perguntou Mosca.

– Não, o quê? – Perguntou Mili.

– Olha, presta atenção. – Pediu Mosca, fazendo silêncio. Dessa forma, Mili conseguiu ouvir.

– Meu Deus! O que é isso? – Perguntou Mili, amedrontada.

– Tá vindo lá de fora... – Afirmou Mosca. – Melhor a gente ver o que é. – Disse, indo em direção à porta. Logo ao abrir a porta, levou um enorme susto ao dar de cara com alguém no lado de fora. – Madame Esmeralda?! – Exclamou. Nessa hora, a mulher jogou sal grosso na porta.

– Eles estão aqui. – Afirmou. – Não deixe-os entrar.

– Eles quem? – Perguntou Mosca.

– Os oponentes. – Respondeu a mulher. Mosca não os enxergava, mas sim eles estavam lá, os donos do murmúrio, as sombras malígnas, as quais atacaram Ana. Porém desta vez não eram apenas duas, eram dezenas. – Coloque sal em todas as saídas do orfanato, e lembre-se, na hora exata do ritual, Ana deve estar sozinha. – Concluiu a mulher, indo embora.

***

Bia continuava com Ana no porão, ambas estavam inquietas devido ao murmúrio, quando Mosca apareceu de uma vez no porão, assustando-as. As duas gritaram.

– Desculpa, não queria assustar. – Desculpou-se.

– E então, Mosca, você descobriu que barulho é esse? – Perguntou Bia.

– Não. – Mentiu, para não preocupá-las, – Mas eu tenho um recado da madame Esmeralda. – Contou.

– Da minha mãe? – Perguntou Ana surpresa. – Ela veio aqui? – Perguntou.

– Veio... – Respndeu Mosca.

– E qual foi o recado? – Perguntou Bia.

– A Ana tem que estar sozinha, na hora exata do ritual. – Disse, deixando as garotas tensas.

– Tudo bem... – Disse Ana. – Eu vou conseguir. – Afirmou.

– Ah, eu trouxe isso pra vocês. – Disse Mosca, entregando sanduíches para as duas.

– Valeu Mosca. – Agradeceu Ana.

– E não se esquece, nos vemos daqui à duas horas. – Lembrou Bia.

– Ok. – Concordou Mosca.

***

Todos tomavam o café da manhã na cozinha, quando Mosca chegou e juntou-se à eles.

– Ainda bem que você veio a tempo Mosca, quase não sobrava comida. – Afirmou Rafa.

– Bom dia gente! – Exclamou Carol chegando com Dani.

– Bom dia! – Responderam todos.

– E aí, vocês tão animados pra ajudar com os preparativos da festa da Ana, mais tarde? – Perguntou.

– Claro que sim!!! – Afirmou Maria, animada.

– Com certeza! – Concordou Teca.

– O Chico até já foi comprar os igredientes pro bolo e pros docinhos. – Avisou Vivi.

– A Ana vai ficar bem contente! – Afirmou Tati. – Aliás, aonde é que tá a Ana mesmo? – Perguntou, reparando que a garota não estava.

– É mesmo, agora que eu notei, não vi nem ela e nem a Bia hoje. – Notou Cris.

– Ah! – Exclamou Mili. – Elas levantaram bem cedo, saíram e disseram que só vão chegar na hora da festa. – Contou.

– É! Parece que a Ana queria se surpreender com a festa. – Completou Thiago.

– Ah... Mas vocês sabem pra onde elas foram? – Perguntou Carol, ninguém soube responder.

– Não exatamente... – Disse Mili.

– Como assim, não exatamente, Mili? – Perguntou Carol. – Não tenho nenhum problema em deixarem vocês sair, mas eu me lembro que ontem a Ana passou mau. – Lembrou.

– A Bia levou a Ana pra ver a mãe. – Mentiu Mosca. – A Ana pediu pra passar a tarde lá.

– Ah, sendo assim, tudo bem. – Concluiu Carol, pro alívio dos demais que sabiam a verdade.

Mais tarde...

O pessoal estavam quase terminando de organizar os preparativos da festa de Ana, no pátio. Nessa hora Samuca aproveitou para puxar conversa com Cris, que enchia os balões, junto de Maria e Dani.

– Cris... – Chamou Samuca.

– Oi... – Atendeu Cris, nervosa.

– E-Eu... Queria falar com você... – Disse o garoto.

– Ah! Agora não dá, tem um monte de balão pra encher, olha só, ajuda aí! – Exclamou a garota entregando vários balões à Samuca, e saindo de perto do garoto rapidamente.

– Não Cris! – Exclamou Samuca. – Espera! – Pediu, puxando Cris pela mão.

– Aff Samuca, para de encher o saco, ela não quer falar com você. – Afirmou Dani.

– Não te perguntei. – Retrucou Samuca.

