Alatoth e o Reino das Sombras - 1° TEMPORADA escrita por Leonardo Garcez


Capítulo 4
Capítulo 3 - Lealdade


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pelo horário ao qual postei.



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Um homem ao qual se media a uma idade de um jovem, se apresentou para Drador, e então olhando em seus olhos, o lobisomem segura a mão do estranho que é levantado pelo estranho, e por algum motivo viu no xamã nenhuma maldade e um laço estava sendo criado naquele momento.

– Sei dos teus passos, jovem. – Disse o xamã numa voz tão forte quanto um impacto de uma bala a uma parede.

– Francamente, você não tem por que me chamar de jovem, afinal também é um não é? – falou se limpando do chão no qual havia caído depois de ser solto pela imobilização.

– Tenho oito mil anos garoto. – rindo um pouco respondeu ao lobo. – Serei direto quanto as minhas intenções, sei o que queres, posso te ajudar, te aconselhar e ser seu amigo.

– Por que eu precisaria da tua ajuda? – levantando a sobrancelha esquerda.

– Como já disse, sou um xamã e muito velho por sinal, o que me torna especialmente poderoso para o que você pretende, sem contar que tenho amizade com os governantes da ilha de Brichalaf, a qual você não será muito bem vindo sem a minha companhia. – Falou o xamã rondando de um lado para o outro enquanto movia seu cajado entre o chão.

– O que você quer em troca? – Drador perguntou duvidando do que o mago pretendia.

– Sua lealdade e proteção, afinal estou me juntando ao maior criminoso no momento de Zydaleia.

– De minha parte desejo mais um luxo.

– Qual seria?

– Preciso de alguém para qual possa compartilhar tanto meu poder, minhas indagações e me dar conselhos, ser leal a mim e projetar e ajudar a cumprir meus planos, afinal pelo que parece você é bem poderoso.

– Pretendo ser o possível de útil, mas você irá decidir me escutar ou não meu jovem.

Eles estenderam as mãos e decidiram se unir, mas em meio a contrapartida o mago deu um pulo para trás e deu um riso no canto da boca, Drador ficou assustado e se armou.

– Calma garoto, você não acha que um mago de minha categoria iria ficar andando por ai gastando pernas não é? E que se abra o portal! – Ele invocou um portal e se aproximou. – Venha ele vai nos levar para o porto. – E entrou no portal, Drador desconfiado demorou um pouco e entrou.

Sentindo seu corpo se contrair em matéria por cerca de dois segundos ele foi projetado para fora do portal e aparecendo a frente do porto, quando olhou para os lados já podia ver o xamã se deparando com um barqueiro, e viu-o dando quatro moedas de ouro duas para cada passageiro.

– Vamos! – Gritou o xamã para o lobisomem, ao qual estava encantado com o mar, e que como não deu atenção ao chamado, o mago mexeu os dedos para trás como se estivesse chamando, mas na verdade puxou Drador de longe usando o vento.

Colocou o primeiro passo no barco, que na verdade era um navio, grande feito de madeira e as velas foram abertas os marinheiros passando de um lado para o outro começaram a leva-los para as ilhas, ele olhou para a imensidão oceânica, os golfinhos pulando e todo aquele ar fresco batia em seu corpo, foi ai que suas lembranças lhe rebateram aqueles momentos aos quais ele sentava no muro da sua casa em Grandum, olhava o horizonte e dizia para o teu pai:

– Um dia vou reinar toda essa cidade, e vou fazer com que todos tenham uma vida boa, um dia nós seremos reconhecidos como boas criaturas.

– Filho você não é uma criatura, é um ser especial, cheio de segredos e poderes aos quais muitos invejam, e um dia todos reconheceram a bondade no seu coração.

– Eu posso ser o lobisomem mais forte de todos do mundo inteirinho pai? – Disse ele abraçando o pai.

– Esse é o seu destino Drador. – O pai falou mexendo seus cabelos e dizendo como um eco “você será”.

– Acorda Drador, acorde! – O xamã o chamou a atenção quando ele estava sonhando acordado. – Já chegamos à ilha, venha. – o levou tocando suas costas.

Eles desceram no porto, e já davam para avistar a cidade dos Orcs Trendel, eles caminharam com passos longos, mas não tão rápidos.

– O que pretende nestas ilhas? – perguntou o xamã interessado.

– Me unir, mostrar que tenho utilidades, e ver que eles tem inimigos em comum aos meus. – explicou ele.

