Nosso Direito Divino escrita por Ju Mellark


Capítulo 7
Capítulo 7: Meses Depois; Idosos Dançando Lady Gaga; Abraço; Hey Jude


Notas iniciais do capítulo

Heeeey, pessoas!!!! Como vão???
Bem, a meta passou, mas gente, posso ser sincera?? Q coisa chata isso de metas, nem eu tô gostando e.e Vamos fazer o seguinte?? Um trato: Apenas dez comentários por capítulo e eu tô satisfeita. Digam se concordam, pq eu acho bem melhor!
E claro, obrigada, SrtCams, por ter favoritado, além do comentário pelo qual eu ainda estou apaixonada e.e
Gente, eu amo esse capítulo. Espero q vcs tbm gostem!!
Vocês viram aquele outro trailer de A Esperança - Parte 1??? ~le eu chorando com o Peeta~ :c Por outro lado: Essa divulgação tá LACRANDOOO dfzhfjkzlfhk Só acho q esse outubro tá é longo u.u Dois dias pra pré-venda, pq não chegaaaa???!
Chega do desabafo, vão ler, vão!
Comentem e favoritem!
Beijoos ;D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/550717/chapter/7

Os quatro meses seguintes passaram rápido. Talvez pela razão de tê-los passado a maior parte com Katniss. Ela sempre estava arranjando algo para fazermos ou conversarmos. Nos tornamos bem amigos. Eu gostava do seu jeito. Além de que eu não estava mais deprimido, pensando só na guerra que devia estar acontecendo.
Em tão pouco tempo, Annie já estava nos últimos preparativos do casamento. Nenhum dos dois queria esperar. Acho que eu faria o mesmo, se existisse alguém que eu tivesse certeza que amasse, depois de tanto tempo esperando para vê-la. Também havia o fato que a festa não seria grande ou exagerada.
– Por que não chama Katniss para sair? - pergunta Finnick me tirando das explicações breves dos últimos meses.
– Ela é minha amiga. - Dou de ombros e continuo prestando atenção no videogame. Dessa vez era um jogo de luta.
– E...? Você disse que gostou dela desde o começo, por que não sair?
– Por que isso agora? - fico confuso.
– Porque eu me preocupo com meu amigo. - Finnick não sabia mentir, sua voz ficava estranha.
– O que é? Você e Annie estão tentando nos juntar? - rio brincando. Ele ri forçadamente.
– Não. - Ele coloca mais Os do que precisa em seu não. E sua voz estava estranha, então tirei minhas conclusões. Annie e Finn estavam tentando juntar Katniss e eu.
– Qual é, Finn. Vocês estão fazendo alguma aposta que vamos acabar ficando juntos, é isso? - pauso o jogo e o olho com as sobrancelhas franzidas. - Acha que nós combinamos?
– Ei, Peeta, sabe que não é isso. Só queremos ver nossos amigos felizes. - Ele meio que se encolhe. E eu meio que me arrependo. Devo ter soado rude demais. E também sabia que Annie gostava de ser cupido.
– Tá, desculpe. Só não força a barra, por favor. Eu só... Não me sinto confortável com isso. - Volto ao jogo, tentando não prolongar o conversa.
– Tá, tudo bem.
O assunto não voltou. Mas estava na minha cabeça. Eu já pensara, sim, em sair com Katniss, mas acabei deixando a ideia de lado. Quem sabe algum dia.
Finnick foi embora depois do almoço, e eu fui brincar com Coronel. Ele havia crescido bastante, e estava tentando treiná-lo.
– Senta. - Faço sinal para ele. Coronel continua na mesma posição com a língua pra fora. - Vamos, amigo. - Peço. - Patinha. - Estendo a mão, mas ele continua não fazendo nada. - Rola? - sai como uma pergunta. Suspiro e levanto. - Tudo bem, você ganhou.
Então eu ouço um assobio e ele sai correndo.
– Coronel! - grito. Katniss passa do seu quintal para o meu, com ele no colo e rindo.
– Oi, Peeta. - Ela diz o acariciando.
– Oi, Kat. - Sorrio.
– Tô indo pro Centro. Quer ir? - o "Centro" seria o Centro de Idosos. Eu também estava o frequentando bastante - todos finais de semana - depois de Katniss ter me levado, assim como o Hospital do Câncer. Tinha me tornado próximo de todos os velhinhos e, principalmente, de Andy. Era um garoto realmente especial, em todos os sentidos.
– Claro. Vai no hospital também?
– Sim.
– Eu já volto. - Digo. Fui para o meu quarto e troquei a bermuda suja por um par de calças jeans escuro. Coloquei meu celular no bolso - Katniss e Finn tinham me convencido a comprar um - e desci. Ela estava bebendo água na sala. - Pronto. - Anuncio.
