Don't you dare steal my territory. escrita por Silent Scream


Capítulo 28
O azar ferrando com a vida


Notas iniciais do capítulo

LEIAM "YOU ARE THE BEST OF ME" NÃO VÃO SE ARREPENDER.....é nova mas é muito boaa....
Gente espero que gostem desse cap..... continuem curiosos pq vai ter muitas descobertas que são tipo :OO uhshuhuash



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POV. Jason... continuação

Jenny implorou para me levar até em casa. Eu não queria, mas estou cansado e com preguiça de voltar de skate então sim, eu aceitei a carona.

– Espera, como sabe que Rachel está na minha casa? – Perguntei confuso.

– Deduzi a amizade colorida de vocês. – Respondeu olhando a rua.

– Não é amizade colorida, é apenas uma questão de tempo até ela aceitar namorar comigo. É uma garota complicada. – Falei sorrindo. Não posso evitar. Sempre sorrio quando penso nela. Mas o que é isso Jason? Virou o senhor romântico agora?

– Tenho certeza que é. – Afirmou agora séria. Indiquei as ruas onde ela deveria passar e enfim chegamos.

Minha mãe abriu a porta e ficou surpresa ao ver a garota. Minha mãe cumprimentou Jenny e vice e versa.

Jenny sentou no sofá e eu subi até o quarto para catar a Rachel. Ela estava deitada na cama com as cobertas até o pescoço e com os fones no máximo. Tirei os fones de seus ouvidos e a acordei. Primeiramente ficou resmungando e depois abriu os olhos.

– O que você quer? Traga comida para mim. – Falou se espreguiçando e sentando na cama.

– Só respondo se tiver melhorado seu mau humor. – Falei, sorri e me deitei do seu lado. Em resposta me abraçou forte e confesso que achei um pouco estranho.

– Estou de ótimo humor, agora fala. – Falou baixinho.

– Temos visita. E a visita quer sair para tomar sorvete e conhecer a cidade com a gente. – Falei indiferente.

– Quem é? – Perguntou curiosa.

– Deixa eu lembrar... Janna ... jannete ... não ...é Jenny! – Rachel não expressou nenhuma reação quanto a isso. Apenas levantou e foi trocar de roupa já que estava com um pijama em forma de ovelha. Colocou uma calça jeans preta toda rasgada e cheia de metais pendurados, uma camiseta cinza que ia quase até os joelhos de tão gigante e vans. Saiu do quarto bocejando e foi em direção as escadas, segui logo atrás.

Quando terminei de descer as escadas vi que Rachel estava estática prestes a explodir de raiva.

– O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI CAROLINE? – Gritou e Jenny se assustou.

– Ei Rachel, essa é a Jenny, não Caroline. – Falei calmo e coloquei as mãos em seu ombro. Ela arrancou e continuou.

– NÃO SE METE JASON. – Gritou pra mim.

– É, eu sou Jenny, não faço a mínima ideia do que você está falando! – Falou com cara de surpresa e tensa com a situação. Ok, Rachel enlouqueceu de vez.

– VOCÊ NÃO PASSA DE UMA MENTIROSA, SAIA DESSA CASA AGORA! NÃO QUERO VER ESSA SUA CARA DE DEMÔNIO NUNCA MAIS NA MINHA FRENTE! – Gritou bufando e tendo um chilique.

– Desculpe, não queria causar alvoroço, já estou indo. – Disse Jenny enchendo os olhos de lágrimas e saindo.

– Olha o que você fez com a garota Rachel! Deveria ter vergonha na cara. Se estava com ciúme de mim era só falar! – Explodi.

– Ciúme? Eu sabia, você é mesmo um idiota ingênuo... – Falou com a voz trêmula e começou a chorar. Eu estava com raiva e então saí de atrás de Jenny pelo menos para pedir desculpas por aquele ataque de Rachel maluca.

Segui o carro da garota com o meu. Quando parou na sinaleira, parei ao lado. Buzinei e abri a janela, ela fez o mesmo.

– Desculpe pelo inconveniente lá em casa, de vez em quando Rachel tem uns chilique maluco que é impossível de entender. – Falei e vi que ela me olhou como se eu fosse um retardado mental sem nenhum miolo e depois suavizou a expressão.

– Vai ter que se redimir e ir até um Starbucks comigo. – Falou sorrindo gora.

– Não sei, acho que preciso voltar. Tem um ser em pânico em casa. – Falei.

– Você vai sim, caso contrário acabo com você! – Falou rindo. Ah que se dane, Rachel sempre tem uns chiliques malucos e eu estou com fome nesse momento.

– Ok – Acelerei o carro indo logo atrás dela.

Comemos lá tal, mas não consegui me concentrar em nada que Jenny falava. Por mais que eu tente me convencer que era só mais um chilique de Rachel, há algo muito errado nessa história. Ver ela chorar me deixou em pânico mas eu estava com raiva também. Estou muito confuso. Preciso voltar para casa, e agora. Porque eu sinto que muita coisa mudou desde que eu sai daquela casa? Porque razão me sinto temeroso quanto a voltar lá?