– Fala logo o que você quer... – Pediu Cris.

– Eu quero te pedir desculpas. – Revelo Samuca. – Eu tenho sido um idiota com você esse tempo todo, mas a verdade é que eu tava cheteado, e não medi os meus atos, e acabei te magoando. E agora tudo que eu te peço, é uma chance de me redimir... – Pediu.

Vivi, Tati, Pata, Duda, Rafa e Neco, que decoravam as outras partes do pátio observavam atentos à conversa.

– Puf... Tá na cara que ela não vai desculpar, ele vai acabar levando um tapa! – Afirmou Vivi, dirigindo a palavra à Pata.

– Sei não hein, olha lá a cara dela... – Disse Pata.

– E então Cris? – Perguntou Samuca. – Você me perdoa? – Cris nada disse, a única reação que teve foi puxar Samuca para um beijo bem dado, na frente de todos, que ficaram boquiabertos, principalmente Vivi. O beijo foi totalmente correspondido por Samuca.

– O que você dizia, Vivi? – Perguntou Neco num tom de deboche.

– Nada não... – Disse Vivi, saindo emburrada. Quando saída o pátio, a mesma deu de cara com Mosca jogando Sal pelos cantos do pátio.

– Mosca, porque você tá fazendo isso? – Perguntou, curiosa.

– Ah! E-Eu... – Mosca não soube o que dizer. – É pra dar boa sorte, no aniversário... – Disfarçou.

– Sério? – Perguntou Vivi. – Interessante... – Concluiu saindo, sem dar importância. Mili chegou ao pátio.

– Ah, você tá aqui. – Disse, sorrindo.

– Não, tô na França. – Rebateu Mosca sem perceber que era Mili.

– Mosca!!! – Exclamou Mili, com cara de tacho.

– Vesh! – Exclamou Mosca arregalando os olhos. – Desculpa amor, eu pensava que era a Vivi ainda. – Completou, rindo.

– Amor? – Perguntou Mili.

– Sim, se eu te amo, logo você vira meu amor. – Afirmou Mosca, deixando Mili vermelha.

– Ai Mosca, para... – Pediu constrangida. – Mas me confundir com a Vivi, aí é triste hein. – Dramatizou.

– Ciumes?! – Exclamou Mosca rindo.

– O quê? – Perguntou Mili. – Nada haver, Mosca... – Mentiu, sorrindo. – Mas e então, você já foi ver a Bia e a Ana? – Perguntou.

– Sim, ta tudo ok. – Afirmou Mosca. – Mas a Ana ta bastante ansiosa.

– Que horas vai começar o ritual? – Perguntou Mili.

– Daqui à duas horas... – Respondeu Mosca.

No porão...

– Eu tô com muito medo Bia... – Afirmava Ana.

– Não se preocupa Ana, vai ocorrer tudo bem. – Afirmou Bia. Porém, esta tinha tanto medo quanto Ana.

– Você ainda ta ouvindo os murmúrios? – Perguntou Ana.

– Não, e você? – Perguntou Bia.

– Não, parei de ouvir do começo da tarde. – Contou. – Falta quanto tempo? – Perguntou Ana.

– Uma hora e quarenta minutos... – Respondeu Bia, olhando em seu relógio.

No quarto dos meninos...

– Você não vai descer pra ajudar com os preparativos, Thiago? – Perguntava Binho.

– Não tô afim... – Disse Thiago, mexendo em seu celular. Este estava tenso, com o horário que se aproximava.

– Não fica assim cara, vai dar tudo certo com a Ana – Disse Binho.

– Tomara cara, não quero que ela morra. – Afirmou.

– Ela não vai, a Bia vai cuidar de tudo. – Afirmou Binho. Nessa hora Thiago passou a chorar.

Uma hora e trinta e cinco minutos depois...

No porão...

Enquanto a maioria estava feliz no pátio aguardando a chegada de Ana para a festa, a mesma estava nervosa com seu ritual no porão.

– Faltam 9 minutos Ana... – Disse Bia. Então Ana respirou fundo, e abraçou a amiga, que passou a chorar.

– Faça tudo direito por favor. – Pediu Bia abraçando.

– Vou fazer... – Afirmou Ana.

Nessa hora Mosca foi ao porão junto de Thiago.

– Faltam 8 minutos... – Disse Mosca.

– Sim. – Disse Bia.

– Vai dar tudo certo Ana! – Afirmou Mosca.

– Obrigada Mosca... – Agradeceu Ana.

– Você consegue Ana! – Disse Thiago. A garota percebeu que o mesmo estava com cara de quem tinha chorado bastante. – Você tem que conseguir... – Completou abraçando a garota. Ana nada disse, apenas o abraçou. Então quando menos esperava, Thiago uniu seus lábios com os dela, que correspndeu na mesma hora, dando início a um grande beijo. Nessa hora Mosca e Bia entreolharam-se sem graça.