– Então vamos. - Deixa o copo na pia e abre a porta.
Antes de virar a rua, olho a caixa do correio, já que havia esquecido de fazê-lo antes.
– Niss, olha isso. - A chamo.
Finnick e Annie haviam deixado um convite de casamento. Não faz muito sentido, já que éramos os padrinhos.
– Ah meu Deus, ficou lindo! - Exclama o pegando. O envelope era azul claro, com um laço branco. - E Annie queria o branco. - Meneia a cabeça. - Acho que nos deixaram só para ver como ficou. - Deu de ombros. Estavam nossos nomes no verso.
– Ficou bonito mesmo. - Concordo. - Vou guardá-lo, só um segundo. - Peguei as outras cartas junto e entrei para guardar.
Finalmente caminhamos para o asilo. Estava tranquilo e muito gelado, como sempre.
– Senhoras e senhores, - fez uma pausa. - Chegamos! - abriu os braços. - O que estão fazendo? - Katniss se sentou no colo de Joseph
– Comendo. - Billy responde colocando uma colher com ensopado na boca.
– Jogando. - Tony e John jogavam baralho.
– Bordando. - Elizabeth, Sally, Elen, Sophia e Kate estavam lado a lado.
– O quê?! - Ben exclamou alto.
– Ei, Sam, vocês receberam o presente que eu deixei essa semana? - Pergunta alto para Sam, que estava no balcão.
– Ah, sim. Muito obrigada, Kat.
– Que isso. - abana a mão.
– Presente?
– Que presente, Kat?
– Vamos ganhar um presente!
– O quê?! - Ben exclama de novo.
– Sim, pessoal. Espera aí. - ela levanta e pega um pacote embrulhado de atrás do balcão. - Podem abrir. - o deixa em cima da mesa e se afasta. Todos animados vão para cima e começam a rasgar o papel.
Era um Xbox 360. Fala sério! Também havia um Just Dance 2014.
– Eu comprei pensando que vocês iriam se divertir e poderiam praticar exercícios! - Katniss diz sorridente.
– O quê?!
– Ben, arruma o aparelho auditivo! - ela pede.
– O quê?! - Kat vai até onde Ben estava sentado e ajusta o aparelho. - Bem melhor, menina, obrigado. Ganhamos um presente! - Sorriu.
Foi a maior festa. Começaram a fazer competições, e todos se divertiam pra caramba. Katniss os ensinou a mexer, e acabaram ocupando o tempo com o jogo. Era engraçado.
Depois fomos embora, e continuaram lá, dançando em frente à TV.
– Se importa se passarmos em um lugar antes do hospital? - pergunto olhando a livraria do outro lado da rua.
– Onde? - Aponto o lugar. - Por quê?
– Quero dar um presente pro Andy.
– Ah, vamos, sim. - ela sorriu e seguiu na frente.
Eu não tinha ideia de um livro que poderia dar para ele, então ficamos dando voltas procurando por literatura infantil.
– Ah, aqui! - Katniss exclamou. - "O Barba Azul" ou "O Pequeno Polegar"? - franziu os lábios.
– Que tal os dois? - pergunto.
– Tenho certeza que o Andy vai gostar! - seus olhos brilharam.
– Espero mesmo.
– Você gosta mesmo dele. - Afirmou doce.
– É, eu sei.
– Sabe, você não é o único que está ajudando nessa relação. Ele também parece te animar.
– Também acho. É como você disse. Vê-lo sorrir trás uma sensação tão boa. - Sorrio torto. Saímos do corredor e passamos no caixa para pagar.
Quando chegamos no hospital, subimos direto para o andar das crianças. Katniss tirou os jalecos da bolsa e me deu um. O meu era azul claro.
– Katniss, Peeta. - Dra. Paylor nos cumprimentou. Ela era uma das médicas do hospital e acompanhava o tratamento das crianças com leucemia.
– Oi, doutora! Como vai? - Niss sorriu.
– Muito bem. Posso falar com você, Katniss?
– Hm, claro. Eu já volto pra te ajudar com a maquiagem, Peeta.
– Tudo bem. - Ela me deu a bolsa e seguiu o corredor com Paylor para uma sala.
Entrei no banheiro e coloquei sua bolsa sobre a bancada, vestindo o jaleco. Procurei a maquiagem própria, mas desisti de tentar fazer os traços.
Em dois minutos, Katniss entrou silenciosamente, de cabeça baixa.
– Ei, Niss, o que aconteceu? - coloco as mãos em seus ombros. Foi quando ela levantou a cabeça, e vi lágrimas deslizando pelas suas bochechas. - Kat... - passo os dedos para limpar seu rosto.
