Era domingo de manhã, todas as garotas já estavam acordadas, menos Bia. Esta estava tendo um sonho bem estranho.

"No sonho Bia caminhava na praia, e a água salgada do mar tocava seus pés a cada passo que dava. Enquanto caminhava, avistou de longe três garotos, porém não conseguia identificar seus rostos, logo decidiu caminhar na direção deles, ao chegar lá, notou que os garotos estavam de costas, os três vestiam trajes a rigor.

– Quem são vocês?! – Perguntou. De repente sua própria roupa antes calça jeans, camiseta e tênis, se tornou um longo vestido dourado. E então os garotos se viraram, estes eram Binho, Duda e Janjão. Bia notou que cada garoto segurava uma rosa, Binho uma rosa branca, Duda uma rosa vermelha, e Janjão uma rosa amarela.

– O que significa isso?! – Perguntou Bia.
Então os garotos disseram:

– Você deve escolher, apenas um! Antes que seja tarde demais...

– O quê? Por quê?! – Perguntou a garota, porém foi interrompida por uma voz do alto."

– Bia?! Bia, acorda! – Esta despertou bruscamente.

– Porquê?! – Gritou a garota levantando-se de uma vez.

– Ai Bia, calma sou eu! – Disse Cris afastando-se. Esta notou que Bia estava assustada. – Você tá bem Bia?

– Sim... – Respondeu. – Que horas são? – Perguntou.

– São 11 horas... Só faltava você acordar. – Disse Cris. – Você tava tendo um pesadelo?

– Eu não me lembro... – Respondeu Bia.

– Ah... Pois você devia cuidar em tomar banho e se arrumar, porque nós vamos ao cinema daqui à uma hora! – Disse Cris.

– Caraca! O cinema, eu tava esquecendo! – Exclamou Bia, correndo.
Todos esperavam na sala quando Bia terminou de se aprontar, esta colocou um vestido estampado com uma jaqueta de couro preta por cima.

– Nossa! – Exclamou Duda. – Estilo motoqueira romântica, gostei!

– Ah! Valeu... – Nesta hora, Marian que estava sentada no sofá, olhou com uma cara terrível. Esta segurava uma bolsa de gelo no rosto.

– O que aconteceu com você Marian? – Zombou Bia.

– Ela acordou com dor de dente. A Carol vai levar ela no dentista ao invés do cinema. – Disse Mili. Nessa hora algumas crianças riram.

– Não tem graça! – Exclamou Marian, esta estava com uma voz engraçada.

– Vamo gente?! – Perguntou Carol chegando. – Eu levo vocês pro cinema, e em seguida levo a Marian pro dentista já que é caminho.
Todas as crianças entraram animadas na van, menos Marian.

– Não vejo a hora de chegar no cinema! – Disse Ana.

– Espero que tenha filme bom. – Resmungou Teca.

– É uma pena eu não poder ir... – Lamentou Marian. Porém ninguém a respondeu. – Duda... – Chamou a garota.

– Hã? Oi. – Respondeu o garoto.

– Você se importa se eu não for? – Perguntou a garota.

– Não... – Respondeu. Todos riram em voz baixa.

– Não?! – Exclamou Marian.

– Ah! Sim sim, é uma pena... Deixa pra próxima. – Concertou Duda.

– Hum... – Concluiu Marian.

– É mesmo uma falta de sorte ficar com dor de dente no dia do cinema! – Disse Pata, com uma certa felicidade interna.

– Sorte que esse dentista amigo da Carmen se dispôs a atender mesmo sendo domingo. – Falou Carol ao volante. Passaram se mas alguns minutos até que chegaram ao cinema.

– Bom gente, chegamos! – Exclamou Carol. Todas as crianças saíram as pressas da van, se despedindo de Carol e Marian, que estava furiosa.
"Odeio esses idiotas!" , pensou.

– E aí, pronta princesa? – Perguntou Carol.

– Sim, vamos! – Respondeu Marian. Então seguiram para o dentista.

No cinema...

Ao verem quais filmes estavam em cartaz, as crianças fiaram em dúvida quanto a qual filme assistir. Até que decidiram ver "A lenda de oz", pois este era de classificação livre assim todos poderiam ver.