– Tenho que ir, adeus. Nos falamos amanhã. – Não deixei ela falar e apenas deixei o dinheiro na mesa.

Peguei o carro e saí acelerando e ultrapassando todos os sinais vermelhos. Quando tentei desacelerar o carro, o freio simplesmente não funcionou e o freio de mão não estava mais ali. Comecei a ficar nervoso e tirei o pé do acelerador. Perdi o controle do carro e o mesmo capotou e ficou girando várias vezes no asfalto. Tudo a minha volta virou uma mancha branca e logo após não vi mais nada.

(...)

– Rachel. – Foi a única coisa que consegui sussurrar ao abrir meu olho com muito esforço vendo uma forte luz no teto.

– Ela não está aqui, é a Jenny. Você sofreu um acidente e quando eu cheguei achei que seria tarde demais. Fiquei desesperada por ver que o cara que eu arressem conheci estava naquele carro capotado. Não pude pensar em mais nada. Apenas o trouxe pra cá. – Falou com a sua mão na minha. Tirei com toda força que eu tinha e olhei ao redor procurando por algo que indicasse que tudo isso era apenas uma mentira e que quem estava ali era Rachel. Mas não. Foi real e agora estou aqui em uma cama de hospital.

Quando me toquei que não foi tão grave e que só tinha um belo de um corte na cabeça, hematomas em várias partes do corpo e só um braço quebrado, fiquei mais tranquilo. Sim, eu teria que fugir dali. Isso me lembra de uma história bem interessante sobre fuga de hospital. Sorri com a lembrança e depois comecei a tentar bolar um plano de fuga. Eu precisava daquela cabecinha inteligente que pensa rápido e sempre tem planos bem bolados. Quer saber, eu apenas vou sair correndo, já que as pernas ainda estão aqui são e salvas.

Esperei Jenny sair do quarto para sair. Olhei para os dois lados do corredor e estava cheio de gente morrendo e resmungando. Vários enfermeiros estavam passando também. Vi uma senhorinha que falava com outra em língua de sinais. Ela logo saiu andando e eu enganchei o meu braço no dela.

– Ela é minha mãe, precisa de ajuda com comunicação, então a trouxe até aqui. – Avisei a enfermeira que hesitou um pouco antes de acreditar nessa baboseira.

Depois saí pelo outro corredor que estava mais adiante e encontrei um velhinho alto e curvado segurando uma coisa pra indicar onde estava indo, sim, ele é cego. Quando passou mais um enfermeiro que me parou, inventei outra abobrinha.

– Estou guiando meu pai, ele está com dificuldades. Acho melhor leva-lo para um quarto, ele está com a frequência cardíaca aumentada. – Falei e o enfermeiro se apressou em carrega-lo e colocá-lo em uma maca com ajuda de outros enfermeiros.

Consegui passar pela porta e decidi que pegaria um taxi até em casa. Olhei nos bolsos e vi que estava sem a carteira. Saí caminhando pela calçada. Quando estava quase na esquina, vi um vulto e depois minha carteira e documentos todos despedaçados na calçada. Afinal, que desgraça na vida é essa que está me atingindo? Deveria acreditar em karma ou algo assim?

Continuei caminhando pelas ruas de Nova York, morrendo e todo cheio de dor. Um carro passou a faixa de segurança enquanto eu estava passando. Não vou reclamar, porque não tenho moral para isso, enfim, quero jujubas. Acho que vício por doces é contagioso.

O que será que Rachel estaria fazendo nesse momento? Isso está se tornando cruciante pra mim e o caminho parece ser bem mais longo do que o normal. Bom, tirando o fato de que estou em plena Nova York e que o hospital não é na esquina da minha casa já estava chegando em plena madrugada. Estou me sentindo em um verdadeiro filme de terror, e o alvo sou eu! Fico indignado como a nossa vida pode mudar em questão de horas para um verdadeiro inferno e angustia.

Quando finalmente cheguei em casa, apertei a campainha e a porta se abriu num pulo só (não que eu tenha dado pulinhos aqui...).

–Oh meu Deus, olha o seu estado! O que aconteceu? – Minha mãe perguntou me abraçando e a ponto de jorrar lágrimas.

– Não sei, não estou em condições de pensar direito agora. Cadê a Rachel? – Perguntei e vi as expressões deles mudar de surpresa para seriedade. Foi aí que minha mãe jorrou lágrimas. Que bom que ela chora por ela e não por mim.

– Desculpe querido, ela foi embora.


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Notas finais do capítulo

OMG gente, e agora???? o que vai acontecer adiante??? O que Rachel vai fazer? e o que Jason vai fazer??? Descubram nos próximos capítulos ;)