– Peeta... - de repente, me abraçou apertado, agarrando minhas costas e ficando nas pontas dos pés para apoiar a cabeça em meu ombro. A abracei de volta, preocupado, acariciando seus cabelos.
– Me conta o que aconteceu. - Peço me afastando minimamente, levantando seu queixo e olhando em seus olhos.
– Ela conseguiu, Peeta. - Mordeu o lábio. - Prim vai fazer o transplante de medula. - Sorriu em meio ao choro.
– Niss, isso é maravilhoso! - exclamo sorrindo.
– Eu sei. Ela... Prim merece.
– Sim, ela merece. - A abraço de novo. Era a primeira vez que eu abraçava Katniss. E havia gostado. Era um abraço reconfortante.
– Vamos... Fazer a maquiagem.
Katniss pintou meu rosto e, depois, o dela.
Ela quis ir logo para o quarto de Prim, então foi na frente. Antes de ir até o quarto de Andy, peguei um copo de água e os dois livros embrulhados.
Fiquei olhando Katniss brincando com Prim pela pequena janela da porta. E então fiquei olhando Andy, da porta da frente.
– Andy está no topo da lista de espera do transplante. Não se preocupe, Peeta. - Disse Dra. Paylor atrás de mim.
– Sério? Muito obrigado, doutora. E como está o tratamento?
– Confie em mim. Ele tem colaborado bem mais depois que você chegou aqui. - Piscou e foi embora.
E aquela sensação tomou conta de mim de novo. O peito queima levemente, o coração se aquece, e você tem vontade de sorrir pelo resto da sua vida. A sensação se espalha por todos seus vasos sanguíneos, bombeada pelo coração.
A sensação de missão cumprida.
Sorrio para mim mesmo e coloco a cabeça no quarto de Andy.
– Alguém precisa de companhia? - pergunto e ele deixa o livro de lado.
– Peeta! - sorriu e se levantou da cama. Andy correu e me abraçou com toda força que podia. - O que é isso? - pergunta olhando os livros embrulhados.
– Ah, achei que você ia gostar. - Estendo para ele.
– Um presente pra mim? - seus olhos brilham em expectativa.
– Claro, Campeão. Abre.
Ele rasgou o papel vermelho e segurou os dois livros um ao lado do outro.
– Legal! Obrigado, Peeta! - me abraçou de novo. Me abaixei para ficar na sua altura. - Eu adorei.
– Que bom. Espero mesmo que você goste.
– Vamos ler! - Correu e subiu na cama.
Sentei ao seu lado e abri o livro.
– Era uma vez um lenhador que tinha sete filhos homens. O maior tinha doze anos, o caçula seis e se chamava Pequeno Polegar. Ele era muito pequenino. – Comecei, e acho que ficamos mais de meia hora lendo.
– Por que os pais deles os abandonaram? - pergunto Andy no meio.
– Por que não tinham dinheiro.
– Mas é família. Família deve ser pra sempre.
– É, eu sei. Devia mesmo. - Concordo tentando não ficar triste. - Sabe o que eu percebi?
– O quê? - seus olhos grandes me fitam com curiosidade.
– Você é tão esperto quanto o Pequeno Polegar! - começo a lhe fazer cócegas.
– Peeta, para! - pede gargalhando. - Por favor! - implora. Rio junto com ele, que se contorce na maca.
– Tudo bem, eu paro. - Cesso e alguém bate na porta.
– Hey, Andy! - Katniss entra de mãos dadas com Prim.
– Peeta! - a garotinha senta-se em meu colo e a morena deixa um beijo no rosto do garoto.
– Vamos para a sala? - pergunta.
– Vamos! - pego Prim em um braço.
– Assim não vale! - reclama Andy.
– Hm, alguém está enciumado. - Acusa Kat brincando.
– Não seja por isso. - Me abaixo para pegá-lo com o outro braço e ele desfaz a carranca, deixando o sorriso banguela aparecer.
Fomos para a sala, junto de todo mundo.
– Sua barba faz cócegas. - Riu Prim, e eu ri com ela, passando minha barba em seu pescoço, provocando-lhe mais risos.
Sentei ao lado dos dois, e Katniss começou a cantar Hey Jude. Todos acompanhavam. Ela fazia todos cantarem junto com sua voz doce e suave - como um delicioso vinho tinto no meio da semana.
Fiquei a observando a música inteira, ela sorria para todos e fechava os olhos na repetição do "na na na".
E então percebi como era impossível não ficar apaixonado por Katniss. Ainda mais quando se passa quase cinco meses ao seu lado.
Isso era algo que eu sabia, mas não havia admitido completamente para eu mesmo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!