– Faltam seis minutos... – Disse Bia, interrompendo o beijo do casal.

– Pra dar sorte Ana. – Disse Thiago, sorrindo sem jeito.

– Pra dar sorte... – Repetiu Ana.

– Vamo gente!!! – Exclamou Mosca.

– Vamos... – Disse Bia, nessa hora a garota prendeu o choro. – Não esquece do papel, Ana.

– Eu já decorei o que dizer. – Afirmou a garota. Então os três saíram.

***

Cinco minutos...

Ana sentou-se ao chão do porão, e respirou fundo, contando os ponteiros do relógio, até que faltaram exatamente, 4 minutos para 18:45, seu aniversário. Ana acendeu a vela, e passou a dizer a frase.

– Inter intermediarei mundo, in terra viventium et mortuorum , mihi velle munus. Completum est, quod transitus. – Iniciou. – Inter intermediarei mundo, in terra viventium et mortuorum , mihi velle munus. Completum est, quod transitus... – Repetiu e repetiu. Três minutos. – Inter intermediarei mundo, in terra viventium et mortuorum (...) – Repetiu várias vezes. – (...) et mortuorum, mihi velles munus. Completum est... (...) – Ao fazer dois minutos que pronunciava a frase, Ana sentiu uma leve dor na cabeça, porém resistiu, continuando a dizer. – (...) Completum est, quod transitus... – Um minuto. Foi quando Ana sentiu um líquido escorrer de sua narina, sem parar de pronunciar a frase, passou a mão no nariz, e ao olhar, viu sangue vivo. Mesmo que aquilo fosse preocupante, Ana manteve-se firme. De repente, a vela transformou sua chama amarelada para uma cor violeta. E nesta hora o porão inteiro foi iluminado, e por fim, Ana desmaiou.

No laboratório do Samuca...

Bia, Mosca e Thiago resolveram aguardar os quatro minutos nno laboratório, para depois voltar ao porão, nessa hora, Mili e Binho também chegaram ao local.

– Ai que susto, pensei que fosse o Samuca! – Exclamou Bia.

– O Samuca não vem aqui tão cedo, ele tá à mais de duas horas se atracando com a Cris. – Afirmou Binho.

– Quê? Eles tão brigando? – Perguntou Thiago.

– Que nada... – Disse Mili, rindo.

– Ah, tendi. – Compreendeu Thiago, sorrindo e balançando a cabeça de forma negativa.

– E então, vamos lá gente? Já são 18:49. – Disse Mosca.

– Eu tô com medo de ir... – Disse Bia, nervosa.

– Fica fria Bia, aposto que ela conseguiu. – Afirmou Mili. Logo todos desceram ao porão, e deram de cara com Ana desmaiada, ainda havia sangue no seu nariz. Bia ao ver aquilo entrou em desespero.

– Não... Não!!! – Exclamou chorando.

– Ela não conseguiu... – Disse Thiago, prendendo o choro. Todos ficaram bastante tensos. Mili foi a única que teve coragem de se aproximar e ao fazer isso, notou que Ana estava respirando.

– Gente, ela ta viva! – Exclamou, para o alívio de todos. Ao dizer isso, Ana tossiu, voltando a consciência.

– Ai, minha cabeça dói... – Afirmou.

– Ana, você conseguiu! – Gritou Bia, abraçando a garota.

– É, acho que sim. – Disse Ana.

– Ufa! – Falou Thiago aliviado.

De repente Ana avistou outras presenças no quarto. Porém não eram formas sombrias, dessa vez era formas iluminadas, logo estes tomaram a forma humana.

– Parabéns pela transição jovem intermediária. – Disse um deles.

– Agora você tem um grande dever em suas mãos. – Completou o outro.

– Não se assuste com os que vierem à seu caminho, pois estes clamam por ajuda, e somente isso... Use o seu poder para o bem! – Concluiu o terceiro. Ana assentiu. Então os espíritos partiram.

– Você tá bem, Ana? – Perguntou Bia.

– Sim. – Respondeu. – Eu tô ótima.

– Pois então, vamos nos arrumar para a festa, só falta a gente. – Disse Bia sorrindo.

– Vamos. – Disse Ana.

– Melhor vocês saírem pela porta que leva pra fora, assim vocês fingem que acabaram de chegar. – Sugeriu Mili. Logo ambas concordaram e saíram, então os outros quatro voltaram para a festa no pátio.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Comentem!! Beijos e até o proximo cap! :3
Dedico esse capítulo à minha amiga Manu que aniversariou essa semana, 15 aninhos *---* Parabéns amigaaa, te desejo muitas felicidades, e MUUUITO mais MUUUITO MosLi na sua vida ahahaha Te adoro :3