– Apesar de ofensivos, os Orcs quando encontram aliados são muito leais e sempre tratam você como um deles, e os anões apesar de resmungões aceitaram sua proposta se derem a oportunidade de ir para a guerra com eles.

– Eu já havia pensado nesta forma de conquista-los.

Goldhan adentrou o reino dos Orcs, e falou com o chefe da tribo, Nadosh , o mais forte da raça, cerca de quarenta e oito anos, a qual foi informado por Goldhan quais eram as intenções de Drador, e por que deveriam acolhe-lo, disse que suas especialidades eram gigantes, e a capacidade de batalha era imensa, o rei pediu para que fosse demonstrado.

– Demonstre seus poderes para o rei. – Falou Goldhan se direcionando a Drador.

– Tudo bem. – Ele coloriu seus olhos com o poder que o consumia as garras surgiram e suas presas também, neste momento levantou pedras do chão um raio que as destruiu surgiu das suas mãos, e lançou bolas de fogo no chão, as quais foram congeladas logo depois onde mandou uma rajada de vento a duzentos quilômetros por hora, formou sua espada assombrosa na mão e demonstrou como manejava a espada, e então quando o rei estava impressionado foi surpreendido por Drador nas suas costas.

– Você me assustou garoto. – Uma voz forte e rouca foi solta no ar pelo rei.

– Obrigado senhor. – fazendo uma reverencia.

– Dependendo do que demonstrar de leal ao meu povo, você ganhará um cargo militar de grande nível. – Falou o rei tocando em teu ombro, e neste momento Drador pensou que tudo estava dando certo.

– Pois bem.

Goldhan sorriu para ele e assentiu com a cabeça, e o chamou para perto, informando que teriam que ir para o reino dos anões, quanto mais cedo eles conseguissem aliança, mais forte o laço seria.

– Iremos agora a Yonton precisamos informar a chegada do grande poder a qual Drador pode oferecer. – O Rei consentiu e informou o local.

Os Anões e Orcs viviam sempre juntos, pois os anões vivam nos subterrâneos de Zydaleia, e em todas as guerras serviram com armamentos para os povos, e nenhum deles o convidava para guerra, e também nunca foram encontra-los para conversarem ou beber uma boa cerveja, os anões são povos que gostam de socialização e eles consideraram uma falsidade dos povos de Zydaleia, então eles foram morar em Brichalaf e lá os Orcs os trataram sempre muito bem.

Chegando as terras de Yonton, Goldhan foi a procura do rei, porém ele não foi em direção do palácio.

– Onde está indo? Por que não vamos para o palácio?

– Bem... – Disse o xamã rindo o pouco. – Muito difícil encontrar o rei no palácio.

– Como assim? Um Rei sem estar no seu palácio? – Ele falou confuso.

– Digamos que ele adora uma boa cerveja social. – Abrindo a porta da taverna eles entraram, e se ouvia a canção onde além de uma boa confusão rolava uma ótima musica com um tom escocês, canecas de cerveja eram adentradas na barriga dos pequenos homenzinhos algo como “Quem é a bela que eu vou ter, se você vier me ver, vai saber que eu quero um amor pra mim, pois, por favor, taverneiro me traga uma cerveja que hoje a bebedeira não tem fim”, o ritmo deles era ótimo, e na ponta da mesa estava o rei que cantava e gritava aos berros a musica, Drador sorriu e rindo olhou para todos eles e um anão gritou:

– Vamos garoto, cante conosco e tome uma cerveja. – E ele realmente começou a cantar com eles.

– Sim senhor ali está ele. – Falou o xamã para o rei.

– Um bom garoto, já está adentrado no reino.

– Seu olho Drador, mostre seus olhos! – E ele transformou em quanto cantava.

– Oooh! – Todos gritaram impressionados e sorrindo.

– Esse garoto, ele é o da profecia não é? – falou o rei.

– Sim rei Odan, e ele precisa da sua força, ele fará a diferença no mundo, siga-o e ele guiará vocês.

– Farei o possível para que todos lutem nas guerras e não só trabalhem com seus armamentos.

– Eles gritaram felizes e levantaram ele para o alto, pequenos, mas fortes como um leão.

DOIS ANOS SE PASSARAM...

