Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 38
Acaso ou Destino?


Notas iniciais do capítulo

Oie gente! Aí vai mais um cap inédito e imperdível!! Espero que gostem, comentem! u-u
Boa leitura!! :3



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Na mesma noite...

Depois de meia hora discutindo sobre os acontecimentos daquela tarde, Bia e Binho finalmente se resolveram.

– Então é isso Bia, desculpa se eu dou razão ao Thiago, é que as vezes ele parece tá mesmo certo... – Dizia Binho.

– Tudo bem Binho, deixa pra lá, quem sou eu pra reclamar, depois de não ter te escutado sobre o Janjão, né? – Perguntou Bia.

– Pois é! – Concordou Binho.

– Ei! Não era pra você ter concordado! – Exclamou Bia. Logo os dois ficaram em silêncio.

– Mas, Bia eu posso te fazer uma pergunta? – Perguntou Binho.

– Claro... – Respondeu Bia.

– Porque você ficou tão irritada com o lance de alguém ter me mandado a foto? – Perguntou Binho. – Afinal você ia me contar de qualquer forma, não ia? – Perguntou confuso.

– Ia claro. – Respondeu Bia. – É que eu queria que você tivesse descoberto por mim mesma e não pelos outros, só isso...

– Faz sentido! – Exclamou Binho.

– Pois é... – Concluiu Bia. – Ah, eu lembro que você queria conversar comigo hoje mais cedo, quando eu tava ouvindo musica. – Lembrou Bia.

– Ah sim! – Lembrou Binho. – Eu queria te fazer outra pergunta...

– E que pergunta era essa? – Perguntou Bia.

– Bia, eu quero que você seja sincera... – Pediu Binho. Bia assentiu, logo o mesmo prosseguiu. – O que você sentiu quando o Janjão te beijou? – Perguntou.

– E-eu senti raiva. – Respondeu Bia um pouco tensa.

– Não Bia, não é isso que eu quero saber. Não por ele ter te beijado, mas no beijo em si... – Explicou Binho. – Por exemplo, se você não tivesse namorando comigo e ele te beijasse, qual seria sua reação?

– Ah... – Aquela era uma boa pergunta, pois Bia sabia que havia sentido raiva, por Janjão não ter respeitado o fato de ela estar em um relacionamento sério. Mas, e se não estivesse, como seria sua reação? O Janjão ultimamente tem se mostrado tão amigo, e com aquela declaração no teatro, com certeza o beijo seria algo previsível. Então, será que se Bia não tivesse com Binho, ela teria correspondido ao beijo? Daria uma chance à Janjão? Aquela realmente, era uma boa pergunta, pois as perguntas impossíveis de se responder são a mais sábias. – Bom, eu acho que nunca rolaria nada entre mim e o Janjão, mesmo que eu estivesse solteira. – Respondeu Bia, com dificuldade, porém aquela resposta agradou Binho, pois este sorriu e a beijou.

– Então é isso que importa gatinha, agora agente esquece que isso aconteceu e segue em frente! – Afirmou Binho a abraçando. Este não percebeu, mas enquanto a abraçava, Bia deixou escapar uma lágrima.

– Sim, isso é o que importa! – Completou Bia, abraçando o garoto mais forte ainda. Esta tinha certeza absoluta de seu amor por Binho, pois só de estar perto do garoto seu coração disparava, e sempre ficava arrepiada com seu beijos, estar com ele era como flutuar sobre as nuvens, estar com ele fazia com que ela esquecesse de todos os problemas. Mas, se ela tinha completa certeza disso porque não soube responder aquela pergunta com sinceridade? O Janjão era sem noção, era idiota, e fazia as coisas por impulso, mas ele conseguia ser fofo, e amigável com as pessoas que gosta. E uma delas era Bia, na verdade eles eram até bem parecidos na forma de agir, tipo "foda-se o mundo", e nunca se mostravam frágeis mesmo que estivessem sofrendo por dentro. Mas talvez Bia estivesse apenas confundindo as coisas, o carinho de amizade que sentia por Janjão, com o beijo. É, só podia ser isso. – Eu te amo Binho. – Disse, esquecendo esses pensamentos por alguns momentos.

– Eu te amo Bia. – Respondeu o garoto a beijando novamente.

No dia seguinte...

Todos tomavam café da manhã, quando...

– Posso me sentar aqui? – Pediu Mosca direcionando-se à Pata.

– Pode. – Respondeu Pata levantando-se, logo esta foi em direção a outra mesa.

– Xi! A coisa tá feia entre vocês ainda, né? – Perguntou Marian, se aproximando de Mosca.