– É uma droga não ter idade o suficiente pra ver "Annabelle". – Reclamou Bia. Olhando pro cartaz do novo filme de terror.

– Rafa! – Gritou alguém de voz conhecida da fila do cinema.

– Bel? – Perguntou o garoto antes de virar para ver quem era. – Bel!!! – Exclamou após confirmar que era esta, correndo em direção a garota. Em seguida as outras crianças também foram para a fila comprar os ingressos.

– Nossa Bel que coincidência, não acredito que você tá aqui. – Disse Rafa com os olhos brilhando.

– Oi Mosca! – Cumprimentou Janu, que acompanhava Bel.

– Oi Janu! – Respondeu Mosca sorridente.

– Oi pessoal! – Cumprimentou Bel.

– Oi! – Responderam todos.

– Vocês vão ver que filme? – Peguntou Rafa.

– Annabelle. – Respondeu Janu. – E vocês?

– Mas que droga! – Exclamou Bia.

– Agente vai ver A lenda de Oz... – Respondeu Mosca. – Por causa dos menores. – Sussurrou.

– Ai, é uma pena. – Disse Bel.

– Uma pena mesmo... – Concordou Rafa. – Eu adoraria ver filme com você. – Sussurrou. Bel fico vermelha.

– Se bem que seria uma boa agente ver filme com mais gente! – Acrescentou Bel.

– Mas você acabou de ouvir que nem todo mundo tem idade o suficiente. – Lembrou Janu.

– Mas bem que agente podia ver o mesmo filme que eles Janu, eu nem tô afim de ver filme de terror... – Completou Bel.

– Nem pensar Bel, eu esperei um século pra ver esse filme, eu não vou desistir. – Exclamou Janu.

– Aff Janu, ta bom! – Concordou Bel.

– Essa curte terror! – Exclamou Duda.

– Amo terror! – Concluiu Janu.

– E cadê os meninos? Porque não vieram também? – Perguntou Mosca.

– Porque o filme é pra maiores de 14 anos. – Respondeu Bel.

– Ninguém merece! – Reclamou Bia.

– Foi a mesma coisa que eles falaram. – Lembrou Janu.

Passaram-se alguns minutos até que todos compraram os ingressos. Janu e Bel foram pra sala do filme de terror e as crianças para o filme de animação. Ao chegarem lá, o filme ainda não tinha começado. Então escolheram seus lugares. Como não haviam lugares juntos o suficiente vagos, algumas crianças tiveram que sentar separadamente. Então na frente sentaram: Ana, Dani, Tati, Samuca e Cris. Na outra fileira: Maria, Teca, Mili, Mosca, Rafa e Neco. E Pata, Duda, Bia e Binho e Thiago sentaram atrás.

– Agente vai sentar aqui! – Exclamou Thiago.

– Tá. – Concordaram.

– Se você não se importa eu vou sentar aqui. – Disse Binho, sentando o lado de Bia. Estes se entreolharam.

– Ok. – Concordou Bia. Estava feliz e ao mesmo tempo desconfortável, pois estava sentada entre dois dos meninos com quem havia sonhado aquele dia.

– Então Duda... – Pata iniciou uma conversa. – Você gosta de qual estilo de filme?

– Ah, eu prefiro filme de terror e ação. – Respondeu. – E você?

– Eu também! – Afirmou Pata. Porém estava mentindo.

– Ei, quem é que vai comprar pipoca? – Perguntou Thiago.

– Porque você não vai? – Perguntou Bia.

– Eu não, tenho preguiça. – Disse Thiago.

– Deixa eu vou! – Resolveu Duda. – Bia, vem comigo? – Perguntou.

– Eu? – Perguntou Bia, surpresa. Aquilo deixou Pata enciumada. – Tá. – Os dois levantaram-se e foram em direção a saída.

– Espera, eu também vou. – Gritou Binho, os acompanhando. Bia notou que este poderia estar com ciumes, e isto a agradou.

Enquanto isso na sala do cinema...

Na fileira 1:

Cris conversava com Samuca:

– Nossa, é tão legal vir no cinema, você não acha Samuca? – Perguntou Cris.

– Na verdade eu prefiro ler ao invés de assistir filme. – Explicou Samuca.

– Nossa, que chato... – Disse Cris desanimada.