Acima de uma montanha com uma armadura mais pesada que qualquer uma de qualquer reino, ele olhava para teu exército vitorioso sobe os vilarejos da floresta dos maus pecados, observando toda aquela dor e povos mortos podia ver uma nova era sendo criada, levantando sua espada para o alto que formava com as sombras a palavra em latim “LIBER”, a nevoa de guerra cercava todos aqueles gritos quando viram seu poderoso general com seus olhos brilhando de um roxo de ódio mostrando ser o que eles mais queriam, a vontade de ser reconhecida, a liberdade de andarem em qualquer lugar, de serem tratados como seres iguais, de serem indiferentes, e em um pequeno salto gigante de uma altura impressionante ele salta com sua capa formada pela materialização das sombras foram sendo levadas pela gravidade e soltando uma matéria preta da capa, quando pousou caminhou entre seus ideais, e falou:

– Esse é o só o começo. – Falou ele com uma voz tão grave que era capaz de quebrar uma parede se falasse muito perto, o poder já consumia seu corpo de uma forma quase inacreditável, e todos gritaram, e voltaram para Brichalaf.

– A Floresta agora nos pertence meus reis. – Falou o general Alatoth.

– Muito bem Alatoth. – Falou os reis. – Agora, o que pretende?

– Irei a cada um dos reinos disfarçado e oferecerei a eles um contrato, eles poderão escolher em entregar o reino, ou perde-lo a força. – Falou ele convicto e já se levantando.

– Por que não os destrói quando menos esperam? – Falou Nadosh.

– Para que sermos tão cautelosos quando podemos esmaga-los como e quando queremos? – Alatoth fala para o rei todo convicto e mostrando que tem o poder nas mãos.

– Então o faça a partir de amanha. – Odan falou, e formou toda sua convicção de que ele seria seu sucessor.

Alatoth caminhou até a ultima torre do castelo a qual foi construído como quartel de frente ao porto caso houvesse um ataque eles já estariam próximos, e em meio ao seu caminhar ele olhou para o horizonte numa noite em que só se via as tochas sendo seguradas pelos guardas que vigiavam o porto, em uma noite de lua cheia.

– Muito bem Drador. – Disse Goldhan. – Não vai sair nesta noite?

– Meu nome já não é mais esse...

– Ainda não me acostumei, desculpe-me.

– Não sou mais esse tipo de lobisomem, sabe muito bem que já tenho poder de um lobisomem de cinco mil anos.

– Já me esqueço da extensão a qual você tomou. – Falou Goldhan olhando para os lados, e Alatoth virou seus olhos para trás brilhantes, e ainda mais na noite que era a sua maior a aliada.

– Não me subestime Goldhan.

– Nem me atrevo, você está tão forte que minha paralização nem funciona mais, a matéria assombrosa já nem deixa mais eu ter influencia em tua mente, mas o que eu quero, é que você comece a formar sua alcateia, pessoas as quais você possa confiar e comece a montar seu próprio exercito.

– Você é minha alcateia, este exercito é meu futuramente, e também fazem parte da minha alcateia.

– Sabe o que eu quero dizer.

– Eu sei, mas não agora.

– Por falar nisso... Como pretende tomar estes reinos para você?

– Primeiro, eu precisarei demonstrar confiança e capacidade de governo, e pra isso precisarei tomar Zydaleia, e serei o rei dela, e ai eles verão que devo comandar tudo, mas os Orcs terão sua ruina por si.

– Aonde você vai?

– Tem um laço que eu devo quebrar...

– Qual seria?

– Um antigo amigo acabou de ser capturado, eu mesmo pedi a sua captura.

Ele desceu as escadas do castelo, e quando chegaram ao calabouço seus passos começaram a fazer o corpo do humano tremer, era Flint o melhor amigo de Alatoth, que ele conheceu quando ainda estava nas terras de Froid, a capital dos humanos, e Goldhan presunçoso já imaginava o que aconteceria, ele via em Flint a alma perfeita para ser a lealdade na alcateia que Alatoth precisava.

– O que você faz aqui? Disseram que estava morto! - Disse com a voz tremula.

– Me Tornando mais forte e mais poderoso.

– Ele é o nosso general. – Falou um Orc.

– Drador o que você está pretendendo, seja o que for provavelmente pretende destruir minha terra, eu quero me unir a você, eles me expulsaram de lá, pois apoiei a causa a qual deveríamos aprender com outros povos a sermos mais fortes, eles só pensam neles, disseram que eu não era um deles, por favor, Drador, deixe-me ser leal a você. – Falou o rapaz que implorava por um lugar.

– Antes de tudo, não me chame de Drador.

– Como assim?!

– Eu me chamo Alatoth, o General, Senhor das Sombras.


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Notas finais do capítulo

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