– Pois é, nem me fale, ela tá desde segunda sem dirigir a palavra a mim, e hoje já é sexta... – Disse Mosca.

– Mas veja pelo lado bom, pelo menos hoje ela dirigiu uma palavra a você. – Disse Marian querendo ser engraçada.

– Tanto faz... – Respondeu Mosca, logo este notou que Mili o observava, então passou a encará-la, porém Mili desviou o olhar. – As vezes eu queria ler mentes... – Sussurrou.

– Mosca! – Exclamou alguém chamando a atenção de Mosca.

– Ah! Oi Bia? – Atendeu ao ver que era Bia.

– Hoje a tarde agente começa o trabalho, ok? – Avisou.

– Ok. – Respondeu Mosca.

Na escola...

Na sala da 8ª série...

Mosca e Rafa foram os primeiros a entrar na sala, o resto da turma ainda conversava no pátio, em seguida, Janu e Bel também entraram.

– Oi Belzinha! – Exclamou Rafa indo falar com Bel.

– Oi Rafinha! – Exclamou Bel, logo estes se cumprimentaram com um selinho. Janu e Mosca riram ao mesmo tempo da situação, e se encararam involuntariamente, logo voltaram a ficar sérios.

– Oi Janu. – Cumprimentou Mosca.

– Oi. – Respondeu Janu num tom de arrogância. Logo Rafa e Bel saíram da sala de mãos dadas.

– Mosca eu já volto. – Avisou.

– Ok. – Respondeu Mosca. Logo Janu se direcionou a porta para sair juntamente com os dois. – Janu espera! – Pediu Mosca.

– Não vou esperar ninguém! – Retrucou Janu.

– Eu acho que agente tem um assunto pendente! – Exclamou.

– Ah é? – Perguntou Janu, virando-se para Mosca. – Pois eu acho que nosso assunto acabou faz tempo. – Disse dando as costas novamente.

– Janu, você tá grávida mesmo, ou não? – Perguntou Mosca mantendo-se calmo. Logo Janu mudou a expressão no rosto, dando lugar a uma cara triste.

– O que importa pra você? Agente não tem mais nada juntos! – Exclamou a garota.

– Mas mesmo assim, eu não sou um monstro, se você tiver, eu sou o pai e vou assumir! – Exclamou Mosca.

– Sério? – Perguntou Janu.

– Claro Janu. – Respondeu Mosca.

– Sim, eu tô grávida... – Disse Janu encarado Mosca com um olhar de desespero. Logo esta passou a chorar então Mosca a abraçou.

– Fica calma tá? – Pediu Mosca. – Agente vai resolver isso... – Disse, porém no fundo este também estava sem chão.

– Ta bem... – Disse Janu. Mosca não percebeu, mas esta enquanto o abraçava sorriu discretamente, com um olhar perverso no rosto. De repente a porta da sala se abriu, e entraram Cris, Pata, Mili, Vivi e Bia, estas deram de cara com Mosca e Janu abraçados, ao vê-las Mosca soltou Janu bruscamente. Porém, Mili ao ver a cena, não suportou e saiu correndo.

– Mili espera! – Gritou Cris indo atrás de Mili, seguida de Vivi e Pata.

Na sala da 7ª série...

Janjão conversava na sala com André, quando Binho e Thiago chegaram.

– Olha só quem tá ali Binho... – Disse Thiago.

– Eu já vi... – Disse Binho ignorando os garotos no fundo da sala.

– Qual é... Ele beijou sua namorada, você vai deixar barato?! – Exclamou Thiago aos berros.

– Cala a boca Thiago, eu prometi a Bia que não ia falar nada. – Disse Binho.

– Qual é hein Thiago? – Perguntou Janjão. – Porque você não vem falar aqui na minha cara? – Perguntou Levantando-se.

– Você é um otário, aproveitador! – Exclamou Thiago.

– Para Thiago! – Pediu Binho.

– É Thiago, você ouviu ele, para! – Exclamou Janjão.

– Não vou parar! – Exclamou Thiago. – Você tá merecendo uma lição!

– Cara, se nem o namorado da mina tá ligando, porque você liga? – Perguntou André.

– Pois é! – Exclamou Janjão.

– A não ser que você também seja afim da Beatriz, ô Thiago! – Provocou André. Nassa hora Binho encarou o amigo.

– Você não vai acreditar nessa calúnia, vai? – Perguntou Thiago.

– Você tá enganado André, o Thiago gosta da Cris! – Revelou Binho.