As outras meninas conversavam entre si:

– Espero que o filme não seja assustador. – Dizia Ana.

– Claro que não vai ser né sua besta, é desenho! – Exclamou Dani.

– Bem que os meninos poderiam ter sentado aqui. – Disse Tati, pensando alto.

Na fileira 2:

– Eu nunca tinha ido num cinema antes! – Exclamou Neco.

– Lá na Amazônia não tem cinema Neco? – Perguntou Maria.

– Que eu saiba não, onde eu trabalhava, num tinha nem tv! – Respondeu Neco.

– Nossa! Pois o meu pai sempre me levava pro cinema. Eu via todos os filmes que eu queria! – Disse Teca.

– E você Rafa? – Perguntou Neco. Porém Rafa estava nas núvens e nada respondeu, Neco chamou milhões de vezes e ele nem se mexia. – Eu hein! Acho que ele teve um piripaque!

– Mili... – Chamou Mosca, que estava ao seu lado.

– Oi Mosca? – Perguntou.

– Você quer refrigerante? – Perguntou Mosca.

– Quero. – Respondeu a garota. Logos os dois passaram a dividir um copo de refrigerante com dois canudinhos.

Na fileira de trás:

– Então Pata... – Chamou Thiago dando inicio a uma conversa.

– O que foi Thiago? – Perguntou.

– Agente bem que devia se beijar que nem naquele dia! – Exclamou Thiago, fazendo biquinho e um gesto estranho com a mão. Recebendo um tapa na cara logo em seguida de Pata. – Ai! Eu tava só brincando! – Afirmou se afastando. – Ou não... – Sussurrou.

Fora da sala...

– E aí Bia, você ainda não me contou... – Dizia Duda.

– Sobre o quê? – Perguntou a garota.

– Sobre o que você escreve. – Completou

– Ah! Então você escreve Bia?! – Intrometeu-se Binho.

– É. – Respondeu Bia. – Bom, eu escrevo romance de ficção, e sobre fantasia.

– Ah, legal. – Disse Duda. – E eu pensando que só a Mili gostava de escrever.

– Pois é... – Concluiu Bia.

– Mas também Bia, você é muito fechada, a única coisa que eu sabia de você era que você gostava de ler gibi. – Disse Duda.

– Tem muita coisa que ninguém sabe sobre a Bia! – Exclamou Binho. Bia ficou em silêncio.

– A Marian não te falou nada sobre mim? – Perguntou Bia.

– Ah, sim falou, que você não gosta dela. – Contou. – É verdade? – Perguntou Duda.

– Sim. – Afirmou Bia.

– Por quê? – Perguntou o garoto.

– Porque eu não sou obrigada a gostar de todo mundo. – Respondeu Bia.

– Essa doeu! – Exclamou Binho.

– Binho, porque você tá aqui mesmo? – Perguntou Duda.

– Deixa ele. – Pediu Bia. – Vem, vamo levar a pipoca. – Concluiu indo em direção a sala.

– A Bia é bem bonita, você não acha? – Disse Duda, enquanto a garota caminhava.

– É, ela é... – Concordou Binho, olhando pra Duda seriamente. Logo os dois também seguiram para a sala.

As crianças conversavam e jogavam pipoca uma nas outras, quando os traillers começaram.

– Trailler? Eu não sabia que era que nem um dvd. – Revelou Neco, fazendo as crianças rirem.

Na outra fileira Cris falava sem parar, o tava deixando Samuca de saco cheio.

– Eu amo as produções da Disney! São sempre os melhores filmes! Eu sempre assisto online, já vi todas as animações, e todos os desenhos animados, meu sonho é ir pra disney um dia (...) – Dizia Cris, fazendo Samuca revirar os olhos.

– Cala a boca tagarela! – Alguém gritou no meio do cinema.

– Cala a boca você! – Retrucou Cris. Todos riram.
Atrás não estava sendo diferente, Thiago perturbava a todos, até mesmo os desconhecidos, jogando pipoca.

– Você vai desperdiçar pipoca? – Perguntou Bia.

– Vou, eu também contribuí! – Respondeu.

– Dá aqui! – Ordenou Bia, tomando a Pipoca.

– Porque você não pega do Duda! – Exclamou Thiago.

