Fiz a tal da desintoxicação e dormi por algumas horas. Acordei no dia seguinte e já era de tarde, 16:00 mais claramente.

Jason estava dormindo ali na cadeira ao lado, e roncando. Comecei a rir e ele acordou.

– Boa tarde dorminhoca – Jason estava com uma voz bem engraçada por sinal.

– Bem eu que sou né, eu já posso sair daqui? Estou me sentindo ótima! – Falei e sorri.

– Parece que vai ter que ficar até de noite, o médico achou melhor – Jason estava claramente podre.

– Palmas pro médico mas eu não vou ficar aqui de jeito nenhum! Eu já estou bem não ta vendo? Você pode ir embora já, essa sua cara vai me dar pesadelos de noite – Falei e Jason riu.

– Não sei se vai ser uma boa ideia deixar uma loca no hospital – Jason estava temeroso quanto a mim.

– Tudo bem, vou obedecer e ficar até de noite, vai dormir panaca – Jason assentiu, bagunçou meu cabelo precioso, pegou o skate e foi.

Ótimo agora começa a diversão...de novo.

Eu estava com uma agulha no meu braço direito, era o soro. Arranquei é óbvio. Amo agulhas mas tive que tirar. Logo ao meu lado achei uma seringa com o rótulo “tranquilizante”, peguei né, vai que eu precise.

Saí da sala de observação e peguei um soro daqueles que você tem que levar junto quando vai ao banheiro. Uma enfermeira me parou.

– Precisa de ajuda? – Se manda vaca.

– Não, não, posso ir sozinha, não se preocupe, qualquer coisa eu chamo – Ela assentiu e saiu. Foi fácil até demais.

Esperei o corredor esvaziar e entrei no almoxarifado onde eu achei algo bem útil pra mim, oh yes, um uniforme de enfermeira. Coloquei o jaleco por cima da minha camisola do hospital, um sapatinho branco e aqueles chapeuzinho que elas usam. Eu estava lá dentro ainda quando escutei.

– A paciente 9B fugiu! Encontrem ela! Droga, fomos avisados que isso aconteceria! Bando de inútil. – Ih agora lascou, vou ter que ser mais cuidadosa.

Antes ainda de sair, encontrei uma peruca de cabelo castanho Black Power dentro de uma caixa de fantasias. Prendi meu cabelo com um elástico que encontrei no jaleco e pus a peruca. Saí do almoxarifado de fininho e tentando não ser descoberta, pena que não rolou.

– Ei, quem é você? – Perguntou um enfermeiro desconfiado. Eu sabia que nada que eu falasse daria certo então que se dane.

– Sua vó – Falei e comecei a correr em direção a uma maca que estava em direção a porta do hospital, embora um pouco longe.

– Atrás dela! – Gritou aquele boi desgraçado.

Milhares de enfermeiros, médicos e seguranças começaram a correr atrás de mim. Pulei em cima de uma maca que pegou embalo e foi bem mais eficiente que minhas duas pernas. Quando estava chegando perto da porta desci. Um enfermeiro me agarrou pelo jaleco. Foi então que eu usei minha seringa tranquilizante, super útil por sinal, abandonei o jaleco corri mais um pouco e encontrei uma cadeira de rodas motorizada. Sentei e saí na velocidade da luz pela rampa do hospital.

Eu estava no meio da rua em uma cadeira de rodas a motor e milhões de enfermeiros gordos tentando me alcançar. Até meus magníficos 50 por hora eram mais rápidos. Um deles estava quase me alcançando então tive que abandonar meu carrinho e saí correndo no meio da avenida com minha super camisola aberta atrás.

– Admirem meu bumbum Nova York!

Corri mais rápido e percebi que ele haviam desistido de vir atrás de mim. Eu já estava na quadra da minha casa. Cheguei, estava todo mundo na sala e olharam assustados.