– Oquê?! – Exclamou André. Logo este gargalhou exageradamente.

– Porque você contou? – Perguntou Thiago irritado.

– Você não pediu segredo! – Exclamou Binho.

– Duvido muito que a Cris queria algo com você! Ela é louca por mim. – Afirmou André.

– Isso é o que nós vamos ver! – Ameaçou Thiago saindo da sala, logo André o seguiu e continuou o provocando. Binho e Janjão ficaram sozinhos na sala.

– Iaí, Binho, cê não vai comprar briga comigo por causa da Bia? – Perguntou Janjão.

– Não. E sabe porquê? – Disse Binho.

– Porque? – Perguntou Janjão.

– Porque você ter beijado a Bia, fez com que agente percebesse que nosso amor é tão forte que não importa o que aconteça, agente nunca vai deixar de se amar e confiar um no outro. Enfim, obrigado Janjão. – Concluiu Binho sorrindo, logo este saiu da sala.

Ao ouvir aquilo Janjão ficou em silêncio, nessa hora a dor que sentiu em seu peito foi tão forte que o mesmo não pensou duas vezes, esmurrando a parede com toda sua força.

Enquanto isso no banheiro das meninas...

Mili chorava achando que Mosca e Janu haviam voltado a ficar juntos.

– Mili abre a porta, não fica assim... – Pediu Pata.

– É Mili, para de chorar se não você vai ficar mais feia... – Disse Vivi, fazendo todas a encararem. – Ops...

– Não se preocupem comigo meninas, podem ir pra sala, daqui a pouco eu vou. – Disse Mili com voz de choro.

– Cadê ela? – Perguntou Bia chegando.

– Tá chorando trancada. – Respondeu Cris. De repente o sinal da primeira aula tocou.

– Ih gente, foi mau mais eu já vou pra sala! – Exclamou Vivi.

– Eu também. – Disse Bia.

– Qualquer coisa agente fala pra professora que a Mili ficou com piriri! – Zombou Vivi rindo da própria piada.

– Para com isso tonta! – Repreendeu Bia.

– Mili, agente já vai pra sala, certo? – Avisou Pata. – Fica bem... – Concluiu saindo.

– Vai dar tudo certo Mili... – Disse Cris saindo também.

No corredor...

Ao sair Cris perdeu Pata de vista.

– Nossa, como a Pata anda rápid... – De repente alguém a puxou até o fim do corredor. – Ai quem é que...

– Eu te amo Cris! – exclamou o garoto a beijando desesperadamente. Cris ficou assustada, porém correspondeu o beijo.

– Nossa André... – Disse se distanciando sem fôlego. – Você me surpreendeu! – Completou com um sorriso enorme no rosto. André sorriu de volta, logo este percebeu que Thiago observava tudo no fim do corredor, então o encarou em forma de deboche.

O fato era que Thiago havia saído a procura de Cris, porém foi até sua sala e não a encontrou, logo André avistou a garota primeiro, então resolveu por um plano em ação. – Pensa nisso tá Cris? – Concluiu o garoto, piscando para a mesma. Logo passou a andar em direção a sua sala, então Cris fez o mesmo.

No banheiro...

Mili passou alguns minutos chorando, então logo que parou, lavou o rosto e saiu do banheiro. Porém ao invés de ir para a sala, esta resolveu sair da escola.(Sim isso mesmo, a Mili cabulando aula!)

Mili andava pelas ruas próximas à escola, com os pensamentos a mil.

"Será mesmo que o Mosca e a Janu fizeram as pazes? Ou pior, e se a Janu tiver grávida! E eles estavam abraçados, com certeza eles voltaram. Ai meu Deus, porque eu fui tão idiota de pensar que ainda tinha possibilidades de eu e o Mosca ficarmos juntos?!", pensava. Logo esta passou a andar mais rápido, enquanto as lágrimas voltavam a cair de seus olhos. Enquanto andava, deixou algo cair além de suas lágrimas. Um chaveiro de sua mochila. Logo alguém que passava por alí notou, então pegou o chaveiro e foi atrás da mesma.

– Ei! Moça! Você deixou cair seu chaveiro! – Avisou o indivíduo, fazendo Mili se virar. Logo esta notou que se tratava de um garoto, simples, porém muito bonito.

– É comigo? – Perguntou enxugando os olhos.

– Sim, você deixou cair... – Disse o garoto entregando o chaveiro.

– Ah! Obrigada... – Agradeceu sem jeito, logo recebeu o chaveiro.

– Tá tudo bem moça? – Perguntou o garoto, notando o estado de Mili.