– Porque ela não quer! – Exclamou Binho.

– Deu pra defender a Bia agora Binho? – Perguntou Thiago.

– Eu não tô defendendo ela! – Retrucou Binho.

– Cala a boca gente, o filme tá começando. – Pediu Pata.

A sala do cinema estava bem escura e fria, Mili estava tremendo, pois não tinha levado nenhum casaco.

– Nossa Mili, você tá tremendo! – Exclamou Mosca.

– Esqueci que no cinema fazia frio, e não trouxe nenhum casaco... – Explicou Mili.

– Me dá suas mãos... – Pediu Mosca. Mili olhou desconcertada.

– Pra quê? – Perguntou.

– Você vai ver... – Insistiu. Mili então estendeu as mãos, nessa hora Mosca colocou suas mãos entre as dele, e olhou profundamente em seus olhos. – Você tá gelada... – Disse Mosca.

– Você também... – Sussurrou Mili.

Os dois permaneceram de mãos dadas, um olhando nos olhos do outro. Até que Mosca resolveu arriscar uma pequena aproximação, notou que Mili não se afastara, continuava ali o olhando, até que esta decidiu acabar ogo com isso, fazendo o que Mosca pensava em fazer , então, antes que o mesmo percebesse, ela uniu seus lábios com os dele, selando o beijo esperado por ambos a tanto tempo, um beijo único. Seus lábio se moviam lentamente, enquanto suas línguas se tocavam pouco a pouco, mais intensamente a cada movimento. Foi uando o pigarrear de alguém os trouxe de volta à realidade. Quando olharam para o lado, perceberam que Rafa e as crianças os observavam atentamente, surpresos com a cena.

– Ai meu Deus! E-eu... – Mili não sabia o que dizer, estava totalmente sem graça om aquela situação. – Eu não sei o que deu em mim, melhor eu sair daqui! – Exclamou levantando-se rapidamente em direção a saída.

– Espera! Mili! – Gritou Mosca a seguindo. – Mili! – Mosca a acompanhou.

– Não Mosca, não vem atrás de mim! – Exclamou a garota.

– Porquê? O que tá acontecendo? – Perguntou.

– Com que cara nós vamos olhar pra eles?! – Perguntou Mili, sendo dramática.

– Você tá sendo dramática Mili... – Disse Mosca.

– Ai meu Deus, que vergonha! – Exclamou Mili.

– Mili, não fica assim. – Pediu Mosca. – Vem, vamo voltar, agente senta longe deles.

– Não! – Discordou Mili. – Tudo bem, você tá certo. – Respondeu a garota. – Mas não quero fugir deles, agente senta com eles. – Decidiu Milii. Mosca apens sorriu e concordou. Logo os dois voltaram para a sala, e sentaram-se no mesmo lugar, e quando o fizeram, nenhuma das crianças comentou nada.

– Eles não disseram nada! – Exclamou Mili em voz baixa.

– Estranho... – Concordou Mosca. – Rafa! – Sussurrou. – Porque eles estão tão quietos?

– Não se preocupa Mosca, eu dei um jeito nisso, disse pra eles que se comentassem sobre o que viram, iam deixar a Mili muito chateada. – Sussurrou.

– Mas e a Teca? – Perguntou Mosca.

– Tive que dar minha barra diet de chocolate! – Sussurrou Rafa novamente, piscando pro amigo, este piscou de volta.

Na fileira de trás, as crianças assistiam ao filme atentamente quando Bia resolveu por um plano em ação...

– Eu vou ao banheiro! – Disse Bia, levantado-se, Binho notou que a garota olhou ligeiramente para ele enquanto falava, porém ficou quieto. Dois minutos depois recebeu uma mensagem no celular.

" Vem aqui fora!", dizia a mensagem.

– Eu preciso fazer xixi! – Disse Binho saindo, em seguida.

De longe Tati observou quando Binho saiu sozinho.

Antes que Binho chegasse na porta que saía da cessão do cinema, sentiu alguém o puxando pela gola da blusa. Esta o arrastou até uma parte mais escura, vizinho a outra sala do cinema. Quando ele se virou notou de quem se tratava.