– S-sim... É que eu só tava tomando um ar... – Disfarçou Mili.

– Você estuda na escola Dom João do nascimento, né? – Perguntou. – Não tá tendo aula pra você agora?

– Ah! É, tá sim, m-mas, eu só tava... – Disse Mili se enrolando.

– Não precisa me explicar nada, as vezes agente não tá bem pra enfrentar a rotina, eu sei bem como é isso... – Disse.

– É... – Disse Mili, ainda mau.

– Você... Quer conversar? – Perguntou o garoto sem jeito.

– Conversar? – Perguntou Mili surpresa. – Mas agente nem se conhece... – Disse.

– As vezes é melhor conversar com desconhecidos do que com conhecidos... – Afirmou o garoto sorrindo. – Quem sabe eu não possa te ajudar? – Mili ficou pensativa com a proposta, até que decidiu...

– Tá bem, você me convenceu. – Disse Mili sorrindo.

– Vamo sentar alí ó! – Disse o garoto apontando pra praça. Logos os dois se direcionaram até lá.

– Então, qual o motivo das suas lágrimas? – Perguntou o garoto.

– Você por acaso é psicólogo? – Perguntou Mili.

– Pow... Pra falar a verdade eu sempre me interessei por psicologia, mas não tive a oportunidade de estudar. Mas, você não respondeu a pergunta! – Disse o garoto.

– Você sempre para desconhecidos na rua pra conversar? – Perguntou Mili novamente.

– Não... Pra falar a verdade eu achei você bonita, e vim te pedir uma chance! – Exclamou o garoto, fazendo Mili ficar assustada. – Tô te zuando! Disse o garoto rindo. – Só quero ajudar, não gosto de ver as pessoas tristes, quem sabe não foi o destino que me colocou no seu caminho?

– Tá bom... – Disse Mili rindo. – Sabe, eu acho que sou uma idiota, porque eu sempre penso nos outros antes de mim e acabo de ferrando. Muitas vezes eu deixei de ser feliz porque minha felicidade poderia magoar os outros, e quando eu finalmente tomo uma decisão pensando em mim, dá tudo errado, eu não sei mais o que fazer...

– Entendi... Você se coloca em último lugar, e assim todos acabam pisando em você e tirando proveito da sua humildade. – Concluiu o garoto. – Sabe, pensar no próximo é uma coisa boa, mas você também tem que pensar em si mesma, pelo que você conta, você pensa mais nos outros do que em si. E não pode ser assim, você deve pelo menos pensar 50% em você e 50% nos outros. Ou seja, se importe com as pessoas, mas não deixe elas interferirem na sua vida. – Concluiu o garoto, deixando Mili impressionada.

– Uau! – Exclamou. – Você falou tudo... Pena que não tem mas como voltar atrás.

– Mas também nunca é tarde pra aprender com os erros e mudar. – Afirmou o garoto a encarando.

– Poxa, valeu mesmo... – Agradeceu Mili, sorrindo. – Suas palavras me ajudaram bastante, eu nem sei como agradecer.

– Só de ver que você já tá sorrindo, me deixa satisfeito. – Disse o garoto a encarando, Mili retribuiu o olhar.

– Eu acho que já tá mais do que na hora de mudar... – Disse Mili. – E tomar decisões sem me arrepender... – Completou, ainda encarando o garoto.

– É exatamente isso... – Disse o garoto, ainda a encarando também.

– Talvez você tenha razão... Deve ter sido o destino... – Disse Mili, aproximando-se lentamente, logo o garoto fez o mesmo e ambos se beijaram. No início foi apenas um selinho que foi se intensificando lentamente, para um longo beijo com direito a língua, até que a falta de ar os separou.

– Desculpa! – Pediu Mili. – Eu não costumo beijar garotos assim que os conheço! Não sei o que deu em mim! – Completou nervosa, fazendo o garoto sorrir.

– Não precisa ficar assim, tudo acontece porque deve acontecer... – Disse o garoto.

– E-eu preciso voltar pra escola! – Exclamou levantando-se.

– Espera! – Pediu o garoto. – Agente nem se apresentou... – Lembrou.

– Ah! Nossa é verdade... Eu me chamo Mili. – Disse estendendo a mão e sorrindo Logo o garoto levantou-se e apertou sua mão.

– Prazer Mili. – Disse. – Me chamo Juca. – Apresentou-se o garoto sorrindo. Talvez fosse mesmo ironia do destino.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Pura ironia do destino :o u-u HAHAHA
Comentem! Espero que tenham gostado!! :3