– Pensei que você não ia captar a minha mensagem! – Exclamou Bia, o puxando pela gola da camisa. Esta o roubou um beijo novamente, porém, dessa vez foi correspondida. Binho colocou a mão por trás de seus cabelos, e a beijou, porém este não sabia beijar muito bem, então Bia o guiou, movimentando a cabeça vagarosamente, enquanto buscava a língua do garoto com a sua, até que finamente ele aprendeu. De repente os dois ouviram um barulho de porta se abrindo e separaram-se bruscamente. De repente saiu um adolescente da sala, porém ninguém conhecido.

– Nossa essa foi por muito pouco! – Exclamou Binho.

– Tá com medo? – Zombou Bia.

– Você é mesmo uma doida! – Exclamou Binho admirado. Bia desviou o olhar.

– Ah, e antes que eu me esqueça... – Disse Bia – Isso fica só entre agente. Ok? – Pediu Bia. Binho concordou. – Bom é melhor agente ir, antes que alguém comesse a pensar besteira... – Completou a garota.

– Vão pensar se agente chegar junto... – Falou Binho.

– O que vocês dois tão fazendo aqui nesse escuro?! – Perguntou alguém atrás dos dois. Os dois levaram um susto enorme.

– Ai que susto! – Gritou Bia, ao ver que era apenas Tati.

– Porque hein dona Bia? – Perguntou Tati. Os dois ficaram em silêncio. – Vocês ainda não responderam, o que os dois faziam aqui?

– É que agente errou de sala, não tá vendo? – Explicou Binho em forma de arrogancia.

– É isso mesmo, esse idiota insistiu que a sala era essa, como tá no escuro eu não percebi que era a errada agora vamo voltar antes que o filme acabe! – Reclamou Bia, fingindo estar aborrecida. Porém Tati percebeu que os dois estavam bem nervosos.

– Vocês tão estranhos... – Afirmou Tati.

– Estranha é essa sua cara feiosa! – Exclamou Bia enquanto ia em direção a sala.

– Nossa que chata! – Exclamou a pequena.

– Muito chata! – Concordou Binho, disfarçando.

Ao chegar na sala, Tati fez uma pergunta:

– Binho, você não quer trocar de lugar com a Ana?! – Perguntou, olhando para Ana.

– Pra quê? – Perguntou Binho.

– É que ela queria sentar com a Bia um minuto pra conversar sobre um assunto importante. Né Ana? – Insistiu Tati.

– Ah! É! Sim, claro. – Disse Ana. Bia percebeu tudo.

– Ah, eu não sei não... – Disse Binho, olhando para Bia.

– Troca logo Binho, a Ana precisa falar comigo... – Disse Bia, disfarçando. Então este trocou de lugar com Ana.

– Fala logo pirra o que você quer? – Perguntou Bia.

– Eu, nada, é que a Tati queria um motivo pra sentar perto, ou do Binho, ou do Thiago! – Explicou Ana, deixando escapulir um segredo. – Ops...

– Sabia! – Exclamou Bia, não gostando nenhum pouco daquilo.

– Você não quer que eu me sente com você? – Perguntou Ana sentida.

– Não, não é isso, vem vamo sentar, antes que o filme acabe...

Na frente...

Binho parecia impaciente.

– Então Binho... Esse filme tá uma porcaria, né? – Perguntou Tati apoiando o braço do ombro de Binho.

– É. – Disse o garoto.

– Olha pra mim. – Pediu Tati.

– Ô Tati, não me leva a mal. – Disse Binho afastando-se da garota. – Mas eu não tô afim de você! – Exclamou, saindo dalí.

– Putz! Essa doeu... – Afirmou Dani.

– Cala a boca Dani! – Exclamou Tati, furiosa.

Mosca assistia ao filme atentamente quando resolveu ir ao banheiro. Este caminhava tranquilamente até lá. Mal sabia que estava sendo seguido. Mosca entrou no banheiro, e quando estava prestes a usar o mictório, ouviu uma voz familiar.

– Então é assim que é o banheiro masculino? – E lá estava ela sorrindo maliciosamente na porta observando tudo.

– Janu?! – A mesma em carne e osso Janu. Esta resolveu o atacar por impulso o levando pra dentro de um dos boxes, trancou a porta, e lá o agarrou ferozmente...